Prefácio de Uma Vampira escrita por Gabriela Cavalcante


Capítulo 19
Perseguição


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/74945/chapter/19

Nota Inicial do Emmett:

               Oi. Sério, eu estou feliz.

               Preciso dizer mais alguma coisa?

Rosalie

Eu estava muito feliz.

E era bom demais para ser verdade.

Tudo o que acontecera comigo nos últimos dias foi muito, muito bom. Eu teria um filho com Emmett, e tudo mudaria para mim. O meu sorriso vinha de poucos em poucos segundos, e às vezes eu flagrava a mim mesma alisando a barriga, sabendo que teria uma longa espera pela frente.

Várias vezes senti vontade de pegar o telefone e ligar para a minha casa, falar com a minha mãe, ver a reação do meu pai, da Sara. Saber como seria ter minha família completa novamente. Mas o importante era que eu estava começando a formar minha própria família. E era um sonho realizado para mim.

Eu sentia mesmo muita vontade de estar com a minha família, mas ter Emmett comigo me fazia esquecer um pouco de todos os problemas que eu tinha. E hoje eu posso dizer que eu era feliz. Muito feliz.

Se às vezes eu me sentia sozinha, em outras eu tinha a companhia do meu marido, do meu amigo Edward, da tagarela Alice, do estranho Jasper e também dos meus pais emprestados, Esme e Carlisle. E estar com eles me fazia bem, mesmo que só o meu marido fosse humano, além de mim.

James nunca mais aparecera. E isso era muito bom. Mas eu pensava que havia algo estranho nisso, de ele não nos incomodar mais. Certo que eu estava cansada de vampiros me perseguindo, mas agora que eu vivia com alguns deles, não me parecia assim tão ruim. Exceto pelo fato do meu filho.

Nomes? Muitos para escolher. Decidimos parar um pouco para pensar. Alice falou que a inspiração vem quando a gente menos espera. Estou esperando há mais ou menos um mês.

Jasper disse que nós devíamos dar ao nosso filho um nome de algum grande soldado que tenha lutado até a morte pela sua pátria.

Edward disse que nós podámos dar o nome de um grande compositor de que eu gostasse e se ofereceu para nos mostrar sua coleção de vinis até que os identifiquemos com algum deles.

Esme disse para apelarmos para os nomes mais comuns. Sempre funcionam, e ninguém nunca vai esquecer o nome que eu der, de tão comum que vai ser.

Carlisle ficou fora do assunto. Só prometeu fazer o meu pré-natal. Alice não deu opinião direta quanto ao nome, mas disse para não exagerarmos se decidirmos dar um nome diferente. Ah, e se ofereceu para comprar o enxoval assim que souber se é uma menininha ou um menininho. Pelo menos foi isso que ela falou, quicando de felicidade.

Eu e Emmett não tínhamos nenhum nome em vista. Só decidimos esperar para escolher o nome quando soubermos se é menino ou menina.

Fora isso, eu não tenho muitas preocupações. Acho que meu filho será muito amado e cuidado quando nascer. E é isso que eu e Emmett conversávamos enquanto andávamos pela rua.

Tínhamos saído para nada, basicamente. Só para olhar as vitrines de lojas infantis, e imaginar um pouco como seriam as coisas. Somente isso.

Eu imaginava algo toda vez que olhava para o lado. Uma loja de sapatos, outra de móveis, roupinhas, até eletrodomésticos. Tudo me fazia imaginar como seria o meu filho ou a minha filha.

A cada loja, mais sorrisos. Eu olhava para baixo e fazia um carinho no meu bebê. Era algo divino, uma experiência absolutamente incrível. Saber que tem alguém dentro de você, que depende de você e que você faria tudo para deixa-lo feliz. Mesmo que ainda nem tenha se formado.

Emmett parecia um idiota. Um futuro pai babão. Se fosse menino, ele disse que ensinaria a jogar futebol. Se fosse menina, seria uma princesa. Já eu, não disse nada. Eu só sorri.

Saindo do shopping, nós tivemos uma surpresa.

               Começarei explicando, prometo.

               Algumas mulheres estavam alucinadas por um homem que passava pela porta. Definitivamente, elas tinham razão. Mas elas estavam alucinadas porque ele era bonito, e eu, por ele ser um vampiro.

               Emmett não estava comigo. Havia parado em uma loja de esportes. E eu rezei em silêncio para que ele chegasse logo.

               James veio andando na minha direção e parou na minha frente, com suspiros atordoados em sua volta. Provavelmente, inveja de mim. Mas eu quem estava com inveja delas, por não saberem quem era ele.

               - Rosalie Hale.

               - James – consegui dizer, mesmo com a voz falhando.

               - Saiba que ainda não desisti. E lamento pelo Idiota Júnior. Ele vai morrer também quando eu matar você.

               Nessa hora, um corpo gelou. Senti que estava ficando pálida, e pus a mão na barriga, talvez com o impulso de proteger meu filho.

               - O que faz aqui?

               - Você sabe o que eu faço aqui. Eu quero o seu sangue. – James apontou para mim, e eu quase caí.

               - Desista.

               - Por quê? Seu bando de amiguinhos vampiros vai aparecer aqui e me matar? – James riu ironicamente. – Claro que não.

               - Por que você me quer? Por que não qualquer outra, que não saiba do seu segredo?

               - Porque não tem emoção alguma, meu caro. Eu adoro um desafio, e a sua mulherzinha é um desafio e tanto para mim agora.

               - Só por causa dos Cullen?

               - Sim. Eles são o maior desafio. E, no início, eu usei você para atingir os Cullen. Eu sou um nômade, minha cara. É meu trabalho ter desafios.

               - Você não tem chance alguma.

               - Eu sei que os Cullen agora têm mais dois integrantes. E isso é exatamente o que me diverte mais.

               - Por favor, James – eu disse, olhando no fundo de seus olhos vermelhos, que as pessoas pensariam que eram as lentes de contato mais legais do mundo. – Por favor, não faça isso.

               - E por que não deveria?

               - Porque eu sei que, no fundo, você tem um coração. Você pode entender como eu me sinto.

               - Não, eu não tenho um coração, garota. E eu não entendo também.

               - É porque você nunca foi pai.

               - Você não sabe o que diz. - Sua expressão agora era furiosa.

               - Como assim?

               - Eu tive um filho, Rosalie. Uma garota. Uma linda garotinha. Eu tinha uma esposa, e tinha a minha filha. Até que em um maldito dia, há alguns anos atrás, eu encontrei um vampiro. Ele quase me matou, mas Carlisle me salvou. Mesmo assim, eu me transformei.

               - E elas?

               - Eu nunca mais as vi, Rosalie – ele disse. - E também não me importo com isso – acrescentou logo.

               - Tem certeza de que não se importa, James?

               - Absoluta, garota. Não me importo mais com elas.

               - Quantos anos a sua filha tinha?

               - Tinha sete meses. Pouca idade. Mas eu nem me lembro mais dela. A memória apaga um pouco depois que se vira vampiro. Também não lembro da minha esposa, só que o nome dela era Chelsea.

               - E a sua filha? Qual era o nome dela?

               - Sara.

               Meu corpo gelou.

               Eu nunca comentara aquilo com ninguém, mas a Sara, minha irmã, era adotada. Nunca escondemos dela, mas não costumávamos conversar sobre a família biológica da Sara. Só sabíamos que a mãe era viúva e falecera alguns meses depois do marido, deixando a filha sem nenhum parente próximo.

               Mas, será que havia tanta coincidência no mundo?

               Será que James poderia ser o pai morto da minha irmã?

               Não tive tempo para essas perguntas, porque nessa mesma hora, Emmett chegou com os Cullen.

               Edward gritou para que Emmett fugisse comigo e jogou a chave da moto por cima de James. Emm pegou e correu comigo para a moto. Só tinha um capacete, e ele me deu.

               Montamos a moto e seguimos. Depois de um tempo eu comecei a ficar enjoada demais enquanto nós entrávamos numa rua deserta. Atrevi-me a olhar para trás e vi que James nos perseguia. Comecei a ficar nervosa.

               Meu coração palpitava alto, mas se acalmou assim que avistei Carlisle, Esme, Edward, Alice e Jasper, logo atrás do vampiro faminto, correndo tanto que eu nem pude distingui-los por muito tempo.

               Comecei a pensar novamente na minha irmã, e me senti na obrigação de não deixar que o matassem sem que ele visse Sara pelo menos uma vez. Ele deveria ver a minha irmã para me confirmar as suspeitas.

               Nenhum pai merece isso. E eu não deveria deixar que fizessem isso com ele. Mesmo que ele dissesse que não, eu acreditava muito que ele tinha um coração e que sentia falta da filha. Provavelmente, nem Victoria sabia dessa filha.

               Minha irmã.

               Filha do cara que insiste em querer me matar.

               Difícil de processar.

               Bom, naquela hora, qualquer coisa era difícil de processar. Nós estávamos indo muito rápido, e isso não me agradava. Principalmente quando estava sendo perseguida por vampiros. Realmente, não é a melhor situação do mundo.

               Quando voltei a olhar para frente, percebi que estávamos ainda mais rápido. Tão rápido que, ao virar uma esquina, nos surpreendemos com uma ladeira e não deu tempo frear.

Abri os olhos dois segundos depois que estávamos no chão. Rezei em silêncio para que meu filho estivesse bem, e aí me ocorreu que Emmett não estava acordado.

               Levantei com um pouco de dificuldade, percebendo o sangramento na testa e as pessoas em volta. Chamei pelo nome dele, várias e várias vezes. Ele abriu os olhos em um instante e murmurou:

               - Rosalie... Cuide dele.

               Eu entendi o recado, mas não pude acreditar.

               Emm fechou os olhos novamente e não tornou a abri-los, enquanto eu chorava desesperadamente.

               Carlisle veio correndo e avisou que era médico. Fez uns primeiros socorros, dos quais eu não entendi nada. Minha testa ainda sangrava, e isso me deixava um pouco incapacitada de pensar em algo que não fosse Emmett ou meu filho.

               Enquanto eu chorava, incapacitada de qualquer coisa, chegou uma ambulância. Eu não queria deixar Emmett sozinho, ainda mais naquele estado, mas os paramédicos me convenceram quando Carlisle mencionou o bebê.

               Prometi a mim mesma que não ia fechar os olhos até saber de Emmett, mas a minha luta contra a fraqueza não foi o bastante para me manter acordada. E eu desmaiei.

Nota da Autora

               Desculpem. Mesmo. Mas o Emmett está impossibilitado de fazer as notas finais. Vamos para as minhas notas conversar com a Rosalie.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AUTORA: Sinto muito pelo Emmett, Rose.
ROSALIE: Tudo bem, o que você pode fazer é POSTAR LOGO!
AUTORA: Tá bom. Agora, faça o que o Emmett gostaria que você fizesse.
ROSALIE: Ele gostaria de pedir reviews estreladinhos e mandar um abraço para os leitores. Tchau.
AUTORA: Tchau, Rose. Tchau, leitores. Amo vocês!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prefácio de Uma Vampira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.