Unidos pelo futuro escrita por Amin


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, peço desculpas pela demora em postar o capítulo kkkkkkk Mas saibam que eu não vou parar com a fic, mesmo demorando para postar kkkk espero que gostem ♥



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— Você sabe o que fazer? – Sasuke perguntou pela milionésima vez.

 Usava uma jaqueta de couro dois números menores que seu manequim, de forma que seus pulsos ficavam de fora e era difícil mexer os braços.  As orelhas estavam cheias de brincos falsos e o cabelo, mais rebelde do que de costume. Deixara crescer um incomodo cavanhaque e qualquer pessoa que o olhasse jamais acreditaria que aquele punk era, na verdade, um policial.

— Já repassamos o plano um milhão de vezes Sasuke, ela vai se sair bem – Naruto disse sorrindo com confiança para Sakura.

 Os dois também estavam a caráter. O cabelo loiro de Naruto estava escondido embaixo de uma bandana preta com caveiras brancas e, apesar de ser noite, ele usava óculos escuro.

 Sakura parecia que acabara de sair de um show de rock. O cabelo rosa parecia não ser penteado há vários dias. Usava uma camiseta fina puída por baixo de uma jaqueta de couro, short com meia esburacada e botas pretas. Estava perfeita no papel.

— Eu nasci pronta Sasuke-kun – ela disse.

— Eu e Naruto vamos entrar e você espera cinco minutos. Vá direto nele, ok? – Sasuke pediu e Sakura confirmou com a cabeça.

 Com um último olhar preocupado à Sakura, Sasuke e Naruto se arrastaram para um bar de aparência decrépita. Um letreiro de neon muito velho e com algumas letras apagadas indicava que eles estavam no “Cortiço”. Sasuke empurrou a porta de latão enferrujado, entrando em um bar que faria o cabelo de sua mãe arrepiar.

 O carpete vermelho estava puído e sujo, exalando um cheiro de cerveja choca dos muitos bêbados que lhe derramavam bebidas. Algumas mesas de sinuca estavam dispostas no canto do bar, onde homens enormes e tatuados jogavam e bebiam ao som do que pareceu a Sasuke pura gritaria.

 Os dois se dirigiram até o bar, avistando o alvo no último banco encardido. Sentaram-se ao bar e Sasuke pediu duas cervejas para a garçonete de cabelos azuis e maquiagem pesada.

 Sasuke consultou o relógio e olhou para as portas enferrujadas. Agora que estavam ali, ocorria a Sasuke que aquele plano era tão fantasioso e impossível, que ele precisou lutar contra a vontade de arrastar Naruto e Sakura para longe dali.

— Ela vai se sair bem – Naruto disse percebendo o nervosismo do parceiro. – A Sakura-chan é dura na queda.

 Ele confirmou com um aceno de cabeça. Sabia que não existia ninguém melhor do que Sakura para cumprir aquele plano, mas não conseguia deixar a preocupação de lado.

 Assim que a garçonete colocou a cerveja na frente deles, a porta de latão rangeu e Sakura entrou por ela. Alguns homens de aparência suspeita voltaram seus olhares para ela, sorrindo com malícia, mas ela pouco se importou. Os olhos estavam fixos no alvo que não notara sua presença ainda.

— Ei, seu bastardo louco – Sakura chamou sobrepondo sua voz a gritaria da música. O queixo de Sasuke caiu. Ela decididamente não estava seguindo o plano de seduzi-lo.

 Agora mais homens olhavam para Sakura, inclusive o que os fizera elaborar aquele plano cheio de falhas.

 Era um homem mais ou menos da idade deles, mas tinha cabelo branco, comprido e liso. Os olhos verdes não eram brilhantes e nem acolhedores como os de Sakura, mas sim frios e calculistas. Acima das sobrancelhas brancas, ele tinha duas pintas vermelhas tatuadas.

 Sasuke o conhecia muito bem, pois muitas vezes pedira informações àquele homem (até um pequeno incidente acontecer), conhecido como Kimimaro, o homem que sabia tudo que acontecia em Konoha.

— Falou comigo? – Kimimaro perguntou num misto de surpresa e raiva.

— Não gracinha, falei com a puta que te pariu – Sakura disse sorrindo em escárnio.

 Ao seu lado, Naruto engasgou com a cerveja e começou a tossir violentamente.

— Você não tem muita noção do perigo, não é? – Kimimaro disse levantando-se. A sua volta outros homens mal encarados começaram a se aproximar, estalando os dedos.

— Eu deveria ter medo de você? Aposto que você não ganha de mim em uma queda de braço – Sakura disse sorrindo com confiança.

— O que ela está fazendo? – Sasuke murmurou. Estava dividido entre o choque e a vontade de puxar a arma e levar Sakura para longe dali.

— Você deve ser muito louca para me desafiar desse jeito. Mas se era a minha atenção que você queria, conseguiu – Kimimaro disse, sentando-se a uma mesa pequena e quadrada de madeira. – Vamos ver quantos segundos seus ossos frágeis aguentam.

— Antes, vamos estabelecer uma coisa – Sakura disse seriamente.

 Kimimaro, que até então estava levando tudo como uma grande piada, fez um gesto para que Sakura continuasse.

— Se eu ganhar, nós vamos ter uma conversinha particular – Sakura disse piscando divertida.

— Tudo bem, mas se eu ganhar – ele fez uma pequena pausa como se decidisse o que gostaria de ganhar. – Você vai sair comigo em um encontro.

 Sasuke trincou os dentes. Estava a ponto de levantar e fazer uma besteira quando Naruto o segurou pelo braço.

— Pelo amor de Deus, não vamos repetir a história – ele sibilou.

 Sakura adiantou-se e sentou-se na cadeira da frente, encarando os olhos frios de Kimimaro. Esfregou a mão suada no short torcendo para estar certa quanto às mudanças no plano.

 - Só devo te avisar antes de começarmos que meus ossos são extremamente fortes e eu nunca perco uma queda de braço – Kimimaro informou sorrindo de lado.

 A essa altura, Naruto e Sasuke estavam tão nervosos que prendiam a respiração. A mão de Sasuke estava perigosamente perto de onde a arma estava escondida e Naruto prestes a pegar Sakura e correr se alguma coisa desse errado.

— Pode vir vovô – Sakura disse com confiança, apoiando o cotovelo na mesa e abrindo bem a mão.

 Ainda desacreditado com a ousadia daquela mulher, Kimimaro apoiou o cotovelo na mesa também e seus dedos se fecharam em torno da mão de Sakura. No instante em que os dedos dela se fecharam em torno de sua mão, Kimimaro sorriu e forçou a mão de Sakura.

 Mas alguma coisa não estava certa. A mão da frágil garota se moveu alguns poucos centímetros e ela empurrou a mão dele de volta. Ela sorriu e desdenhou:

— Achei que você fosse melhor do que isso.

 Kimimaro colocou mais força e outra vez a mão da garota tornou a se mover alguns centímetros e ela empurrou sua mão novamente. Os homens a volta da mesa olhavam com uma expressão assustada para a estranha de cabelos rosados.

— Desde quando a Sakura-chan é uma rainha na queda de braço? – Naruto cochichou, apesar de que os outros estavam concentrados demais no que acontecia na mesa para prestar atenção nos dois do bar. Até a garçonete esticava o pescoço para enxergar melhor o que estava havendo.

— Eu nem ao menos sabia que ela era forte – Sasuke disse com assombro.

 Na mesa, Sakura, cujo os olhos brilhavam divertidos, resolveu que não adiantaria muito mais prolongar aquilo.

— Ok, eu cansei dessa brincadeira – ela disse por fim quando voltou sua mão para a posição original.

 Inspirou fundo e com um único golpe, abaixou a mão de Kimimaro, fazendo-a bater com estrondo na mesa de madeira.

 Todos no bar ficaram muito quietos, olhando de um aturdido Kimimaro para uma vitoriosa Sakura. O silêncio era cortado só pela voz do homem que berrava na música.

— Bom, parece que eu ganhei e você me deve uma conversinha – ela disse levantando-se da cadeira e estalando os dedos. Os homens mais próximos se afastaram quando ela levantou.

 Sasuke trocou um olhar aturdido com Naruto. Não conseguia acreditar que aquela garota ganhara uma queda de braço, ainda mais com Kimimaro.

— Promessa é divida e eu nunca volto atrás com a minha palavra. Mas antes eu gostaria de saber: como uma garota como você tem tanta força? – ele perguntou interessado.

— Eu sempre comi as verduras que minha mãe colocava no prato – Sakura respondeu sorrindo travessa. – É melhor me seguir, não estou no clima para conversar em um bar.

 Voltou-se para os dois policiais que a encaravam em completo choque e sinalizou a saída.

 

— Eu entendo você querer um lugar mais reservado, mas isso não é um pouco de exagero? Sinto-me um criminoso – Kimimaro disse olhando ao seu redor.

 Estavam no carro de Sasuke em um beco escuro a poucas quadras do bar. A única claridade era proveniente de uma janela no terceiro andar de um prédio encardido, de onde saia o barulho de uma TV e ocasionalmente uma risada masculina.

— Achei que você fosse um criminoso – Sakura disse pensativa, encarando as duas pintas tatuadas na testa do Kimimaro.

— Eu sou informante, docinho. Informante. Claro que os criminosos precisam pensar que eu sou criminoso, senão eu estaria morto – ele explicou.

— Não que isso te poupe de ser um safado mal acabado – Sasuke rosnou. – Só não entendo porque estou no banco de trás do meu carro – Sasuke resmungou irritado.

 Sakura sentava-se no banco do motorista, com Kimimaro ao seu lado no banco do carona. Ele e Naruto estavam nos bancos de trás.

— Eu achei isso bem providencial, assim fica mais difícil vocês dois caírem no soco – Naruto disse divertido.

— Vamos voltar à questão central e esquecer os bancos, becos e brigas aleatórias? – Sakura perguntou exasperada.

— É claro – Kimimaro concordou. – Estou doido para saber por que o Uchiha precisou usar uma civil para conversar comigo – e virando-se para trás sorriu enviesado para Sasuke. – Te garanto que deve ter se arrependido muito daquele soco.

— Foi um belo soco – Naruto disse divagando de novo.

 Sakura revirou os olhos e cruzou os braços. Não conseguiria obter informação alguma enquanto não resolvesse aquele assunto.

— Nisso eu tenho que concordar. Só essa garota me ganhar na queda de braço me impressionou mais do que o soco que o Sasuke me deu – Kimimaro respondeu parecendo achar tudo aquilo muito divertido.

— Que bom que foi um belo soco, espero que tenha doído bastante, pra você aprender a não transar com a mulher dos outros – Sasuke disse seco, lançando um olhar azedo a Kimimaro.

 Sakura soltou uma exclamação quando a compreensão caiu sobre si. Olhou do rosto zangado de Sasuke para o rosto inexpressivo de Kimimaro e de repente ela entendeu por que Sasuke o odiava tanto.

— Ele é o cara da história que você me contou? – ela perguntou apontando para Kimimaro.

— Sim – Sasuke respondeu de má vontade.

— Foi um soco tão bem dado – Naruto disse vagamente, alheio ao restante da conversa.

— Em minha defesa – Kimimaro começou. – Gostaria de deixar bem claro que eu não sabia que a Karin estava noiva, quem dirá do Sasuke. Ela me chamou no apartamento e eu achei que ela queria alguma informação. Quando dei por mim, nós estávamos naquela situação. Sasuke chegou, viu a cena e me deu um soco.

 Kimimaro esfregou o maxilar, como se mencionar o soco ainda o fizesse doer.

— Me arrependo do que fiz, mesmo sem saber na hora o que eu estava fazendo.

— Eu acredito – Sasuke disse revirando os olhos, mas foi com um tom mais brando que ele insistiu em encerrar aquele assunto e partir para o que realmente importava.

 Reunindo coragem, Sakura contou a história para Kimimaro, até mesmo as partes que os três achavam que ele não acreditaria. Sakura de inicio, quando Sasuke apresentara o plano, ficara com o pé atrás de revelar tudo para um desconhecido, mas ele e Naruto garantiram que Kimimaro trabalhava para a policia.

 Durante quinze minutos Sakura falou, sendo interrompida apenas por Naruto e Sasuke, que acrescentavam alguns detalhes que ela acabara esquecendo-se. Kimimaro era um bom ouvinte, em momento algum a interrompera, nem mesmo quando Sakura contou sobre como ela vira o próprio futuro.

 Um silencio, pontuado apenas pelas risadas do homem no apartamento, se instalou no carro. Os três olhavam para o informante tentando decifrar se ele ao menos acreditara em toda aquela história, mas ele estava inexpressivo enquanto encarava o rosto ansioso de Sakura.

— Devo entender que vocês dois acreditam que essa mulher prevê o futuro? – Kimimaro perguntou aos dois policiais por fim.

 Quando eles concordaram com a cabeça, ele coçou o queixo pensativo.

— Digamos que eu acredite em você – ele começou. – se você é mesmo uma vidente, então porque não tem uma visão de onde acha-lo?

— Meus poderes não funcionam assim – Sakura disse, mas quando viu a expressão confusa de Kimimaro, soltou um suspiro. – Eu só tenho dois jeitos para prever o futuro: ou ele me vem natural e aleatoriamente ou eu tenho que estar em contato físico com a pessoa que quero ver o futuro.

— Em contato físico?

— Sim. Então se eu não sei quem ele é não posso ter contato com ele, sem contato, não posso prever, entende? – Sakura explicou paciente.

  Kimimaro concordou com a cabeça. Estava chocado com tudo aquilo, mas achava cada segundo mais interessante a história e os poderes da garota.

— Bom, é uma história estranha, mas eu não sei se posso acreditar nisso. Pode prever alguma coisa do meu futuro? Quero ver com os meus próprios olhos – ele pediu encarando os grandes olhos verdes de Sakura.

— Não tenho certeza se isso seria uma boa ideia – Sasuke disse, lançando um olhar incerto para Sakura.

— Vai ficar tudo bem Sasuke-kun – ela disse estendendo as mãos na direção de Kimimaro.

 Quando ele segurou as mãos da vidente, Sasuke viu os olhos dela ficarem daquele vermelho sangue medonho e Kimimaro se afastar assustado, mas sem soltar suas mãos. Com um arrepio lembrou-se do dia que ela previra sua morte.

 Passados poucos minutos, Sakura abriu os olhos que haviam voltado para o verde jade original. Ela soltou suas mãos e olhou séria para Kimimaro.

— Olha, você deveria olhar o encanamento do seu banheiro, eu vi que ele vai estourar e inundar a sua casa – ela disse séria. – Ele está todo enferrujado, parece que tem séculos que ele vem sendo negligenciado.

— Tanta coisa para você prever e você prevê sobre o meu encanamento? – Kimimaro perguntou exasperado.

 No banco de trás, Sasuke fazia força para não rir de alivio, enquanto Naruto gargalhava com a previsão.

— Eu não tenho controle sobre o que vou prever – ela defendeu-se em tom ofendido. Kimimaro deu um muxoxo impaciente. – Eu cumpri minha parte, agora é você.

— Se não fosse pela parte desse olho vermelho assustador, eu continuaria não acreditando em você. Encanamentos – ele soltou um suspiro irritado. – Eu não vou ser de muita utilidade no fim das contas.

— O que você quer dizer com isso? – Sasuke perguntou desconfiado.

— Quero dizer que não sei muito sobre o Psicopata Silencioso. Não faço ideia de quem seja – Kimimaro admitiu.

— E você fez a Sakura-chan prever seu futuro para não ter nenhuma informação? – Naruto perguntou indignado, recuperando-se instantaneamente das gargalhadas.

— Eu não disse que não tenho nenhuma informação, eu disse que não sei quem ele é.

— Então o que você tem para nós? – Sasuke perguntou começando a ficar impaciente.

 Eles encararam Kimimaro com expectativa. Agora que a luz do apartamento fora apagada, as feições do informante estavam fantasmagóricas sob a pouquíssima luz da lua.

— Eu conheço um cara, que me contou uma coisa engraçada. Vocês se lembram da garota que foi achada na mata do parque? – os três fizeram que sim. – Esse cara me disse que, ele estava no parque por volta de meia noite... não me perguntem o que ele estava fazendo – ele cotou quando viu a cara suspeita de Naruto. – E que enquanto ele estava por lá, ele ouviu uma coisa muito suspeita.

— O que? – Sakura perguntou ansiosa.

— Ele disse que estava ouvindo uma música vinda de perto das árvores, música clássica – Kimimaro disse em um sussurro sombrio.

 Sasuke bufou impaciente.

— Isso nós já sabemos há séculos. Ele está sempre cantarolando uma música clássica.

— Mas não é só isso. Esse meu conhecido é um grande admirador da ópera e música clássica e me disse que, mais ou menos na época que os assassinatos começaram a acontecer, uma ópera que toca exatamente a mesma música que ele ouviu no parque começou a se apresentar na cidade.

 Sentindo um calafrio, Sasuke encontrou o olhar de Sakura. Os dois sabiam que não era muita coisa, mas pelo menos agora tinham aonde começar a busca pelo assassino.

 

 Pouco tempo depois da conversa com Kimimaro, Sasuke dirigia em direção à casa de Sakura, o semblante sisudo indicando que não estava nem um pouco feliz. Ao seu lado, a vidente lançava olhares de soslaio para Sasuke, dividida entre diversão e raiva.

— Por que você está agindo assim? – ela perguntou enfim, quando Sasuke fez uma curva fechada e quase atropelou algumas latas de lixo.

— Bom você tinha que dar seu cartão para ele? – e afinando a voz, Sasuke fez uma imitação exata de Sakura. – “Aqui esta o meu cartão, se precisar de uma ajuda com o futuro, pode me procurar. Estou em divida com você”.

 Sakura soltou uma gargalhada ao ouvir a imitação de Sasuke.

— Você está com ciúmes? – ela perguntou divertida, enquanto Sasuke entrava na rua de sua casa.

— Por que eu teria ciúmes de você? – ele debochou, ruborizando um pouco, o que não passou despercebido por Sakura.

— Não precisa ficar com ciúmes, primeiro porque o Kimimaro nem faz o meu tipo – ela disse dando de ombros.

— E segundo? – ele perguntou enquanto estacionava o carro.

 Ela abriu a boca para falar, mas no instante seguinte a fechou, parecendo extremamente constrangida. Abriu a porta do carro murmurando sem jeito:

— Por que teria um segundo motivo? Nós não temos nada um com o outro...

 Subiu as escadas sentindo o coração martelar forte no peito. Apesar da neve que caía, Sakura sentia-se extremamente febril. Estava tão transtornada que nem reparou no pacote que estava em frente à sua porta, até chutá-lo sem querer e sentir uma dor aguda no pé.

— O que é isso? – ela murmurou apanhando o pacote do chão.

 Não era leve, mas também não era muito pesado. Procurou pelo remetente, mas o papel pardo que cobria a embalagem estava liso, sem nada escrito nele.

 Ela quase deixara o pacote cair no chão quando Sasuke perguntara de supetão o que ela estava segurando. Mostrou o pacote sem remetente e destinatário para Sasuke, que o pegou de suas mãos com uma expressão esquisita.

— Estamos num domingo, não tem correio aos domingos. Quem quer que tenha te enviado isso, deve ter vindo coloca-lo na sua porta.

 Rasgou o papel pardo ignorando o “Ei!” indignado que Sakura soltou. A caixa de papelão também não tinha nada escrito, mas estava com algumas manchas escuras em certos pontos que fez os cabelos de sua nuca se arrepiarem.

 Abriu a caixa e o que viu lá dentro quase fez Sasuke vomitar. Sakura espichou o pescoço e seu rosto ficou da cor de mingau de aveia.

 A caixa continha vários pedaços humanos, e pelo sangue que empapava o papelão, eles haviam sido cortados há pouco tempo.


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