O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 9
Uma história de nós


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como estão todos? Curtindo um pouco o carnaval? Um feriadão prolongado é sempre bom, né? Claro, têm aqueles que precisam trabalhar, mas eu desejo muita força e boas energias para os que trabalharão. Vamos ao nosso capítulo de hoje. Ele está bem leve, porém haverá algumas situações tensas nos próximos capítulos, mas lembrem-se, como estou tentando colocar humor em OPP mesmo as cenas sendo tensas sempre darei um jeitinho de transforma-la. Percebi que muitos gostaram do capítulo passado, até uma amiga achou que nem tivesse sido eu a escrever por conta de algumas cenas picantes e certos palavreados, mas eu apenas escrevo o que a trama dita na minha mente kkkkkk. Por exemplo a Jojo, ela é mágica de verdade aqui e terá um capítulo dedicado a esse dom que tem debaixo das mangas. Muitas cenas hilariantes estão por vir e outras totalmente pura adrenalina e claro, A Manhã Seguinte (Oneshot da coletânea Encontros, acasos e amores) e depois o que desenrolou. Estou adorando cada comentário e continuem comentando e por favor, se quiserem me sugerir uma cena, um acontecimento (mesmo sendo ação, comédia, hot... etc) ou uma música do agrado de vocês me mandem, vou adorar poder usar algum material cedido por vocês e poder dedicar a vocês. Vamos ao capítulo de hoje... Aviso: Leiam as notas finais.



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“Amor, amor, amor, vamos ser ousados​​.Vamos ser ousados na bola. Assim, assim, assim... Eles vão olhar. Isso nunca me incomodou antes... queda para mim como uma criança. Queda, então eu não estou sozinho. Queda, você sabe que eu vou te pegar...”

(A Story Of Us – Chris Lind)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

Esse estava sendo meu pior castigo. Detestava ficar investigando casos, ou revisando, organizando dentro do escritório. Peeta – tentando me consolar – disse que esse era o destino de algumas agentes que desejavam ser mães. Quis mata-lo quando disse isso, mas talvez estivesse certo.

Eu queria estar em ação e o máximo que conseguia era treinar na academia do departamento.

No fim do expediente eu acabava indo para casa, até mais cedo que o normal. Ultimamente estava passando bastante tempo no apartamento de Peeta e quando conversei sobre isso com minha prima pareceu não se importar, mas como iria, se ela e Gale estavam em um relacionamento. Sim, Madge e Gale andavam juntos desde aquele domingo em que eu e Peeta estávamos de corpos trocados. Não a questionei muito. Madge achou tudo uma novidade, e acredito que Gale estava fazendo o possível para não pisar na bola. Mas gostei de vê-los juntos.

E, neste momento eu preparava uma comida caseira para meu namorado. Ele não tinha dado notícias ainda.

Eu louca de preocupação, enviei mensagem, bipei, liguei e nada do ordinário atender.

Tento ligar mais uma vez e finalmente atende.

— Por que não me atendeu antes? – Vou logo gritando.

Calma, amor...

— Calma uma ova! Acha que estou aqui fazendo papel de idiota, preparando nosso jantar e nada de aparecer?

Então, tive uma emergência e...— Escuto alguns barulhos, como se algo estivesse se desmoronando.

— O que foi isso? – pergunto alarmada.

Uma lata de lixo e...

— Seja sincero comigo, Peeta Mellark!

Estou num beco com mais dois agentes e um grupo da polícia. — Agora ouço troca de tiros e meu coração dispara. Sei que é exagero da minha parte toda essa preocupação, pois Peeta é um ótimo agente, ainda assim, não consigo parar de pensar se está bem e a salvo.

— Você está de colete, né? – Ele não responde. – Peeta?

Desculpa amor, vou desligar, já, já estou indo. Te amo.— E com isso ele desliga, simples assim.

— Idiota – resmungo sozinha enquanto termino de montar a salada e logo vou tomar meu banho antes dele chegar.

Quando ainda estou com a toalha entorno do meu corpo, passando hidratante em minhas pernas, Peeta adentra o quarto já se despindo. Sua roupa tem respingos de sangue e muita sujeira. Sem contar a aparência que pela manhã era impecável, agora parecia ter saído de um bueiro. Certo, devo ter exagerado nessa última parte, mesmo assim, sua aparência é encardida.

— Cristo, se não fosse meu estado deplorável de sujeira, te agarraria agora mesmo. Está tão linda com esses cabelos soltos ainda úmidos e essa toalha entorno desse corpo de deusa... – Ele solta um som muxoxo e se aproxima para me dar um selinho e me esquivo.

— Pode ir apagando esse foguinho todo, sabe que estou naqueles dias e não vai rolar.

— Isso explica os chiliques desses dias.

— O que? Como assim chiliques? – Termino de hidratar minha pele e cruzo os braços o encarando com minha pior cara.

— Você está mais azeda do que o de costume. – Ele termina de tirar a camisa e noto sangue em seu pescoço no lado esquerdo.

— Está ferido... – murmuro avançando em sua direção.

— Não foi nada...

— Como não foi nada? – O sangue está seco assim que verifico. – Há quanto tempo foi ferido e que tipo de arma?

— Acho que foi enquanto eu tentava almoçar... ou foi antes disso? – resmungo  xingamentos sentindo meus nervos se aflorarem.

— Seu idiota, isso pode estar infeccionado. Não consegue ser prudente nem por um segundo? Peeta, sabe que não deve ficar sem lavar o ferimento...

— Ei, está sendo azeda de novo. – Lanço meu olhar de fúria e cerro meus punhos antes de agarrar seu pulso e o encaminhar até o banheiro. – Opa, calma o que vai fazer? – Desafivelo seu cinto e puxo sua calça junto com sua box.

— Chuveiro, agora! – ordeno e mesmo que esteja me encarando como querendo se queixar, faz o que pedi. Pego no armarinho do banheiro uma caixa de primeiros-socorros e assim que encontro uma gaze e um antisséptico spray marcho até o box onde ele está se banhando. Não me importo se ainda estou de toalha, e que só minha intimidade esteja protegida com o absorvente junto da calcinha. Entro me misturando com o vapor do chuveiro. – Se abaixe um pouco. – Peeta se inclina para que eu possa espirrar o antisséptico e passar a gaze. – Acho que não vai precisar de sutura...

— A faca passou de raspão.

— Mesmo assim, podia estar contaminada. E se for esse o caso, contaminará sua pele, ou até mesmo causar um tétano.

— Adoro quando você cuida de mim. – Não respondo nada e ele continua: – Desculpe, sei que deveria ter dado mais atenção ao ferimento, mas hoje foi um daqueles dias loucos, em que tudo parece sair dos trilhos e nem ao menos me alimentei direito. Estou varado de fome e aquele cheiro delicioso da cozinha me matou.

— Pelo menos conseguiu solucionar algum caso?

— Parte de um, sim. No primeiro, quando conseguimos surpreender um dos traficantes do caso Vallon, fomos surpreendidos por mais cinco comparsas. Após confrontarmos, um deles fugiu...

— Deixa eu adivinhar, você o perseguiu.

— Pois é, enquanto o Ludwing, a Rambin e o Quaid apreendiam os outros eu segui o que tentou fugir e ele estava armado com uma faca e o cara a lançou em mim, entende? Tentei desviar, mas ele era bom e por pouco não me degola.

— Não diga isso. Não posso te perder. – Meu coração se apertava só de imaginá-lo enfrentando o perigo deste jeito. – Está sentindo dor?

— Agora que você mexeu percebi o quanto ignorei a ignorei. – Termino de desinfetar e posso ver com clareza o corte.

— Vai ficar bem. Vou cuidar de você. – Ele segura meu queixo e o levanta, ficamos nos encarando por alguns segundos, a água escorre sobre seu rosto. Ele é tão angelicalmente lindo que toda a raiva que estava sentindo se esvai.

— Eu te amo – diz ele com ternura.

— Eu te amo. – Peeta me puxa pela cintura e beija meus lábios com paixão, agora a água do chuveiro cai sobre mim também. – Termine de tomar seu banho que depois vou fazer um curativo para podermos jantar.

— Sim, moça.

O deixo terminar de se banhar e entro no quarto a procura de mais toalhas, e assim que me seco, visto uma roupa leve e levo uma toalha para ele.

Enquanto jantamos conversamos sobre nosso dia e lembro de algo.

— Os Carreiristas, foram seus parceiros hoje?

— Sim, Boggs os resignou. Outros agentes estavam em outras missões, e como você e Gale...

— Não começa.

— Não está mais aqui quem falou... a propósito, já, já, vocês dois retornam à ativa.

— Fiquei um tempo estrondoso no depósito de provas organizando. Aquilo ‘tava uma bagunça. Uma caixa de provas poderia ser facilmente misturada com a de outro caso, sabia?

— Ainda bem que uma das agentes mais competentes, estava colocando tudo em ordem. – Ele ri enquanto toma um gole de vinho.

— Pior foi o Gale, que passou o dia na sala da Paylor.

— Pois é, ter que passar o dia auxiliando a esposa do chefe, não deve ser nada fácil.

— Como será a vida de um casal em que ambos trabalham no mesmo departamento? – divago.

— É só olhar pra nós dois, amor.

— Quero dizer quando são casados, sabe... como o Boggs e a Paylor.

— Acho que podemos descobrir daqui um tempo. O que acha?

— Estou falando sério.

— Eu também, moça. – Recolho a mesa e Peeta me ajuda. – A propósito, meu pai e minha mãe estão vindo passar o fim de semana conosco. Estão ansiosos pra te conhecer.

De repente, sinto um tremor em meus músculos.

— Sério?

— Sim, e não precisa temer nada. Você já caiu na graça dos dois.

— O que posso fazer para eles? Do que mais gostam?

— Hei, respira. – Peeta coloca a tigela que seguro, na pia, e me segura pelos ombros. – Os dois são simples, amor. Vão adorar o que você quiser oferecer.

— Mas, e se, não gostarem de mim, assim que me verem?

— ‘Tá surtando de novo. Já disse que caiu na boa graça daqueles dois, só temo deles quererem que nos casemos logo, para podemos dar-lhes netos, ou talvez seriam capazes de quererem isso antes mesmo de tudo... – Ele sacode a cabeça percebendo que divagou demais. – Certo, viajei legal agora. Que tal você se sentar enquanto lavo a louça rapidão?

— Vou te ajudar.

— Não, não eu insisto – Peeta vai até o armário e pega algo. – Toma, coma esse chocolate com menta, pois descobri que você adora. E talvez com isso sua TPM amenize um pouco, né?

Rimos e fico admirando ele enquanto lava a louça com uma rapidez surpreendente.

Quando nos deitamos, trocamos muitos carinhos e beijos. Ele acaba por dormir primeiro, está tão cansado. Com minha cabeça sobre seu peito, levo uma mão até seus cabelos e fico por um tempo os afagando.

 

✗✗✗

 

Os pais de Peeta chegarão a qualquer instante. O fim de semana veio tão rápido quanto a semana se foi. Acabei passando em casa apenas para pegar mais roupas e vir ficar mais um tempinho com Peeta.

Desde que Peeta deu a notícia que seus pais viriam, me empenhei em pesquisar receitas interioranas, dentre outras mais. Cheguei até listar em voz alta, alguns itens, enquanto estava no departamento e morri de vergonha quando Tresh me encarou como se eu fosse uma louca varrida.

Respiro profundamente e passo minhas mãos sobre meu vestido, para assentá-lo. Ouço a porta se abrir e sei que Peeta chegou com eles.

— Aí está ela! – O pai de Peeta exclama com um sorriso tão encantador, como o do filho, ao me ver.

— Pai, mãe, essa é a Katniss. – Peeta os apresenta e os cumprimento com um abraço.

— Ela é mais encantadora pessoalmente, filho. Muito prazer Katniss.

— O prazer é todo meu Sra. Mellark – digo sentindo minhas maçãs do rosto se aquecerem.

— Ora, me chame de Martha, querida.

— E pode me chamar por Paul.

— Fizeram boa viagem? – pergunto enquanto Peeta ajeita a bagagem dos dois e leva para o quarto.

— Sim, fizemos. Tanto tempo sem vir para cá que desacostumamos um pouco, mas viemos especialmente para te conhecer – A mãe de Peeta é toda carinhosa ao falar no filho e em mim.

— Devem estar com fome. Coloquei a mesa para jantarmos, mas se quiserem, tomem um banho pra relaxarem.

— Obrigado, acho que vou querer me banhar primeiro. – O pai de Peeta segue até o quarto e sua mãe segura minhas mãos entre as suas.

— Estou muito feliz que Peeta encontrou uma moça como você. Ele me contou tudo...

— E por que será que contei, né dona Martha? – Peeta se aproxima de nós e abraça a mãe.

— Vocês enfrentam o perigo lado a lado, todos os dias, essa sim deve ser uma vida cheia de aventuras – comenta ela com empolgação.

— E põem aventuras nisso, né amor? – Peeta se solta da mãe e me abraça.

— São tantas emoções dona Martha, que as vezes não temos tempo nem pra respirarmos – digo, e a vejo pousar a mão sobre o peito.

— Ah, mas conseguirão um tempinho para fazer meus netinhos. Não quero partir deste mundo sem saber que meu filho e sua amada procriaram alguns bebês lindos...

— Mãe, não começa.

— O que? Uma velha não pode sonhar um pouco? Olhe só pra vocês dois, terão filhos lindos.

— Mamãe, tá deixando minha namorada sem graça.

E a verdade era essa, eu não sabia onde enfiar minha cara. Realmente Peeta tinha razão, quanto aos pais quererem algo de nós.

Os dois de banho tomado, fomos jantar e elogiavam os pratos a cada degustação.

— Meu Deus menina, você que preparou todas essas delícias? – pergunta o pai de Peeta.

— Sim.

— Adorei essas batatas. Martha faz batatas recheadas maravilhosas, mas essas daqui estão divinas também.

— Fico feliz que estejam gostando.

— Agradeço por você estar na vida do Peeta. Ele estava comendo tão mal. – Dona Martha fala com um jeito todo protetor e fico sem graça, pois nunca vi essa reação de alguma outra mãe, apesar de eu nunca ter namorado por muito tempo com alguém, a não ser na época de Gale.

Na hora de dormir, Peeta e eu abrimos o sofá-cama da sala. Ele me abraçou com seus braços fortes e dormi tranquilamente e aconchegada.

No outro dia, meu pai me liga e quando conto que os pais de Peeta estão na cidade, ele insiste de irmos até Boston para jantarmos com ele, Effie e Prim. Os pais de Peeta adoraram a ideia e seguimos para a casa do meu pai.

— É um prazer conhece-lo, Sr. Mellark – diz meu pai ao cumprimentar.

— O prazer é todo meu, Sr. Everdeen. Peeta me disse que é agente da CIA.

— Oh, sim, mas vamos deixar nosso trabalho diário de lado e concentrarmos em nossos adoráveis filhos, né? – Meu pai levanta a mão no ar com um sorriso divertido.

Logo dona Martha e Effie estão concentradas em uma animada conversa sobre bordados, crochês dentre outros artesanatos.

— É, parece que vamos ter um longo e adorável jantar – comenta Prim se encaixando entre Peeta e eu.

— Então cunhada, quem você acha que vencerá no jogo “quem conta mais caso antigo” entre esses quatro? – Peeta murmura e vejo minha irmã torcer os lábios de um lado para outro pensativa.

— Difícil dizer, quando se trata de veteranos.

Acabamos por rir.

O jantar transcorre com muitas histórias hilariantes e outras nem tanto, já que os pais de Peeta contavam situações desde a infância até a adolescência do filho, e meu pai fazia o mesmo, ou seja, éramos o centro de todo o jantar.

Mas quando paro para observar cada um sentado à mesa, percebo que aqui é exatamente onde queria estar.

 

 


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Notas finais do capítulo

Sei que não aprofundei muito na família do Peeta, mas perceberam que aceitaram super bem a nossa Kat. Eles reaparecerão em algum momento.

Agora tenho uma novidade, ou quase isso para contar. Quem aqui acompanha PA? (Preço do Amanhã). Então ela será atualizada nesse FDS e tudo indica que terá uma maratona com 3 capítulos, cruzem os dedinhos aí por mim e pela Sany rss. Vamos ver se conseguimos esse feito e desejo a vocês um ótimo feriadão e por favor, façam uma autora amadora feliz e deixem um recadinho pra mim nos comentários. Amarei saber de vocês o que estão achando e as fiéis que sempre vem me acompanhando e comentando saibam que estou adorando cada palavra que mandam pra mim.

Obrigada divas, amo todas vocês aqui. Um super beijo e até mais.



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