Correndo Perigo escrita por Arthemis0


Capítulo 15
Show




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Alya já tinha se recuperado dos machucados causados na última briga, e claro, quem tinha cuidado disso era Nino. O frio estava chegando na cidade, os campeões se aqueciam em volta da lareira, conversavam amigavelmente, e o novo casal, não podia se desgrudar, Alya e Nino passavam bastante tempo juntos, seja conversando, seja trocando carícias.

Era um pouco constrangedor ficar perto dos dois quando isso acontecia, por isso Trixx e Wayzz ficavam com Plagg e Tiki, consequentemente Adrien e Marinette, que quando tinham a oportunidade de ficar sozinhos, lado galanteador de Chat parecia sumir, e acabavam conversando através de grunhidos, até alguém ficar com pena e interromper.

Estava tudo tranquilo, tranquilo demais, até que, de repente, batem na porta. Os campeões se entreolharam.

— Da última vez que essa porta bateu...- Marinette preocupou-se.

— Uma coisa nada boa aconteceu...- Completou Nino, que foi atender.

Felizmente era só o carteiro, que entregou algo novo, um convite para um show de mímica, seria uma coisa boa, se quem não tivesse apresentando era o Mímico, um dos braços de Hawk Moth, diferente do Faraó, que falava pouco, esse não falava, se expressa muito bem suas emoções com o corpo e o rosto.

— Está me parecendo mais uma intimação do que um convite.- Adrien e todos sabiam o que aquele “convite” significava.- Está parecendo mais algo como: “Venham ou mato todos que virão nesse show”.

— Ah! Parece que não vou testar tão cedo me sistema de segurança.- Disse Nino cabisbaixo.

— Desculpa pela minha ignorância.- Plagg flutuou até Adrien.- Não seria mais fácil ir para um lugar mais seguro do que instalar um sistema de segurança?

— É simples Plagg, já estamos em um lugar seguro. É suficientemente longe da cidade para ninguém, além de nós. – Nino olhou para Alya. - Se machuque e o suficientemente perto para os suprimentos, na cidade. Além disso, o Hawk Moth e seus braços poderiam ameaçar bem mais pessoas se estivéssemos escondidos.

Com isso explicado só faltava esperar o dia do show.

— Quebra de Tempo -

Saíram da casa/base em direção a cidade, com destino ao teatro.

Se depararam com a grande escadaria de mármore cinza escuro, e pedras que, antes brancas, agora estavam cinzas e sujas por causa da fuligem das maquinas. Os campeões se entreolharam.

— Não se preocupem pessoal, estamos aqui, não deixaremos nada acontecer com essas pessoas.- A kwami vermelha se pronunciou, tentando amenizar o desconforto.

— Tem razão! Não podemos entrar em pânico, essas pessoas dependem de nós, mesmo que elas mesmas não saibam.- Marinette cooperou.

Confirmando com as cabeças, os amigos entraram na grande construção. Por dentro não era tão grandioso quanto fora, existiam móveis simples em um canto, como um local de espera, um painel com os patrocinadores do espetáculo, um fila se formando nas grandes portas para o placo, e, o grande saguão, onde estava tudo isso, iluminado por um grande lustre de velas e cristais.

Não faltava muito para o início do espetáculo, então, o grupo não teve que esperar muito, entraram no grande salão em que estava o palco e os assento, poltronas de veludo azul, a luz estava fraca, quase uma penumbra. Os campeões se sentaram e o show começou.

O Mímico entrou em cena, com sua típica maquiagem, rosto branco e olhos marcados de lápis preto, sua roupa também preta e branca e um lenço vermelho no pescoço. A apresentação começou, todos ficaram impressionados, aplaudiram a cada movimento que fazia, estava tudo bem até o Mímico encontrar, com os olhos, os campeões, e deu um sorrisinho.

Ele desceu do palco, andou entre as fileiras dos assentos, pegando as crianças, levando-as para o palco novamente e as colocando do lado direito, os quatro amigos já se preparavam para o que estava acontecendo. Com gestos o Mímico fez uma caixa em volta do grupo de crianças, e na frente do palco, uma das crianças tentou sair da caixa, e não conseguiu, como se algo invisível estivesse prendendo cercado elas, a plateia começou a rir, nervosa.

O Mímico saiu do palco e voltou carregando um cartaz escrito “ Jogo de Adivinhação”, jogou o cartaz no chão e mostrou o indicador, ou seja, primeira palavra. Imitou uma pessoa dando um algo a alguém.

— Receber? – Uma pessoa da plateia arriscou o palpite, o Mímico fez que não com a cabeça, e novamente fez o gesto.

— Dar? – Outra pessoa disse, o Mímico bateu palmas, palavra certa, e ensinou a segunda palavra.

Ele passou as mãos pelo pescoço, pelo pulso, delicadamente.

— Pele? – Um chute errado. Mímico puxou a orelha, também de forma delicada, e novamente pelo pescoço, como se algo estivesse lá.

— Delicado? – Palpite errado. – Joias? – Palavra certa.

— Ele quer nossos Miraculous. – Disse Nino nada surpreso, mas antes de terminar o raciocínio um homem da plateia se levantou.

— Por que daríamos nossas joias a você?

O Mímico olhou para o homem, deu de ombros e se virou para o palco, se posicionou do lado esquerdo, olhou para cima, como se tivesse esperando algo, quando esse algo caiu, destruiu o chão do lugar, arrebentando as madeirar e deixando um buraco, as crianças gritaram com o susto, a plateia ficou aterrorizada, então o Mímico foi para o meio do palco, fez a mesma coisa e logo algo caiu provocando a mesma destruição, o próximo lugar era o lado direito, onde as crianças estavam.

— Eu e minha boca grande.- Lamentou Tiki ao lembrar do que tinha dito quando entraram no teatro.

— Ainda não aconteceu nada com elas. – Marinette olhava séria, tentando elaborar um plano.- Olhou para os amigos.- Preciso de tempo.

Enquanto isso a plateia já se movimentava, alguns pais desesperados tentavam subir ao palco, mas parecia que existia uma espécie de vidro que impedia a todos de passar. O Mímico olhava para o pulso e batia com o indicador no mesmo lugar, como se dissesse: “ O tempo está passando”. Logo algumas pessoas pegavam suas joias e o dinheiro que tinham e mostravam para o Mímico, esperando que o roubo logo terminasse e aquelas crianças pudessem ser soltas.

— Isso é muito baixo, prender crianças.- Reclamou Adrien, Marinette olha para ele, logo tem uma ideia.

— Gatinho, pode usar o Cataclysm mais de uma vez?

— Hum... Posso tentar.- Ele falou pensativo.

— Precisamos primeiro controlar as pessoas, principalmente os pais, seja lá o que estiver bloqueando o palco, ao destruí-lo pode machucar a plateia, Nino vou precisar que faça um escudo em torno deles, e os puxe para mais longe do palco. Alya vou precisar que depois de destruirmos o que bloqueia o palco precisamos distrair o Mímico, canse ele o máximo possível. Precisamos ser rápidos.

Com um plano, todos se transformaram, e o botaram em prática. Nino foi o primeiro a agir.

— DEFENSE.- Disse sonoramente.

Colocando um escudo em volta dos adultos, e os afastando do palco, a princípio eles não sabiam o que estava acontecendo, quando perceberam o que estavam acontecendo ficaram uma mistura de ira e medo, tentavam sair, gritar, xingar, mas eles não podiam fazer nada.

O segundo a agir foi Adrien.

— CATACLYSM.

Com um salto, foi das poltronas ao palco, colocando a mão direita na frente e destruindo o que bloqueava o palco, parecia uma espécie de vidro que quando foi tocado por Chat se desmanchou em pedaços negros. Alya subiu no palco, e começou a atacar vigorosamente o Mímico, desferindo golpes dos quais ele só se defendia.

Adrien e Marinette logo se posicionaram aonde as crianças estavam, o gato usou sua mão direita para destruir as paredes invisíveis, e com seu ioiô Marinette destruía e boqueava os pedaços pretos. As crianças estavam apavoradas, mas aliviadas por poderem correr para seus pais, assim uma a uma foi descendo o palco e correndo para o escudo que Nino que as deixou entrar.

— Preciso que aquente mais um pouco.- Disse Marinette, correndo para ajudar Alya.

— Depois de tudo, isso aqui a fichinha.- Respondeu Nino debochado.

Agora eram três campões contra o Mímico. Com golpes fortes eles conseguiram desfazer a defesa do Mímico.

— Alya, vá até Nino, vocês precisam tirar essas pessoas daqui.-

A morena concordou e correu até o seu parceiro, que desfez o escudo e ambos agiram como guias e protetores das pessoas. Agora eram dois campeões contra o Mímico.

— LUCKY CHARM.- Gritou Marinette.

Nas mãos dela caiu um microfone prateado, viu as caixas de som que estavam no canto do palco.

— Chat, preciso que você distraia ela.

— Pode deixar M´Lady.-

O gato avançou no Mímico, que já estava se cansando, fazia armas na mão e tentava ataca-lo, mas era inútil tentar se compara aos reflexos de um gato. Enquanto isso Marinette ajeitava as caixas de som, colocando as viradas para o centro, e colocou o microfone no chão, e antes de ligar tudo.

— Gatinho, aqui.- Acenou para Adrien, que atraiu o Mímico para a armadilha de som, quando.- Agora, mimica é uma arte muda e qual é o contrário disso?

— Barulho.- Chat completou pulando habilidosamente para trás e Marinette ligou todo o equipamento de som, causando um barulho ensurdecedor que fez o Mímico cair.

Já com o seu ioiô brilhando Marinette se aproximou no artista caído.

— O Mal já causou o estrago suficiente.- Colocou o ioiô no corpo do Mímico.- Deixe essa pessoa agora.- Ordenou.

E o homem atordoado, com as mãos na cabeça.

— Onde? Onde está? – Preocupou-se olhando rapidamente para os lados.

— Onde está o que? – Adrien perguntou.

— Minha filha!- O homem respondeu, estava com ela até que, até que... Não me lembro mais...- Se encolheu.

— Não se preocupe senhor...

— Pode me chamar de Fred.

— Fred.

Chat continuou o raciocinou, e explicou tudo que que tinha acontecido. Calado Fred agradeceu e saiu em silêncio.

— Mais um dos braços livre o Mal.- Marinette respirou fundo.

— Sim.- Concordou Adrien.

Marinette olhou para ele, viu o quando o admirava e gostava, apesar de tudo, se sentia feliz com ele, acolhida, ela queria expressar isso, queria se tornar um casal feliz, como Alya e Nino.

— Gatinho.- Chamou a atenção dele.- E-e-eu q-que-queria d-di-dizer que e-eu.

— Ah! Parece que tudo já acabou, o que vocês ainda estão fazendo aí? Vamos logo.

Era Nino, Marinette o amaldiçoou até a quinta geração da família dele, mas ao mesmo tempo ficou grata, não queria fazer cara de besta, mais do que já estava fazendo, pois, aquelas palavras ficaram engasgadas na sua garganta.


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