— Parabéns é uma menina e bem exibida. - riu mais mostrando como estava com as perninhas aberta dando a eles a clara visão de sua menininha.

Eles riram juntos e a partir dali nada seria mais igual... Ana olhou para Heriberto que a abraçou apertado no mesmo momento em que Victória entrava na sala e naquele momento sentiu algo estranho dentro de si e eles se soltaram e Ana olhou a porta sorrindo com lágrimas no olho.

— Vem aqui... - chamou toda emocionada. - É uma menina!

Victória sorriu naquele momento e Ana segurou a mão dela estava tão feliz por sua filha ainda estar dentro dela que nem sabia raciocinar apenas sorria olhando aquela tela e Heriberto se aproximou de Victória e a segurou pela cintura beijando o ombro dela estava agradecido por ela estar ali naquele momento mostrando a ele que não precisava ter medo que ela iria estar ao lado dele sempre e quando ele quisesse.

— Parabéns! - Vick falou sorrindo de verdade estava ansiosa por saber se estava tudo bem e agora sabia que estava perfeitamente bem que mesmo no meio daquela desordem eles teriam um bebê para cuidar e amar como era de direito.

Eles ficaram ali olhando e ouvindo tudo que o medico tinha para dizer sobre como teriam que levar aquela gestação e por fim ele deu alta para ela que foi pra casa trançando novos rumos para ela e seu bebê, mas ainda tinha Fernanda nessa história que precisaria de mais um tempo para entender...

[...]

DOIS MESES DEPOIS...

Ana reluzia uma linda barriga que cresceu de um dia para o outro estava tão feliz e naqueles dias todos que tinha se passado ela tratou de se aproximar de Fernanda que com ela conversava e Ana a levava para passear sempre queria contar para ela que ela era a verdadeira mãe dela, mas a psicóloga que estava acompanhando o caso achou melhor não e ela seguia ali apenas ao lado dela sendo uma boa amiga, mas estava rasgada de sentimento e queria fazer tudo com sua menina mesmo ela se zangando.

Ana estava ali para ela e a obrigava a ir às fisioterapia queria ela andando e logo, mas Victória não ficou de todo longe não estava sempre com elas também ajudando e sendo o que era para ela... Uma mãe dedicada assim como era para os outros filhos que não desgrudavam dela nunca queriam o amor de mãe "perdido" e ela dava sempre a eles sorrindo porque ela era vida para eles assim como eles eram para ela.

Heriberto estava sempre pendente de todos e ainda mais de Victória era como uma segunda lua de mel um segundo encontro que ele não deixava passar um minuto se quer os horários no hospital tinha diminuído e ele se dedicava a sua família e a sua nova menina que chegaria em breve estava radiante e sempre conversava com Victória para saber como ela se sentia e não queria de modo algum seu amor chateado ou pensando coisas que não eram afinal ele amava e sempre seria assim porque eles eram um só.

[...]

NAQUELA MANHÃ...

Ana desceu na porta da empresa estava afobada e mesmo com aquela barriga ela queria quase que correr tinha que falar com Victória e ao subir as escadas apressadamente ela prendeu o pé e deu um berro ela ia ir ao chão e fechou os olhos com força esperando a desgraça maior acontecer, mas para seu espanto um perfume forte inundou suas narinas e ela respirou fundo.

— Você está bem? - a voz grossa soou.

Ela respirou fundo e abriu os olhos e o primeiro que tocou foi a barriga com medo e ele tocou junto num instinto.

— O bebê ta bem? - falou bem cuidadoso.

Ana o olhou e se ajeitou em seus braços ele era alto e tão forte que ela sentiu o corpo tremer e colocou a culpa nos hormônios e ele sorriu para ela com seus dentes tão brancos que ela sorriu também, mas logo voltou a ficar seria e buscou o sapato queria entrar logo na empresa e ele foi mais rápido que ela e abaixou pegando e olhando para ver se não tinha quebrado e com cuidado e sem falta de respeito ele acariciou a batata da perna descendo até o pé e ela arrepiou sem entender porque estava daquele modo e ele limpou o pé dela e colocou novamente o salto e levantou sorrindo para ela.

— Está tudo bem? - voltou a perguntar.

Ela apenas assentiu atordoada e nem conseguiu falar nada apenas saiu quase que correndo novamente cheia de vergonha e parecendo uma menina de 15 anos quando fica "caidinha" por um homem. Quando chegou a sala de Victória ela ofegava e sentou assustando Victória que levantou indo até ela de imediato.

— O que foi? - falou assustada sentando ao lado dela.

Ana a olhou e se abanou estava com calor daquela "carreira" toda que deu para chegar ali e levantou por um momento tirando seu casaco e foi tomar água enquanto alisava sua barriga sobre o olhar de Victória que não entendia nada.

— Eu encontrei um homem lindo... - falou como uma adolescente e Victória riu.

— E isso é ruim? - levantou cruzando os braços e olhando sua irmã.

— Muito porque eu não gosto de homem... - parou de falar no mesmo momento. - Digo... É... - não sabia nem o que dizer e Victória caiu na risada e foi até ela.

— Você gosta de homem sim, mas com seu histórico posso dizer que está com medo e destreinada. - tocou a mão dela.

Ana negou com a cabeça e bebeu mais água e a olhou.

— Eu não vim aqui para falar sobre isso e eu vim aqui para... - olhou para o sofá e deixou o copo na mesa e passou a mão nos cabelos. - Minha bolsa...

Victória não estava entendendo nada e naquele momento a secretaria bateu e chamou por Victória que foi até a porta e falou algo a ela que permitiu e depois voltou a irmã e sorriu.

— O que aconteceu com sua bolsa? - investigou.

— Deixei cair lá em baixo e eu preciso ir buscar... - se apressou e foi para a porta e quando abriu deu de cara com o homem que sorriu para ela a fazendo gemer. - hummm...

— Ana, esse ai é Dionísio Ferrer!