Correndo Perigo escrita por Arthemis0


Capítulo 11
O Primeiro Desafiante




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O dia amanheceu nublado, embora isso fosse comum na cidade, mas casa/base de Ladybug não era. Mais uma vez, o quarteto acordou para começar os treinos. Já faz duas semanas desde o tiroteio no beco. E daí em diante os quatro ficaram mais fortes, principalmente Marinette e Alya que antes desviavam e fugiam, agora atacavam.

Existia, além da neblina, um clima de tensão neste dia, implicitamente, todos sabiam que era hoje o primeiro dia de ataque, e viria de frente. Estavam todos na sala, em silêncio, um silêncio assustador.

E foi por causa disso que puderam perceber o chão tremendo.

— O que é isso?- Perguntou Volpina, indo para a janela.

Ela abriu a cortina e ficou de queixo caído, quando os outros foram ver, ficaram boquiabertos também. Eles viram uma frota de tanques de guerra, com rodas da altura de caminhões, canos de disparo de corto alcance.

— De onde veio isso?- Perguntou Chat, assustado

— Vou lá perguntar.

— Engraçadinho Nino!- Chat olhou para o lado, onde o amigo estava, na verdade, não estava mais.- Ué? O louco foi mesmo.

— O QUE!? - Mari e Alya se espantaram.

Quando olharam pela janela novamente, viram aquele menino tartaruga encarando os tanques, e não só isso, ele estava com o escudo, lentamente um dos canos de disparo se virou para a casa/base. O resto acontecei muito rápido. Marinette, Adrien e Alya ouviram um estrondo em seguida uma luz forte, por fim, lá estava Nino, intacto com o escudo em posição defensiva, saia fumaça do escudo, não só isso quando olharam para terra viram sulcos profundos é deles também dia fumaça. Alya foi a primeira a entender o que houve.

— Ele percebeu que algo estava para acontecer, ativou seu Miraculous, e nos defendeu do projétil que iria ser lançado daquele tanque.- Apontou para o tanque mais próximo da casa.- O impacto da pólvora em um lugar tão pequeno quanto o escudo causou a luz.- Ela explicou admirado com a coragem que Nino teve de ficar frente à frente com algo que poderia matá-lo facilmente.

— Hum... Era para eu ser o imprudente...- Disse Adrien se levantando, andou até a porta.- Plagg, transformar.

Do lado de fora os dois campeões se encontraram e observaram a frota de tanques avançando, não era difícil de deduzir que tinham o objetivo de esmagar eles e a casa. Quando alguns canos de disparos começaram a mirar na dupla à frente.

Nino se posicionou a frente de Adrien, ergueu o escudo, e como da última vez defendeu de um outro projetil, que causou outro sulco profundo na terra, dessa vez Chat sentiu o tremor, não só do impacto no escudo, o tremor dos tanques avançando.

— Quem poderia fazer isso?

— Não sei.- O gato cruzou os braços.- Mas aposto que destruo mais tanques que você!

— Vai sonhando.- Riu Nino.

— Quer apostar?

— O que sugere?

— Hum...O perdedor se tornará uma bitch, por duas semanas.

— Uma bitch?

— Sim, terá que cuidar da casa, limpar, lavar e fazer o que o vencedor mandar.- Nino pensou um pouco.

— Fechado.

Rapidamente os dois pularam na direção dos tanques, e como artistas de circo, pulavam e escalavam as paredes de ferro das armas. O gato, com a ajuda do bastão, quebrava os trilhos dos carros de combate, abria a janela de cima tirava e imobilizava o condutor.

— Um!- Começou a contagem glorioso.

— Dois!- Gritou Nino destruindo o compartimento do motor do segundo tanque.

— Maldita tartaruga.- Esbravejou Chatnoir, indo para o segundo tanque, e dessa vez, só incapacitando o condutor.

Enquanto isso as duas campeãs estavam do lado de fora da casa, com os Miraculous em punho, elas observavam o massacre de ferro que os dois promoviam.

— Acha que devemos ajudar?- Perguntou Mari.

— Hum... Deixa os dois se divertirem.- As duas riram e continuaram a observar.

Depois de alguns minutos e muitas peças de tanque espalhadas pelo chão, finalmente a frota de tanques estava destruída, alguns homens saia dos tanques e corriam. Turtle e Chat voltaram para frente da casa.

— 20 tanques no total!- Anunciou o loiro, pensando que tinha ganho a aposta.

— 20 tanques também.- Nino pronunciou.- Empatamos.- Os dois se encaravam.

— Não acredito!- Alya disse com raiva.- Vocês apostaram ao invés de descobrir quem está nos atacando!

— Calma Alya.- Começou Nino.- É bem provável que seja Evillustrator.

— Mas de onde virem esses tanques?

— Gente.- Com a voz tremula Marinette apontou para o horizonte.- Acho que temos outra coisa para nos preocupar...

O que os quatro viram foi um tanque monstruosamente grande, em altura e em largura, pintado de preto e branco.

— Desempate?- Perguntou Nino

— Desempate!- Confirmou Adrien.

Rapidamente os dois pularam para atacar o tanque-monstro que se aproximava.

— Como esses dois podem pensar em apostas agora?

— Os dois não vão conseguir parar esse tanque desse jeito.- Marinette fala com preocupação.

— O que sugere?

— Vê a gasolina saindo dos tanques que os meninos já destruíram?

— Entendido.- Só com uma troca de olhares Volpina já sabia o que Ladybug queria dela, e com pulos subiu na casa, podendo ter uma visão boa de toda a cena. Apertou a mão que segurava a flauta e esperou sua deixa.

Ladybug também estava esperando, esperando o tanque-monstro alcançar o posição que queria, bem em cima dos outros tanques. Ela avançou, escalou o gigantesco tanque com pulos e ficou de frente para os meninos que sem sucesso estavam tentando destruir a blindagem que protegia o compartimento do motor.

— Meninos, podem parar com essa aposta só um segundo e me escutar.- Os dois pararam de bater. - Turtle, preciso que você proteja a casa. Chatnoir, preciso que destrua o tanque de gasolina.

Os dois confirmaram, e foram para seus respectivos lugares. Nino estava em frente a casa/base, ficou em uma posição defensiva, com o escudo levantado.

— Wayzz, juro que depois dessa dou-lhe o que quiser.- Respirou e gritou.- DEFENSE!

Em instantes uma camada protetora de casco de tartaruga semi-transparente, verde, cobriu a casa. Logo Nino ouviu o som de flauta vindo do telhado, sorriu, entendendo o plano de Ladybug.

De volta ao tanque-monstro de guerra, Chat achou o tanque de gasolina, com um sorriso no canto da boca gritou.

— CATACLYSM.

E como mágica o ferro corroeu fazendo com que o líquido viscoso cair pelos trilhos, indo em contato com a gasolina dos outros tanques. Enquanto isso Labybug dava voltas nos trilhos do tanque, deixando a corda de seu ioiô enroscar neles, e aos poucos o tanque-monstro não se movia mais.

—Chat!- Gritou ela.- Vá para o escudo.

—Não sem você, My Lady.

Ele pegou Mari no colo e correu para o campo de proteção que Nino tinha feito, fazendo o fio do ioiô se esticar mais, uma das escamas que protegia a casa se desfez deixando os dois campeões passarem, e logo se reconstruiu.

—Alya! Agora!

Uma bola, grande, laranja e cheia de energia saiu do campo de proteção verde, e rapidamente atingiu aonde estava escorrendo gasolina, causando uma explosão digna de filmes de ação, tão grande que se não fosse pelo escudo a casa provavelmente estaria destruída.

Quando a fumaça abaixou puderam ver o tanque-monstro semi-destruído, os trilhos estavam amassados, derretidos, inutilizáveis, não existia mais cano de disparo, e toda a lateral do tanque estava queimada. O ioiô de Ladybug havia voltado para sua mão. Então os campeões decidiram entrar no tanque-monstro, quando abriram o alçapão, que levava para dentro, viram uma luz muito forte emanava de lá, ao entrarem viram Evillustrator apoiado em uma parede, com alguns arranhões, e com um papel e uma pena nas mãos

— Não vou me render tão rápido.- Se aproximou da luz de um dos lampião e começou a desenhar. Correntes se formaram nos três, deixando-os completamente imobilizados, menos em Ladybug.- Agora você poderá finalmente ser minha.

Evillustrator continuou a desenhar, dessa vez correntes se formaram nos pés da joaninha, impedindo qualquer movimentação. Como instinto, Ladybug jogou o ioiô para cima e gritou.

—LUCKY CHARM.- Em suas mãos caiu uma bolinha de borracha.- Mas o que vou fazer com isso?- O ruivo se aproximava com um ar ameaçador.

Ela teve um lembrança que Evillustrator se aproximou da luz para desenhar, olhou para o lampião que emitia muita luz e jogou a bolinha que quicou em outras luzes que estavam no local, deixando a penumbra da neblina invadir.

— NÃO!- Gemeu Evillustrator caindo de joelhos no chão, as correntes se desfizeram.

Labybug se aproximou com o ioiô que agora emitia uma luz rosa suave.

— Mal que abita o coração desta pessoa.- Ela fez o ruivo tocar na luz.- Deixe-a agora.- Falou em um tom calmo.

Uma luz leve emanou dos dois, e uma borboleta branca saiu no corpo do ruivo.

— O que, aconteceu?- Evillustrator falou, mas era estranho, era como se não fosse mais o Evillustrator, mas sim uma pessoa completamente diferente.

— Quem é você?- Marinette arriscou a pergunta.

—  Meu nome é Nathaniel Kurtzberg.- Os campeões se surpreenderam por um instante, mas logo entenderam o que tinha acontecido. A mestiça se virou para Nino.

— Esse é o poder de Yin?- Ele confirmou com um sorriso e acenando a cabeça.

Alguns minutos de explicação para Nathaniel foram necessários. Após isso, em choque, o rapaz se despediu agradecendo a ajuda, depois de prometer que não se deixaria encantar pelo Mal de novo.

—*Suspiro longo* É, no final nenhum de nos dois ganhou a aposta Nino.

—O que vocês apostaram?- Perguntou Marinette.

— Quem perdesse iria ser a bitch do outro.- Respondeu Nino.

— Espera, se não fosse pela Ladybug vocês ainda estariam tentando destruir aquele tanque-monstro.- Alya afirmou

— Verdade, se não fosse pela bola explosiva de Voltina não conseguiríamos destruir aquilo também.- Marinette acresentou

— Ué! E o meu Cataclysm?

— Que você só usou depois que falei para usar?- Adrien fez uma cara emburrada.

— Se não fosse por nós vocês não teriam nem usado seus poderes.- Alya colocou as mãos na cintura e encarou Marinette.- Ou seja, vocês perderam para a gente.

— E quem perder será a bitch por duas semanas.- Marinette encarou a amiga de volta, entendendo o que estava pensando.- Terão que trabalhar para nós durante uma semana.- Disse gloriosa, as duas amigas riram de forma assustadora, agora começaria a vingança delas pela derrota na primeira luta.


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