Segredos, Confissões... Amor e Desejo escrita por Denise Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou de volta com mais uma fic de UNIVERSO ALTERNATIVO ligado ao relacionamento CASKETT e vou amar receber comentários.



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O trânsito daquele lindo dia estava agitado em Nova York, fato que não chegava a ser uma novidade naquela grande e importante cidade, principalmente porque se aproximava do horário do almoço, tendo em vista que as pessoas tinham pressa para fazer refeição e retornar ao trabalho e os veículos se espremiam como se quisessem passar um por cima do outro e as pessoas se aglomeravam e andavam apressadas sobre as calçadas e faixas de pedestres. Uma verdadeira loucura.

— Que sufoco atravessar esta cidade neste horário! – o famoso bilionário Escritor de Best Sellers, Richard Castle, desabafa em tom meio impaciente, se dirigindo à sua linda parceira, a Detetive de Polícia, Katherine Beckett e aos outros Detetives, o latino, Javier Esposito e o irlandês, Kavin Ryan, assim que os encontrou no Central Park  — Mesmo de taxi, quase não consegui chegar aqui e, pelo que percebo, vocês também tiveram os mesmos problemas com o trânsito insuportável, mesmo que tenham acionado as “lampadinhas e as sirenes” dos carros de vocês. – mais descontraído, ele falou já em tom de chacota para os três policiais.

— “GIROFLEX”, Castle! O nome do dispositivo da “sirene com as lampadinhas piscando” é “Giroflex”! – Beckett o corrige em tom de provocação, pois tinha certeza que o Castle, por ser muito inteligente e estudioso, tinha conhecimento daquela informação.

Sem parar de caminhar pela alameda daquele parque, os quatro seguem rindo e conversando de forma leve, sendo que os policiais, como sempre, zoavam do Castle, mas ele não se incomodava, pois sabia que era brincadeira entre amigos, até porque ele próprio era autor de inúmeras brincadeiras do mesmo tipo com os detetives.

Com o apoio do amigo Prefeito, o Escritor acompanhava a Detetive Beckett há um ano para pesquisas de campo, tendo em vista que a usava como inspiração para sua nova heroína, Nikki Heat, no seu mais novo livro.

Desde o primeiro momento, Beckett entendeu ser importante a presença dele ao seu lado, pois, por ser muito inteligente, curioso e estudioso, suas opiniões eram certeiras e ajudavam muito na resolução dos casos de homicídio, apesar de muitas vezes suas teorias fantasiosas estarem sempre ligadas a extraterrestres, CIA, MÁFIA e coisas do gênero. Só que Kate Beckett não confessou para ninguém, de imediato, acerca da importância dele para os casos, tendo em vista que o mesmo, apesar de íntegro, inteligente e tudo o mais, costumava se comportar como uma criança de nove anos em um parque de diversão.

As zoações entre os quatro fazia parte do dia a dia deles e isso era muito divertido para todos e fazia o trabalho ficar mais leve.

Ao ouvir o comentário do Castle sobre o equipamento “giroflex”, Esposito faz uma cara de criança pirracenta e pergunta — Isto é inveja, Castle?

Tentando ao máximo disfarçar, mas sem conseguir, o escritor rebate — Inveja? Eu? Claro que não! – ele dá um meio sorriso de criança travessa — Imagina se eu vou ter inveja de vocês?

— Claro que tem inveja da gente! – Ryan retruca de imediato — Ah, Castle... É porque você não percebe sua cara de menino traquinas quando está de carona no meu carro nos momentos em que eu aciono a “sirene com as lampadinhas” e mesmo quando eu não ligo o Giroflex, você fica mexendo em todos os botões e querendo acionar todos os comandos dos aparelhos da polícia que estão no carro. Fica parecendo criança. – Ryan fez o sinal de aspas com os dedos para marcar as palavras e, assim, aumentar a provocação ao amigo e todos sorriram, inclusive o Castle, que tinha um ótimo senso de humor. Ele era de bem com a vida.

Ao ouvir tal comentário jocoso, o Castle dá um longo suspiro e, em tom bem teatral, confessa — Meu sonho de criança era ganhar no Natal ou no meu aniversário um carrinho da polícia com “giroflex”. – ele torceu a boca —, mas o dinheiro de minha mãe mal dava para as refeições e o aluguel...

— Jura que você vai chorar agora, Castle? – Javier provocou.

— Claro que não! – Castle se defendeu— Hoje eu posso andar em carro de polícia de verdade!!! – concluiu quase gargalhando.

— É... Inclusive algemado, na condição de suspeito, né, Castle? — Beckett acrescentou em tom de ironia.

Ele faz bico ao olhar para sua parceira e finge cara de contrariado — Você é muito sem graça, Detetive Beckett!

Os três policiais acham graça da cara de bezerro desmamado do escritor, mas deixam o assunto morrer porque chegam finalmente à cena do crime e ficam impressionados, pois ao se depararem com o quadro trágico, perceberam que ali, por incrível que pareça, a morte não tinha cheiro ruim. O aroma ao redor da vítima era adocicado.

Não fugindo do trivial daquela metrópole violenta, um corpo de uma linda e jovem mulher havia sido encontrado naquele belo parque arborizado. Ela estava amarrada e algemada. Só que por ironia do destino, apesar de trágico, o crime era incrivelmente doce, pois a vítima seminua, usava apenas roupas íntimas sedutoras com acessórios sensuais e eróticos, inclusive algemas de couro e estava coberta por uma espessa camada de mel ou caramelo.

— Calda de caramelo!? – Beckett indaga, estranhando o modus operandi.

— Eu vou testar, não experimentar. – a médica legista advertiu para que ninguém fizesse nenhuma piadinha com ela acerca do fato.

— Talvez o assassino aprecie doces. – Castle justifica.

— Dada a situação eu diria que ele tem um fetiche sexual – Kate encara Castle ao emitir sua opinião, deixando-o boquiaberto com o comentário dela e com cara de admiração e desejo.

— Eu topo chocolate ou mesmo chantilly..., Mas caramelo!!?? – Lanie fala sério em tom lascivo, provocando os quatro amigos. — Huuummm!!! Prefiro escorregar a grudar.

Richard Castle fica estupefato com o comentário espontâneo da médica legista e, sorrindo de um jeito bem safado, entoou uma pergunta retórica para todos— Ela sabe que estamos aqui?

Todos riram, inclusive Lanie.

Ajoelhada ao lado da Médica Legista e também do cadáver, Kate continua analisando a cena e constata que a algema usada pela vítima é singular e, pegando na referida peça, afirma — Algemas sexuais feitas sob medida. Parece que o assassino gosta de brincar em público.

Mais uma vez o comentário dela deixa o Escritor tenso e com cara de desejo — Como você diferencia se é comum ou sob medida, eihm, Detetive Beckett?

— O couro é de boa qualidade para ser produzida em série e foi costurada à mão. – ela responde com naturalidade, mas com uma pitada de sensualidade justamente para provocar seu parceiro.

Os dois sempre estavam na mesma sintonia de provocação mútua. Ora brigavam e ora se provocavam.

Kate se levanta e fica de frente a ele e ambos fixam seus olhares e ele indaga quase sussurrando a fim de provoca-la — O que eu perguntei, Detetive, é como “você” sabe a diferença. – ele frisou a palavra “você”.

Eles continuam trocando olhares excitantes e o silêncio entre os dois era eletrizante e a resposta não acontece.

Javier e Ryan estavam alheios a guerrinha de olhares e provocações entre Kate e Castle, pois os dois rapazes estavam examinando outras provas.

A Dra. Lanie Parish continua fazendo suposições técnicas acerca do crime, indicando que as marcas e lesões deixadas no corpo da vítima evidenciavam que a mesma fora amarrada antes de morrer.

Os Peritos ainda constataram que ela fora morta em outro local e levada ao parque dentro de uma mala.

Voltaram a falar sobre os equipamentos de fetiche sensual/sexual usados na vítima e Beckett faz uma afirmação que deixa Castle perturbado — somente meia dúzia de lojas na cidade vendem tais produtos sob medida.

— Somente meia dúzia? – Castle encara Kate, completamente pasmo com aquela informação concreta — O que você não está me contando? – ele pergunta bem baixinho para ela num misto de indignação, dúvida e muita curiosidade.

Beckett torce a boca e, de modo sensual, se aproxima do Escritor e responde também bem baixinho só para ele ouvir — Muitas coisas. Muitas coisas mesmo. – ela dá um risinho safado e dá as costas para ele, deixando-o excitando e com cara de cobiça.

Ainda paralisado com o que ouvira da Detetive, Castle percebe que ela vai deixar a cena do crime e aperta os passos, passando a caminhar ao lado dela.

Já estavam bastante afastados da equipe quando ele dá um longo suspiro ao pensar em convidá-la para almoçar — Kate, para onde vamos agora?

— Para a Delegacia. – Ela responde.

— Que tal almoçarmos antes, eihm, Detetive?

— No meio do caso, Castle?

— Ah, Kate! Os Peritos ainda vão fazer um monte de coisas lá na cena do crime antes de removerem o corpo e depois ele vai ser levado ao Necrotério para a Lanie começar a fazer os exames cadavéricos. Os meninos foram para o Distrito e estão bastante ocupados com as pesquisas que você ordenou que eles fizessem e estas pesquisas não serão rápidas...

Sem parar de caminhar, ela o interrompeu — Eu também tenho um monte de providências para...

Ele a interrompeu — Mas também tem que se alimentar, Detetive. – ele falou sério em tom de preocupação.

Kate para de andar e ele também para e ficam de frente um para o outro. Kate olha bem para o parceiro, mirando-o com atenção, bastante desconfiada — Sinto que você quer algo, Escritor. É para eu ficar preocupada?

— “Sim” e “Não”. Vou explicar... – ele passou a contextualizar — “Sim”, eu quero algo. “Não”, você não precisa se preocupar.

Sorrindo, eles retornaram a caminhada e assim que pararam ao lado da viatura dela, ela falou em tom de repreensão, mas de modo divertido — Estou de olho em você, Castle.

— É bom mesmo! – Ele a adverte.

Aproveitando que Beckett ficou aturdida diante da resposta dele, Castle surrupiou a chave do carro das mãos da Detetive e rapidamente deu a volta no veículo e se sentou à direção, acionando o motor, deixando Beckett furiosa.

Vendo que não adiantava reclamar, ela se sentou no banco do carona e o questionou — Castle, você é louco!?

— Sim, sou louco por você, Detetive! – ele respondeu de forma muito natural, já com o carro em movimento.

— Richard Castle! – Kate o repreendeu.


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