MUTANTES & PODEROSOS I - O Segredo dos Poderosos escrita por André Drago B


Capítulo 24
Capítulo 23 - Segredo Revelado


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei, mas o importante é que o capítulo chegou. se gostarem, comentem! Estou tentando escrever com mais emoção, destacando os sentimentos deles. Se estou conseguindo, me digam! ^^



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CAPÍTULO 23

 SEGREDO REVELADO

O cavalo andava lentamente pela floresta. A grama esverdeada, as folhas secas e as árvores cercavam o caminho. Jessie mantinha as suas orelhas altas, ouvindo cada som em volta. Ao longe, algum animal pastava, mastigando a grama calmamente. Vários pássaros cantavam sem parar, enquanto ursos respiravam pesadamente dentro de suas cavernas.

 A jovem ouvia cada barulho com os olhos fechados. Luke, percebendo, disse:

—O que está fazendo? Encontrando a paz interior? – ele soltou uma risadinha.

 Jessie lhe lançou uma expressão de seriedade, virando o seu rosto para trás e focalizando os seus olhos azulados nos de Luke.

—Estou ouvindo os barulhos da floresta!

—É bom?

—Você não... – então ela se interrompeu. Esquecera que o jovem não tinha a audição apurada como a dela. Estava tão acostumada com essa habilidade que às vezes até esquecia que só ela podia o fazer. -Sim! È bom!

 Ele piscou os olhos calmamente, ajeitando a sua franja loira.

—Queria ter alguma habilidade assim! – afirmou ele.

—Ora, o passarinho não voa? – a jovem disse sarcástica, mas expondo um sorriso no rosto.

—Mas voar não é como ouvir sons ao longe!

—Eu sei disso! Por isso são duas coisas diferentes! – Ela não abria mão do sarcasmo.

—Não! É que, com a sua audição, você pode nos salvar. É como uma forma de evitar a morte antes que ela chegue.

—E voando, você pode sair daqui e subir para acima de nós, não precisando encarar o perigo! – interrompeu a jovem.

—Mas eu não posso salvar nós quatro de uma vez só. Não os aguentaria!

—Oh, então esses músculos são falsos? – ela riu.

—Vocês podem ficar quietos por um minuto sequer? – Taya falou.

—Calma aí Taya! Só queremos conversar. – Luke disse.

—É, mas eu não quero ouvir essa baboseira!

—Tudo bem, vamos ficar quietos. – Decidiu o jovem.

  Eles continuaram a caminhar em meio ao silêncio, apenas os sons da floresta ecoando no ar. Jessie apurou os ouvidos novamente. Cada detalhe lhe transmitia paz, cada ruído lhe acalmava. Uma expressão de prazer que abria-se em seu rosto era o que mais comprovava isso. Por um segundo ela quase nem sentiu mais a sela na qual estava sentada. Apenas o silêncio!

  Então um cheiro estranho penetrou as suas narinas. Era como uma mistura de fumaça e carvão. O cheiro fez a jovem levar a mão ao rosto e espirrar.

—Que cheiro horrível! Tem alguma floresta pegando fogo? – respondeu ela.

—Está vendo alguma? – indagou Taya, ignorantemente.

—Então, de onde vem este cheiro?

—Que cheiro? – disse Taya já impaciente.

—Acho que vem de lá! – Isaac apontou para algo a frente dele. Uma pequena nuvem de fumaça se estendia do chão, dezenas de metros à frente.

 Todos ali ficaram tensos. Um frio percorreu a barriga de Taya, que com medo do que aquilo poderia ser, quase nem piscou os olhos mais. As suas garras foram tomando tamanho, preparada para atacar qualquer um. Ela sentiu as suas escamas geladas roçarem umas nas outras enquanto isso acontecia. Sua pele tomou um aspecto empalidecido.

  Isaac fez sinal para que eles ficassem ali e começou a dar alguns passos à frente. É claro que o medo lhe tomou também, mas ele tinha que cuidar deles. Lembrou-se que o pai de Taya mandara-lhe levá-la em segurança para o pico Talyn. Tinha que deixar os seus amigos em segurança.

—Não! Deixe que eu vá. – disse Taya.

—Não! Eu tenho a responsabilidade de protegê-los.

—O que? Não podemos lhe deixar ir sozinho! Pode ser perigoso.

—Não Taya! – Isaac olhou para ela. –Eu vou!

—Então vou junto com você!

—Taya...

  Mas a jovem já estava andando em direção a fumaça. Isaac olhou para Luke e Jessie, fazendo sinal para que ficassem ali. Os dois não ousaram desobedecer.

  Ele pôs-se a ir atrás da Mutante, e lentamente, foram se aproximando ainda mais da fumaça. Os dois apuraram os ouvidos no objetivo de detectar qualquer som estranho. Estavam receosos, mas tinham que saber o que era aquilo.

  À medida que se aproximavam, começaram a sentir o cheiro de queimado horrível ao qual Jessie sentira dezenas metros atrás. Taya sentia como se a fumaça que subia ao céu entrasse pelas suas narinas e a queimasse por dentro. Ela tentava não pensar em nada, evitando o medo, mas quanto mais o fazia, mais forte o cheiro ficava.

  Quando eles chegaram bem perto da nuvem de fumaça, puderam ver o que era: no chão, uma marca de queimado negra expunha milhares de pontinhos azulados. Isaac se abaixou ao lado da marca, tocando com cuidado o chão e sentindo a terra ainda quente lhe roçar os dedos. Os olhos castanhos dele lacrimejaram com a fumaça que subia do chão, que agora mais de perto, possuía um aspecto meio azulado. O jovem virou o rosto para o lado na tentativa de conseguir respirar um ar mais fresco e leve, não prejudicado pela fumaça quente.

  Taya ajoelhou-se como o seu amigo, logo ao seu lado. De repente, uma dor de cabeça intensa lhe invadiu. A jovem soltou um grito e caiu para trás, com as mãos em volta de seu rosto, como se isso fosse fazer a dor passar. Isaac, assustado, tentou segurar a sua amiga, lhe perguntando:

—O que foi?

—Minha cabeça...essa dor terrível! – respondeu ela pausadamente, enquanto apertava os olhos.

—Sua cabeça?

—Sim! Essa dor...

  Lentamente, Taya tentou ir se afastando do queimado no chão, se arrastando para trás. Quando conseguiu sentir o ar fresco da floresta substituir o intenso e pesado cheiro das nuvens de fumaça, sua dor cessou. Ao perceber isso, a jovem paralisou-se por um segundo, séria, enquanto as mechas do seu cabelo loiro caíam-lhe aos olhos. Isaac pareceu perceber.

—O que aconteceu?

—A dor! – ela respondeu, assustada. –A dor passou!

—O que?

—Parece vir dessa queimadura no chão. Você não está sentindo?

—É cla...claro que estou sentindo. – Isaac gaguejou. –Não tão forte quanto com você, mas também senti. Eu achei que era por causa da fumaça!

 Taya ficou com ainda mais medo. O que seria aquilo?

 De repente, um relincho de cavalo ressoou no ar. Olhando para trás, Taya viu o enorme animal amarronzado acima dela com Jessie nas costas. Nãos apenas isso, mas Luke, que puxava o animal. O jovem abaixou-se ao lado da Mutante, enquanto suas feições demonstravam preocupação.

—Está tudo bem, Taya? Te vimos gritar! O que aconteceu?

 A jovem direcionou os seus olhos ainda mais esverdeados pela claridade da floresta nos do jovem, que respirava ofegante por ter ido até ela rapidamente.

—Está tudo bem! Foi só uma dor de cabeça.

—Dor de cabeça? Como assim?

—Não sei! Parece que quando me aproximo daquela parte queimada minha cabeça doí. – ela disse, enquanto o jovem a ajudava se sentar na grama esverdeada.

—Eu disse para ficarem lá! – disse Isaac, apontando para o lugar onde estavam.

—Mas eu ouvi Taya gritando! Não poderia deixá-la aqui, caída. – rebateu Luke.

—Eu posso ajudá-la! – gritou Isaac, pondo-se de pé.

—Mas não era o que parecia.

—A segurança de vocês é a prioridade agora!

—Mas por que só a nossa? Será que somos indefesos e só você pode nos ajudar? – Luke já não estava com paciência mais.

—Eu tenho que protegê-los!

—Calem-se os dois! – Taya os interrompeu com o grito. Ela também pôs-se de pé, ficando na altura dos dois que agora se encaravam em silêncio. – Parem com isso! Somos amigos. Cuidamos uns dos outros, mas não brigando. Não podemos ficar como... – ela hesitou e rangeu os dentes ao falar. – Will e Inimigo!

—Eu concordo com ela! – disse Jessie.

—Vamos logo! Luke, suba nesse cavalo. Vamos ter que passar por esta marca de queimado para chegarmos à Reliar. – Taya voltou a dizer. – Por mais que isso vá doer!

 

 A cidade à frente deles era como qualquer outra. Nem um pouco pequena, exibia um tamanho considerável. Por ser importante, possuía muros que a cercava. Em cima da colina, podiam vê-la com mais clareza, que se estendia até outro campo, delimitado outras três montanhas. O centro de Hangária Mindória sempre fora marcado por enormes serras e campos. Não era um lugar plano como em seu litoral intensamente povoado.

 O cavalo ficou parado enquanto os Mutantes escondiam as suas mutações. Taya tapou as suas mãos com luvas negras, que lhe chegavam até o pulso. Sentiu o veludo roçar em suas duras escamas esverdeadas.

  Luke tapou-se com sua enorme capa. As suas asas fizeram a vestimenta ficar alta, dando a impressão de que ele era corcunda, sendo este o seu disfarce.

—Como vou me tapar? – perguntou Jessie.

—Não tenho touca que sirvam para tapar estas enormes orelhas avermelhadas. – disse Taya.

 Luke se mexeu em cima do cavalo, pegando a sua bolsa que estava pendurada no animal. Abrindo-a, ele vasculhou algo dentro, tirando uma touca de veludo preta. Ele levou até a cabeça da jovem colocando sobre ela. As orelhas dela foram tapadas, se esquentando sub o calor da lã.

—Isso! Agora ficou bom. – disse Luke, rindo. A jovem retribuiu a risada, enquanto Isaac soltou um pequeno suspiro também achando graça. Apenas Taya não demonstrou emoção.

—Vamos logo! – atrapalhou ela. – Temos que entrar logo naquela cidade.

 E prosseguiram, chegando até a cidade. Luke sentiu o peso de vários olhares em cima deles. Não apenas as pessoas lhe olhavam de lado, mas também os guardas focalizavam a cena de um infeliz jovem corcunda. Jovem! Isso era raro. Os vários cartazes contra os Mutantes se espalhavam pela cidade, o que fez Taya ficar pálida.

  De repente, um guarda foi se aproximando deles. A mão direita estava discretamente em cima do cabo negro de sua espada. O homem veio se aproximando até alcançá-los.

—Com licença, senhores! Eu poderia perguntar-lhes os seus nomes?

—Ahn... – Isaac hesitou. –Os nosso nomes?

—Sim, meus jovens! – apesar das educadas palavras, o tom frio na voz do guarda fazia-lhes perceber que ele desconfiava deles.

—Bem o meu nome...

—Guarda! – interrompeu um encapuzado com uma voz rouca e grossa, mostrando ter uma idade significativa. – Senhor guarda! Você poderia me ajudar?

—Me desculpe, mas eu estou...

—É importante! Roubaram as minhas coisas. Por favor, me ajude!

—Ahn... – o guarda hesitou por alguns segundos. – Tudo bem, onde o senhor as perdeu?

—Foi ali! – o homem apontou para um lugar perto do muro. Quando o guarda olhou na direção apontada, o encapuzado fez um ligeiro e discreto sinal para os quatro seguirem reto.

—Claro, vamos lá! – disse o guarda, olhando mais uma vez para os jovens. – E vocês...

—Vamos! – o senhor interrompeu, puxando o guarda.

  Estranhando, os jovens seguiram reto, pela cidade. Luke se encolheu ainda mais sub a capa, deixando que o capuz desta lhe tapasse o rosto. Os três seguiram em silêncio, tentando não chamarem mais a atenção.

 De repente, Taya puxou o cavalo para o lado, fazendo Isaac confuso a seguir.

—O que foi, Taya? – indagou ele.

—Quem era aquele homem?

—Acha que sabemos? Um desconhecido que quis ajudar! – respondeu o jovem.

—Não! Um desconhecido dificilmente ajudaria outro desconhecido, porque não se conhecem! – disse Taya, com um tom meio assustado na voz.

—Olha, isso foi estranho, mas não podemos parar aqui! Depois conversamos sobre isso, mas agora não podemos parar. – disse Luke.

—Mas, por que aquele homem faria isso? – indagou Taya. – Agora eu estou até assustada!

—Taya! – chamou Luke. –Relaxa!

—Mas poderia ser um doido!

—Um doido que ajuda Mutantes estranhos! – ironizou Jessie.

—Taya, não se preocupe! Não deixarei que nada lhe aconteça, tudo bem? – Luke tentou acalmá-la.

 Ela concordou com a cabeça enquanto suas bochechas coraram diante do que o jovem lhe disse. Isaac, olhando para frente, falou:

—Galera, e se ficarmos até amanhã de manhã em uma hospedaria?

—O quê?! E ficar aqui com todos estes guardas?! – interrompeu Taya. –Não sabemos onde tem uma hospedaria aqui e nem temos dinheiro para isso!

—Tem uma hospedaria logo à frente! – apontou Isaac para uma casa de madeira de dois andares com uma enorme placa onde via-se escrito: Hospedaria Três Espadas. – E nós temos dinheiro sim.

—Como asssim? – indagaram os três.

  O jovem aproximou-se de Ajudante, remexendo a sua bolsa. De lá de dentro, tirou um saquinho de dinheiro.

—Como conseguiu isso? – indagou Luke.

—O meu pai sempre me dá quando vou visitá-los, em casos de necessidade.

—O menininho tem mesada! – exclamou Jessie, sarcástica. –Você é rico? É sempre assim com os ricos!

—É, mas a mesada desse menininho rico aqui pode dar um descanso maior para você hoje. – disse Isaac.

  Ele começou a andar em direção da construção, seguido pelo cavalo e Taya. Ao chegarem à frente dele, os dois Mutantes desceram do animal. Taya sentiu um frio na barriga quando viu um cartaz contra Mutantes na porta, provavelmente posto ali com a autorização do dono. Rapidamente, ela leu:

 Aviso oficial contra os Mutantes!

   Qualquer que ver um Mutante deve condená-lo às autoridades. Estes assassinos devem ser presos por motivos que devem ser mantidos em absoluto segredo. Apenas a corte real sabe.

  Receberá uma moeda de ouro por Mutante que denunciar. Quem proteger ou esconder Mutantes pode ser condenado à prisão, e será levado à capital junto com ele. Em alguns casos poderá até ser morto.

   Tudo isso sub a supervisão do governo. Ajudem-nos, por que quem faz esta nação são vocês.

                                                                                Assinado: Vossa Alteza, Rainha Mariany.

 Milhares de cópias estavam sendo espalhas por todo o reino, e Reliar já estava cheio delas. Em vários muros viam-se estes avisos escritos.

 Por um segundo, o medo tomou-lhes, mas um menino na varanda da frente hospedaria desceu os degraus que levava à rua. Ele pegou o animal e o prendeu em uma estaca ao lado de fora. Agilmente, tirou as malas de Ajudante, subindo as escadas rapidamente e abrindo a porta.

  Os quatro apenas seguiram o garoto, subindo as escadas. O vento deslizou pelo rosto de Taya quando chegou à varanda. Uma mulher gorda, vestida com um vestido esverdeado, levantou-se de sua cadeira. Também estava na varanda. Ela aproximou-se deles, olhando assustada para Luke, mas ainda assim, o seu sorriso se manteve em seu rosto.

—Bem-vindos a Hospedaria Três Espadas, a mais confortável de Reliar. Em que posso ajudá-los?

—Queremos saber o preço por pessoa, por favor! – disse Isaac, sem demonstrar emoção.

—Claro, entrem! – ela empurrou a porta e entrou em uma sala de madeira ampla. Uma escadaria no canto subia para algum lugar. Tudo feito de forma pouco mobiliada.

  A mulher entrou atrás de um balcão, e ainda sorrindo, disse:

—Então, aqui nós não cobramos por pessoa, mas sim, por quarto. São três moedas de prata por quarto a cada dia. Provavelmente vão querer um quarto para os senhores e outras para as senhoritas. Ou serão um para cada casal? – perguntou ela.

—Oh, não! Somos apenas amigos. Ficaremos com um quarto para as senhoritas e outro para os senhores até amanhã de manhã. – decidiu Isaac. Ele pôs seis moedas de prata em cima do balcão, o preço requerido que ele retirou da sua pequena bolsa. A mulher puxou as moedas imediatamente.

—Tenham um bom dia! Suas bagagens já estão no primeiro quarto. Podem usar o primeiro e o segundo. – ela disse, expondo um enorme sorriso em seu rosto.

  Os jovens se afastaram, meio assustados com a rapidez da hospedagem. Era tudo um truque, é claro. Eles mal chegaram e o menino já pegara as suas malas e colocara-as no quarto, uma forma de fazê-los ficarem sem hesitar na hospedaria.

 De repente, a mulher os chamou.

—Esperem! Você não é novo demais para ser corcunda?

 Luke empalideceu.

—É de nascença! – ele fez expôs um sorriso forçado.

—Ah, claro! Desculpe-me.

  Os jovens subiram as escadas rapidamente, pegando suas malas e se distribuindo em cada quarto. Estavam doidos para poderem destapar suas mutações, as suas verdadeiras identidades.

 

 Pela janela, a luz da lua invadia o quarto. Já era noite e o portão da cidade já estava se fechando, mas nem por isso a movimentação parava. Aquela cidade era movida ao comércio, que funcionava de dia e de noite, ao contrario de outras cidades Corriqueiras, movidas a agricultura, onde a maioria da população chegava cansada em suas casas, indo logo dormir.

  Taya assentou-se sobre sua cama, colocando as luvas em cima dela. O ar tocou em suas escamas esverdeadas e ela sentiu um alívio enorme. Em outra cama, Jessie ajeitava-se. A cama das duas era separada apenas por uma outra de casal enorme, desocupada no centro.

  De repente, quebrando o silêncio, Jessie disse:

—Obrigada!

—Pelo quê? – indagou a Mutante, amarrando os cabelos loiros.

—Por ter me emprestado essa roupa.

  Taya abaixou a cabeça, escondendo um sorrisinho.

—Não tem de quê! – e então, o sorriso se desfez, tomando lugar uma expressão de tristeza.

—Está tudo bem, Taya?

  Ela mexeu a cabeça positivamente, disfarçando.

—Tem certeza?

—Já disse que está tudo bem! – disse ela sendo rude.

 De repente, abaixando a cabeça envergonhada, ela disse:

—Me desculpe!

—Não tem problema! – Jessie se deitou sobre a cama. –Será que a hospedaria “mais confortável de Reliar” não tem banheiro?

—Eu vou ver! – disse Taya, pondo-se de pé. – Quero tomar um banho.

  Ela seguiu até a porta, abrindo-a e saindo de dentro do quarto.

  Jessie ficou ali, no silêncio. Então, ela se pôs sentada, quando deu de cara com as luvas de Taya em cima da cama. “Ela esqueceu! A mulher verá a sua mutação.” Ela se levantou bruscamente, indo até a porta e abrindo-a.

  Desceu os degraus rapidamente.

—Não! Taya!

 Ela chegou a tempo de ver a jovem colocando as mãos à beira do balcão. Quando a dona do estabelecimento viu as escamas, empalideceu.

—Você é uma Mutante!

—O quê? –e então ela se deu conta de sua mão escamosa exposta. –Oh, calma!

—Não! – gritou ela. –Você é uma Mutante e Mutantes tem que ser denunciados. Vocês tem que ser punidos!


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Notas finais do capítulo

Algumas fics que eu recomendo:

https://fanfiction.com.br/historia/754686/O_Monstro_-_Interativa/

https://fanfiction.com.br/historia/754942/Dalia_vermelha/

Se gostaram, comentem! ;)