Tudo ou nada - Tda - 2° temporada escrita por Débora Silva


Capítulo 4
#TudoOuNada - 4




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 Heriberto suspirou frustrado e caminhou até a sala e quando olhou nos olhos dela ela já sabia que o pior ainda nem tinha começado...  Victória sentia tanto medo de perde que deixou suas muitas lagrimas rolarem por seu rosto naquele momento em que os dois se olhavam, ela pedindo perdão e tendo medo e ele se sentindo um idiota por ter sido engano.

— Porque? - foi o único que ele perguntou se aproximando do bar pegando uma bebida forte e dessa vez tomando, virou e esperou que ela dissesse.

— Me perdoe... eu fiz por amor e quando me arrependi já era tarde demais!

— Mentir e enganar não é amar! - gritou com ela. - Como eu fui tolo e você baixa por se aproveitar de meu amor por ela! Porque eu não amo você, eu amo ela! - despejou na cara dela e ela fechou os olhos sentindo o peso daquelas palavras.

Victória sentia uma apunhalada no coração e ela se tremeu toda, ela sabia que era verdade ela tinha roubado tudo da outra, mas achava que a "desgraçada" estava morte e que nunca precisaria revelar a verdade mesmo sabendo que era errado, ela não se arrependia de suas escolha e naquele momento ela se perguntou se tivesse lutado do modo certo ele chegaria a ama-la como um dia amou? Era erro atras de erro por um homem.

Heriberto a olhava ali chorando em sua frente e se perguntava como podia ter sido tão trouxa e não identificado em algum momento que não era ela ou poderia sim ter visto mais seu medo de perder Ana era maior e o cegou e ele seguiu a mentirar de viver com seu amor, mas ele sofria, sofria porque de qualquer maneira tinha perdido seu amor a mulher com ele tinha escolhido para viver sua vida toda.

— Heriberto, eu sei que tudo que falar aqui vai ser em vão porque eu perdi o credito e uma mentira é uma mentira! - ele riu sem alegria. 

— Você está querendo mesmo me enrolar mais uma vez para não me responder, Victória, eu não vou permitir! - sorveu do resto de seu copo.

— O que você quer? Ela já veio e contou tudo basta me dizer o que você quer de mim agora! - suspirou com medo da resposta dele.

— Eu quero que vá embora da minha casa! - ela arregalou os olhos.

— Heri... - ele não a deixou falar.

— Eu preciso ficar sozinho, por favor, já foi demais por hoje e eu nem sei o que pensar o que fazer por enquanto saia da minha casa! - ele deixou o copo sobre a bancada e saiu caminhando.

Quando passou a porta da sala Max entrava com Lucas nos braços e sorriu para ele falando.

— Eu via a Ana saindo em um... - ele nem terminou, pois Victória apareceu ali o calando. - O que é isso?

Heriberto a olhou e depois olhou para o filho ele estava tão decepcionado que apenas disse:

— Ela tem algo a te dizer! -  e ele foi até Lucas e o pegou no colo, ele chamou a mãe mais Heriberto subiu com ele.

— O que está acontecendo? - perguntou sem entender a cara do pai.

Victória estava ali frente ao seu filho e ela tremia ainda mais sabia que Max era o mais difícil de lidar e temeu nunca mais ser perdoada, mas não podia mais ocultar a sua identidade e então disse:

— Eu sou sua mãe, não Ana!

O choque daquelas palavras tão forte que ele gargalhou e colocou as duas mãos no bolso.

— De novo isso? Ana você já fez isso a primeira vez que esteve na nossa frente, mas falou ao contrário que brincadeira é essa?

As lágrimas já se faziam presentes novamente, mas ela controlou e secou o rosto não adiantava nada ficar chorando o erro já tinha sido cometido,ao falha de não se certificar com Osvaldo de que ele não estava armando passou despercebido quando ela tinha ali em sua frente a chance de ser feliz com sua família.

— Eu não estou brincado, eu voltei para essa casa usurpando o lugar da Ana e agora ela voltou como uma enviada do mal para destruir a minha vida! Max, eu sou sua mãe e te peço perdão.

Ele ficou com os ombros rígido, travando o maxilar e a encarava sem conseguir acreditar que aquela mulher poderia ser a sua mãe que aquela mulher a sua frente teve a coragem de brincar com os sentimentos de todos e o pior deixou que ele e Maria sofressem pela morte dela por uma segunda vez.

— Você... Como você teve coragem? Como? - se exaltou. - Que tipo de monstro é você que brinca com os sentimentos de seus próprios filhos, meu Deus, você não só brincou com os nossos sentimentos como nos deixou chorar na sua tumba com você ao nosso lado por todos esses meses. - era a primeira vez que ele a olhava com desprezo.

— Me perdoa... Não me olha assim!

— E como quer que eu te olhe depois do que fez? Como que eu olhe para a mulher que nos deu a vida e se deixou morrer para o mundo duas vezes mesmo estando viva? Eu não posso acreditar que você é tão cruel. - ele se negou a ficar na presença dela naquele momento e começou a subir para o quarto.

— Eu vou embora dessa casa! - ela disse pensando que ele ficaria ao lado dela. - O seu pai me pediu.

Max, parou no último degrau e a olhou.

— Esse lugar aqui não é seu! - e sem dizer mais nada ela sumiu pelo corredor.

Victória sentiu uma dor tão grande tomar conta de seu corpo e ela sentou ali na escada por um momento e chorou sem conseguir manter a mulher forte que ela era.

No quarto de Lucas,  Heriberto estava no chão sentada vendo seu filho brincar, era fruto de um amor puro que agora estava manchado pela maldade de Victória. Se sentia tão tolo por ser enganado que ele deixou as lágrimas rolar, tentou controlar mais não foi possível.

Lucas viu o pai chorar e correu ate ele e o abraçou forte, sentia que as coisas não estavam bem, mas era muito pequeno para entender ainda e apenas deu ao pai o que sabia dar de melhor, o seu amor. Max entrou no quarto e o viu sentado no canto com Lucas agarrado a seu corpo e sentou ao lado dele sentia igual ou mais que ele.

— Como esta? Eu sei que é uma pergunta idiota, mas quero que saiba que estou aqui do seu lado.

— Obrigado, meu filho, mas acho que quem precisa de força aqui é você! - Lucas soltou o pai e os olhou rindo.

— Fosa eu teno. - mostrou o bracinho e os dois riram com ele que voltou a brincar.

— Ela o quer de volta! - falou com pesar por ter que se separar do pequeno.

— Claro que ela quer, ele é filho dela!

— Eu não posso acreditar que isso está acontecendo de novo! - Max abraçou o pai.

— Vai ficar tudo bem, pai, você vai ver as coisas vão se resolver!

— Assim espero, assim espero, meu filho! - suspirou ali nos braços do filho e ficaram os dois dando força e apoio um ao outro enquanto olhavam o pequeno brincar tranquilamente e ambos desejariam ser criança naquele momento.

[...]

NO OUTRO DIA...

Como estava escrito no papel, as dez da manhã Heriberto estava no fórum junto a seu advogado, Ana já estava ali quando ele chegou e ela apenas o olhou, ele até pensou em falar com ela, mas desistiu e foram minutos assim até que os advogados foram chamados e a audiência iniciou.

Heriberto facilitou tudo no processo não estava ali para impedir que ela ficasse com o filho, mas pediu um exame de sangue somente para desencargo de consciência e ela não se negou não tinha nada a esconder.

O juiz de comum acordo permitiu que Ana ficasse com a guarda temporária do menino até que o exame fosse feito ela não tinha nada contra ela em seu histórico e apresentou todos os documentos que provavam que ela era de fato quem dizia ser e Heriberto concordou facilitando assim que ela estivesse com o filho e a audiência foi encerrada com ela sorrindo de orelha a orelha por fim veria seu menino novamente.

— Eu te levo ele daqui a uma hora! - ela o olhou.

— Obrigada! Obrigada por facilitar as coisas! - tinha os olhos cheios de lágrimas.

— Nessa história eu não sou o vilão e sim o bobo da corte! - e sem mais uma palavra ele saiu.

Ana pediu que seu advogado levasse seu endereço para Heriberto antes que ele fosse e o homem saiu e ela o seguiu mais ficou para trás o simples fato de tê-lo perto a deixava tremendo. Ela o olhou por mais um momento de longe vendo ele falar com o advogado e logo sumir em um corredor, ela respirou fundo e também foi embora.

[...]

Quando a campanha tocou Ana correu para atender estava ansiosa para ver seu menino que apenas teve a chance de pegar por uma vez, uma única fez, mas quando abriu a porta com seus pés nos chão e um lindo vestido branco no corpo, colado a ela até o joelho realçando seus seios ela apenas viu ele e seu sorriso sumiu.

— O que foi? Cadê meu filho? Você prometeu...

— Ana, calma! - ele a interrompeu. - Lucas está no carro com a babá, eu preciso falar com você antes dele vir. - falou com calma.

— O que foi? - o coração dela bateu agitadamente.

Heriberto suspirou não tinha modo fácil de dar aquela notícia a ela e falou de uma vez.

— Fernanda... - ela arregalou os olhos e sentiu um aperto no peito ainda maior.

— O que tem minha filha? Fala pelo amor de Deus. - disse interrompendo ele.

— Ela estava em um automóvel que capotou e... - Ana já era feito um rio de lágrimas ali na frente dele.

— Ela está bem? Diz pra mim que sim... - agarrou ele pela camisa.

— Eu sinto muito... Mas ela não resistiu! - Ana não aguentou o impacto daquelas palavras e a emoção dos últimos dias a falta de apetite a fez desfalecer ali nos braços dele.

 

Continua...

 


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