O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 17
Como fazemos


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde lindezas, cá estou com o último capítulo no Pov do narrador. Obrigada a todas que vem comentando e interagindo com a fic, vocês são demais e breve voltarei com mais novidades...

Uma ótima leitura a todas.



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”E eu fiz um novo amigo... E meu amigo diz: "Como nós fazemos?" Como fazemos? Como fazemos? Ooh, Man disse: "Como nós fazemos?" Bem, eu sinto que o renascido, eu sinto que sou renovável... Porque o homem disse: "Como fazemos?"

(How Do We do - Cassidy Freeman & Alessandro Juliani)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

 

Pov. Narrador

 

 

∫∫ CASA DE SHOW SENSAJO ∫∫

 

Era o que se lia no neon cintilante azul e vermelho. Gale e Katniss adentraram o local e perceberam que mesmo àquela hora, o lugar se encontrava parcialmente cheio. Em algumas mesas, apostadores jogavam pôquer, já em outras bebiam, petiscavam; enquanto observavam coristas dançarem sobre o palco.

— Ali está meu lindo e maravilhoso anel. – Katniss olhou para um homem vestido estranhamente e no dedo mindinho dele o tal objeto brilhava.

— Katniss, não vai abordar o cara do nada, primeiro precisamos traçar um plano.

— De forma alguma permitirei que o pilantra prive o meu “viveram felizes para sempre.” Aqui vai a noiva ao resgate.

Antes que ela pudesse avançar, dois brutamontes surgiu do nada e barraram-na.

— Aonde a senhorita pensa que vai? – inqueriu um deles.

— Vim pegar meu anel de volta.

— Ah, o anel que você apostou no pôquer com o chefe? Sem essa garota.

— Eu jamais apostaria algo se não tivesse garantia que o teria de volta.

— Nessa vida não há garantia, queridinha. – O homem riu irônico e Katniss exprimiu seus olhos querendo avançar para derrubá-lo.

— Ei, Kat é melhor deixarmos pra lá...

— Não Gale!

A morena insistiu em avançar, mas os dois caras seguraram o casal de amigos e os prenderam em uma sala atrás do palco.

— Que maravilha, e agora amiga, o que faremos? – ironizou Gale.

— Eu não sei, mas tenho que pegar meu anel...

— Chega dessa história de anel Frodo!

— Você não entende, né Gale? – fungou Katniss prestes a chorar.

Os dois se encontravam de costas um para o outro com fitas autocolantes, bem apertados.

— O que não entendo? – perguntou ele de volta.

— Eu sempre quis alguém que entendesse a minha visão do mundo. Não quero parecer uma noiva esquisita caminhando até o altar – lamentava enquanto o amigo olhava em volta à procura de algo cortante.

— Katniss no três, impulsiona o corpo para chegarmos até aquela barra de ferro ali. – Gale contou e no três começaram a mover os corpos até o local onde o moreno pensou em cortar as amarras.

— Quero que tudo seja perfeito e não minha bagunça de sempre – discursou Katniss.

— Admita amiga, todos nós somos uma bagunça...

— Não, não... Peeta nunca perde as coisas, tá legal? Você tem ideia de quanta pressão existe em ser noiva do senhor perfeição?

Gale tentava cortar a fita colante que envolvia seus pulsos na tal barra de ferro.

— E tem ideia da pressão, em combater o crime ao lado do senhor perfeição? – Finalmente Gale se soltou em seguida desprendeu a amiga. – Beleza, agora vamos sumir desse lugar...

— Não vamos embora sem meu anel de noivado.

— Pelos céus, Katniss! – Gale olhou de um lado para o outro e viu uma arara cheia de fantasias, dentre elas, as mesmas que as coristas usavam. – Bem, podemos nos disfarçar... – sugeriu apontando para as roupas e Katniss sorriu diabolicamente.

— Eu faço a maquiagem! – A morena deu um gritinho animada enquanto o amigo apenas enrugou o rosto em total pânico.

Não foi nada fácil para Katniss encontrar uma sandália de salto para calçar os pés de mamute de Gale. Ela fez toda a maquiagem dele e até que ficou uma corista atraente, com a minissaia branca cheia de franjinhas prateadas que combinava perfeitamente com o top, as luvas brancas, a coroa com penas - diga-se de passagem - o agente Hawthorne havia ficado deslumbrante. Logo os dois se juntaram as outras garotas e tentavam acompanhar passo a passo a dança.

 

✗✗✗

 

Yes, sou brilhante, não sou?

— O que Finn, encontrou alguma pista?

— Sim, câmeras de segurança detectaram Gale e Katniss próximos a uma casa de shows... Sensajo?

— O que tem? – perguntou Peeta já agoniado por tamanha demora, já se passara o almoço e nada de sua amada noiva.

— É uma casa de shows clandestina. Nem o nome do dono aparece aqui nos registros. – Finnick digitava atentamente as informações necessárias, mas o resultado aparecia um tanto “vago”.

— É melhor irmos armados – argumentou Peeta.

— Nós também vamos. – Annie disse já ajeitando o cabelo desgrenhado.

Os quatro entraram no carro, com a mente um pouco mais sã, e seguiram até o endereço. Estacionaram ao meio fio e ao adentrarem o local escutaram uma animada música. Assim que direcionaram os olhos ao palco, onde as coristas dançavam de forma leve como gazelas, Madge tinha a testa vincada.

— Ali está a Katniss e... Gale?

— Meu anel, Gale... – gritou Katniss avistando o cara bebendo como um porco numa mesa próxima ao palco, sem pensar direito ela avançou.

— Katniss, não... – Gale tentou impedir, mas as roupas brilhosas, a asa que parecia de pavão o incomodava, sem contar os saltos nos pés.

— Quem é você garota? – O homem bizarro esbravejou.

— Sou aquela que você roubou! – Katniss estava em cima do homem tentando arrancar seu anel do mindinho gordo, mas aproximavam os dois brutamontes de antes. Assim que a agarram pelos braços, Gale arrancou as sandálias dos pés e arremessou na cabeça de um dos homens que gemeu na hora.

— Vocês terão um problema maior com euzinha aqui. – Ele fez graça com uma voz mais afinada, logicamente que essa afinação não dera tão certo, afinal Gale tinha uma voz grave.

Os dois homens avançaram pra cima dele, mas Gale usou sua artilharia de luta kung fu.

— Tire agora meu anel ou vai ver comigo... – Katniss ainda travava uma luta incansável com o cara esquisito.

— Esse anel me trouxe sorte, gatinha. Agora é meu.

— Não é seu, não! – Katniss ergueu a mão dele, conseguindo assim, fazer o anel saltar para o alto e cair em algum lugar no chão.

— Sua... – O homem pegou Katniss pelo pescoço e a ergueu.

— Solte ela, agora mesmo!

Era a voz de Peeta. Um alívio percorreu pelo corpo da morena ao ver seu noivo avançar sobre o homem - e enquanto os dois travavam uma luta corporal -, ela se ajoelhou e desesperadamente começou a procurar seu precioso.

Tiroteio e uma agitação inigualável iniciou no local, fazendo com que as pessoas se abaixassem desviando de balas. Tanto Madge, quanto Annie davam algumas rasteiras. No meio da confusão as duas foram detectadas como cumplices. 

Quando Katniss encontrava seu anel, alguém passava correndo e chutava sem querer e ela novamente tentava localiza-lo.

O homem com o qual Gale lutava acabou por arrancar-lhe o top de franjinhas o deixando com o peitoral a amostra.

— Cara desiste, uma batalha comigo é derrota no final. – Gale deu-lhe uma rasteira o derrubando. Ele trocou olhares com os amigos e viu que Madge precisava dele, um outro idiota dava uma chave de fenda nela. Ele saltou girando um mortal no ar sobre algumas pessoas e acabou por dar uma pesada no homem que prendia sua namorada.

— FBI, todos parado! – bradou Boogs o agente especial e marido da agente Paylor. Um grupo de federais estava junto dele. – Seneca Crane, você e seu pessoal estão presos por porte ilegal de armas. Casa de show clandestino. Falsificação de documentos e dinheiro, e tráfego de drogas.

— Boogs? – Peeta tentava recuperar o fôlego enquanto limpava resquícios de sangue no canto de sua boca.

— Mellark, há meses estávamos atrás desse desgraçado e reviramos meio mundo para encontra-lo e vocês em uma única manhã encontraram o esconderijo deles.

— Quer dizer que resolvemos um caso? – Gale cuspiu um pouco de sangue e logo abraçou a namorada.

— Sim, seus agentes de meia tigela. Resolveram um dos casos que mais nos estava deixando loucos.

— Ah, que bom então... isso significa que iremos receber um aumento chefe? – Finnick sorriu como uma criança a espera de uma grande recompensa, como um pirulito, ou um marshmallow.

— Aumento de trabalho, isso sim Sr. Odair.

— Você está bem, querida? – Peeta averiguava sua noiva dos pés à cabeça para ver se ela tinha algum ferimento.

— Agora estou – disse dengosa abraçando seu noivo e recebendo um apaixonante beijo.

Os amigos combinaram de se encontrarem mais tarde no apartamento do Mellark. Finnick havia encontrado na limusine a câmera que filmara o momento épico desde o início.

Já ao anoitecer Katniss e Peeta pediram pizza para os amigos e Finnick conectou a câmera num cabo USB na TV do Mellark.

— Acho que está um pouco danificado, mas ainda contém algumas filmagens.

Logo as primeiras imagens do momento do brinde surgiram na tela.

— Katniss, se estiver vendo isso daqui a dez anos saiba que você é, e sempre será o amor da minha vida... sou louco por você morena...— A voz de Peeta soava grogue pelo champanhe enfeitiçado enquanto se declarava para a câmera.

— Que lindo Mellark eu vou chorar... quer saber vou escrever um discurso bem emocionante pro dia do casamento de vocês. Quero te ver chorando como um bebê loiro...— Gale também falava como uma lesma. – O álcool não me afeta, galera!— gritou ovacionado tentando inutilmente se apoiar na namorada.

De repente, as imagens foram para dentro da limusine. Os amigos continuavam a encher as taças e a falar coisas desconexas.

— Feliz Natal!— gritou Annie.

— Vamos beber, beber...— Madge ergueu uma algema que encontrara no automóvel.

— Aí Jojo... obrigada pelo presente, uhuuuu!— Katniss estava sentada no colo de Peeta que a apertava pela cintura.

— É Jo, você tinha que estar bebendo aqui com a gente...— Peeta acabou por mordiscar o ombro da noiva que soltou um gritinho.

— Ei, casal esperem até chegarmos à capela do amor e casarmos o Gale e a Madge!

— Ah, então a metade da certidão que encontramos era na verdade minha e do Gale – comentou Madge um tanto sem graça enquanto todos riam das cenas engraçadas.

— Ok, mas antes Finnick temos que comprar as alianças... ah, e isso me faz lembrar amorzinho que tenho que comprar as nossas.

— Ah... Peetinha o que seria da minha vida sem você?

Novamente a câmera deu um corte e agora quem aparecia na filmagem eram Gale e Peeta conversando.

— Se tá louco Peeta, a Katniss merece aliança melhor, não essas de vinte pratas que se compra em qualquer lojinha de conveniência.

— Eu sei cara, só comprei pra experimentar no meu dedo e essa coisa não sai... que droga! –  Ria como um pateta ao tentar tirar a aliança de seu anelar.

— Por isso acordei com a aliança no meu dedo... – divagou Peeta, enquanto Katniss fazia um carinho em sua nuca.

— Eu vou lhe dizer uma coisa, Annie... ser o melhor hacker do FBI traz muitas responsabilidades, preocupações sabe... quando tivermos nossos filhos você terá que entender que nem sempre estarei em casa na hora que quiser.— Finnick viajava na maionese fazendo um discurso nada a ver.

— Jura que é o melhor hacker do FBI, seu narcisista – Annie tirou casquinha com o marido ao notar a cara dele nas filmagens.

Logo a câmera fez outro corte e apareceu Finnick fantasiado de Elvis Presley e cantava no karaokê com Annie. Aparentemente festejando a união de Gale e Madge.

— How do we do... how do we do... Ooh, Man said how do we do? Well, i feel the reborn, i feel i'm renew cause the man said, how do we do?

Após a cantoria, Annie arrastou o namorado que levou a câmera consigo. Foram para dentro da limusine e se iniciou a intimidade entre o casal Odair.

— Venha aqui, boneca. Vou ver o que você tem aí embaixo dessas roupas... vem... me dá, me dá...

— Epa, pessoal... já chega. Já chega! – Annie já estava à beira de um colapso tentando desligar, ou avançar as cenas da câmera.

Finnick levantou-se do sofá e conseguiu pular as cenas indevidas e ao final da gravação tinha um “Az” ou melhor um brilho diferente, antes da incrível Mason surgir, vestida tipicamente com seu traje de mágica.

— Saudações amigos, espero que tenham curtido a noite e que na manhã seguinte tenham bebido bastante cafeína e aspirina. Infelizmente não fora possível estar aí, mas aguardo vocês qualquer dia desses em um dos meus shows, afinal o que seria da vida sem um pouco de magia...

E, fim do vídeo.

— Dessa vez a Jô se superou – comentou Peeta, coçando a nuca.

— Verdade, pensei que aquele episódio em que vocês dois estavam meio brigados e surgiram do nada sobre o terraço do departamento, onde trabalhamos, algemados de costas um para o outro fosse a jogada de mestre da Jo, mas essa daqui moçada foi o ultimato.

— Gale, nem me lembre daquele dia em que eu amei um pouco menos o senhor perfeição.

— Senhor perfeição? Que história é essa? – Peeta quis saber.

— Ih, amigo nem queira saber...

 

✗✗✗

 

Assim que todos foram embora Peeta se virou para sua noiva e disse:

— Quero te levar em um lugar?

— Agora?

— Sim, querida agora. Não aguentarei até a manhã seguinte. - Ambos riram e Katniss pegou sua jaqueta para acompanhar o noivo. – Vou tampar seus olhos, é uma surpresa, tudo bem?

— Uma surpresa? Hum... você é cheio de mistérios. – Peeta vedou os olhos de sua garota  com a echarpe da mesma. Abriu a porta com cuidado e a guiou até o centro do local. Ao desatar o tecido do rosto de sua amada, ela mal pôde acreditar no que seus olhos viam. – Que lugar é esse, Peeta?

— É meu presente de casamento pra você. Fica perto do nosso emprego. O lugar é bem amplo e poderemos criar nossos Mellarkizinhos com muito amor e aconchego. Você gostou? – Ele finalizou com a voz um tanto tensa.

— Se eu gostei? – Então ela se virou, ficando de frente pra ele e sorriu escancaradamente. – Eu adorei amor... é perfeito! – Katniss pulou nos braços de Peeta, que quase se desequilibrou, e o beijou com devoção. – Amo você.

— Amo você mais ainda. – Ele a ergueu e encaminhou-se para o quarto aonde, o único móvel de todo o apartamento - a enorme e luxuosa cama - os aguardavam.

Após se amarem com fervor Katniss acariciou os cabelos louros e suados de Peeta e confessou:

— É o seguinte Peeta, me odiarei pra sempre se não te contar algo... – Ela sentia seu coração acelerar cada vez mais. – Eu perdi o anel que você me deu... eu-eu o recuperei, mas... por favor me perdoa?

— Niss, não tem o que perdoar – iniciou ele a apertando ainda mais em seus braços fortes. – O anel não é o que importa, é você. – Katniss o olhou com ar de mais apaixonada. – Agora, eu também tenho uma confissão a fazer. Quando acordei hoje de manhã e não te vi ao meu lado quase enlouqueci.

— Pee... sei que as vezes sou muito efusiva e atrapalhada. – Katniss já se afastava dos braços aconchegantes do noivo e se sentava na cama. – Não sou perfeita...

— Olha, se essa história de casamento for demais pra você, eu vou entender.

— Pare já com isso Peeta Mellark. Não consigo explicar.

— E não precisa. Eu me casaria com você em quatro dias, ou em quatro anos sem problemas.

— Ah... foi lindo isso que você disse. – Não resistindo mais aquele sorriso que, a deixava com as pernas bambas, Katniss se deitou sobre ele e o beijou com todo amor que sentia cravado em seu peito. – Agora precisamos contar ao papai e a Prim.

Desde o pedido, Katniss havia comunicado apenas aos amigos. Daquele momento em diante teria que comunicar ao pai, um famoso agente da CIA, e a irmã caçula Prim.

Peeta engoliu seco diante da última frase proferida por ela.

— Não havia pensado direito... – resmungou para si.

— Pensado o que, minha vida?

— Que seu pai pode...

— Ele vai adorar a ideia, amor. Faz tempo que papai anda perguntando quando você ia fazer o pedido. Sabe como ele é antiquado, e não consente com nós dois morando juntos sem estarmos casados.

— Se é assim, vamos marcar com ele e Prim um jantar especial... que tal nesse sábado? – expressou-se nervoso.

— Pra mim está perfeito... senhor perfeição.

Finalmente Peeta respirou profundamente, e puderam continuar matando a saudade que sentiam um pelo outro, e a manhã seguinte... que os aguardassem.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Essa foto do final é de uma série a qual me inspirei várias situações desta fanfic aqui, alguns devem já ter ouvido falar em Smallville as aventuras do superboy. Enfim esse rapaz da foto digamos que seriam Gale vestido de corista kkkkk... E ahhhh essa música do início do capítulo é muito divertida, ao estilo Elvis, vale a pena escutar, pois seria o Finn e a Annie no Karaokê. Me digam nos comentários seus lindos... até semana que vem, um forte abraço e ótimo FDS a todos.



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