Já haviam se passado três semanas desde que Alya e Marinette descobriram ser as campeãs do Fogo e de Yin. E era o dia da reunião de Hawk Moth tinha convocado, que seria no centro da cidade.

O quarteto estava no carro, um Ford 30 cor de ferrugem com engrenagens em na sua traseira que fazia sair mais fumaça que deveria do carro. Todos estavam com seus devidos disfarces e armas, enquanto os kwamis escondidos em suas roupas.

A cidade era um amontoado de estreitas e altas casas e lojas. Os maiores locais eram as igrejas, com a arquitetura que fazia temer a Deus, a biblioteca que tinha uma pequena escadaria que e altos pilares gregos, que davam inspiração para o conhecimento, e o teatro, que tinha uma grande escadaria uma estrutura cheia de abóbadas e com uma grande cúpula no centro. O comum dessas estruturas era a mistura de metal, madeira e tijolos.

O clima da cidade era úmido, por causa da fumaça das chaminés e dos carros pouco se enxergava, sem falar na chuva de fuligem constante. Não demorou muito para chegarem no prédio onde aconteceria essa reunião, lá era o esconderijo preferido de Hawk Moth, por estar bem no meio da cidade, ser discreto, ser espaçoso, luxuoso, e o melhor, com paredes grossas.

Adrien pareceu estar com anseio de entrar, com um olhar assustado.

— O que foi? Está tudo bem?- Marinette se preocupa.

— Esse é o prédio em que eu morava.- Riu leve e abaixou a cabeça.- Foi onde abandonei meu pai.

Marinette o olhou triste, parando de andar até a entrada do prédio, colocou a mão no rosto dele.

— Eu sei... As cicatrizes do passado ainda doem.- Isso era verdade, os dois tinham algo a que se culpar. Mais animado Adrien envolveu a cintura dela nos braços.

— Ladybug!- a voz fez Marinette estremecer e sair rapidamente dos braços em que estava.- Querida, já está aqui!

Era Evillustrator, que estava de terno branco e preto, com uma bengala, que não tinha necessidade nenhuma, mas o deixava mais chique, ele se aproximou, fazendo Marinette respirar fundo e erguer a cabeça o encarando.

— Quem é esse?- O ruivo olha bravo para Adrien.

— Esse é Chatnoir, meu novo subordinado.- Ela deu uns tapinhas no ombro do gato, com um sorriso, disfarçando o que estava acontecendo ali.

— Hum...Estou de olho em você.- Respondeu com a voz rouca.

— Eu por acaso sou vitrine pra você ficar de olho?- Respondeu Chat rapidamente, cruzando os braços.

— Olha com quem está falando, seu merdinha, mandei outros para fossa por muito menos.

— E você...

— Ei!- Por mais que não quisesse atrapalhar aquela discussão, só para ver Chatnoir destruir verbalmente Evillustrator, Marinette se colocou no meio, porque o ruivo ainda tinha um status mais poderoso que Adrien, e ele já estava a ponto de ser crucificado só pelo olhar.

— Querida!- Evillustrator ainda estava bravo, segurou o rosto dela com as duas mãos, dando mais um de seus beijos doloridos.- Vamos entrando.

Pegou de forma bruta a cintura dela e puxou até a entrada, que só não ficou tão assustada porque não estava sozinha, Tikki, escondida, a ajudaria se fosse necessário. Eles desapareceram do campo de visão do Adrien, que mordia os beiços. Logo Nino apareceu do lado dele seguido por Alya.

— É sempre assim.- Alya falou.- Toda vez que um homem chega muito perto de Ladybug, ele fica assim, mesmo ele ficando com outras mulheres. Eu nem sei direito como Nino escapou.

— Um homem sabe quando o outro esta interessado em algo, e isso inclui mulheres. O ruivinho deve ter percebido como Adrien olha para ela.

— Como se eu fosse o único? É o mesmo jeito que você olha para Alya. Idiota.- Adrien irritado, iria atacar qualquer um de graça.

— Nisso você tem razão.- É Nino, como um bom amigo, não só, aproveitou para lançar aquele olhar para Alya, mas não levou a mal a grosseria.

— Que tal entrarmos?- Alya escapou rapidinho do abraços romântico que estava prestes a receber.

Sem demora os dois amigos foram atras, entraram em um grande salão, com uma escadaria central, que se dividia e uma parte ia para a direita a outro ia para a esquerda. O salão estava decorado com um dourado bem metálico, misturado com tecidos vermelhos e suas variações de tonalidade, está tudo do jeito que Adrien se lembrava.

Todos subiram para o quinto andar, o último, lá a única porta dupla, de madeira escura, no fim do corredor, estava aberta. Já dento da sala, que não perdia em luxuria, estava uma mesa comprida, com muitos acentos, alguns ocupados, Marinette estava em um deles ao lado de Evillustrator, que conversava bravo com seus subordinados. Os três se aproximaram da cadeira de Ladybug, sem dizer nada, é ali ficaram, por uns dois minutos, até a reunião começar.

— Olá, meus braços.

Hawk Moth, entrou imponente, com seus seguranças, se sentando na cadeira na da ponta da mesa, que era a mais alta e a mais ornamentada. Imediatamente todos ficaram em silêncio, os braços sentaram em seus devidos lugares, com seus subordinados atrás.

— Os convoquei para essa reunião hoje, pois uma das minhas borboletas.- Era como Hawk Moth chamava seus informantes.- Que infelizmente, temos traidores em nossa família.- Com isso, todos se agitaram, cochichando baixinha.- Por favor.- Pediu silêncio.- Eu sei que esse traidor se achou muito esperto em pensar que não repararia nele. E como eu sou justo vou dizer como descobri esse traidor, na verdade, já suspeitava quando o lucro que vinha dele era menor que os outros, alguns outros indícios vieram aos poucos, como a demora para cumprir alguns trabalhos, realmente essa pessoa se disfarçou muito bem, por isso demorou alguns anos para acreditar que estava fazendo isso.

E Hawk Mota ficou discursando as suas suspeitas e como ficou decepcionando com esse pessoa, o que só deixou as coisas piores, fazendo Marinette, Alya, Nino e Adrien, soarem frio, cada vez mais. Após o longo discurso, Hawk Moth olhou para a quem estava vestido de vermelho e preto.

— Cupido Negro, você me decepcionou.- Nem ele e nem seus subordinados tiveram tempo de agir, foram logo fuzilados pelos seguranças de Hawk Moth.- Que isso sirva de lição.- Se levantou e saiu da sala.

Os campeões estavam aliviados, por não serem descobertos, só que, ao mesmo tempo estavam chocados pela cena que acabaram de presenciar. Tanto que não ouviam e nem viam nada, somente o vermelho sangue que se espalhava pelo chão. Marinette nem tinha ouvido Evillustrator a chamar várias vezes, e quando ouviu ele a agarrou pelo braço, tirando todos do transe, saindo dali.