Correndo Perigo escrita por Arthemis0


Capítulo 7
Dias Normais




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Todos da casa já estavam acordados, o silêncio entre os quatro continuava grande, como quando se está em um lugar novo, e tenta conseguir novas amizades, mas não têm assunto para isso. Para os kwamis era diferente, que se divertiam e conversavam alegremente, como velhos amigos que não se viam a muito tempo e estavam ansiosos para colocar o assunto em dia.

Os campeões e seus companheiros tomavam café da manhã, sem se preocupar em acabar rápido.

— Adrien! Camenbert!- O kwami negro reclama, sentindo falta de seu amado queijo.

— Ah! Sim.- diz o rapaz como se saísse de um transe.

Parando de encarar o sanduíche e indo até a geladeira, por sorte, já sabendo do gosto de Plagg, Adrien tinha levado alguns pedaços dessa iguaria derivada do leite.

— Um gato que gosta de queijo?- Meio sem querer, Plagg ajudou em tirar o silêncio dos quatro campeões, já que a curiosidade de Alya sempre falava mais alto que sua timidez.

— Sim, é bem estranho, mas Plagg sempre gostou dessa coisa fedorenta.- Reclama Adrien voltando da cozinha.

— Não fale mal do meu Camenbert!- defendeu Plagg

E acabaram tendo uma conversa, sobre queijo, mas foi uma conversa. Quando um estalo veio a cabeça de Marinette.

— Alya.- Chamou a atenção.- Precisamos treinar...

— Sim.

Ambas não estavam muito felizes, pouco irritadas até, pois se lembraram da derrota de seu primeiro treinamento.

— Vamos lá, meninas, sem desanimar.- Tikki tentou anima-lãs voando até Marinette.

— Isso mesmo!- Levantou Mari com os ânimos recarregados, e com o punho cerrado em sinal de vitória.- Alya, treinamos nós duas.

A ideia da mestiça era, justamente não treinar com as duplas anteriores, ela tinha uma desculpa, mas não era a verdadeira.

— Como assim? - Nino se espantou, irritado por não poder provocar sua esquentadinha, assim como Adrien, que ficou com olhar triste.

— Hei! Gente, vai ser melhor assim, eu e Alya estamos no mesmo nível, e é mais fácil de treinar assim.

É essa era a desculpa que ela tinha acabado de inventar, mas lá no fundo, as duas, não queriam treinar com os meninos, pois, sabiam que, do jeito que estava andando as coisas, não conseguiriam resistir as "provocações" deles.

E assim que terminaram o café foram para fora da casa/base, Alya e Marinette disseram suas frases e logo estavam com as armas nas mãos, um ioiô é uma flauta mágica. E, como as regras anteriores, a joaninha e a raposa tinha, cada, uma corda, é quem amarrasse a outro primeiro ganhava.

A batalha foi cheia de desvios e investidas mal sucedidas, era de se admitir que as duas eram flexíveis e mais rápidas que os rapazes, mas elas se conheciam o suficiente para prever os ataques uma da outra. Não foi daqueles confrontos que se aplaude no final, mas já era um passo adiante da última, já que, foi o cansaço que venceu. E, derrotadas, as duas riram da situação, apertaram as mãos e se aproximaram novamente de onde Nino e Adrien estavam, na porta da casa.

— Foi uma boa luta, mas se vocês tivessem treinado como da primeira vez, aprenderiam mais.- Nino não estava errado ao afirmar isso, porém, enquanto elas não soubesse o que realmente sentiam por eles era difícil lutar.

— Concordo, tudo que vi foram ameaças, e não uma luta de verdade.- Contribuiu Adrien ao analisar, o que também, não estava errado.

— Ah! Por favor, estamos aprendendo ainda.- Respondeu Marinette revirando os olhos.

— Sim, começamos a três dias, e vocês fazem isso a anos.- Alya se posicionou ao lado da amiga, apoiando o braço no ombro dela.- Vocês do não querem admitir que estamos progredindo mais rápido.

— Sim!- Vibrou Mari.- Admitiam, somos melhores.

Deram um riso de deboche, que logo se tornou um riso alegre, por ver a cara de bobo que os meninos estavam fazendo e esses só balançaram a cabeça, também rindo, dando-se por vencidos.

E assim se seguia a rotina desse quarteto, cada vez mais próximos, habilidosos, e também, mais felizes, claro que tinham os seus conflitos, afinal, quem não tem? A essa altura Alya e Merinette já sabiam lutar muito bem, ao ponto das batalhas contra Nino e Adrien darem empates. Eles também ajudaram bastante nos trabalhos dados por Hawk Moth, tinha ficado mais fácil, com mais pessoas ajudando.

Ah! Sim, o romance... Bem, vamos por partes...

Os quatro continuaram com aquela divisão de quartos, as garotas aceitaram isso.

Alya e Nino: era engraçado de se ver, ele provocava, fazia piadas e ria da reação de sua esquentadinha, alias adorava chamá-la assim " Minha esquentadinha" o que a deixava mais nervosa, eram um típico casal "Me bate que eu gamo". E eles tinham seus momentos fofos, e quanto mais isso acontecia, menos palavras Alya tinha para responder as piadas e provocações.

Nino adorava provoca-lá, ver o rosto fofo vermelho dela de vergonha, e aquele primeiro beijo que ele tinha roubado dela, o fazia lembrar de mel, e querer mais desse mel. Não era só isso, era também a curiosidade dela, querendo saber de tudo que acontecia e perguntando sobre tudo.

Já, para Alya, que se irritava facilmente de quanto ele era calmo, analisava tudo, tinha um olhar atento para tudo, inclusive, era exatamente por isso que ele só implicava com ela, pois sabia que ficaria irritada. No fundo, a esquentadinha estava mais e mais apaixonada por uma "tartaruga petulante", o apelido que ela deu para Nino.

Marinette e Adrien: o que dizer? Enquanto Nino domava uma raposa, Adrien regava uma flor, não foram as melhores analogias que fiz, mas, acho que entenderam, enquanto o um casal trocavam faíscas e com isso se aproximavam, o outro trocavam olhares e risos disfarçados. Adrien já tinha quebrado o escudo de ironia de Marinette, e tinha achado a parte uma parte mais sensível, uma parte que ele também estava amando.

Marinette se encantava, a cada dia, por olhos com verde brilhante, afinal, para ela, os olhos sempre transmitem os sentimentos reais, e toda vez que encarava aquelas órbitas verdes via paixão, que aos poucos estava se transformando em amor. No começo ela não achava muita graça nas piadas e cantadas, às vezes de duplo sentido, que ele fazia, mas aos poucos foi achando divertido, porém, não demonstrava.

Adrien, como um bom garoto apaixonado, sempre tentava ficar perto de Marinette, sempre tentando fazê-la sorrir, tinha conseguido algumas vezes, um sorriso singelo. E com isso, ele conseguiu tirar ela da defensiva, o descobriu o seu lado gentil e sensível, que só depois disso ficou mais claro o porque ela teve essa ideia, que para não dizer outras coisas, louca de entrar na família mafiosa de Hawk Moth, por que ela se importava com as pessoas e também porque ela se culpava da morte dos pais.


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