Memórias Ao Vento. escrita por Beni Oliveira


Capítulo 4
Dia de Festa.


Notas iniciais do capítulo

oin bbs ♥
okay eu não tenho muito o que falar né, então... hum...
Já comeram banana amassada com leite? é muito bom ♥
bjs, boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748894/chapter/4

Ontem o dia foi cheio, Debrah e Ambre não desgrudavam de mim, parece que minhas “amigas” não sabem o que é espaço pessoal, mas julgo ser melhor ficar com elas (mesmo com seus perfumes enjoativos, suas falsidades e vozes irritantes) de que ficar sozinha. Quem eu quero enganar? Não paravam de falar de garotos. Debrah fazia questão de contar seus íntimos detalhes da sua noite com Kentin, aproposito, ultimamente ele parece “solidário” comigo, diz que me entende, e que se eu precisar ele vai estar lá para me ajudar, sei bem que tipo de ajuda ele quer me dar.

Ambre vive agarrada com Dajan e sinceramente, tenho quase certeza que Charlotte já sabe de tudo. Ambre é o significado vivo da palavra “patricinha”. Bia, nossa, ela é muito grudenta e enjoada.

Ket, bem, Ket se acha muito, e se isto é uma competição de falsidade, ela está se saindo muito bem.

Dakota, é um desesperado por sexo, vive me ligando, e por mais que eu diga que não estou pronta para esse tipo de coisa, ele continua insistindo, Ambre fala que eu gostava muito do irmão dela, e quase como ameaça, ela fala que não quer que isso mude.

Descobri que sou do tipo de garota, nossa, eu sou horrível! Roubar os brincos de herança, cortar o cabelo de uma professora, jogar uma “amiga” para um professor, foi as menores das minhas maldades.

Bem, se passou uma semana de aula, nem falei nada sobre o bosque e nem o que aconteceu lá. Meu “herói” é da mesma sala que eu, sempre senta lá no fundo, não fala comigo nem com as garotas, ou melhor, nem com Ambre e nem com Debrah (ou com eu chamo agora “Debry”), mas com os outros ele fala normal. Ele, Dakota, Dajan e Kentin fazem parte do time de basquete, já fui tentada muitas vezes a perguntar por ele, mas não acho que de pra confiar nas “amigas” que eu tenho. Aliás, não posso confiar nada a elas.

Na quarta-feira, quando cheguei mas cedo da aula, descobri que Anastácia e papai brigam, e brigam muito, pelo que escutei dos gritos que Anastácia dava, papai tem muitas amantes, entre elas Jenna está no meio. Anastácia não demitiu ela, nem fez nada contra, nos outros dias continuou agindo como se nada tivesse acontecido, apesar de que, de acordo com os boatos que escutei os empregados falarem, Anastácia teu um tapa em Jenna quando elas ficaram a sós, Jenna disse que o vermelho em seu rosto foi porque usou um creme que lhe deu alergia.

Hoje é sexta-feira, “dias de festas”, e hoje a festa é sobre a vitória do time de Futebol, bem, na sinceridade não quero ir, não quero ter um mar de lembranças e fingir que tudo está bem, não quero ir e ficar perto de Ambre e Debrah, elas são horríveis, mas não tenho escolha, pelo tipo de pessoa que eu sou, suponho que esse grupinho idiota, devem ser os únicos amigos que eu tenho.

Debry, Ambre e eu fizemos algumas “maldades” durante esses dias, coisas do tipo: Obrigar pessoas a fazerem nossos trabalhos, humilhar garotas gordinhas, pegar o lanche de outros alunos, enfim, o tipo de coisa típica que uma patricinha faria para ter o que quisesse.

Elas dizem que eu era assim, dizem que esse é meu lugar, mas agora, eu não me sinto assim, sinto que elas são falsas e infelizmente, sou como elas.

Só estou indo porque, bem, o meu “herói” vai estar lá, sim, isto pode ser muito baixo de minha parte, mas aquele rosto me parece tão familiar, olhar para ele me traz um tipo de conforto, conforto impossível de achar em meus “amigos”.

Debrah e Ambre me fizeram usar a roupa das líderes de torcida para ir a festa, com direito a pompons e marias-chiquinhas, nossa me sinto ridícula, parece que estou indo a uma festa de fantasia, mas de acordo com as garotas, é obrigatório sendo líder de torcida ir vestida assim.

Já tenho licença para poder dirigir, mas Debrah disse que iria passar aqui em casa para me buscar e pelo som de buzina, ela acabou de chegar.

— Drina, Sua amiga acabou de chegar – fala Jenna abrindo a porta do meu quarto –

Desço as escadas e encontro Debrah e Ambre conversando alegremente com Anastácia, parecem se darem muito bem.

— Então, vamos? – falo alto para que percebam que eu estou ali com elas –

— Claro, Anast, foi um prazer te reencontrar – Debrah sorrir falsa –

Caminho com elas até um carro luxuoso prata, segundo elas, sempre fui ruim com carros.

— Então Ambre, quem já está na sua casa? – sim, a festa será na mansão da Ambre, que está sentada no banco de atrás –

— Ket, Charlotte, Dajan, Kentin, enfim as líderes de torcida, os jogadores e os acompanhantes deles – Ambre respira fundo – Ãn... Drina, preciso que faça algo para mim – ela parece seria –

— O que você quer? – pergunto estranhando o tom de voz dela -

— Charlotte descobriu tudo e... – ela olha para baixo – Preciso que você convença ela ficar de bico fechado, e agir como se nada tivesse acontecido, aproveite que ela está bêbada, faça ela pensar que ela só estava atrapalhando um caso de amor –

— Fazer com que você e Dajan sejam vítimas, e ela a vilã? – arqueio a sobrancelha –

— Isso mesmo, é melhor assim – ela sorrir –

— Como ela descobriu? – Pergunta Debry –

— Bia contou tudo – ela revira os olhos –

— É melhor a gente se livrar logo dela, só faz atrapalhar – Murmura Debry –

— Adoraria, mas não quero – fala Ambre, Debrah para o carro e olha para Ambre –

— Você com pena de alguém? – Vejo pelo retrovisor que Ambre e Debry trocam um olhar indecifrável, e Debry volta a dirigir, até que para de novo – Chegamos garotas! –

Respiro fundo antes de entrar. Ambre é uma cobra que teve coragem de roubar o namorado da amiga e agora quer ser vítima. E essa é a minha realidade. Eu queria saber quem eu era, agora que já tenho uma noção de quem seja, só posso aceitar e me adaptar a elas outra vez.

Sou como elas, ou até pior. Olhe como sou falsa, sei perfeitamente quem está errada na história, e mesmo assim, só pra agradar Ambre, vou fazer Charlotte se sentir a pior pessoa do mundo, porque na realidade em que estou, isso é o certo a ser feito.

Descemos do carro, e o jardim da Mansão Damon está lotado de adolescentes. Mas tem poucos dentro da casa, o que parece estranho.

— São poucos os que podem entrar na festa dentro de casa – Responde Ambre como se pudesse ler minha mente. Me perguntei se minhas expressões faciais fossem assim tão claras. Me convenço que não, porque se forem, acho que Ambre e Debrah sabem perfeitamente o que penso delas –

Dentro da casa não a um móvel sequer, apenas os jogadores e as líderes de torcida.

— Amor – Dake vem em minha direção com um bafo horrível de cerveja – Charlotte está na beira da piscina bancando a bêbada iludida – ele começa a beijar meu pescoço, mas empurro ele de leve e vou atrás de Charlotte.

A área da piscina parece não ter ninguém, a não ser Charlotte jogada no chão com várias garrafas vazias de cerveja ao seu lado.

— Charlotte? – chamo sentando ao seu lado, ela me encara por um momento, olhos, nariz e boca vermelhos, olhos inchados, rosto borrado de maquiagem, roupa suja pela grama, cabelo bagunçado... –

— Você já sabia não é? – Ela fala fungando e tentando esboçar um sorriso –

— Sinto muito – não consigo olhar para ela –

— Se veio aqui pra me consolar, ou falar que me avisou, Castiel já fez isso – olho rapidamente para ela –

— Quem é Castiel? – falo seria –

— Ele é um gato, um dos melhores do time, estuda com você – ela olha para mim e ri – Ele não te suporta, na verdade, ele não suporta nenhuma de nós, só estava aqui por pena – ela começa a chorar - Ela é tão perfeita, vocês Três são tão perfeitas, obvio que ele ficaria com uma de vocês – ela começa a rolar pelo chão –

— Charlotte, você é linda e – ela me interrompe –

— Pareço linda agora? – ela esbravejou com raiva para minha surpresa -

— Lotte... Talvez era pra ser assim... E... Bem, eles se gostavam, não podiam impedir – ela olha para mim –

— A minha vida acabou, como vou conseguir ver eles dois juntos? – ela sussurra – Eu realmente gosto dele, eu... – ela fica calada e balança a cabeça – Droga! – ela começa puxar o cabelo – Droga, porque não posso ser ela? –

— Calma! – falo abraçando ela, e ela parece ficar mais calma – Tenho que te levar para casa –

— Não quero ir – ela grita –

— Você precisa de um café forte – falo seria, Ela se levanta do nada e acabo caindo na piscina –

— Socorro! – grito me afogando –

— Drina! – escuto o grito de desespero de Charlotte –

Começo a me debater numa tentativa inútil de nadar, mas pareço me afogar mais. Engulo muita agua, e meus olhos estão se fechando. Sinto ser jogada para fora da agua.

— Você está bem? – Alguém me pergunta, mas estou cuspindo muita agua –

— Acho que sim – Digo tossindo – Preciso levar Charlotte embora – falo me recuperando do susto, e finamente olho para meu herói, seus olhos azuis cinzas se chocam com os meus, sua boca está tão perto da minha, sinto sua respiração.

“- Tiel, vamos o parque está fechado – falo rindo – Vamos ser presos se pegarem a gente aqui –

— Não baixinha, hoje à noite é nossa! – ele agarra minha cintura, sua rosto está próximo ao meu, seu nariz toca o meu, sinto sua respiração”.

— Você... –

— Vou pegar uma toalha e levar vocês embora – ele se afasta repentinamente. Meus olhos seguem cada passo dele para dentro da casa –

— Quem é ele? – pergunto para Charlotte que se encontra sentada numa cadeira de praia se recuperando aos poucos da embriagues –

— Castiel – ela responde seria – Olha... Não conte nada para Ambre, nem para Debry que vocês se falaram – Não parece bêbada, parece preocupada – É para seu bem... –

Castiel volta e me entrega a toalha, ele porem não olha para mim e não diz uma palavra sequer, parece com raiva.

Charlotte e eu vamos até o carro dele, mas saímos pelos fundos para que ninguém nos veja, sento no banco de trás e Castiel sai acelerado.

Pelo visto, ele sabe bem o caminho de minha casa, pois em momento algum me perguntou ou me dirigiu a palavra.

— Obrigada...Castiel... – ele não olha para mim, seguro seu braço – Por isso e pelo dia no bosque – ele me interrompeu retirando minha mão de seu braço -

— Só saia do carro – ele diz ríspido sem olhar para mim, com os olhos fixos no volantes –

— Você diz que me odeia, mas vive me salvando – digo seria, talvez até irritada com toda a grosseria dele, mas ele não disse nada, e eu apenas sai do veículo –

“- Algum dia vai me machucar? – falo fazendo biquinho –

— Sempre vou te proteger Manu – ele diz fazendo cafuné em meu cabelo, e aos poucos vou adormecendo –”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ok, vou ensinar como fazer banana amassada com leite.
Ingredientes:
2 bananas
leite em pó, a gosto.
Modo de preparo:
Com um garfo, pegue as bananas e amasse bem. Adicione leite em pó conforme o seu gosto.
Bom Apetite.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memórias Ao Vento." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.