O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 13
Estradas não viajadas


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, por favor me perdoem pela demora em atualizar a fic. Vou tentar resumir rss, nessas duas últimas semanas estive muito doente e no domingo quando me sentia um pouco melhor eu ia atualizar as fics em andamento e acabou a energia aqui no bairro e só voltou ontem à tarde. Amo a interação de vocês. Gostaria de agradecer a todas que vem comentando, favoritando, vocês são incríveis e pra mim é muito importante saber o que estão achando e sempre que quiserem dar alguma sugestão, por favor, não hesitem em me contar... Vamos ao capítulo, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748704/chapter/13

 

“Não chore pelas estradas em que não andou... Não chore pelos caminhos deixados de lado... Porque atrás de cada curva... Há um longo final ofuscante... É o pior tipo de dor... Que eu conheço...”

(Roads Untraveled – Linkin Park)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

 

Algumas situações pareciam surreais demais. Após a descoberta de Finnick, sobre os infiltrados entre nós, comunicamos ao nosso superior. Boggs ficou possesso ao saber e montamos uma estratégia para pegá-los.

— Pessoal, convoquei esta reunião, pois o agente Madison interrogou o sanguinário Blayne que, brutalmente assassinou seis agentes bons. – Estávamos na sala montando uma estratégia para pegar os Carreiristas, logicamente que, eles se encontravam presentes. Tudo o que Boggs dizia era apenas uma mentira para pegarmos eles. – Segundo Blayne, ele teve ajuda para surpreender os agentes mortos. Quero que descubram quem está por trás disso. Bem, quem eu quero nesse caso, são os agentes: Hawthorne, Mellark, Everdeen, Madison, Fuhrman e levem o Odair.

Pelo semblante da Clove, percebi que não se agradou nada em ter sido escalada para trabalhar conosco.

Boggs separou um apartamento próximo, aonde encontraram os corpos, para podermos colocar em prática nosso plano.

— Café? – Peeta se aproxima de mim com uma xícara em mãos e a pego sem hesitar.

— Paylor me passou as fotos do legista que examinou os corpos. Todos eles tiveram uma mesma causa da morte. – Eu estava à mesa com as fotos espalhadas, analisando uma por uma. – Tortura e asfixia. Conhecia esses agentes, Peeta?

— Só de cumprimentar, mas pareciam competentes e fiéis no que faziam.

— Pessoal acabei de localizar o ID que comunicavam com o Blayne. – Finnick iniciou nosso plano. – E, não foi só isso que consegui, também achei algumas gravações do que conversavam.

Nos juntamos ao redor de Finnick quando ele ajeitou as matrizes para logo escutarmos uma conversa.

— Tem certeza de que são esses agentes mesmo, chefe?

Reconhecemos a voz de Blayne.

— Sim, eles irão nos delatar se deixarmos vivos. Já os enviei numa missão fantasma em um túnel abandonado que liga a Lincoln com a Park.

 A voz que comanda é a de Marvel.

— Está certo, eu e os garotos iremos nos divertir.

Depois disso a ligação se encerra e encaramos Clove que, tem um semblante espantado.

— Eu não estou envolvida nisso, pessoal... – ela defende-se, esquivando para trás.

— Tem certeza que não, Clove? – Gale se aproxima dela com um olhar intimador.

— Eu juro, o Marvel e o Cato nos obrigaram.

— E você, como um cãozinho obediente, cedeu? – Brad Madison, a encara com frieza e Clove acaba por cair sentada numa poltrona. – Blayne me informou o nome de vocês quatro. Não podemos chegar diante da corte com provas inadequadas, seria perjúrio.

— Marvel e Cato me matariam, se soubessem que contei tudo. – A baixinha parece bem nervosa e isso nos dá uma vantagem.

— Não se eles morressem primeiro, ou acha que não irão receber pena de morte? – ele frisa, a encarando com um olhar intimidador.

— Nesse caso o que acontece comigo ou com a Glimmer?

— Posso colocar no relatório que vocês duas cooperaram com a investigação dos traidores e daí pode ser que, consigam uma pena menor que a deles – ele explica.

— Está bem, eu vou dizer tudo que sei. – Clove se dá por vencida e nos conta que faz tempo que, Marvel e o Cato vem encobrindo provas e tiram vantagem em algum crime que envolvem dinheiro.

Encerrado esta parte, passamos um relatório ao Boggs que logo edita um mandado de prisão para os quatro, Marvel acaba tentando fugir e leva um tiro na perna.

— Vocês estão de parabéns e acho que merecem uma semana de folga. – Boggs nos congratula quando damos essa parte do caso por encerrado. Brad Madison ficará com a parte do tribunal e quando for preciso, e provavelmente será, Finnick e mais algum de nós poderá ser convocado a depor.

 

✗✗✗

 

— Sabe, poderíamos ir para a Inglaterra visitar nossa amiga Johanna. O que acham? – Finnick lança a ideia enquanto jantamos em sua casa.

Com toda a agitação, nenhum de nós tiramos folga alguma. Desta feita, podíamos juntar nossos planos e irmos.

— Madge e eu temos férias vencidas no escritório. – Annie argumenta.

— Então vamos combinar.

Durante a semana Finnick conversa com Johanna que, se agrada muito e diz que seremos uteis em algo que ela pretende. De inicio não entendemos, mas ela assegura que nos contará assim que chegarmos em Birmingham.

No sábado, Peeta e eu vamos até Boston jantar com meu pai. Ele já está bem recuperado, mas ainda afastado do trabalho. Acharam melhor dar férias.

— Que tal viajarmos em família, docinho? – ele sugere, enquanto Effie nos serve a sobremesa.

— Pai, Peeta e eu vamos viajar com nossos amigos para Birmingham. Iremos visitar uma amiga. – Ele contorce o rosto e não consigo decifrar o que está pensando.

— Birmingham, fica no centro-oeste da Inglaterra, é isso?

— Sim, isso mesmo. Faz um tempo que ela nos convidou e vamos aproveitar essa semana que o Boggs nos deu.

— Tudo bem então, iremos eu e a Effie, pois acredito que a Prim não poderá ir por conta da faculdade.

— Isso é verdade, papai. – Prim sorri enquanto leva um generoso pedaço de torta de limão à boca. – Effie, esta torta está divina.

— Está mesmo – concordo.

— Ah, que bom que gostaram, meninas.

— Garotas, tenho uma novidade pra contar a vocês. – Meu pai dá uma tossida enquanto aguardamos. – Effie e eu vamos nos casar...

— Ah, sério? Que ótimo pai, parabéns aos dois – congratulo-os, e tanto Peeta quanto Prim os parabenizam também.

— Será uma cerimônia simples, mas gostaríamos que fosse especial. – Effie esbanja um sorriso encantador.

— Sr. Everdeen, aproveitando que estamos nesse assunto, Katniss e eu temos algo a contar também... – Peeta inicia.

— Não vou ser avô, certo? – Ele se assusta.

— Oh, não pai... não é isso – defendo, sentindo meus nervos estremecerem.

— Estamos morando juntos, no meu apartamento. – Peeta fala na lata.

— E pretendem se casar algum dia? – Meu pai o encara com ameaça.

— Claro que sim, é o que espero.

— Sendo assim, dou o meu consentimento.

Sei que no fundo, meu pai quer passar um tempo dando sermões ao meu namorado, e estranho sua atitude “tranquila”. Mesmo ele namorando a Effie, os dois não moram juntos e quase nunca dormem na casa um do outro. Meu pai sempre foi antiquado. Na sua visão, diz que é conservador, e quem sou eu pra discutir. A noite termina tranquila e logo retornamos para Nova York.

Na segunda-feira estamos com nossas passagens aéreas compradas. Annie e Madge contam que, a chefe nem teve como discutir sobre tirarem juntas a semana de férias.

No dia seguinte, estamos nós seis no aeroporto aguardando nosso voo.

— O que será que a Jô está aprontando? – Annie não para de estalar os dedos de ansiedade, segundo ela, Johanna sempre tem uma surpresa a tirar de suas mangas.

— Não faço ideia do que planeja, mas ela me pareceu bem séria da última vez que nos falamos por telefone. – Finnick digita algo em seu celular e nos encara. – Quem sabe ela precisa de nós para um de seus shows.

— Ela é bem famosa na Inglaterra, né? – pergunto com curiosidade.

— Ah, ela é. Geralmente passa mais tempo no castelo dos ancestrais da família, no sul da Inglaterra. – Gale conta.

— Sempre nos disse que lá, fica mais tranquila para treinar – diz Peeta, entrelaçando nossas mãos enquanto Annie passa a tamborilar as pernas.

— Amor, respire e fique tranquila. Deste jeito você me assusta.

— Finn, não estou apenas ansiosa para saber o que a Jô está aprontando, mas faz ideia de quanto tempo que não viajamos assim? Ainda mais com nossos amigos. – A empolgação da ruiva era evidente.

— Preciso de um café. Quem vai querer um? – Madge oferece já se levantando.

— Eu aceito um cappuccino e um croissant. – Finnick solicita.

— Para mim um macchiato— acrescenta Peeta.

— E você, ruiva? – Annie mexia as mãos incessantemente e sua respiração estava descontrolada.

— Acho que pode trazer um chá calmante para ela, Madge. – Finnick segura as mãos da esposa entre as suas e sussurra algo em seu ouvido.

— Vai querer algo, prima? – pergunta Madge, enquanto ajeita sua jaqueta.

— Não, mas agradeço.

— Mad, vou com você pra ajudar a trazer toda essa encomenda. – Gale se levanta e acompanha a namorada. Observo os dois entrelaçando as mãos enquanto caminham despreocupadamente pelo saguão do aeroporto.

Nem acredito que Gale é outra pessoa. Seu caráter mudou muito com o passar do tempo e isso tem me deixado feliz. Minha prima, mesmo um pouco receosa, gosta da companhia dele. Na verdade, acredito que ela o ame, se não, já o teria deixado de lado.

— O que está passando por essa mirabolante cabecinha, hein? – Peeta cochicha em meu ouvido e acaba por mordiscar o lóbulo da minha orelha, fazendo-me arrepiar dos pés à cabeça.

— Só no quanto estou feliz por todos nós, sermos um grupo de amigos que, mesmo combatendo o crime, sempre estamos a disposição um do outro. – Ainda que, não seja exatamente esse pensamento que se passava em minha mente, não deixava de ser a verdade.

— Pois é, temos os melhores amigos.

Olho em direção ao casal Odair e Finnick parece ter acalmado a ansiedade da Annie. Ela tem trabalhado bastante, sei disso porque Madge me conta alguns casos em que as duas tem que enfrentar no tribunal e não tem sido nada fácil para as duas nos últimos meses.

— Atenção, senhores passageiros com destino à Inglaterra. Por favor, queiram se dirigir ao portão de embarque 122. A companhia EVERLINES, agradece.

— É o nosso voo – Finnick anuncia, e logo vemos Madge e Gale se aproximando com os pedidos em mãos.

Como já tínhamos feito o check-in e despachado as malas, nossas mãos estavam livres para seguir nosso caminho. Alinhamo-nos atrás da fila que já se formava e aguardamos nossa entrada na aeronave. Acomodamos e ambos os assentos eram próximos. As medidas de segurança foram tomadas e logo o comandante se apresentou, comunicando que apenas aguardava a liberação da pista.

O voo foi tranquilo e chegamos em nosso destino sem nenhum imprevisto. Peeta, ao olhar o painel de desembarque, nos informa qual esteira iremos pegar nossas malas. Com tudo em mãos descemos por uma escada rolante.

— Ali está ela. – Annie aponta e olhamos na direção. Johanna usa uma calça preta, uma camisa branca e um casaco leve turquesa. Sua expressão facial é receptiva.

— Bem-vindos, meus amigos. Fizeram uma boa viagem? – Ela cumprimenta a cada um de nós com dois beijos no rosto.

— A viagem foi tranquila – diz Madge.

— Então vamos que, meu motorista nos aguarda.

— Hum, que chique ela tem até motorista – comento com Peeta.

— Você ainda não viu nada.

 

✗✗✗

 

A casa da Mason era enorme para uma pessoa só. Uma mulher que, Jô diz ser a governanta, nos insta-la em suítes extremamente confortáveis. Nossa amiga nos deixa bem à vontade e comunica que logo mais, seria servido o jantar. Nesse meio tempo, tomamos banho e aproveitamos para relaxar um pouco na enorme banheira.

— Meu Deus... que delícia estar assim com você. – Peeta me aperta em seus braços e acabo por suspirar profundamente enquanto apoio minha cabeça em seu peito.

— Nós nunca ficamos assim em uma banheira, né?

— Não, infelizmente no meu apartamento não tem, mas na nossa casa vai ter uma especial só para nós dois... – Ele mordisca meu pescoço sussurrando as últimas palavras.

— Está falando sério?

— Claro que estou. Eu não me arrisco a te deixar sem meu sobrenome com seu pai vidrado em nós.

— Então você entendeu as entrelinhas?

— Claro que entendi. Não sou bobo pra achar que o Sr. Everdeen, iria deixar a filha com qualquer um.

— Ele gosta de você.

— Eu sei.

— Convencido.

— Senhorita sabe tudo.

Vencidos, nos beijamos, trocamos carícias e por fim, nos amamos.

Descemos até a sala de jantar e a mesa estava repleta de pratos convidativos. Johanna era uma anfitriã excelente. Ao nos acomodarmos ao redor da mesa, ela bate as mãos no ar duas vezes e as velas que, até então se encontravam apagadas, se ascendem enquanto as outras luzes do ambiente que estavam iluminadas demais se ofuscam um pouco. Damos uma salva de palmas e ela dá um tapa no ar.

— Isso não foi nada meus amigos. – Começamos a nos servir e logo o mordomo surge com duas garrafas de vinho e enche nossas taças. – Um brinde a chegada de vocês. Que nossa semana possa ser produtiva e divertida.

Todos nós erguemos nossas taças e brindamos com um tinir dos cristais.

— Parabéns Jojo, sua casa é linda. A decoração é excepcional, muito elegante – elogia uma Annie pra lá de encantada.

— Obrigada, Annie querida, mas pretendo passar apenas o dia de amanhã aqui com vocês. Na quinta, viajaremos para o castelo Westworld. Preciso tratar de um assunto e, é aí que vocês entram. – A ruiva arregala os olhos em excitação e acabamos por rir.

— Então, é agora que você vai nos dizer, seus planos conosco?

— Sim.

— Annie precisou de tomar um chá no aeroporto de tão ansiosa que estava – comenta Finnick, acariciando a bochecha corada da esposa.

— Claro que eu estava ansiosa – ela confessa. – Nos diga, Jô.

— Bem, um livro de feitiços do meu pai, foi roubado e preciso descobrir o mais rápido possível quem o furtou. É um livro perigoso nas mãos de alguém com más intenções – ela nos explica.

— Minha nossa e onde esse livro ficava? – Madge pergunta.

— E aí que está, ele sempre ficou na biblioteca de Westworld, e o mais estranho é que, ninguém além dos empregados tem acesso a ela.

— Você desconfia de alguém do seu quadro de funcionários? – manifesta Gale.

— Nunca me deram motivos para eu desconfiar – ela afirma.

— E você não pode simplesmente torcer o nariz ou sei lá, tirar esse livro de uma cartola?

— Finnick! – Annie o repreende, mas Johanna acaba sorrindo.

— Não meu amigo, nem tudo se resolve com mágica.

— Nós vamos te ajudar – digo confiante, sentindo uma empolgação genuína no peito como se uma aventura estivesse prestes a começar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que estão achando? Hum... o livro de feitiços sumiu, sinto cheiro de mágica no ar e vcs? Bem pessoal quero adiantar que está bem perto a parte que pertence a minha one  A MANHÃ SEGUINTE da coletânea ENCONTROS, ACASOS E AMORES.

Ps: Sei que eu e a Sany estamos devendo PA a vocês e sinto muito pela demora, mas gente volto afirmar que não desistimos dela e a Sany está bem apertada quanto ao tempo e como editamos “juntas” tenho que aguarda-la, mas devo dizer que, as ideias estão a mil e já temos todo um cronograma de acontecimentos já guardado.

Tenham todos uma ótima semana e só desejo o melhor a cada um de vocês. Beijos minhas lindas. Por favor, digam nos comentários o que preciso ajustar aqui, ok?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O par perfeito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.