Brincadeiras do destino escrita por Phoenix


Capítulo 17
He is very sexy


Notas iniciais do capítulo

Olá leirores, desculpe a demora, estou tentando escrever mais uma fic e aí fica esse bloqueio e para piorar, quero escrever mais duas, então já viu né. Tentarei adiantar, escrevendo mais capítulos para quando surgir o bloqueio criativo, eu já ter a bala na agulha.
Só digo uma coisa, está um pouco picante no final. Mas bem pouco viu, nada de Hentai!!!
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/749299/chapter/17

Depois de uma tarde estranhamente divertida para os três casais, Catarine e Naoki ainda teriam uma longa noite para enfrentar. Noite desgastante de forma igual para ambos: Ela demorava muito para entender as explicações, ele cansava-se de tanto explicar e sempre tinha que buscar diferentes opções de exemplos para que ela entendesse.

Tadaima!— Falaram juntos ao chegarem em casa. Ao invés de receberem Okaeri, de resposta, receberam um olhar malicioso de Noriko, sem que pudessem entender!

Foram diretamente para a sala de jantar, pois já estava na hora do mesmo. Se espantaram com a quantidade de comida que estava em cima da mesa. Eram as comidas preferidas de Naoki e Catarine: Sushis e sashimis de salmão e peixe prego (favoritas dele), lasanha, rondele de presunto e queijo, estrogonofe com batata palha, bolinhas de queijo e claro, muita coca-cola (preferidas dela, aliás tudo que estava ali era preferido de Catarine).

— Okaasan, o que significa tanta comida assim? – Perguntou Naoki estarrecido com o exagero gastronômico que sua mãe cometera ali.

— Significa que estamos no paraíso Naoki! – Respondeu Catarine, esquecendo-se completamente de quando passou mal no cinema. Foi diretamente na lasanha e colocou um pedaço enorme no seu prato, colocou batata palha para acompanhar e encheu o maior copo da casa de coca-cola e começou seu jantar sem nem ao menos esperar todos se servirem.

Noriko estava satisfeita ao ver a animação de Catarine e a falta de pudor para comer tanto. Já imaginava que seus netos nasceriam gordinhos, pois alimentaria sem limites sua futura nora.

— Olha que lindo Cat-chan comendo. Já imagino meus netos.

De boca cheia e olhos arregalados, Catarine exclamou:

— NETOS? – Só não cuspiu a comida, porque ela era boa demais para desperdiça-la.

— Neto, Okaasan? Sinceramente, a senhora deve estar com alguns problemas cognitivos, não é possível. – Resmungou Naoki em tom de reprovação.

— Sim, netos, principalmente depois da cena que protagonizaram no ônibus hoje. – Noriko deixou escapar seu segredo, mas não se importava, não tinha nenhum remorso ou vergonha em agir como agia.

Nesse momento, não ouve pensamento de desperdício de Catarine que conseguiu conter a comida de sua boca que voava em seu prato. Seus olhos sairiam, com toda a certeza, de seu rosto de tão arregalados que estavam.

Já Naoki estava vermelho, tossia como forma de escapar daquela situação vergonhosa. Com essas reações, Noriko apenas se sentia ainda mais feliz do que pensava, aquele tipo de constrangimento só podia existir em pessoas que estão escondendo seus sentimentos e se existia sentimento, significava que estava mais perto de realizar seu sonho em casa-los.

— Que cena no ônibus? – Iri-Chan perguntou curioso. Mas sabia que estava acontecendo alguma coisa. Naoki estava diferente, era notório. Sempre foi um menino muito pacato, rotineiro até demais para um adolescente, nunca estudava, dormia cedo, sua expressão era sempre a mesma. Mas agora era diferente. Dormia mais tarde, cada dia tinha uma expressão diferente em seu rosto, raiva, alegria, sarcasmo, entre tantas outras e ainda para completar estava estudando. Sim era algo que deixava interrogações em sua cabeça. E Noriko estava muito contente, com aquele sorriso ‘safado’ em sua face, ou seja, estava aprontando e no momento o que ela queria era unir seu filho e a filha de seu melhor amigo. Juntando tudo isso, concluiu que algo estava realmente acontecendo, fora as cenas “pervertidas” que flagrou dos dois, mas acreditava que era apenas os hormônios, nada muito sério, contudo pensou que pudesse, enfim, ser algo a mais.

— É mesmo, que cena Okaasan? – Perguntou Yuki. Tudo que acontecia em relação ao seu irmão era de seu interesse, pois tamanha era sua admiração, que queria ser igual a ele, inclusive nas atitudes, por isso era um mini-chato igual o irmão.

— O longo beijo do amor! – Disse suspirando ao se lembrar da cena, apesar de não ser um beijo de novela, foi um beijo. E esse tipo foi melhor que aqueles ardentes e cheios de desejo, pois um beijo de ternura, estava muito mais próximo do amor.

Dessa vez, Catarine, que apesar da situação não parava de comer, engasgou-se, chegou a sair uma batata-palha pelo seu nariz, trazendo certo ardor.

— Oniichan, você beijou essa baka? É sério? – Yuki perguntou ao seu irmão, cheio de desdém, não poderia acreditar que aquilo pudesse ser real. Beijar uma menina? E justamente a Catarine? Só poderia estar louco.

— Vamos esquecer essa história e jantar, por favor? A comida parece estar muito boa, minha favorita. – Naoki arranjou uma forma de desviar do assunto, não queria entrar em detalhes sobre aquela situação.

O jantar ocorreu dentro da ‘normalidade’ possível que aquela casa proporcionava, Naoki quieto, Noriko falando coisas levemente pervertidas, Catarine fazendo piadas para Iri-chan, que ria feito uma hiena e Yuki, tentando imitar Naoki, mas rindo disfarçadamente.

Terminando o jantar, apesar de estar muito cansado, Naoki lembrou Catarine dos estudos que teriam em seu quarto, apesar de ser final de semana, a prova estava muito perto, e com toda a inteligência que sua aluna tinha disponível, era imprescindível usar cada segundo dos estudos. Cata acenou que iria, mas permaneceu na mesa comendo, por cerca de quinze minutos.

 Finalizada sua refeição, Catarine subia as escadas da mansão, com a mente em toda a comida que comeu e, principalmente, nas que deixou de comer por estar muito cheia, quando seu pensamento é interrompido por uma visão, uma visão que revirou seu corpo e mente do avesso.

A porta do banheiro não estava totalmente fechada, e pela brecha, Catarine era capaz de ver Naoki, apenas de samba canção, secando seu cabelo com a toalha. Não era de fato uma cena erótica, mas os últimos acontecimentos mexeram bastante com Catarine. Depois daquele beijo que deu em Kinho no enterro de sua mãe, nunca mais beijou ninguém. Não era falta de oportunidade, era falta de vontade mesmo.  Ela teve vontade apenas de beijar Kinho, como fez, e depois de tantos anos, sentiu a mesma vontade ao ver Naoki, chegou a achar que gostava apenas de japoneses, mas não se sentia atraída por nenhum outro, e estudaando em uma escola japonesa, via muitos deles. Quando descobriu que Kinho era Naoki, chegou à conclusão que o tipo dela era ele, apenas ele.

Todas aquelas sensações em relação ao sexo oposto, que normalmente se tem aos treze, quatorze anos, Catarine estava tendo agora, com quase dezessete. Observava o corpo de Naoki, nada exagerado, não era muito magro, nem exageradamente forte, mas suas pernas eram grossas, e isso chamava sua atenção mais do que desejava, suas costas eram largas, fazendo-a concluir que a parte mais interessante no corpo masculino, sem dúvidas, era aquela. Sua barriga, apesar de não ter uma definição de academia, era sequinha e tinha leves ‘gominhos’.

Ficou analisando cada parte daquele corpo, ficando cada vez mais vermelha, devido seu sangue fervendo e a taquicardia cada vez mais forte em seu peito, estava tão desesperada por outras certas reações que tinha em seu corpo, que saiu correndo para seu quarto, batendo a porta com força. O barulho fez Naoki olhar para a porta e, percebendo que ela estava aberta, sorriu de lado imaginando o que poderia ter acontecido.

Encostada na porta, com as mãos no peito, como se isso pudesse acalmar seu coração que quase rasgava seu peito. Então ela teve uma ideia. Abriu seu notebook e foi no Google, digitou:

Porque meu coração acelera quando vejo um homem seminu?

As respostas de sua pesquisa a assustaram! Todos os resultados, apesar de não responderem sua pergunta, se remetiam a sexo. Começou a se sentir uma tarada. Estava realmente preocupada.

Precisava falar com alguém.

*

Enquanto isso, no apartamento de Thiago Sensei, a coisa estava quente. Ele e Midori se atracavam como se não houvesse amanhã, descontavam no parceiro o longo período de abstinência sexual que tiveram.

Antes de abrir a porta já estavam em um beijo intenso, o que dificultou bastante algo tão simples como colocar a chave no trinco e girá-la. Thiago nunca ficou tão irritado com a sua mania de girar duas vezes. Além de que torcia para que nenhum vizinho aparecesse naquele momento de furor.

Quando finalmente conseguiram entrar, girou Midori, para que ficasse encostada na porta, e assim ele pudesse fecha-la, mesmo com aquele beijo, com aquelas sensações, Thiago girou a chave duas vezes, o levando a pensar que era realmente doido.

Enquanto beijava Thiago, Midori observava o local, queria se certificar que seu parceiro, era pelo menos, uma pessoa higiênica. Por mais que tentasse desviar esses pensamentos, sua mania de limpeza era maior. Do ângulo que estava, era capaz de ver a sala, onde ela se encontrava e a cozinha através da abertura que dava até ela. Notou que estava tudo muito bem organizado, não tinha nada fora do lugar, nem uma louça na pia, exceto por um copo, que parecia ser destinado a beber água. Aquilo foi o estopim para que se entregasse de vez ao professor.

Andando, sem cessarem os beijos, caminharam até caírem em cima do sofá. Midori por baixo e Thiago por cima, as respirações estavam fortes, descompassadas e logo soltavam alguns gemidos enquanto suas mãos tateavam em busca de conhecer o corpo do outro.

Algum tempo depois levaram esses amassos para outro nível, não entrarei em detalhes do que estava acontecendo, mas deixo com você a missão de imaginar as maiores sandices que esses dois adultos poderiam estar fazendo, e acrescento que ainda será um pouco mais do que imagina.

*

Wally estava realmente muito feliz. Depois de dois anos gostando de Samanta, finalmente conseguiu sair com ela, se divertir e ainda beijá-la. Apesar dessa felicidade, sentia uma pontada de tristeza cortar seu coração ao pensar em problemas que poderia ter, mas isso ele não podia se preocupar agora, até porque esses problemas, se acontecessem, aconteceriam em longo prazo e ele não é capaz de dizer que o relacionamento durará ou não até lá.

Samanta estava absorta em seus pensamentos em relação ao seu encontro, quando escutou o som de mensagens no whatsapp.

Wally: Hi, boa noite doll, como vc está?

Sam: Depois dessa tarde? Ótima, no minímop

Sam: *mínimo

Wally: Que bom, fico feliz por isso :D

Sam: E vc Wall, como está?

Wally: Melhor é impossível.

Os dois ficaram um tempo sem saber o que escrever. Estavam ansiosos e nervosos ao mesmo tempo. O coração de ambos estava disparado. Até que novamente o som de mensagem se fez audível.

Wally: Eu queria falar isso em um momento melhor, de uma forma melhor, mas talvez eu exploda se não te disser agora. Espero que meperdoe se não gostar ou se for o jeito errado de te falar, mas...

Wally: I love you doll

Samanta achou que explodiria. Era tudo o que ela queria ouvir, mas naquele momento, e daquele jeito foi o que ela desejava. Seu coração ansioso não aguentaria nem mais um segundo a espera de saber os sentimentos de Wally. Ela precisava daquilo. Sabia que talvez seria errado, que aquele relacionamento estaria dado ao fracasso, mas não poderia deixar de se entregar, não agora. Reuniu todas as suas forças e sentimentos que sentiu durante todos esses anos e respondeu:

Samy: I love you too boy

Wally: vc está falando sério? :0

Samy: yes

Wally: é sério mesmo, pfv não minta

Samy: I love you so much

Wally: me too

Wally: girl, desde o primeiro dia que eu coloquei meus olhos sobre os seus, nunca mais fui capaz de tirar vc da minha mente.

Wally: tem sido assim todos os dias... durante esses dois anos, sei que é errado, mas agradeço a Deus por Jéssica ter trombado no Naoki

Wally: Eu sei que ele foi muito mal educado, but... não tem como não agradecer por eu ter cruzado meu olhar com o seu

Wally: vc é um presente na minha vida sem graça de nerd gringo

Samy: vc não é sem graça.. só é nerd e gringo ahahahaha :)

Samy: mas o qe vc disse, tb aconteceu comigo

Samy: Seu olhar foi como um imã, que me atraiu a vc e, por mais que eu tentasse me afastar, mais me atraía. Eu não vou negar mais, não vou esconder mais.

Samy: Eu te amo Wally!

Dessa forma passaram a noite, trocando os sentimentos que antes tinham medo de expor e agora tinham a certeza de serem correspondidos. Não havia importância em se declararem pelo aplicativo, esse não era o ponto, o que estava em jogo ali era a necessidade de compartilhar o desejo pelo outro e saber se era reciproco, e assim, finalmente após muito tempo puderam sentir-se plenos, ainda que tivessem tantos pormenores por trás.

*

Jéssica e Carioca estavam se falando pelo telefone, já fazia algum tempo que a conversa estava rolando, mas nada que nos interessasse, apenas as piadas de sempre, essas coisas. Até que...

Jéssica – O que foi isso hoje?

Carioca – Isso o que? O encontro?

Jéssica – Sim

...

Carioca – Olha, o que significa exatamente eu não sei, só sei que a muito tempo eu queria que isso acontecesse.

Jéssica – Eu também, mas tinha medo que nossa amizade acabasse, isso eu não quero Carioca.

Carioca – Nem eu, então, ao invés de assumirmos um relacionamento, vamos continuar assim, até decidirmos o que fazer.

Jéssica – Combinado, mas a gente tem que prometer, que independente de qualquer coisa, vamos ter que continuar amigos, certo? É uma obrigação.

Carioca – Ok, fechou. Agora deixa eu te falar, você beija muito bem.

Jéssica - ... Você também.

Continuaram se elogiando por bastante tempo e depois continuaram com suas conversas diárias.

*

Enquanto isso Catarine mandava mensagens e tentava falar com suas amigas, que não a respondia.

— Bolas, justo agora elas não respondem. O que será que estão aprontando, não é possível meu Deus! Pensa, pensa, pensa... não vai ter jeito, preciso resolver isso agora!

Sandro havia chegado mais cedo do restaurante pois estava sentindo alguma coisa lhe incomodar, achava que algo ia acontecer em relação a Catarine. Lembrou-se de Rebeca que falava constantemente para ele que as mães têm sexto sentido para os filhos. Como Rebeca não estava mais ali, acreditava que deixara o sexto sentido para ele, por isso voltou para casa sem hesitar. Foi quando escutou sua porta batendo.

— Pode entrar.

— Oi papi, com licença. – Já sentiu seu coração apertar, queria chorar naquela hora mesmo, mas se controlou para que isso não acontecesse. Agora ele tinha certeza do tal sexto sentido.

— Aconteceu algo minha filha?

— Tipo, meio que aconteceu e não aconteceu, não sei...

Pronto, ele ia chorar, já estava certo.

— Pai, não é nada de mais, se o senhor chorar eu juro que vou embora.

— Não filha, fique, me conte. – Apesar da dor e da dúvida, Sandro não queria deixar de ter esse momento com sua filha. Queria passar segurança suficiente para continuar sendo seu confidente.

— Pai, meio que eu beijei o Kinho de novo. – Disse em um tom envergonhado.

— Mas dessa vez você não cortou a boca do pobre rapaz né filha? – Apesar de estar nervoso, era inegável lembrar da situação do passado e não achar graça. Também sabia que beijar outra pessoa era natural, principalmente na adolescência, achou até que demorou para Catarine beijar alguém novamente.

— Sem graça. – Falou mostrando a língua. – Não mordi porque não foi exatamente esse tipo de beijo, foi mais como um selinho demorado, não sei se devo considerar como um beijo.

— Filha, usou a boca fazendo bico é beijo. Seja na bochecha, na boca, onde for. Mas você só beije aí, bochecha, boca e testa. Só! – Apesar de falar sobre isso, ainda não estava preparado para ir além nesse assunto e muito menos de imaginar sua filhinha nesse tipo de situação, como um beijo do pescoço para baixo, como estava imaginando. Chegou a balançar a cabeça em negação, só por pensar nisso.

— Você é muito bobo, papai. Mas além de falar isso, o que eu queria mesmo perguntar era outra coisa. – Agora ela estava vermelha. Sandro estava sentindo a garganta secar e o coração acelerar pouco a pouco. O que será que ela perguntaria a ponto de deixa-la vermelha, se tinha algo que faltava em Catarine era vergonha, e para estar daquela maneira, coisa boa não era. Antes de começar a falar, pigarreou. – Bom, é... então... Pai, assim.. tipo... – respirou fundo – quando você vê uma pessoa sem roupa... – Sandro arregalou os olhos de maneira que pareciam querer saltar da sua face. – na verdade, não é sem roupa, é só em camiseta... – ao dizer essa parte, Sandro pode soltar a respiração que prendia sem perceber. – tipo... é normal sentir o coração disparar, um arrepio subir a espinha e... – nessa hora Catarine virou o olhar na direção oposta de seu pai, para não olha-lo no olho. - formigar algumas partes do corpo? – Então ela tomou coragem e com os olhos lacrimejando, virou-se para  seu pai e perguntou. – PAI EU SOU UMA TARADA?

Apesar de estar muito constrangido com a conversa, Sandro ficou chateado com o pensamento de sua filha. Para ele, a conversa seria bem mais fácil se ela fosse um menino, mas não poderia deixa-la assim, se sentindo mal por algo normal. Pensou um pouco e chegou à conclusão que, quando se trata desse tipo de sensações, não existe diferença entre homens e mulheres, apenas algumas pessoas gostam mais e outras menos, e isso não tem relação ao sexo da pessoa. Então, pensou em falar com Catarine, como ele falaria se ela fosse um menino.

— Filha, você é não safada por ter esse tipo de sensações, isso é muito natural, homens e mulheres se sentem assim quando veem uma pessoa que os atrai e isso não significa que você é ou deixa de ser safada. – Aquela conversa estava sendo mais constrangedora do que quando Catarine menstruou. Ele lembrou que ela saiu correndo para ele, dizendo que estava doente e sangrando, ela era tão distraída, que mesmo com as aulas sobre isso, não se atentou que pudesse ser a tal da menstruação. Mas Sandro conseguiu explicar super bem, afinal, já tinha pesquisado na internet sobre o assunto. Mas agora a coisa já estava em um novo nível e, isso, ele não havia pesquisado. Decidiu por fim, usar seu coração de pai. – Querida, escute bem, chega uma hora na vida da maioria das pessoas que elas se atraem por alguém. Algumas pessoas se atraem pelo físico, outras pela inteligência e algumas pela personalidade. São muitos fatores que levam a atração pelo outro e dessa forma o corpo corresponde. Vai chegar um momento, em que seu corpo vai desejar algo além daquilo. Vai exigir contatos físicos e algo mais profundo. Mas o que você tem que ter em mente minha filha, é que ninguém pode lhe forçar a essa situação, você só deve seguir em frente quando sentir que é realmente isso que quer, tem que ter certeza que é a pessoa certa. Não faça jamais porque todos fazem, faça apenas no seu tempo. Quando fizer, lembre-se que precisa se prevenir, não só por conta da gravidez, mas também e principalmente, por conta de doenças. – Respirou fundo e prosseguiu. – E nunca se esqueça, você não é uma pessoa ruim por sentir isso. Afinal todo mundo sente e se não sentissem, como existiria a humanidade, não é mesmo?

Com todo o carinho que sentia pela filha, ele a abraçou e ela respirou aliviada. Se seu pai dizia que ela não era estranha, ela não era. Guardou as palavras com carinho e agradeceu. Antes de sair seu pai lhe chamou a atenção.

— Por acaso foi o Kinho que lhe provocou isso? – Disse com um sorriso malicioso.

— Nossa pai, que constrangedor... FOI! – Disse e saiu correndo, fazendo seu pai sorrir de satisfação. Fazia muito gosto do relacionamento de ambos.

Já em seu quarto, separou seu pijama, que era um baby doll vermelho, e se perguntava onde estavam seus pijamas normais, era tudo muito estranho, contudo ela era incapaz de associar essas situações a mãe de Naoki, principalmente o fato dela ter comprado aquele tipo de pijama para ela.

Após o banho, repetiu todo o processo da noite anterior, se entupindo de cremes e perfumes e foi chamar Naoki em seu quarto.

— Boa noite bonitos. – Disse para os irmãos. – Está pronto Naoki?

— Sim, vamos.

Yuki olhou a roupa de Catarine e junto ao cheiro do seu perfume corou de vergonha. Catarine chegou perto do menino e disse.

— Nossa, como você está bonito, seu rosto está tão... diferente, o que seria? – Estava tentando descobrir a diferença, já Naoki percebeu e deu uma risada de lado. – Bom, não importa, o importante é que está muito lindinho. – Disse apertando a bochecha de Yuki, que não conseguia repreende-la.

— Você está muito cheirosa. Vá estudar, para melhorar seu cérebro, ele precisa de atenção também, sua indecente, olha essa roupa. Coitado do meu Oniichan.

— Eu sei Yuki, mas só tenho essa roupa para dormir, e a noite quero me sentir confortável, por isso não pego outras roupas, se não perderei o pouco de concentração que me resta.

Yuki deu de ombros e Naoki a chamou para irem ao seu quarto. Chegando lá, pediu que pegasse o livro e o caderno de inglês para começarem os estudos. Selecionou algumas frases para que ela traduzisse, mas nem o básico ela sabia.

Naoki passou vários exercícios e ela tentava traduzir, passou-se uma hora desde que iniciarm os estudos. Conforme Catarine pensava, ia se movimentando na cadeira, cruzando as pernas, sentando sobre elas na cadeira. A cada movimento que fazia, seu short subia mais e mais, tirando a atenção completa de Naoki. Já com os pensamentos maliciosos que estavam começando a dominar sua mente, tirou sua camiseta e deu para Catarine.

— Coloque. – Ordenou sem pudor nenhum.

— Porque? Não vejo motivos. – Respondeu Catarine sem entender. Naoki não queria dar o braço a torcer e dizer que estava desconcentrado por causa daquela cabeça oca, então pensou rápido e respondeu.

— Você não se concentra por causa da cor da sua roupa, o vermelho tira o foco. Como gosta de roupas confortáveis, minha camiseta será de grande valia, já que ficará folgada e longa em você.

— Nossa, não sabia que até mesmo a cor podia influenciar nos estudos. Sempre me surpreendendo. – Ela acreditou completamente na desculpa e colocou a camiseta branca de Naoki, mas ao ter a visão da menina com sua camiseta, sentiu-se arrependido por acha-la ainda mais sexy com ela, porém era tarde demais para pedir que tirasse.

Catarine continuou traduzindo algumas palavras, passando-se mais uma hora e quando foi pedir ajuda a Naoki, se deparou com aquela cena. Ele estava com os braços atrás da cabeça, a cadeira levemente inclinada para trás, suas pernas estavam cruzadas e seu short deixava a vista suas pernas grossas. Catarine foi tomada novamente por aquelas sensações e formigamentos, engoliu a seco e sua respiração começou a ficar descompassada e um pouco alta, chamando a atenção de Naoki.

— O que foi? – Perguntou despreocupado.

— É que eu tenho uma dúvida. Nós sempre falamos a palavra sexy, como uma palavra do nosso vocabulário. Mas como eu devo traduzi-la?

— Pode usar sensual.

— Então a frase “He is very sexy” pode ser traduzida como... – Então ela misturou seus pensamentos com a frase – “Você é muito sensual”!

— Catarine, você não. – Sem entender, achou que Naoki dizia que ela não era sensual, e por isso, nitidamente seu rosto ficou tristonho.

— Ah, desculpe. – Esperava uma resposta que melhorasse seu ânimo.

— Não tem que se desculpar por uma coisa tão sem importância como essa.

O que? Não tenho importância? Pensou Catarine. Seus olhos começavam a lacrimejar.

— Não precisa chorar por isso, é inútil, concentre-se apenas em concertar o que é necessário e vamos em frente.

Como assim concertar o necessário? Ele está sugerindo que eu faça um plástica? Uma lágrima teimava em escapar.

— Catarine, eu sei que está sobre pressão, mas... tá ok, vamos lá. “He is very sexy” não significa “Você é muito sensual”, significa “ELE é muito sensual”. Esse inglês é tão básico, como pode confundir “You” com “He”? Mas não precisa chorar, é só ter mais atenção.

Depois de algum tempo em silêncio, finalmente Catarine entendeu toda a situação e começou a rir, secou sua lágrima e rindo bateu no ombro de Naoki e depositou a mão em seu peito. Nesse momento ambos sentiram um choque percorrer seus corpos.

Acho que por hoje já deu, certo? – Precisava sair urgentemente daquele quarto, porque não aguentava mais tentar desviar sua atenção aquela menina com sua camiseta.

— A sim, concordo, hoje foi um dia longo. – Também queria tirar aquele homem seminu de seu quarto, não aguentava mais evitar olha-lo quando seus olhos queriam engoli-lo. Mas ao falar da tarde, parece que os sentimentos de ambos se intensificaram. Pigarrearam juntos e então Catarine prosseguiu. – Olhe, sua camiseta.

Então devagar, ela foi levantando a camiseta de Naoki, esse estava estático olhando a cena, mas algo de errado estava acontecendo. Sem perceber, Catarine estava tirando seu baby doll. Naoki estava boquiaberto ao ver Catarine com um sutiã de rendas vermelhas. Nunca notara que seu peito era tão volumoso. Sem dizer uma palavra. Pegou sua camiseta junto ao baby doll e saiu do quarto. Catarine ficou sem entender, mas estava tão concentrada nas costas de Naoki, que não reparou estar sem a parte de cima. Deito em sua cama, colocou as mãos no peito e sentiu seu coração disparado. É oficial, eu amo esse babaca. Pensou, sem notar que seu colo estava sem roupa, apenas se cobriu e foi dormir.

Ao entrar no quarto, Naoki fechou a porta e encostou na mesma com a mão em seu coração, sentia-o disparado, seu rosto queimava e seu corpo formigava. Não queria admitir, mas sentia algo a mais por aquela menina. Já tinha visto muitas revistas, mulheres na praia apenas de biquíni, mas aquela cena, foi de longe a que mais lhe despertou sensações libidinosas. Estava na hora de fazer algo a respeito, contudo, esperaria até o Top 50 sair, não podia distrair a cabeça de vento com outra coisa, se não sua concentração seria zero. Caminhou até sua mesa, onde tinha uma caixa com alguns objetos. Dobrou o baby doll em suas mãos e guardou lá. Depois de muito tempo conseguiu deitar e dormir.

Aqueles estudos seriam mais difíceis que imaginava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não sinta preguiça e deixe seu comentário, preciso saber sua opinião com o rumo da história, por favor comente, e se gostar de Naruto, leia a minha outra Fic: "Um marido para a minha filha"
https://fanfiction.com.br/historia/754766/Um_marido_para_minha_filha/
Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Brincadeiras do destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.