Correndo Perigo escrita por Arthemis0


Capítulo 18
Explicações




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Quando ela acordou, estava amarrada em uma cadeira, estava numa sala escura de concreto, a sua frente, no outro cômodo, estava Kung Food, parecia estar discutindo com alguém, estava de costa.

“Era só o que me faltava, se capturada duas vezes em menos de um mês”, pensou enquanto tentava se desamarrar, sem sucesso.

Marinette, olhou em volta, percebeu que atrás dela tinha uma janela fechada com madeira, que fazia o local ficar um pouco visível, percebeu também três sombras em um canto, e graças as orelhar de gato, sabia que eram seus amigos.

— Adrien, Alya, Nino. – Tentou sussurrar, sem sucesso

— Marinette. – Ouviu, como um sussurro, era Tikki, que deitou em seu ombro. – Que bom que acordou. Não adianta fazer isso, já tentamos, mas eles parecem petrificados.

— Tikki, o que está acontecendo, onde estamos?

— Também não sabemos. – Disse Plagg, deitando no outro ombro.

— Terminamos aqui. – Wayzz disse e Marinette sentiu um alívio nos pulsos.

Todos os kwamis estavam com ela. Ladybug se levantou imediatamente se agachou, esperando fazer mais silêncio, olhou em volta, procurando uma saída, olhou de novo para Kung Food, que ainda estava distraído com algo. E Marinette iria aproveitar esse momento.

— Tikki, transformar. – Sorrateiramente a campeã se aproximou, por sorte, não fazendo barulho. – Mal que abita esse coração. – Seu ioiô brilhava. – Deixe-o agora.

E foi fácil que ela conseguiu libertar o braço que a fez cair, foi quando, Kung Food deu lugar a um, homem rechonchudo de olhos puxados e cabelos raspados, ele estava ofegante, se virou para a menina e a abraçou.

— Obrigado. – A apertou forte e depois soltou. – Eu estava me sentindo sufocado, não podia imaginar que o Mal era dessa forma... – O homem parou de falar, segurou Marinette pelos ombros. – Você me purificou, isso quer dizer que você é a Campeã de Yin.

Zonza Marinette concordou, ao saber da resposta o homem lacrimejou, passou a mão nos olhos e a abraçou de novo, dessa vez de modo suave. Mas antes que pudesse explicar algo, Wang, foi afastado por Adrien, Nino e Alya ficaram perto de Ladybug.

— Marinette, sou Wang Cheg, seu tio. – Disse em um tom suave

— Eu não me lembro, nem minha mãe nem meu pai falaram de tio. – Wang suspirou.

— Essa vai ser uma longa história, que de qualquer forma, todos vocês precisam saber. – Eles se entreolharam. – Primeiro vamos sair daqui.

— Daqui.... Onde estamos? – Alya perguntou

— Provavelmente na minha base.

Todos estavam hesitantes, como ele sabia de tudo, ele se dizia tio de Marinette, e ela, por causa da lembrança, sabia que, pelo menos, os pais de Adrien e seus pais sabiam o que era tudo aquilo, com ela na frente, todos seguiram Wang.

— Bom, acho que depois de tudo vocês devem estar um pouco confusos. Conheço um lugar onde podemos conversar melhor.

Wang guiou os campeões até a praça da Torre Eiffel, o lugar mais limpo da cidade, pelo menos, o único em quem não chovia fuligem. Estava noite e a praça vazia, os postes iluminavam o lugar, o grupo se posicionou em um dos lugares iluminados com um banco. Wang sentou, e os representantes, com seus kwamis esperavam explicações. Wang olhou para o rosto de cada um deles, respirou fundo.

— Sou irmão de Sabine, tio de Marinette, e ela não sabe sobre mim porque, eu fiquei com ciúmes de Tom, graças ou meu complexo fraternal, éramos muito próximos, mas quando Sabine se apaixonou e me deixou de lado, a inveja subiu minha cabeça, depois que eles se casaram, fui embora, e mantivemos pouco contato, fiquei sabendo do nascimento da minha sobrinha, o que me deixou muito feliz, e minha vergonha não me deixou visita-la, depois fiquei sabendo da morte da minha irmã e de Tom, não tive notícias de Marinette, em resumo, meus sentimentos de raiva e arrependimento deixaram o Mal tomar controle do meu corpo, e agora estou aqui.

Wang sorriu para a sobrinha, que devolveu o sorriso, ambos pensavam que estavam sozinhos, que eram os únicos, e estavam felizes em se reencontrar.

— Agora a explicação de como eu sei tudo, quanto estávamos na faculdade um curso sobre mistérios da antiguidade tinha sido aberto, eu e Sabine, como ótimos curiosos, nos matriculamos nesse curso. E quem dava o curso era Fu, seu pai Nino. – Olhou para p rapaz. – Nossa você é extremamente parecido com sua mãe.

— Dizem que sou a versão masculina dela. – Disse sério.

— Voltando, foi lá que conhecemos muitas pessoas, os pais de Alya, a futura mãe de Nino, os pais de Adrien e Tom, foi lá que Fu mencionou e ensinou sobre os Miraculous, e sobre o Mal, e como eles apareciam de tempos em tempos para batalharem, e como o triunfo dos Miraculous era sempre necessário. Bem, nos tornamos amigos, a maioria, mais que isso, como Sabine e Tom. Aquele que mais se destacava do grupo com certeza era Gabriel, ele tinha uma fome de conhecimento, usava quaisquer meios para saber que assustava a todos, todos menos sua mãe, Adrien. – Olhou para o gato. – Você tem os olhos dela. Um dia ouvi ela falando para Sabine que Gabriel tinha seu charme.

O gato sorriu, e ficou nostálgico, ao lembrar da mãe.

— Mais tarde ficamos sabendo que Gabriel era o campeão do metal, e isso o pareceu deixar muito feliz, assim como todos nós ficamos, enquanto todos olhavam para sua joia de borboleta, acho que poucos perceberam, o olhar de Gabriel ficava insano, era assustador, e sempre que ele estava tinha esse olhar, a única que conseguia mudar isso era a mãe de Adrien, o sorriso e a presença dela sempre alegraram qualquer ambiente, acho que depois que ela desapareceu, a âncora de sanidade de Gabriel foi junto e o Mal tomou conta dele. A sede de saber se tornou sede de poder...

Chatnoir ouvia tudo aquilo de cabeça baixa, ele não podia acreditar, seu próprio pai foi responsável por tudo, como Fu pode não contar nada. Ele olhou para Nino que também parecia surpreso.

— Então essa era a vergonha que ele carregava. – Disse Nino, mais para si mesmo que para os outros.

Wang concordou, e Adrien saiu correndo, em direção a umas arvores, querendo chegar a um lugar, quem o seguiu foi Marinette, ela correu na mesma direção que a dele, entraram no meio das arvores e a moça deparou com uma linda vista, parecia que tinha voltado para o meio da floresta, e isso bem no meio de uma cidade de fuligem e nublada, tinha uma pequena nevoa ali sim, mas nada que estragasse a lagoa brilhante e os pequenos vagalumes que voavam por ali, as arvores, baixas e retorcidas criavam uma espécie de camuflagem e proteção, aquele lugar emanava uma magia.

Foi só depois de admirar tudo que se deu conta que seus kwamis não estavam ali. Adrien estava a beira da lagoa, agachado, encarando seu reflexo naquela água cristalina.

— Eu queria ter ti trazido aqui quando essa loucura acabasse. – A encarou por cima do ombro e voltou ao reflexo. – Mamãe me trouxe aqui uma vez, eu era bem pequeno, mas decorei o caminho, depois que ela desapareceu vinha bastante aqui, quando Mestre Fu me acolheu parei de vir.

Enquanto Adrien falava o aperto no coração de Marinette crescia, ela tinha que falar sobre a mãe dele, mas como? Ela se aproximou lentamente agachou do lado dele e o ouviu chorando.

— Por que? Porque ela nos abandonou, não faz sentido, ela era tão boa, tão gentil. – Ele parou e ergueu a cabeça, segurou nas mãos de Marinette e como um lapso de esperança nos olhos. – Vamos acha-la.

— O que? – Perguntou confusa.

— Wang disse que era ela a ponte de sanidade de meu pai, se acharmos mamãe talvez ele volte ao normal talvez ele...

— Adrien. – Disse a joaninha em um tom triste.

— Talvez seja mais fácil purifica-lo assim, minha mãe pode traze-lo de volta...

— Adrien – Disse em um tom mais séria, e teve sua atenção. – Ontem, quando você me acordou daquela lembrança, tem algo que vi, e preciso contar o que foi.

Eles se encararam sérios, e Marinette contou todo seu passado junto com o sonho/lembrança que teve, e quando terminou viu o olhar de Chat ficar vazio, sem o brilho que ele tinha, e ela sabia que se não fizesse nada algo ruim iria acontecer, com atitude segurou a cabeça dele, fazendo a encarar mais uma vez.

— Adrien, já chega! – Ordenou. – Já chega de encarar esse passado que só te fez sofrer, já chega de achar que tudo que aconteceu com o seu pai é culpa sua, já chega de pensar que algo ruim aconteceu só porque você existe. Veja, eu também perdi meus pais, e isso me fez sentir culpada por anos, e tem momentos em que eu fico brava por causa disso, é normal ter sentimentos ruins, é impossível evita-los, mas não podemos remoê-los como se nossas vidas só fossem eles. Por favor, pare com isso.

Marinette começa a chorar, e abraça Adrien, soluçando.

— Te ver triste me deixa triste, você é o meu gato bobo. E eu amo você.

Adrien desperta com as últimas palavras, ele não poderia estar mais feliz ao ouvi-las de Marinette, retribuindo o abraço.

— Fala de novo? A sua última frase?

— Eu amo você. – Marinette disse mais aliviada e se soltando do abraço.

— Mais uma vez. – Ele sorriu, e Mari ficou vermelha.

— Eu amo você.

— Outra vez.

— Eu amo você.

— Mais uma.

— Eu amo você.

— Por favor, mais uma.

— Eu te odeio. – Disse tediosa.

— Eu já sabia. – Disse com o sorriso debochado, o que fez ela sorrir.

— Bem, vamos, já devem estar preocupados. – Marinette se levanta e estende a mão para Adrien e ele a segura.

— Não. – O gato a puxa e os dois caem no chão forrado de folhas. – Quase nunca podemos ficar realmente sozinhos, quero aproveitar esse momento.

Os dois ficaram abraçados, Marinette por cima de Adrien, ele agarrava a cintura dela, e ela se apoiava em seu peito, com leveza os dois começaram a se beijar, um doce beijo que começava a ficar intenso, eles aprofundavam cada vez mais, e suas línguas dançavam. Com suavidade e agilidade Adrien começou a explorar as curvas de Marinette, se entregou.


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