O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 15
Aura


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, era pra eu estar estudando pra prova da faculdade, mas cá estou trazendo mais um capítulo pra vcs... neste capítulo pulei uns anos e está entrando na parte da one-shot "A manhã seguinte" com algumas alterações. Espero de coração que gostem. Muito obrigada ao carinho de cada uma ao comentarem... ahhhh recadinho, tanto esse capítulo de hoje quanto os dois a seguir serão no Pov. do Narrador, ok?



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“Em todos os lugares que estou olhando agora... Estou cercada pelo o seu abraço... Querido, eu posso ver sua aura... Você sabe que é a minha graça salvadora...”

(Halo - Beyoncé)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

Pov. Narrador

 

Três anos depois...

 

— O papai está bem? – Katniss perguntou ao bebericar seu achocolatado.

— Papai está mais do que bem. Effie o mima todo o tempo. Acredito que ele até engordou.

— Você acredita? Eu tenho é certeza. Pelo menos da última vez que o vi, ele parecia estar com a barriga bem saliente.

As duas riram espontaneamente. Fazia exatamente dois anos que Haymitch e Effie haviam se casado. A cerimônia fora simples, mas muito significativa.

— Só não comenta isso perto dele, mana.

— Prometo de dedinho. – As irmãs Everdeen tomavam o café da manhã na cafeteria preferida delas. Vez em quando faziam um programa e outro de irmãs. No entanto, Prim andava mais atolada do que nunca com os estágios da faculdade.

— Me decidi, Kat. Quero ser neurocirurgiã.

— Fico feliz por você, Prim. Mesmo assim, tem certeza de que, quer abrir cabeças e tirar tumores que, às vezes aparentam inoperáveis? – Katniss se preocupava com a carreira da irmã.

— Katniss, é exatamente isso que eu quero. E estou pretendendo fazer um intercâmbio na Suíça. Uma professora minha se especializou lá, e disse que o sistema de pesquisa nessa área é incrível.

— Sabe que sempre vou apoiar suas decisões. Estarei torcendo por você, não importa o que escolher.

— Obrigada, Kat. Agora... e você como anda a vida?

— Ah, você sabe... – A morena tentou fugir do verdadeiro foco em que Prim queria chegar.

— Não, eu verdadeiramente não sei como anda seu coração.

— Peeta virá para nos ajudar em uma missão, mas não tenho certeza se já tem um prazo de ficar livre de Washington  – disse a morena com a voz entristecida.

— Ele te ama, é isso o que importa. – Prim pegou a mão direita da irmã e a segurou entre as suas lhe fazendo um carinho.

— Eu amo você, Prim. – Em um forte abraço, Katniss transmitiu todo o afeto que sentia pela irmã caçula.

— Também amo você.

— Meu Deus! Estou atrasada... – A morena levantou-se de supetão, deu alguns beijinhos na irmã e pedindo mil desculpas a ela saiu apressada dali deixando Prim pagar a conta.

Era aquele típico dia de maio na tão movimentada Nova York. O combate ao crime incessantemente continuava a ser enfrentado pelos melhores agentes do FBI.

Katniss entrou sem que fosse notada pela sua chefe, mas no fundo sabia que ela já tinha notado o atraso.

O caso mais recente em que Katniss e a equipe de agentes trabalhavam, era sobre uma quadrilha que usavam máscaras de palhaço. Eles estavam dando trabalho para a polícia local, e logo os agentes entraram em ação. Um ótimo plano fora planejado com êxito pela agente especial e chefe GS15, Amanda Paylor.

— O que nós sabemos é que, eles vêm assaltando apenas bancos privados. E como estão cientes, ontem roubaram uma agência muito importante, e conseguiram arrombar um cofre de segurança a laser, sem disparar o alarme. – Paylor conversava com a equipe designada para a missão “palhaços assassinos” - nome intitulado por Gale - assim que soube que o gerente havia sido brutalmente morto ao reagir a quadrilha.

— Meu palpite é que, tem um hacker experiente entre eles.

— Descubra quem é, agente Hawthorne – ordenou Paylor. – Estão dispensados.

Gale ajeitou seu distintivo e esbarrou o ombro propositalmente em sua parceira.

— Agora conseguiu o que queria, Catnip.

A morena revirou os olhos ao ajeitar seu terninho. Fazia um bom tempo que Katniss não resolvia um caso ao lado do namorado, pois ele vinha tendo missões fora de seu distrito. Entretanto, o loiro estava voltando para Nova York e seria o parceiro da Everdeen na recente missão.

— Cale-se! – disse ela, devolvendo o esbarrão no ombro.

— Ele está vindo do escritório de Washington, é isso?

— Sim, Coin pediu que fosse até lá para designá-lo para esta missão.

— Ele não estava atrás de um contrabando na Carolina do Norte?

— Exato, e faz uma semana que não o vejo – choramingou ela, depois de jogar os cabelos para o lado.

— Ih... lá vem você com seu drama.

— Não é drama, Gale. Sinto falta dele todos os dias.

— Pois é, e como não notei isso antes? – Fazendo a maior graça, o moreno seguiu para a van, junto de sua equipe que consistia: Finnick Odair, o melhor hacker - um verdadeiro mago da tecnologia - formado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology). Homes e Mitchell, os melhores atiradores do departamento e a comando da agente especial Andrea Jackson. Seguiram por avenidas parcialmente movimentadas até estacionarem ao meio fio do tal banco. – Finn, pelo visto, você tem mais uma missão impossível aqui.

— Paylor já me enviou as instruções – disse Finnick, ajeitando a armação acrílica de grau sobre seu rosto. – Vou derrubar qualquer firewall que tiverem.

— É assim que fala, Odair. – Gale deu um tapinha em seu ombro antes de saltar da van sendo seguido pelos demais.

— Homes e Mitchell, quero que averiguam o perímetro e tentem encontrar algo que a polícia não conseguiu enxergar – ordenou Jackson para os dois homens que, apenas assentiram e atravessaram a faixa de isolamento. – E vocês dois, sem detalhes à imprensa.

Sim. — Katniss e Gale responderam juntos, e quando Jackson não estava olhando trocaram careta um com o outro, por acharem que a ordem fora desnecessária, já que, sabiam que não podiam dar detalhes da missão. 

Enquanto a agente especial conversava com alguns seguranças do banco, Gale e Katniss adentraram no saguão principal, onde havia estilhaço de vidro por todo o chão de mármore muito bem lustrado, ou pelo menos foi algum dia.

— Esses palhaços sabem dar uma festa – comenta o moreno com certa ironia.

— Defina a palavra festa, Hawthorne. – Aquela voz potente soou aos ouvidos de Katniss que, se virou e deu de cara com sua imensidão azul favorita.

— Peeta... – A morena correu até a entrada onde seu amado estava parado, e antes de se jogar sobre ele escorregou quase dando de cara no chão se, não fosse os braços fortes do namorado para segurá-la. – Senti tanto sua falta. – Ela se agarrou a ele e o beijou como se não houvesse um amanhã. Porém, o loiro, quase inaudível gemeu de dor.

— Também senti sua falta.

— O que aconteceu? Está ferido? – Preocupada se afastou e começou a apalpá-lo.

— Tiro de raspão no ombro esquerdo.

— Cristo! Que tipo de arma?

— Uma Jericho 941, de 9 mm.

— Oh... Peeta.

— Eu estou bem melhor, acredite.

Enquanto os dois se encontravam em uma bolha particular, Gale pigarreou lembrando que, ambos estavam em campo de trabalho.

— Bem-vindo de volta, Mellark.

— Gale, o que temos aqui? – Peeta olhou ao redor vendo a tremenda bagunça.

— Não tinha muitos civis no local na hora do assalto, mas soubemos que ocorreu por volta das 17hr. Horário que a avenida está praticamente interditada de ônibus escolares.

— Como conseguiram assaltar a essa hora?

— Os clientes apenas aguardavam os últimos serviços do dia. As portas principais já estavam fechadas. Eles arquitetavam esse assalto há tempo, disso tenho certeza.

Os três andaram por todo o perímetro e Peeta se deslocou para a sala do gerente, franzindo a testa, achando aquilo tudo muito estranho.

— Encontrou alguma coisa, Peeta? – Katniss se aproximou dele na intenção de entender o que ele via.

— Estranho eles matarem o gerente... a não ser que... – divagou, como se estivesse sozinho.

— A não ser o quê?

De súbito ele caminhou até Jackson que, agora conversava com o segundo gerente, pegando mais algumas informações.

— Agente Jackson, posso perguntar algo ao cavalheiro?

— Claro, Mellark. Fique à vontade.

— Quais funcionários tinham acesso a senha do cofre?

— Eu, o Sr. Snow e Crane o outro gerente, o qual acabou sendo morto.

— Hum... certo. – Peeta se afastou pensativo e Jackson conhecendo aquele olhar pediu licença ao homem e foi atrás do agente.

— Peeta, o que acha que aconteceu aqui?

— Jackson, acredito que alguém passou informações para a quadrilha, na esperança de dividirem o lucro, mas no último minuto foi traído pelo mesmo.

— Você é brilhante, Mellark. Vou agora mesmo pedir para o Finnick tentar rastrear algo sobre ele. Os pertences da vítima foram levados para o Departamento Forense, e se não me engano, tinha um celular pré-pago junto. Isso pode ser a chave. – Antes que Jackson terminasse de atravessar as portas ela parou e girou os calcanhares em direção a ele. – Está de carro, Mellark?

— Estou.

— Assim que anotarem o relatório, leve aqueles dois ali com você de volta à base.

Gale e Katniss que seguiam com o olhar o movimento de Peeta, se entreolharam estupefatos.

— Já terminaram suas anotações? Estou louco por um cappuccino. – Como sempre Peeta já tinha terminado suas observações e guardara seu caderno de anotações com cuidado no bolso interno de seu terno.

— Vamos tomar café no Luciu’s? – perguntou Katniss, ansiando pelo seu lanche da tarde.

— Sim, minha deusa, se assim quiser – respondeu o loiro, com o sorriso ladeado, o qual, ela suspirava de paixão.

— Ah, eu já disse o quanto você é perfeito e o melhor namorado? – cantarolou, após um grande suspiro.

— Hoje você não disse.

— Então vem cá e te direi tudo o que estou pensando. – Logo Katniss se encontrava nos braços de Peeta e sorriam abobalhados um para o outro.

— Ai, credo... vocês dois são o pior casal agentes que já vi. Tão melosos – brincou Gale, revirando os olhos e colocando a língua pra fora da boca em uma careta cômica.

 

✗✗✗

 

Já na cafeteria os três agentes bebiam o sagrado café, cada um com seu preferido.

— Que tal preparamos o jantar juntos? – A morena brincava com a gravata do namorado entre os dedos, e ele se mantinha compenetrado em seu saboroso cappuccino.

— Você não gosta de cozinhar, minha Niss – observou ele, depois de bebericar sua bebida.

— Não saber cozinhar é bem diferente de não gostar de fazer. Sabe que sou péssima. Tudo que preparo sai uma gororoba.

Gale acabou cuspindo seu café ao escutar aquelas palavras, o que causou respingos na roupa de seu amigo que estava sentado à sua frente.

— Ah, Catnip não acredito que ainda só saiba preparar macarrão instantâneo – gargalhou o moreno, limpado sua boca com o guardanapo e recebendo um olhar desaprovador do casal.

— Obrigado por me dar um banho de café, Hawthorne. A propósito, Katniss tem progredido muito na cozinha. – De peito estufado, Peeta elogiou sua amada que apenas lhe lançou mais um olhar apaixonado.

— Pelo menos você não irá passar fome, quando se casarem. – Desta vez foi Katniss que quase cuspiu sua bebida, mas ao contrário do Hawthorne ela acabou se engasgando e tendo o amparo do namorado ao dar tapinhas em suas costas.

— Tenho certeza que nós dois não iremos passar fome – afirmou Peeta.

Há exatamente duas semanas, Katniss tinha completado seus vinte e nove anos, mas Peeta não pôde estar presente no dia, por conta de uma missão quase impossível. Desde então, ele vinha tentando recompensá-la, apesar da morena entender sua ausência, não fazia cobranças.

No fim do expediente e já em casa, Peeta e Katniss se encontravam eufóricos ao se atacarem vorazmente.

— Eu estava com tanta saudade de você... oh, Deus como eu estava... – Ela já tinha tirado praticamente toda roupa dele e passeava avidamente suas mãos pelo tórax definido, enquanto demonstrava todo seu amor e devoção pelo seu loiro.

— Ah... Niss... eu estou louco com essas viagens. Quando não sou eu, é você. – Peeta tinha sua morena já nua em seus braços.

— Veja pelo lado bom, agora somos parceiros não só aqui em casa, mas no trabalho, querido. – Ela o abraçou com força e o encheu de beijos.

— Niss, eu queria te perguntar algo...

— Pergunte.

Quando os dois iam se unir em um só, o bip de ambos apitou com insistência, e como se isso não bastasse, o celular do loiro tocava estridentemente.

— Droga! – praguejou Peeta.

— Merda, mil vezes, merda! – esbravejou Katniss.

— Finnick interceptou um sinal, vindo de um prédio abandonado na, 4th Express com a 65th Avenue – falou Peeta, ao olhar o visor de seu bip. – A informação é para que, nós dois estejamos lá em quinze minutos.

— Quinze minutos? Oh, meu Deus... nesse estado que estamos? – Katniss olhou para si e depois para o namorado que, apenas deu de ombros.

— O dever nos chama, amor.

— Eu sei – choramingando, começou a se vestir e por último ajudou Peeta com a gravata.

— Distintivos, arma, colete? – perguntou ele.

— Ok. 

— Então vamos. – Peeta dirigiu o mais rápido até o local designado e com armas em punho, os dois andavam cautelosamente pelo prédio abandonado. O comunicador auricular estava ativado em ambos para manterem uma comunicação com a base. O loiro escutou alguns grunhidos no piso superior e fez um sinal com a cabeça para Katniss o acompanhar. Quando se encontravam à porta levantou o dedo. 1, 2, 3... – FBI, parado! – Com um chute, a porta se abriu e o que encontraram foram quatro homens jogando pôquer. Os homens se atrapalharam no primeiro instante, mas sacaram as armas e uma luta física se iniciou.

Katniss agilmente colocou suas incessantes aulas de artes márcias em ação, enquanto um outro bandido atacava seu namorado que, se livrava dos golpes com sua habilidade com o box.

— Muito bem, nós arrasamos – comemorou ela, algemando um que acabara de desmaiar.

Três dos bandidos se encontravam algemados e inconscientes.

— Katniss estou planejando de te fazer uma pergunta há semanas, mas toda vez, algo nos interrompe... – Ele mal acabara de falar e um dos caras que, estava deitado bem próximo, voltava à consciência, e vinha pra cima de Peeta que deu uma cotovelada fazendo sangue jorrar do nariz do bandido e novamente o apagando.

— Então fale de uma vez – pediu Katniss, sentindo a ansiedade tomar conta de seu ser.

— Katniss Everdeen, pela nossa fidelidade, bravura e integridade... quer se casar comigo? – Peeta acabara de citar o lema do FBI.

— Isso é sério? – perguntou a morena estupefata.  

— É muito sério. Assim podemos tirar nossas férias vencidas e viajar para a Grécia como você sempre sonhou...

— Ahhh... Peeta, é claro que aceito me casar com você!

Quando os dois se abraçaram puderam escutar risadas e algo como “já estava na hora” pela escuta no ouvido, e na mesma hora riram sem graça.

Deste modo chegaram a base de mãos dadas. Os amigos presentes aplaudiram e começaram as piadinhas.

— Cadê o anel de brilhante, Everdeen? – Gale gracejou.

— Vou entregar a ela quando chegarmos em casa – interviu Peeta.

— Uh, isso pede uma comemoração. – Finnick fez uma dancinha pegando seu celular. – Temos que ligar para as garotas, Gale.

— Vamos combinar uma noitada no Ace of Clubs, ainda nessa semana – disse Katniss animada.

— Combinem com as garotas de vocês e nos avise. Agora, deixe-nos ir para terminarmos o que começamos mais cedo. – Katniss deu um risinho cheio de segundas intenções e foi praticamente arrastada dali por seu noivo.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima e por favor, comentem, amo quando vcs deixam a opinião de vcs. Beijos e ótimo FDS a todos.



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