Memórias Ao Vento. escrita por Beni Oliveira


Capítulo 5
Um dia de cada vez.


Notas iniciais do capítulo

oin cryanças :3
Cá estou eu aqui de novo, bem, espero que gostem desse capitulo, que não desistam da Drina (mesmo ele sendo tão vaca quanto Ambre, brincadeira, ninguem é tão vaca quanto a Ambre). Não tenho muito o que falar (vcs tão vendo esse cap no dia 12 e eu to agendando no dia 6 ´-)
Boa leitura manas ♥ (ou manos)



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Uma lembrança do Castiel? Sim.

Aqueles olhos, aqueles sorrisos, quem eu realmente era?

Assim que nos aproximamos da porta começamos a ouvir gritos histéricos.

— Um babaca, não sei como consegui te aturar esses anos, está tudo acabado –

Assim que abro a porta por muito pouco não sou acertada por um porta retrato que Anastácia jogou contra aporta. Olho para ela assustada e ela parece estar mais em si.

Observo a cena que está acontecendo na sala. Meu pai está de terno, Jenna de sutiã e calcinha, Anastácia com a maquiagem borrada, a roupa bem amassada, totalmente descabelada. Usava uma calça social, uma blusa social vermelha e terno, provavelmente estava em alguma reunião com meu pai e encontrou Jenna. De repente todos os olhares se voltam para mim.

Me abaixo e pego a foto rasgada que antes estava no porta retrato. Era do casamento deles.

— Querida... eu... – Interrompo Anastácia –

— A noite foi péssima – forço um sorriso. Olho para Charlotte que está assustada – Mande preparar um quarto de hospedes, roupas, um banho quente e café forte. Eu só quero entrar no meu quarto e... – respiro fundo – Sei lá, tentar dormir talvez – passei a mão no cabelo retirando os elásticos das minhas marias-chiquinhas -

Subo o mais rápido que posso para meu quarto e vou direto para o chuveiro, com roupa e tudo, ligo ele e sinto a agua em meu cabelo, abraço meus joelhos, e faço o de sempre: Choro.

Não sou forte, com certeza não sou. Estou confusa, assustada, me sinto como uma criança em um pesadelo horrível, mas esse pesadelo é a minha realidade. Quero voltar a ser o que eu era, quero amigos, quero ser eu novamente! Será que essa experiência de quase morte mudou meus conceitos? Amoleceu meu coração? Não, uma menina como eu não parece se importar com sentimentos. Apenas quero ser eu mesma novamente, mas quem sou eu? Dizem que eu era assim, mas não me sinto assim. Faço coisas que não quero apenas para agradar os outros, pra conseguir aprovação. Mas aprovação de quem? Quero convencer a mim mesma que estou feliz por ser assim, mas não estou, com certeza não estou.

Esse silencio me sufoca, quero perguntar o que Charlotte sabe a respeito do Castiel, preciso tanto compartilhar com alguém a lembrança tão doce que tive quando ele estava perto de mim, preciso contar para alguém tudo o que penso a respeito das minhas “amigas”, sobre meu pai, sobre Castiel, sobre meu namorado, céus! Preciso de uma amiga...

Mas o que diria a respeito dele? Diria que tive uma lembrança muito boa, mas quem não lembro de mais nada além disso? Ninguém entenderia. Ninguém sabe o que é ter uma experiência-quase-morte e não saber quem é.

Entrei no meu closet, peguei um pijama qualquer, me troquei e fui para a cama, mas encontrei Charlotte lá. Vestia uma camisola azul de cetim, um roupão lilás também de cetim, pantufas e bebia café.

— Quando a Debrah perguntar, você vai dizer que eu estava em um estado horrível de embriagues então, você pediu que um garoto qualquer te levasse para casa – Ela finalmente rompeu aquele silencio assustador, e tenho uma leve sensação, que talvez o silencio sufocante fosse melhor – E se ela falar que o Castiel estava na festa, você vai responder que nem notou a presença dele – Tinha alguma coisa errada, ela estava seria, não parecia com a patricinha insegura e triste pelo ex, parecia uma garota que acabara de assassinar alguém –

— Porque não posso falar o que aconteceu? – perguntei desconfiada -

— Pelo seu próprio bem, esqueça que vocês se viram, esqueça tudo – ela estava nervosa – Eu te suplico, finja que nada disso aconteceu, não pergunte por ele, não fale dele, e evite o máximo que puder – ela tinha medo no olhar, medo de alguma coisa ou alguém ... –

Fiquei calada por um momento tentando focar em minhas mãos que estranhamente tremiam, falar com ele parecia ter sido um erro, mas aqui, no meu coração... Foi um erro que não me importaria de cometer mais uma vez.

— Como você vai ficar com a Ambre e Dajan? – ela pareceu respirar aliviada, mas percebi que ainda estava triste –

— Bem... – ela deu um sorriso forçado, segurou o máximo que pode e por fim, desabou – Eu gosto tanto dele mas, Merda! – ela se encolheu, abraçou os tornozelos e escondeu o rosto sob seus joelhos – Eu vou ter de aceitar e fingir que não me importo, mas eu me importo muito, dói muito, Céus! – Esse era o momento dela, de sentir a realidade, de se afogar, e fazer o possível para sobreviver sem perder a sanidade como eu estava perdendo – Sempre que eu ver eles juntos, vai doer, vai doer tanto quando eles se agarrarem na minha frente, droga, droga, droga! – então, fiz o que deveria ser feito, abracei ela, e no fundo queria que alguém fizesse isso comigo. Ela foi se acalmando, soluçando, respirando fundo – essa é a primeira vez que você faz isso, e a primeira vez em que eu passo a noite aqui... –

— Mas não dorme na casa das suas amigas? – pergunto surpresa –

— Claro, mas nunca sem a Ambre e Debry, sabe, nem eu e Ket dormimos com vocês sem ter a Debry e Ambre por perto – ela saiu do abraço e sentou ao meu lado na cama –

— E a Bia? –

— Bem, quando você estava em coma, ela dormiu uma vez na casa da Ambre, mas acho que era porque Ambre estava muito chocada – Ela limpou as lágrimas – Quando você ficou em coma, mesmo não sendo tão próximas, todas nós sofremos – Éramos melhores amigas que não sabiam nada sobre as outras.

— Como Dake ficou? – pergunto timidamente. Às vezes, nem me lembrava que namorava ele, tenho esquecido dele e esquecido que gosto dele, se é que realmente gosto. Se sou capaz de sentir alguma coisa verdadeira, já que minha vida é um grande mentira –

— Péssimo – ela olha para baixo – Acho que é a primeira vez em que vocês ficam tão distantes um do outro – olho confusa para ela, ela sorrir – Vocês sempre estavam juntos, nunca se largavam, quase sempre dormia na casa dele – sinto meu rosto esquentar – Até mesmo o Nathaniel ficou abalado –

— Quem é Nathaniel? – ela ri –

— Seu cunhado –

— Ambre tem mais um irmão? – falo surpresa –

— Sim, mas ele é muito certinho, ele é o presidente do grêmio, só usa roupas social, e não vai muito com sua cara, nem ele, nem a namorada Melody –

“-Querida, que provas você tem contra mim? – Olho para Melody dos pés à cabeça, ela desvia o olhar e bufa – O seu namoradinho é que foi culpado pelas respostas da prova vazarem, afinal foi ele que perdeu a chave da sala dos professores – faço minha doce risada de sarcasmo –”

— Com razão culpei eles pelo roubo das provas – Charlotte ri –

— Ela é minha prima, e passou uma semana enchendo meu saco para mim falar com vocês e convencesse de assumirem a culpa -  ela volta a rir, porém, apenas fico olhando para ela – Está tarde melhor dormimos – eu apenas deitei, e fechei os olhos enquanto ela saia do meu quarto –

“- Essa foi a melhor noite da minha vida – Castiel sorri, aquele sorriso que eu tanto amo –

— Será? – ele sorri de um jeito malicioso, me agarra pela cintura, mas eu me solto – Tiel, somos apenas amigos –

— Claro, bons amigos – ele sorrir –

— Já são – olho no relógio do pulso direito dele – quatro e quinze da manhã, droga Castiel! – digo correndo –

— Calma, temos a noite toda – ele me segura contra um poste da rua. Acho que finalmente estou criando coragem, aproximo minha boca mas ele se afasta de jeito brusco –

— Somos apenas amigos”

— Bom dia senhorita Manuela – era Mariana, digamos que minha empregada pessoal. O uniforme composto por um vestido bege, avental branco, sapato social branco com meia branca, brincos de pérolas, e cabelo amarrado em um coque. – Debrah ligou várias vezes e disse que em menos de um hora, passara aqui para ir à praia com a senhora – Olhei no relógio e era apenas sete e meia da manhã – Sua amiga foi embora bem cedo, disse que tinha de resolver umas coisas -

— Obrigada – Ela saiu fechando a porta e logo eu tratei de tomar um bom banho. Escolhi um biquíni de alguma coleção desde ano, pus umas coisas em minha bolsa, vesti um vestido floral rodado, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e dei uma olhada em minhas mensagens.

“Debrah – Migs, que horas você saiu da festa?”

Bem, hora de voltar a ser o chiclete de Ambre e Debrah.

“-Voltei cedo, Lotte bebeu todas ontem”

“Debrah – Dake ficou louco te procurando, deveria dar mais atenção ao seu namorado”

Não respondi. Uma buzina soou alto. Sair com pressa de casa.

Mas assim que entrei no carro, e vi o motorista, não era Debrah nem Ambre que estava lá, era Dake...


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Notas finais do capítulo

se preparem porq vem treta por ai ♥



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