Tudo ou nada - Tda - 2° temporada escrita por Débora Silva


Capítulo 14
#TudoOuNada - 14


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Ana sentiu um aperto no peito naquele momento e algo escorrer por suas pernas e ela sentiu uma dor tão forte que ela gritou se curvando sentindo uma dor rasgar seu ventre e ao olhar sua mão tinha sangue e Heriberto se aproximou no mesmo momento ajoelhando e a olhou nos olhos mesmo com os olhos inundados de lágrimas.

— Meu bebê... eu estou perdendo meu Bebê... - as mãos tremiam e Heriberto sentiu o ar faltar naquele momento com aquela notícia que era como bomba para todos naquela sala e ela sem aguentar a dor desmaiou em seus braços...

Heriberto nem pensou apenas saiu quase que correndo com ela em seu colo e ligou para o hospital e pediu uma equipe na porta e sua melhor ginecologista não deixaria nada acontecer com Ana e enquanto Victória segurava ela no banco de trás ele conduzia o carro com certa rapidez se não fosse assim talvez não desce tempo.

— Você sabia? - ele perguntou aflito.

Vick o olhou e negou com a cabeça olhando sua irmã ali desacordada e se lembro de como ela se alterou com Osvaldo e sentiu culpa.

— Não sabia e se soubesse metade do que falamos e passamos hoje não teria acontecido. - acariciou os cabelos dela tirando do rosto.

Heriberto nada mais disse sabia que as coisas iriam se complicar mais uma vez e respirou fundo e apenas dirigiu mais rápido e logo parou na ala de emergência e a tirou rapidamente do carro mais cheio de cuidado e explicou tudo que sabia e tinha visto antes dela desmaiar e a médica correu com ela para sala de exames enquanto ele ficou ali com Victória que olhava a porta aflita.

— Você pode ir... - ela falou sem tirar os olhos de onde a irmã sumiu. - É seu...

Ele nem permitiu que ela continuasse.

— Para com isso!

Ela o olhou.

— É seu... - voltou a dizer. - Você precisa ir e estar ao lado dela pra quando acordar e quando me permitirem eu vou! - falou quase que se rasgando mais disse ela não poderia ficar sozinha num momento em que o pior poderia acontecer.

— Amor...

— Heriberto, vai logo! - a voz implorava e ele nada mais tentou argumentar e depois de um selinho nos lábios dela ele entrou sumindo também pela porta.

Victória começou a caminhar de um lado a outro era tanta informação que ela nem podia acreditar que aquele dia faltava muito para acabar e tinha medo que mais alguma coisa pudesse acontecer para tirar ainda mais a pouca paz que eles tinham.

Maria e Max logo chegaram e avisaram a ela que as crianças tinham ficado com a babá e ela se agarrou a seus filhos porque era isso que eles eram desde o começo e eles se agarraram a ela nem podiam comemorar já que Ana estava ali num hospital com o risco de perder o bebê mais eles ficaram ali juntos agarrados uns aos outros dando apoio e força que precisavam naquele momento.

[...]

HORAS DEPOIS...

Heriberto entrou no quarto e pensou que a encontraria adormecida, mas a encontrou acordada e ela o mirou já chorando.

     

— Eu perdi? - falou com o coração disparado por mais que não tivesse dado a atenção necessária para aquela gravidez ela não queria perder ou muito menos tinha pensando em tirar e tocou a barriga sentindo o peso daquele destino.

Heriberto se aproximou mais dela e tocou a mão que estava em sua barriga e beijou a testa dela deixando de lado todo rancor e raiva que tinha tido dela diante dos últimos acontecimentos e ela fechou os olhos soluçando seu choro ele disse com calma.

— Não perdeu, mas precisa de muitos cuidados pelo menos nas próximas 72 horas seu sangramento foi muito forte e por alguns minutos não o perdemos! - falou de modo natural e ela o olhou. - Porque não me contou?

Ela soluçou novamente sentindo um alívio tão grande por seu bebê estar ali dentro dela ainda que ela o encarou com dor que se via a léguas.

— Porque você me odeia... - falou com pesar e voltou a abaixar o olhar.

— Eu não te odeio... - se afastou.

— Mas também não me ama! - fungou.

— Não mandamos no coração, Vic... Ana. - se corrigiu de imediato seria difícil acostumar com aquela realidade. - Você não ajudou muito!

— Não! Eu não ajudei e justamente por isso que não contei do meu filho! - falou com calma não queria se alterar e ele a olhou.

— Nosso filho! - aquelas palavras saíram rasgando dele não podia ser verdade que ele teria um filho com cada irmã. - Você está quase no quarto mês de gestação e pensava me contar quando? Pensava em começar a se cuidar quando?

Ana o olhou não iria aceitar sermão dele não naquele momento e depois de um suspiro disse.

— Contar como se quando eu descobri você já estava do outro lado do mundo amando a minha irmã! Como dizer ao homem que eu amei enlouquecida mente que vamos ter um filho se ele nem se quer tem olhos pra mim e por erro meu mesmo porque se tivesse feitos as coisas certas quem sabe teria algum sentimento vindo de você!

Heriberto nada disse apenas a ouvia sabia que era a hora dela falar o que sentia o que estava guardado a tantos meses.

— Sabe o que é ser chamada por outra mulher simplesmente pelo fato de amar alguém? A sua dignidade vai ao chão vira tapete pra que o outro pise e seja feliz. - as lágrimas rolavam por seu rosto e ela tentava não se alterar para não agravar seu estado. - Eu dei tudo de mim, mas no final de que me adiantou? Nada! Eu nunca fui quem você amou e depois de muito remoer e odiar eu entendi por fim que amar é a dois e não sozinha.

Era tanta dor dentro de si que Ana sentia que nunca poderia ser feliz enquanto estivesse ali no meio deles, não sabia se de fato era amor ou apenas a doença de Osvaldo dentro de si, mas o que ela tinha certeza era que precisava mudar e tirar Heriberto de sua vida era o primeiro passo.

— No final o nome que você sempre chamou foi o meu, mas o amor sempre foi de Victória e isso me confunde um pouco e preciso que fique longe de mim e sei que será difícil com um bebê a caminho, mas não te quero próximo até que eu entenda o que sinto e não se preocupe que não vou tirar seu direito de pai...

— O que for melhor pra você... - falou com as mãos trêmulas. - Só quero que fique bem por você e por nosso filho.

Ela assentiu segurando as lágrimas.

— Eu vou... Quanto tempo eu vou ter que ficar aqui?

— Três dias para ver se o bebê resiste...

Falou com calma e ela voltou a ficar a barriga não queria perder seu bebê ali estava a chance de recomeçar e ela estava depositando suas chances todas ali ou não saberia o que seria dela. Heriberto ficou ali por mais alguns minutos com ela e por mais que eles estivessem em silêncio era bom saber que ainda ele podia cuidar dela.

Depois ele se foi quando percebeu que ela pegava no sono novamente e deixou que Victória entrasse para comprovar que de fato estava bem. E os três primeiros dias se foram de muitos cuidados e todos pendentes de Ana que mesmo sentindo dores resistia firme até aquele momento em que estava com sua bata suspensa já com o gel na barriga a espera do diagnóstico que mudaria sua vida para o bem ou para o mal.

Heriberto estava ali junto a ela que se mantinha firme para não chorar e o médico passava de um lado a outro o aparelho enquanto fazia milhões de anotações estava com o rosto sério não dava a eles nenhuma demonstração para o bem ou para o mal apenas fazia seu trabalho e por fim ele olhou os dois.

— São 16 semanas completas e um bebê que por mais que tenha tido complicações sérias está aqui com um coração batendo muito mais forte que o normal. - por fim sorriu e deu a eles o som que é o sonho de toda mãe e pai ouvir quando descobrem que estão "grávidos".

Heriberto naquele momento respirou fundo nem tinha percebido que segurava o ar preso e ele sorriu segurando a mão dela que desatou a chorar sabia que era Deus dizendo a ela que tinha mais uma chance e dali em diante as coisas seriam bem distintas.

— Vocês querem saber o sexo? - os investigou. - Já vi duas vezes é bem descarado esse bebê. - ele sorriu mais ainda.

— Sim! - Ana falou em meio a um soluço.

Ele tomou ar e ela apertou a mão de Heriberto era o único bom daquela história deles.

— Parabéns é uma menina e bem exibida. - riu mais mostrando como estava com as perninhas aberta dando a eles a clara visão de sua menininha.

Eles riram juntos e a partir dali nada seria mais igual...


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