Um Porto Seguro escrita por Hay Linn


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha só quem resolveu aparecer neh??? Gente a minha vida está uma loucura, mas não uma ruim, é muiito muiiito boa mesmo. Já tinha um tempinho, bem pequeninho que eu estava tentado entrar na facu de Medicina (nada parecida com a personagem kkk) e ainda não tinha dado certo. De qualquer maneira eu não conseguir no Br e tive que buscar fora do país. Ta certo que muitas pessoas não aprovam e colocam muitas dificuldades, mas na moral o importante é você valorizar a porta que foi aberta pra você e fazer valer a pena cada passo da caminhada. Ninguém pode tirar o seu mérito a não ser você mesmo. Por isso, eu agradeço a Deus por essa oportunidade. E peço que esteja comigo porque estou só no começo dessa longa, mas proveitosa jornada.
Mas vamos ao que realmente interessa, trouxe um novo cap novinho pra vocês. Espero que gostem. Eu espero conseguir postar outro logo, mas devido a correria que tá agora talvez eu demore um pouco, mas não desistam de UPS, nem de mim, é claro :)... Milllll beijos amores.



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Capítulo Seis

ᴗᴗᴗ

            Quando o sábado chegou não consegui levantar da cama. Sam já tinha ido para casa dela, eu mal consegui dizer bom dia antes dela sair e voltei a dormir. Acordei novamente já bem tarde sentindo minhas roupas úmidas. Levantei-me e resolvi lavar o rosto e quando olhei no espelho quase não me reconheci, eu estava com os olhos muito inchados e vermelhos, o rosto amassado e os cabelos um verdadeiro ninho de passarinho. Eu não estava com fome e como meu pai provavelmente estaria na loja pelas próximas horas só desci para dar comida ao Jake e voltei para o quarto, não demorou muito e ele estava comigo também, porque eu havia deixado à porta aberta e nós dois dormimos de novo.

            Infelizmente a constância do meu sono só foi pela noite passada, pois parecia que a cada meia hora eu acordava e voltava a dormir. E assim foi pelas horas seguintes quando por fim acordei novamente com o meu pai me chamando, com um copo na mão e comprimidos na outra, pensando bem eu estava mesmo com dor de cabeça, mas só agora me dei conta disso.

— Ei querida, você precisa tomar esses remédios, você está com uma febre muito alta – ele disse – você comeu alguma coisa hoje? – neguei com a cabeça, assim que me sentei na cama, comecei a espirrar. Veja só o que me resultou horas na chuva e no frio, um resfriado. Peguei a água e os remédios e tomei – Eu vou preparar uma sopa pra você. Irá se sentir melhor depois que comer um pouco – concordei com a cabeça de novo, pois não estava conseguindo falar, minha garganta estava tampada e doendo muito, na verdade todo o meu corpo estava doendo. Mesmo assim meu pai não me repreendeu por ser impulsiva.

— Que horas são? – consegui dizer com a voz arranhada, mas doeu tanto que comecei a tossir.

— Não é tão tarde, e você pode continuar quieta na cama descansando é o melhor. E não se esforce tanto. Tudo bem? – ele disse e eu acenei recostando-me novamente em meus travesseiros. Enquanto ele saia porta a fora.

            Olhei ao redor e notei que Jake não estava mais no tapete próximo a minha cama, meu pai deve tê-lo tirado daqui. Puxei os cobertores para me cobrir ao sentir um arrepio de frio balançando a cabeça em negação. Nunca imaginei que uma decepção amorosa fosse me fazer ficar tão mal. Espero não passar mais por isso. Fechei meus olhos, mas continuei ouvindo os barulhos vindos do andar de baixo, imaginando meu pai se movendo ao redor da cozinha ligando o fogão, cortando legumes, ouvindo seus velhos discos de rock.

            De repente me dei conta. Era sábado. O que significava que era o dia em que os caras se reuniam para assistir aos jogos, aqui em casa com meu pai. E Nick era um desses caras. Ah merda. Bati-me mentalmente por falar um palavrão, mas sinceramente eu não estava preparada para encontra-lo tão cedo, quanto mais em minha atual situação. Parecia mais como se eu estivesse com algum vírus estomacal ou uma virose. Procurei meu celular para verificar as horas, mas só então lembrei que ele era um caso pior que o meu, nem sei se funcionaria mais. Olhei para a janela e parecia bastante escuro do lado de fora. No entanto não ouvi nada além do bater das panelas e do cantar do meu pai. Talvez fosse cedo. Ou não. Eu não soube, pois os remédios pareciam começar fazer efeito e me levaram para a zona do sono novamente.

ᴗᴗᴗ

POV Nick

ᴗᴗᴗ

            Era a quinta mensagem que eu mandava para ela, e nenhuma resposta.

Nick: Hey! Espero que tenhamos ficado bem sobre... bem sobre tudo. pm: 18:35

Nick: Então você conseguiu chegar a tempo para resolver tudo que precisava com o seu pai? Desculpe eu não quero atrapalhar, só preocupado. Estamos bem certo?. pm: 20:58

Nick: Boa noite. xoxo! Pm: 22:46

Nick: Bom dia linda. am: 08:10

Nick: Hey! Eu não tive noticias suas desde ontem. Está tudo bem? pm: 18:10

            Continuei olhando para a tela do meu telefone esperando que por alguma magica fosse brotar uma resposta dela. Mas, nada. Joguei-o na cama onde estava deitado e bufei de frustração. Para piorar eu nem podia ir a sua casa com a desculpa de que hoje era dia de juntarmos os caras para ver os jogos da temporada, uma vez que o próprio Sr. Falls me mandou uma mensagem cancelando a reunião de hoje em sua casa, por motivos desconhecidos, ou melhor, ele não quis dizer. Não tinha logica eu aparecer dizendo que não fui avisado. Pois eu tinha. Meu celular vibrou e quase dei um pulo para alcança-lo abrindo-o imediatamente. Merda. Praguejei. Era só a razão de tudo isso ter virado de cabeça para baixo em minha vida.

Jenny: Hey baby! Você não quer vir aqui em casa me ver? ;)

            A verdade é que eu não podia culpa-la. Fui eu quem deixou que tudo caminhasse para isso. Ela era um sopro de ar do que tive no passado, antes de meu pai falecer. Eu tive muitas garotas como ela penduradas pelas arquibancadas do ginásio ou nos corredores do colégio em Nova York. Bonitas, corpos curvilíneos, às vezes legais, mas sempre irritantes e melosas demais com o passar do tempo.

Nick: Desculpe linda. Tive um dia cheio. Fica pra outro dia. xoxo

Nick: Hey, topa uma partida? Precisando esfriar a cabeça.

            Digitei para meu primo. Nós geralmente fazíamos isso de manhã, mas estava cedo da noite, e eu precisava colocar a cabeça em outro lugar que não me deixasse mais preocupado sobre o porquê Clare não estava respondendo minhas mensagens. Eu sei que eu a havia magoado, por mais que ela tentou esconder quando contei a ela sobre Jenny, mas não imaginei que fosse tanto. Porra nós somos amigos, era só ela ter falado para mim. É isso que amigos fazem certo? Conversam e se entendem, mas não ela se fechou e não disse nada enquanto percorríamos o caminho de volta para sua casa. Foi tenso, todo o ar no carro parecia mais pesado e eu não sabia por onde começar. Eu nunca havia visto esse lado dela. Parecia como se houvesse erguido um muro entre nós.

            Talvez eu conseguisse alguma coisa com Tom quando nos encontrássemos, uma vez que ele está com Sam, ou assim parece ser. E ela é a melhor amiga de Clare. Com certeza eu vou saber de algo. Assim espero.

Tom: Certo. Te encontro no ginásio.

            Uma das coisas que mais gostei assim que me mudei de Nova York para Kent foi o fato de ter Tom por perto. Ele de todos os meus primos sempre foi o mais próximo. Na verdade eu o considero como meu melhor amigo. Claro, tenho que dividi-lo com Collin, mas nada que não se possa relevar. Ele esteve ao seu lado por toda sua infância, ao contrario de mim que só nos víamos nas férias da escola. Ele me escuta quando preciso falar, mas também permanece em silencio quando não quero. Ele me dar sempre o que preciso. Como agora. Levanto da cama e procuro um par de tênis e jogo na mochila, pegando as chaves do carro a seguir.

            Ao descer as escadas noto o silencio na casa, e assim sei que minha mãe não chegou, por isso não tenho que me preocupar que ela vá notar minha expressão de tensão e cansaço e vá me pedir milhões de explicações. Tem sido assim desde a morte do meu pai, para tudo e por tudo ela exigi-me respostas. Até mesmo quando não estou a fim de compartilhar o que estou sentindo me sinto no dever, simplesmente para deixa-la dormir tranquila de que está tudo bem comigo.

            No caminho fico pensando se tomei a decisão certa sobre meus últimos atos. Principalmente por Clare. Eu a queria não só como amiga, mas houve sempre esse lado egoísta meu de não tirar os planos ou sonhos de ninguém quando ao meu alcance. Toda sua vida esteve planejada, droga ela vivia me dizendo seus planos para depois da escola, como eu poderia tirar isso dela. Além de que eu não vou desistir dos meus quando tudo parece tão próximo de se realizar. Eu não vi meu pai deixar de viver tantas coisas para desperdiçar qualquer oportunidade que eu tiver. “Realize todos os seus sonhos filho”, ele disse alguns dias antes de partir. Eu vou fazer pai. Eu prometi e vou cumprir. Tenho certeza que segunda vou encontra-la então tiraremos isso para fora.

            Eu não posso suportar ficar longe dela, mas ficar perto também tem sido extremamente difícil. Mas tudo certo, alguns meses mais e veremos onde isso vai dar. Acelero meu caminho para o ginásio da escola, para pelo menos extravasar o peso que sinto em meus ombros.

ᴗᴗᴗ

POV Clare

ᴗᴗᴗ

            Eu senti seu toque, e foi tão suave e intimo que me movi para alcançar mais. No entanto tão logo como veio foi embora arrancada como um Band-aid. Me deixou vazia. Suspirei e deixei-me deslizar nas profundezas do sono, mas veio novamente contornando minha mandíbula até meio queixo subindo para meus lábios que se abriram para a caricia quente deixada ao longo em minha pele. Forcei meus olhos a se abrirem, mas eles só tremularam um pouco. Eu estava pesada de sono. Inspirei profundamente tentando trazer a força necessária, mas foi em vão, o toque suave sumiu e por segundos senti lábios beijando minha testa antes de desaparecer.

            Abri meus olhos, momentaneamente tonta. Olhei ao redor, mas não havia ninguém. Ainda havia pequenos sons vindos da cozinha e pelo que parecia da TV da sala de estar. O que foi isso, um sonho? Perguntei-me enquanto me sentava recostada na cabeceira da cama e passava a mão pelo meu cabelo. Eca. Estava úmido pelo meu suor. Levantei e me dirigir ao banheiro a fim de tomar um banho. Mas no fundo algo retumbava em mim, parecia tão real. Toquei meu rosto e meus lábios olhando para o espelho a minha frente, eu ainda podia sentir um pequeno arrepio causado pelo atrito em minha pele. Todo o caminho parecia dormente como se necessitasse daquele toque novamente a fim de voltar à vida. Que estranho.

            Depois do banho que foi realmente revigorante vestir roupas secas e troquei os lençóis da cama. Em pouco tempo meu pai apareceu com um prato fumegante de sopa e apesar de estar com um gosto ruim na boca consegui sentir o sabor maravilhoso que emanava de seus temperos. Meu pai ficou o tempo todo me olhando e quando me senti cheia o bastante quis lhe entregar o prato, mas não antes de ele me fazer tomar até o ultimo gole.

            Apesar de me sentir grata por ele cuidar de mim, fiquei mal, pois sabia que sábado era realmente um dia pelo qual ele aguardava para receber seus amigos e assistir as partidas de basquete. E até o momento ainda podia ouvir a TV ligada no andar de baixo, mas não ouvi nenhuma algazarra de conversas masculinas, o que significava que ninguém estava por aqui.

— Os caras parecem silenciosos esta noite? – sondei parecendo despreocupada.

— Nah. Eu cancelei a reunião de hoje. Não queria deixa-la sozinha por muito tempo. E aposto que sua cabeça esta doendo bastante – verdadeiramente estava, mas não quis preocupa-lo com isso. Eu já havia tomado algum remédio para dor antes de ele entrar com o prato de comida.

— Sinto muito pai. Eu estraguei totalmente seu fim de semana.

— De jeito nenhum querida. Agora que já comeu vou deixa-la descansar e vou descer e assistir algum jogo – disse enquanto arrumava os cobertores ao meu redor como se eu fosse uma criança – eu volto mais tarde para verifica-la. E pode me chamar se precisar de algo. Durma bem minha filha – terminou dando um beijo em minha testa. Fechei meus olhos sentindo o carinho, mas nada pareceu como o de mais cedo. Talvez tenha sido somente um sonho mesmo.

— Boa noite pai.

             Eu dormi tão logo ele se foi e só acordei no dia seguinte, ainda infelizmente me sentindo um trapo.

            O domingo não foi realmente melhor que o dia anterior, mas pelo menos eu consegui descer ao andar de baixo e assistir um pouco de TV enquanto comia um grande pedaço de lasanha. Felizmente com os remédios que meu pai havia me dado ajudou com minha garganta e estava melhor. No entanto meu corpo estava dolorido e meu nariz não parava de escorrer. Nojento. Eu odeio que isso aconteça tão logo estarei com o nariz vermelho e irritado de tanto limpa-lo com lenços.

            Quando desci de manhã meu pai estava limpando a sala, estranhei em ver algumas garrafas de cerveja em suas mãos enquanto caminhava para a cozinha. Ele não costuma beber quando está sozinho. Relevei indo tomar um pouco de café com leite. Mas agora estando sentada a seu lado assistindo a mais um episodio de Friends enquanto ele faz suas palavras cruzadas, me pergunto se alguém apareceu ontem. Algo em minha mente clicou. Talvez Nick tenha vindo. Meu coração aqueceu ao pensar nele preocupado comigo, mas ao mesmo tempo esfriou ao lembrar que eu não era uma prioridade em sua vida, era só uma amiga. Simplesmente isso.

— Alguém esteve aqui ontem? – perguntei para tirar a duvida.

— Por quê? – ele me perguntou de volta sem levantar os olhos de seu livro.

— Hum, nada só que o senhor não costuma beber sozinho e eu o vi levando algumas garrafas para fora hoje – ele levantou as vistas momentaneamente mirando meus olhos como se procurasse por algo. Não sei.

— Um dos seus colegas apareceu, assistimos a uma partida e então ele se foi.

— Certo – respondi e voltei a prestar atenção na TV, mesmo que estivesse me mordendo por dentro para perguntar qual deles havia vindo. Senti-o me observar por alguns minutos antes de voltar sua atenção para o livro. E então tudo foi deixado de lado.

            Mesmo que compartilhássemos muitas coisas um com outro, havia alguns pontos que sempre foram deixados de lado e nunca questionados sobre. Pontos como esse em que por mais que eu quisesse saber se Nick havia vindo em nossa casa ontem à noite eu não iria perguntar. Eu sabia que meu pai só queria o melhor para mim, e nesse ponto seria um afastamento de Nick, por hora. Foi disso que decidi que não estava pronta para voltar à escola ainda. Eu precisava de alguns dias para me preparar. Tolo eu sei perder aula por causa de uma paixão não correspondida, mas era o que era e ponto. Mas antes eu precisava da aprovação do meu pai.

— Eu acho que não me sinto bem para voltar à escola amanha. Tudo bem se eu faltar os próximos dois dias? – perguntei ao meu pai. Fato, eu não era uma garota totalmente independente, oras eu só tinha dezessete anos. Meus dezoito estava há alguns meses à frente ainda. E ainda assim eu sabia que não deixaria de sempre perguntar ao meu pai sua opinião a despeito de algo.

— Tudo bem querida não se preocupe eu passarei pela escola amanhã e avisarei. Você pode descansar esses dias, tenho certeza que sentirá melhor logo, logo.

— Obrigada – disse com um mínimo sorriso.

— Claro – ele retribuiu o sorriso levantando-se e tomando meu prato vazio das minhas mãos – deixe-me limpar a cozinha então estaremos indo ver alguns filmes realmente bons – dei de ombros sabendo que isso consistiria em filmes de ação ou comedia. Nada que filmes de romance ou drama a que eu e Sam costumamos assistir.

            Por volta das três da tarde essa mesma apareceu com dois potes de sorvete, mas foi seriamente repreendida por meu pai por causa da minha garganta inflamada. Tivemos que nos contentar com uma grande tigela de pipocas que estava fazendo milagres em minha garganta dolorida e refrigerantes, menos para mim que tive que ficar com suco natural e quente. Affs.

            Começamos por ver alguns filmes realmente bobos enquanto meu pai ainda estava na sala. Depois do que pareceram horas, ele saiu para uma caminhada com Jake e eu fiquei sozinha com Sam. No começo mantivemos o silencio até que ela realmente se entregou a curiosidade.

— Desculpe, mas eu realmente preciso saber. Eu não forcei uma conversa na sexta porque sabia que você queria espaço para todos os pensamentos na sua cabeça. Mas eu não posso deixar de me bater todas as vezes que penso o que pode ter dado errado.

— Tudo bem Sam, acho que posso falar sobre isso agora, pelo menos um pouco – ela acenou. Respirei fundo e disse de uma vez: – Ele tem uma namorada – rápida e certeira como uma flecha no alvo.

— O quê? – Sam pareceu confusa.

— É isso, ele me convidou para contar-me que está com alguém, e... bem... eu não sei, mas acho que ele sentia que devia contar a mim em primeiro lugar - eu terminei sentindo a dor retornar depois do que pareceu como se fosse dias anestesiada.

— Filho de uma puta.

— Sam – eu a repreendi.

— Eu só não posso acreditar. Como ele teve... como ele... por que ele... – ela nunca conseguiu terminar sua frase.

— Eu não sei. Isso é tudo. Desculpe ter te envolvido daquele jeito na ligação, seu encontro parecia péssimo também - falei desviando um pouco o assunto.

— Urgh! Nem me fale. Tom literalmente encheu-me na sexta, mas ele apareceu no sábado na minha casa se desculpando com um lindo buquê de rosas e chocolates, eu trouxe alguns – ela disse tirando uma pequena caixa com trufas, e me dando – minha perdição, eu não pude dizer não. E depois eu sai meio que correndo quando você desligou.

— Você não disse nada ao Tom certo? – me preocupei.

— Nah. Ele não sabe de nada. Por isso não pude vir ontem, eu passei algum tempo com ele – ela completou pensativa.

— Derrame Sam – eu empurrei.

— Ele me pediu em namoro. Tipo um relacionamento serio.

— Bem isso parece bom. Vocês viviam se batendo sobre como se sentiam um com outro. Você disse sim, certo.

— Eu fiz. Bem eu me sinto feliz por finalmente fazer, mas tudo parece fora do rumo, uma vez que tivemos todo o ensino médio para estarmos juntos e só agora que dar certo. Eu me sinto insegura.

— Tudo bem se sentir assim Sam. Eu entendo ainda me sinto assim, principalmente depois de todo o balde d’água derramado em mim. Mas veja por um lado, vocês estão mais velhos e realmente sabem o que querem, que direção seguir. Acho que Tom esperou até o momento em que tem a certeza de que entrou nessa pra ficar.

— Eu sei. Mesmo que estejamos, a o quê, cerca de um dia em um relacionamento serio, eu quero que o resto dos meus dias seja com ele – ela disse com mais confiança, e eu senti meu peito inflar. Tanto quanto eu me sentia quebrada eu me sentia feliz por ver minha amiga verdadeiramente apaixonada – e quanto a você? – ela disse me puxando para fora dos meus pensamentos.

— O quê?

— Que direção vai seguir? – refleti sobre isso, mas eu sabia a resposta.

— A que eu sempre planejei – disse refletindo com o olhar distante – Por mais que eu queria que Nick me notasse como mulher e possivelmente como um futuro diferente além de amiga, eu sempre tive meus planos muito bem traçados. Você bem sabe – eu completei.

            Eu ainda tinha uma longa lista de planos a seguir e se Nick não podia mais fazer parte de uma grande maioria deles, eu poderia arranjar um jeito de me adaptar.

— Columbus então? – ela disse.

— Sim. Mas antes eu realmente preciso que você, e Katie também me ajudem a passar pelos próximos meses. Não sei como vai ser vê-lo com uma garota grudada em seu braço o tempo todo. As coisas serão diferentes.

— Pode contar com a gente. Aquele pequeno vermezinho vai pagar por fazer minha melhor amiga chorar baldes de lagrimas – eu sorri do seu jeito horripilante de dizer, mesmo que fosse brincando eu não confiaria tanto assim. Sam sabe como defender os seus de um jeito maquiavélico – mas por hora vamos atacar um pote de sorvete antes que seu pai chegue, ele nunca precisa saber - completou enquanto corria a cozinha e pegava colheres e o pote. Eu ri também quando ela pulou ao meu lado e abriu imediatamente a tampa levando uma grande colherada à boca e gemendo.

— Ok, vamos lá você sempre sabe o que uma melhor amiga precisa.

— Eu sou a melhor.

— Você é – eu disse quando terminava de engolir a primeira colher de sorvete e sentia-o resfriar toda minha garganta abaixo antes de ouvirmos a porta se abrir. Sam quase arranca minha mão ao pegar a colher e tentar esconde-la. Por sorte era só Katie se juntado a festa.

— Eu não posso acreditar que estão aprontando sem mim? – ela disse resignada antes de abrir um enorme sorriso e pegar sua própria colher.


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