O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 10
Você é especial


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha, acharam que eu não viria atualizar OPP? Oh, não podia fazer isso não. Tenho algumas notinhas para dar. Primeiro, eu tentei adiantar dois capítulos de OPP para atualizar, por que disso? Nessa quarta-feira estarei viajando e só retorno na outra quarta-feira, e vou ter que pular um FDS sem atualizar OPP, tudo bem? Por favor, não fiquem tristes e nem desapareçam rss... assim que eu retornar posto um novo capítulo.

Bem, quero agradecer a cada um que vem acompanhando, favoritando, recomendando e comentando, todos vocês são queridos e agradeço a paciência e dedicação que têm com meus projetos. Hã... nessa semana postei uma shortfic chamada Accomplice (Cúmplice). Ela tem um núcleo diferente do que estou acostumada a escrever, sabem por que? Pq é Hentai, sim, isso mesmo pessoal, mas se vocês lerem vão notar que a fic não gira apenas entorno disso e tem uma trama interessante. Vou deixar o link nas notas finais e quem quiser dar uma lidinha pra conhecer, vou ficar feliz... me inspirei nesse novo filme da Jenn Lawrence. Agora, sobre o capítulo de hoje, é um Pov do nosso amado agente Peeta. Ebaaaa... não sei o que vão achar, mas é um pontapé para o próximo e acredito que vai ter certa varinha de condão surgindo novamente por aí. Quem leu a One A MANHÃ SEGUINTE, irá se lembrar levemente desse fato... preparados para o capítulo de hoje? Boa leitura e espero que gostem.



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Sim, você, querida, você é algo especial. Querida, eu sei... Eu sei o que você está pensando... Talvez, talvez eu esteja desperdiçando o seu tempo. Mas eu prometo, mas eu prometo... eu não vou deixar você, eu não vou deixar você, eu não vou te decepcionar...

(You're Special — NF)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

Pov. Peeta

 

✗✗✗

 

Era aquele dia típico de verão. O calor incomodava a todos nós. Estávamos em posição para atacar um prédio na, Precinct 41, periferia no Bronx. Pelas investigações era uma gangue de assaltantes de banco luxuosos. Eles roubaram três bancos só no último mês. E desde que fomos resignados para o caso, não descansávamos direito.

Tudo se resumia em irmos atrás de pistas, que aliás, não estavam dando em nada.

— No três... – balbucia Cato destravando sua 9mm e faz um sinal com a cabeça. Ele arromba a porta e adentramos preparados para um embate, mas o local está totalmente bagunçado e sem ninguém para contar história. – Perdemos os desgraçados. - O Ludwig parece estar cuspindo vespas. – Conquistador, entre em contato com o Odair e pergunte que merda é essa em que ele nos colocou.

Ignoro seu insulto ao meu amigo e logo entro em contato.

— O que houve aqui, Finn?

— Não sei explicar o que aconteceu, Peeta. É como se o sinal sumisse. Tenho certeza que interceptei corretamente.

— Tudo bem, dê uma olhada aí.

— Não tem nada. Vou ter que derrubar alguns firewalls... que droga, Peeta! Eles estavam na mira...

— Ok, Finn se acalme. Essas coisas acontecem. Vamos voltar pra base.

Encerrei a ligação e olhei para o grupo composto pelos Carreiristas. Era fim de tarde e o cansaço já dava sinais.

— Já que perdemos eles, merecemos um café – comentou Marvel aproximando-se da Glimmer.

— Café pra mim nesse inferno, só se for gelado. - A loira não perde tempo em jogar os cabelos, presos num rabo de cavalo, para a lateral do ombro.

— Café gelado parece uma boa, não é Mellark? – fala Cato passando por mim, enquanto volta a travar sua arma e a guardar no coldre de sua cintura. – Pena que sua namoradinha não está aqui. – Ele me lança o típico sorriso sínico e o encaro com seriedade.

— Ela realmente é sua namorada? – pergunta Glimmer enquanto estamos saindo do prédio e indo até o carro. – Uma pena, sabia? Até que estava pensando em te convidar pra sair... se bem que, não me importo, caso queira sair comigo estando com ela.

— Nem aqui e nem em outro planeta eu toparia de sair com você.

A conversa estava me deixando desconfortável e com raiva. Desejaria muito não ter que trabalhar com esse grupo.

— Ah, Mellark... eu deveria estar ofendida, mas acho que está mentindo. Você não namorava uma loira... a... como chama aquela empresária, Marvel?

— Delly Cartwright, baby.

— Essa mesma. Clove adora comprar sapatos da grife dela. – Reviro os olhos entediado. – E você não sabe da maior, ela está trepando com um magnata, investidor de Wall Street, dá pra acreditar? A fila andou pra vocês dois, Conquistador.

— Pois é, Glimmer e acredito que nada disso seja da sua conta – digo curto e grosso quando chegamos na calçada, onde estão estacionados nossos carros.

— Nossa, quanta grosseria – argumenta teatralmente.

— Entra logo no carro loira, o Conquistador não quer nada com você. – Cato e os três entram no Jipe e eu no meu Miata.

Meu sangue acaba por ferver de raiva desse papinho sem sal.

Chego ao departamento e só o que quero é ir até a academia e esmurrar um saco de areia, mas uma figura esbelta faz meus nervos relaxarem, assim que a vejo compenetrada em uma pasta, que suponho ser relatórios.

— Moça, você fica ainda mais sexy quando franze a testa assim. – Chego por trás e só o que desejo é agarra-la, mas sei que aqui, no meio do local de trabalho, não seria o adequado.

— Você chegou, e está com uma aparência péssima – observa fechando a pasta que lia e deposita a mesma sobre a mesa.

— Digamos que, não aguento mais trabalhar com esses Carreiristas.

— Pobrezinho do meu namorado, acho que ele está merecendo um agrado. – Sua voz, geralmente firme, soa cantarolada e isso me anima bastante.

— E o que sugere, almoxarifado, ou sala de arquivos?

— Tenho um lugar mais interessante.

Katniss caminha entre um corredor e outro, e sigo atrás dela. Alguns olhares curiosos se dirigem a nós, mas não damos importância, já passamos dessa fase. Subimos alguns lances de escadas e agora sei bem, aonde ela quer chegar. Passamos pela porta de incêndio e subimos alguns poucos degraus até o terraço do departamento.

— A vista daqui é incrível – comento ao olhar o horizonte repleto de arranha-céus, inclusive bem distante a Empire State.

— Não vim aqui para apreciarmos a vista... – Ela me puxa para um canto e logo ataca meus lábios com urgência. – Senti sua falta. Passou o dia todo fora. Pensei que hoje seria um dia daqueles de ir embora sozinha.

— Kat querida, nós vamos embora juntinhos. Que tal encerrarmos por hoje e irmos pra casa? – sugiro escorregando minhas mãos até sua cintura.

— Adoraria. – Voltamos a nos beijar e ao afastarmos nossos lábios diz: – Sua mãe me ligou hoje, na hora do almoço. Disse que não se contenta em receber o presente de aniversário pelo correio, que o maior presente seria você indo até lá.

— E você respondeu...?

— Que vamos assim que pegarmos alguns dias de férias. Ela está tão animada. Comentou que seu pai já arrumou a canoa pra vocês irem pescar... algo desse tipo.

— Ah, meu Deus, com certeza já estão montando um cronograma de férias para nós? – Sorrio ao pensar neles. Katniss e eu damos mais alguns amaço e quando nos afastamos sugiro algo. – Por que não vem morar definitivo comigo?

— O que? – pergunta aturdida.

— Você tem mais dormido comigo do que com sua prima, e acho que Gale anda dando umas idas lá também...

— Ela não admite que estão se relacionando. Diz que é tudo sem compromisso.

— Sem compromisso, é? Aqueles dois estão tendo jantares românticos, como assim, não estão comprometidos?

— Madge disse que não quer colocar rótulos.

— Ah, sei, mas... e você? Pensou na minha proposta? – A vejo corar no mesmo instante. Particularmente, adoro vê-la sem jeito.

— Preciso pensar.

— Certo... e que tal irmos agora?

Desde que vi essa morena pela primeira, algo dentro de mim renasceu das cinzas. Katniss era mais do que especial. Mesmo tendo um temperamento forte, é doce e protetora dos que ama. Agora que éramos um casal, só queria fazê-la feliz.

 

✗✗✗

 

Os dias se escorrem e Katniss tem dormido todos os dias comigo. Adoro acordar e sentir o cheiro dos seus cabelos, a maciez de sua pele e fazer amor com ela. Nós continuamos a fazer vários programas juntos e foi muito engraçado, numa noite, após assistirmos uma partida de basquete. Katniss se empolgou tanto que no meio da madrugada ficou xingando os nomes dos jogadores enquanto dormia.

Quando eu namorava com a Delly, não era assim. Ela só se importava com sua carreira, mas no início tudo fora diferente. Lembro-me como se fosse ontem.

Morava em Winfield, Kansas. Tinha sete anos naquela época. E nas tardes em que eu sempre ajudava meu pai, gostava de andar de bicicleta na estrada sem pavimentação. Mas o local em que mais gostava de descer de bicicleta, era íngreme e ampla, perfeita para um garoto cheio de energia a procura de aventura. Desci a ladeira sem segurar o guidão, com toda a segurança e coragem que uma criança na minha idade era capaz. O vento jogava meu cabelo para trás e fazia meus olhos se encherem de lágrimas. Quando a ladeira terminou, esfreguei meus olhos e foi quando vi o caminhão de mudança diante da velha casa dos Bolton, virei e, pela primeira vez, vi Delly Cartwright, andando com a coluna perfeitamente ereta, já aos sete anos com uma elegância incomum, com sapatos elegantes nos pés, uma pulseira cheia de pingentes e muitas sardas no rosto.

Encontramo-nos semanas depois na turma de segunda série da professora Dayse e, daquele momento em diante – por favor, não tirem com a minha –, nos tornamos almas gêmeas, ou pelo menos era isso que pensávamos naquele tempo. Nossos pais achavam nosso relacionamento ao mesmo tempo bonitinho e prejudicial – nossa cumplicidade se transformando em afeição adolescente e depois, no ensino médio, num namoro não tão inocente assim. Todos, principalmente Delly, achavam que nos separaríamos quando fôssemos pra faculdade. Nós também. Ambos éramos jovens brilhantes, alunos perfeitos, mantendo a razão mesmo diante de um amor irracional. Perdemos a virgindade um com o outro. Pensávamos que íamos ficar pra sempre juntos. Eu sempre fui um bobo apaixonado, e nessa época fazia mil e um planos com ela. Afinal, nos conhecíamos muito bem, o que tinha de errado nisso? Mas tudo mudou depois que viemos pra Nova York. As brigas só aumentavam. Ela já não queria formar uma família e só pensava nela mesma. Sempre dávamos um “tempo” e voltávamos. Sinceramente estava desgastado com aquilo e quando eu decidi de ficar só, ela apareceu.

Eu não queria me precipitar, mas Katniss dava mais sentido a minha vida e tudo que eu planejava para mais além.

E voltando meus pensamentos para o agora, percebi que estava tendo mais um dia de cão. Minha rotina no departamento não tem sido a mais fácil, já que, meus parceiros só sabem curtir com a minha cara. Sinto falta de trabalhar com Gale, Finnick e Katniss, nossa relação diária é bem melhor. Quando estou com Cato, Marvel, Glimmer e Clove, minha paciência – que geralmente não se esgota fácil – vai ao extremo.

E após mais um fático dia, algo muito estranho acontece.

— Peeta, preciso falar com você?

— Diga rápido, Glimmer. Preciso entregar meu relatório.

Eu me encontrava no espaço que geralmente sento para editar relatórios. A loira senta na ponta da minha mesa e acabo por me espantar quando ela segura minha grava entre os dedos.

— Pode me dar uma carona pra casa? Meu carro está no concerto.

— Essa do carro estar no concerto, não cola mais...

— Mas é verdade. O Cato e os outros já foram e me deixaram para trás – diz ela com uma voz enjoada.

— Glimmer, vou pra casa com a Katniss, é só você pedir um taxi.

— Como você é chato, Conquistador.

E sem que meus sentidos previssem, a loira avança sobre mim capturando meus lábios, mas logo a seguro pelos ombros, afastando de mim.

— Você ficou, louca? Eu tenho namorada! – Ela me olha de forma diabólica e sem dizer nada se afasta.

Quase não consigo terminar meu relatório, mas assim que o faço, me levanto e vou até a sala de Boggs.

— Agente Mellark, amanhã quero que você lidere um grupo durante o comício do prefeito. Pode designar quem quiser, menos os agentes Hawthorne e Everdeen, e já sabe porquê.

— Sim, senhor.

Deposito meu relatório em sua mesa, e antes que eu saia de sua sala, ouço sua voz mais uma vez.

— A agente Coin me ligou hoje e disse que tem um caso pra você em Washington.

— Mas senhor...

— Por hoje é só, agente. Ao final do seu expediente de amanhã passo o que a Coin conversou comigo.

Saio da sala bufando. Alma Coin é uma agente especial GS15. Ela cuida de muitos casos terroristas, políticos e serial killers. Após eu ter solucionado um caso grande envolvendo corrupção, ela deixou eu retornar para Nova York, mas sempre que precisasse de mim, eu teria que estar disponível. Sinceramente não queria ir, entretanto não seria possível fugir disso.

Passo pelos corredores e me esbarro com Gale.

— Viu a Katniss? – pergunto.

— Não neste momento, mas hoje ela estaria revendo alguns casos na sala de arquivos.

— Obrigado, Gale. Já vai pra casa?

— Sim, e depois sair com a Madge. – Sua empolgação é mais que notável e fico feliz por ele.

— Então tenham uma ótima noite.

— Valeu, Mellark.

Continuo meu caminho e após subir alguns lances de escada, avisto a porta da sala de arquivos. Ao me aproximar a vejo ser aberta e Katniss sai por ela apressada.

— Oi, amor. Vim te chamar pra irmos embora...

— Não me toca! – ela vocifera quando tento abraça-la.

— O que aconteceu?

— Ainda tem a coragem de me perguntar, o que aconteceu? Seu palhaço idiota! – Tento segurar sua mão e ela dá um tapa em meu pulso. – Já disse, não me toque.

— Meu Deus mulher, o que eu fiz?

— Quando você ia me contar que estava por aí se esfregando na Rambin? – Ela me dá as costas e não acredito no que acabei de escutar. Com toda certeza ela deve ter visto a cena de poucos minutos atrás.

— Katniss, amor... espera. – Ela já caminhava pisando duro em direção a escada, seus saltos faziam um barulho irritante no corredor vazio. – Amor...

— Amor? Não me chama assim seu... seu... ahhh! – ela rosna e volta a caminhar até chegar ao primeiro degrau, mas consigo alcança-la e seguro seu braço.

— Posso me explicar?

— Explicar o que? Que não aguenta mais trabalhar com os Carreiristas? Você é um safado, pervertido, como todo homem que passou pela minha vida. Eu te odeio, Peeta Mellark! – vocifera puxando o braço do meu aperto.

— Katniss Everdeen, você vai esperar eu me explicar e depois pode falar o que quiser. – Desço as escadas em seu encalço e torno a segurá-la e de brinde recebo um tapa estalado no meu rosto.

— Fica bem longe de mim!

Tudo o que não queria era ter a ira dela contra mim, mas não desistirei fácil. Ela é especial demais pra mim, para deixar escapar entre meus dedos.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí babys? Que treta que foi esse final, hein? Mas respirem e acalmem-se, nosso casal não desistirá tão facilmente um do outro e dei uma dica nas notas iniciais, então... aguardem o próximo e por favor, me digam o que estão achando, ok? Como sempre vou amar ver um recadinho de vocês. Aqui está o link da shortfic (super fatal) aguardo vcs lá...

https://fanfiction.com.br/historia/754984/Accomplice/capitulo/1/

Tenham todos uma ótima semana e ahhhhhh a Sany e eu fizemos uma maratona de PA nesse feriado de carnaval e hj será postado o último dessa maratona, bora ler. Se tiverem alguma sugestão de combate para nossos agentes enfrentarem, adorarei receber sugestões e quanto as músicas vou escutar com carinho e usar em algum momento aqui... Beijos e abraços a todos e até a próxima lindezas.



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