MUTANTES & PODEROSOS I - O Segredo dos Poderosos escrita por André Drago B


Capítulo 25
Capítulo 24 - Verdade em meio à Destruição


Notas iniciais do capítulo

Hello guys! Eu sei que demorei, mas em compensação, nesse capítulo você terá algumas respostas (rsrsrs).



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                                                            CAPÍTULO 24

                              VERDADE EM MEIO À DESTRUIÇÃO

 

 As botas de ferro produziam um barulho ritmado à medida que Jamesie e Roff andavam. Os dois tiveram que desacordar outros dois guardas para poderem usar estas armaduras. Com os rostos tapados pelos capacetes brilhantes, ninguém os reconheceria.

 Os dois foram andando pelos corredores. O silêncio pairava no ar. Apesar disso, alguns guardas passavam ao lado deles, com pressa. Quando um deles esbarrou em Roff, Jamesie o puxou. Ele disfarçou a voz, colocando um tom grave nela.

—Com licença, posso saber para onde vocês estão indo?

—Eu é que tenho que perguntar para vocês: o que vocês estão fazendo aqui? Estão com a armadura dos alimentadores, não é? Vamos! – o homem completou, andando em frente, seguido pelos dois.

 Eles percorreram os corredores rapidamente, andando por alguns que os espiões nem tinham reparado existir. Roff sentiu como se suas veias congelassem com o rugido alto que o assustou. Era terrivelmente estranho e aterrorizador. Apesar disso, eles continuaram correndo.

  Quando chegaram à frente de duas portas de madeira enormes, novamente um rugido, mas dessa vez mais perto. Engolindo a saliva de medo, Jamesie olhou para Roff, com receio do que poderia acontecer. Os olhos do amigo, apesar de tapados com o capacete, brilhavam terror também.

  Dois guardas puxaram a porta e permitiram que os dois e mais o guarda que os guiou, entrassem no local. Um salão alto e iluminado pelas inúmeras velas que, expunham chamas bruxuleantes, abriu-se diante deles.

—Vamos logo! – disse o guarda.

  Ele percorreu todo o salão, enquanto os dois o seguiam. Outro rugido pôde ser escutado. Ele era tão assustador que parecia uma faca cortando-os, algo penetrando suas peles.

  Mais dois guardas puxaram a segunda porta, mas dessa vez a visão não foi tão agradável como a do salão. Um corredor escuro, feito totalmente de pedra cinza, era iluminado apenas por duas tochas, seguradas por dois guardas em meio a pequena multidão de outros guardas, que se aglomeravam ali.

  Do outro lado do corredor, apenas alguns metros à frente, um portão enorme de grades de ferro escondia algo lá dentro. Os guardas começaram a conversar, amedrontados, até que um deles, no portão, gritou:

—Silêncio!

  Isso foi o bastante para que mais um terrível rugido pudesse ser escutado. Jamesie gelou completamente. Se não fosse pela armadura, todos poderiam ver que estava extremamente pálido. Apertou seus dentes com força quando ouviu o que o homem disse:

—Então, vamos, alimentadores!

  Um homem, vestido em uma armadura, aproximou-se deles, e abrindo um pote que tinha nas mãos, tirou um pedaço enorme de coxa de carneiro de lá de dentro. A carne crua tinha uma aparência e um cheiro terrível.

—Entrem! – disse o guarda, saindo da frente do portão para que eles pudessem entrar.

  As barras de ferro grossas e pesadas foram suspensas no ar e um ruído de corrente sendo arrastada pairou no ar tenso. Os dois hesitaram por alguns segundos, mas após um empurrão, seguiram lentamente para dentro da jaula.

  À medida que entravam, eles se sentiam congelar por dentro, uma sensação de nervoso percorrendo os seus corpos. Era como se frio se misturasse perfeitamente com fogo debaixo de suas peles. Empalidecidos, confiavam apenas nas armaduras que aparentemente os protegeriam. Pelo menos era o que esperavam!

  Os passos lentos ressoaram no ar, e a armadura ficou quente para eles. Mais uma vez, o ruído de correntes pôde ser escutado. Era como se algo estivesse sendo aprisionado no salão, que aliás, era extremamente grande. O teto estava a dezenas de metros acima, dando ao lugar quieto e escuro, um aspecto amedrontador.

 O chão de pedra estava coberto de ossos, restos de carnes podres e até cabeças de cervos mortos. Sangue pintava o chão acinzentado de vermelho, enquanto o silêncio pairava. De repente, algo pulou atrás deles. Os dois viraram para trás e se assustaram com o que viram.

 Um Mutante extremamente aterrorizador se punha na frente deles. Ele tinha a cabeça marcada por algumas escamas, pupilas finas nos olhos avermelhados, e raros fios de cabelos brancos.

Mas o pior não era isso. O resto do seu corpo expunha uma cauda enorme escamosa que vinha do seu tronco igualmente coberto de escamas. Suas pernas lembravam a de um crocodilo gigante. Suas enormes unhas em suas mãos esverdeadas pelas escamas poderiam matar qualquer pessoa que atravessasse, principalmente com a peçonha também esverdeada que pingava delas. Apesar disso, a criatura expunha no rosto uma expressão de sofrimento, como se clamasse para que os dois o libertassem.

  Ele respirou de uma forma, como se estivesse sentindo dor. Estava preso por correntes que vinham das vigas do teto, dezenas de metros acima. Ele andou lentamente até eles. Jamesie nem sentiu mais medo dele. Agora sentia pena do pobre homem, que provavelmente rugia naquela hora para ser liberto.

  O espião jogou a carne na direção dele. O Mutante ficou alguns instantes olhando para os dois até pegar a carne repentinamente do chão e mastigá-la, roendo o osso e deixando as sobas duras que não podiam ser ingeridas. Quando terminou, ele olhou para as correntes e depois para os dois. Roff sabia o que ele queria dizer com aquele olhar: “Me liberte, por favor. Sou inocente e preciso de ajuda. LIBERTE-ME!”. A última palavra soou como um grito na mente do espião, que se afastando lentamente dele junto com o seu amigo, quase colou as suas costas na grade, que foi puxada.

  Os dois saíram de lá de dentro.

—Ele comeu? Vocês viram?

—Claro! Por que não o faria? – indagou Roff, disfarçando a voz para que não reconhecessem a voz do estranho guarda da capital.

—Vocês sabem que às vezes ele não come. Temos que ficar de olho. – disse o guarda que parecia comandar o grupo. –Agora vão! Vocês tem um castelo para vigiar.

 

 Roff apoiou-se sobre uma das prateleiras lotadas de pergaminhos da biblioteca do castelo. Jamesie se aproximou dele lentamente, e começou a passar os olhos na prateleira, fingindo estar procurando um. Ele se aproximou e puxou um dos rolos de papeis antigos, chegando bem perto de Roff.

—O que fazemos agora? – sussurrou em seu ouvido.

—Temos que libertar aquele Mutante de lá.

—Mas não sabemos porquê está preso! Ele pode ter sido um assassino ou algo do tipo.

—É isso que Lorde Dankgan quer que pensemos, mas não podemos confiar nele! Não em um suspeito de assassinato. – disse Roff, bufando baixinho enquanto pensava.

—Ele é suspeito! Pode não ser o assassino.

—Mas também pode o ser! – Roff calou Jamesie. – E eu tenho que salvar aquele Mutante. Você viu o olhar de piedade dele?

—Então, qual é o seu plano? – indagou Jamesie.

—Entramos lá como entramos naquela hora.

—Mas provavelmente terão guardas lá!

—Eu sei! Mas, se criarmos uma distração, podemos distanciá-los para poder libertá-lo.

—Então, você quer que eu crie uma distração para afastá-los para que você possa libertá-lo?

—Isso! Crie algo grave, e então, eles cairão na história. Assim eu poderei soltá-lo de lá!

—Tudo bem! – concordou Jamesie. –Mas se algo der errado, a culpa é sua!

 Roff expôs um pequeno sorriso que se desenhou em seus lábios, enquanto sua mente formava as imagens de como pretendia libertar o Mutante.

 

 Os portões do salão foram abertos e os dois adentraram o local. Estava da mesma forma que antes, mas a diferença era que algo havia uma adrenalina os envolvendo. Algo iria acontecer.

  Os dois andaram ligeiramente até a segunda porta, do outro lado do extenso salão. A barriga de Jamesie chegou a roncar, com medo do que iria e do que poderia acontecer. Os dois guardas, que estavam no segundo portão, acostumados com a rotina, abriram as portas, sem nem hesitar. Se os dois primeiros guardas os deixaram entrar, naturalmente teriam os verificado, coisa que fizeram. Mas, com a rápida resposta de que teriam que vigiar o monstro, adentraram o local.

  Quando deram de cara com o corredor escuro, a criatura, que estava dezenas de metros à frente deles, dentro da cela, direcionou os seus olhos esperançosos. A dor os marcava e ele se sentiu extremamente grato porque os dois voltaram. O cheiro dos dois ainda marcava as suas narinas, o que lhe indicava que os novos guardas eram os homens que ele tinha esperança de que teriam entendido o seu recado inaudível.

  Os dois chegaram dentro do corredor, que parecia mais gelado ainda. Os dois guardas no portão focaram seus olhos escondidos pelos capacetes prateados da armadura, perguntando-lhes:

—O que vocês querem aqui?

—Viemos tomar conta do Mutante. – responderam os dois espiões em uníssono.

—Nós é que estamos tomando conta dele, e fomos designados a fazê-lo até de manhã.

—Mudança de planos. – disse Roff.

—Precisamos saber se isso é verdade! – um dos guardas disse.

—Bem, se quiserem, eu mesmo vou com vocês até o chefe da guarda para provar-lhes! – ofereceu Jamesie.

 Os dois pensaram.

—Eu vou e você fica! – disse um deles para o outro. Eles concordaram.

—Mas eu acho melhor vocês dois virem... – começou Jamesie, ainda pensando em como iria enrolá-los.

—Não! Não tem problema. Eu fico com ele. – interrompeu Roff, mostrando que tinha uma estratégia na mente.

 Jamesie concordou com a cabeça e seguiu até as portas atrás deles, sendo seguindo pelo primeiro guarda.

  Quando a porta foi fechada, Roff não hesitou em dar um golpe no segundo guarda, levando-o a desmaiar. Ele arrastou o corpo do homem até perto do portão, abrindo-o logo em seguida.

  O Mutante veio correndo até perto dele, mas antes que pudesse passar pelo portão, algo o puxou para trás. As correntes.

  Roff entrou naquela prisão imensa e, desembainhando sua espada comprida e afiada, desferindo diversos golpes contra as grossas correntes. De repente, o barulho das portas sendo abertas chamou-lhe a atenção. Os guardas que vigiavam as portas de entrada para o corredor escutaram os barulhos do portão e das correntes sendo quebradas. Eles entraram correndo o local.

—Ei! O que você está fazendo? – gritou um deles.

 Roff não teve tempo de se defender, pois a criatura pulou em cima dos dois, sua boca salivando. Suas garras penetraram na carne dos dois guardas, furando suas armaduras. Ele virou os seus olhos cheios de maldade para o espião, e, com um sorriso irônico, expondo as suas presas afiadas escondidas por seus estranhos lábios, remexeu a sua cauda em agradecimento por ter o libertado.

 Ele pulou para frente, passando pelo salão e levando a confusão pelo castelo.

 Roff, ainda assustado, compreendeu que a criatura não era boa, mas sim, um ser mau que queria matar todo mundo no castelo se ele e Jamesie não o detivessem. “O que eu fiz?”, ele pensou.

***

 Edward veio andando em meio às árvores. Já avistava à sua frente os campos de flores, onde marcara que encontraria Molly. Estava atrasado por um imprevisto, mas ainda tinha esperanças de que encontraria a amiga ali.

 Enquanto a poeira do campo sujava as suas botas, seus olhos se paralisaram em algo à sua frente. Ele sentiu um frio paralisante percorrer todo o seu corpo. Chegou a ficar pálido.

  Correu ligeiramente até perto do que vira, mas ao se aproximar, fechou os olhos, sentindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. “Não pode ser!”, pesou ele. “A Molly. Não pode ser!”.

 Ele abriu os olhos novamente, e, se ajoelhando ao lado do corpo, contemplou o rosto pálido de sua amiga, já sem vida. Uma poça de sangue avermelhada se acumulava em volta dela. Ao lado de seu corpo, uma faca ensanguentada, provavelmente a arma. Um “M” desenhado na terra, ao lado do corpo, chamou a atenção do jovem.

  Ele segurou a arma, sujando as suas mãos de sangue. Algo lhe dizia que ele era o culpado, por não estar com ela quando disse que estaria. Uma sensação lhe percorreu novamente, e ele sentiu vontade de vomitar. Não se segurou, mas deixou que um grito saísse de sua boca.

  Dezenas de metros de distância, um cavaleiro do reino escutou. Fazendo seu cavalo trotar, seguiu o som até chegar ao jovem. Ele desceu do seu cavalo, assustado. Aproximou-se do jovem e sentiu-se arrepiar diante da visão do corpo.

***

 

  Kira se apressou para chegar o mais rápido possível à uma cidade, logo à sua frente. A jovem sentia o leve calor do sol sobre a sua pele. Ela sentia o dente-da-fera pendurado no cordão, em seu peito.

 A pequena vila à sua frente era simples e esbanjava simplicidade. Não tinha muros e estava logo em meio a duas colinas. Uma torre, provavelmente a sede da vila simples, se erguia de uma pequena casa bem enfeitada, feita de madeira.

  A jovem se aproximou da sede, sentindo o aroma delicioso das flores entrarem pelas suas narinas e acalmarem-na. Por um segundo maravilhoso, se distraiu. Depois, continuou a andar calmamente como se não tivesse parado.

  A jovem viu que na rua principal não havia ninguém. Um barulho de muitas pessoas podia ser escutado, mas um pouco distante. Onde estavam aquelas pessoas?

  Ela continuou a andar calmante.

—Olá! Tem alguém ai? – gritou ela. Os passarinhos responderam algo que somente eles entenderam, em uma cantoria maravilhosa. –Gente! Existe uma alma viva aqui?

 O silêncio ainda pairava no ar. O lugar era tão calmo e bonito que, por um segundo, Kira sentiu vontade de ficar sentada debaixo de uma daquelas frondosas árvores.

  A jovem andou, mas não havia sinal de ninguém na vila. O ruído de multidão ficou apenas mais alto. Todas as casas simples dali seguiam o mesmo padrão, sendo estas de madeira com detalhes de pedra. O chão de terra pisoteado sugeriu que havia alguém na vila, mas onde? Será que aquela era uma vila Mutante levada presa pela rainha?

 De repente, dezenas de metros à frente dela, uma amontoado de pessoas, todas portanto capas pretas.

  Ela correu até a multidão.  Alguém fazia um discurso no centro do circulo. A jovem tocou o ombro de um homem, que em prantos, olhou para a jovem. Kira, então, entendeu que aquilo era uma homenagem à algum falecido.  Como era normal, assustado com as armas, ele se afastou dela. Tocando o da frente, se afastaram juntos.

  A jovem viu que não poderia falar com aqueles, muito assustados. Ela foi adentrando a multidão, que ia abrindo espaço. Ela o fez até chegar ao centro.

  Um homem jovem, extremamente ruivo, falava. Ao seu lado, outro ruivo igual ao do lado chorava muito, com seu rosto já avermelhado. “São gêmeos”, pensou a jovem. O murmurinho em meio à multidão fez o irmão parar o seu discurso e concentrar o seu pesado olhar, que parecia irradiar chamas – de tristeza ou raiva, Kira não conseguiria dizer – na estranha jovem.

—Quem é você? – indagou ele, secamente.

—Me desculpe! – ela respondeu simpaticamente – Eu não achei que isso era mesmo uma homenagem...

—Mas é! – ele interrompeu. O outro gêmeo mostrava o sentimento de raiva em seus olhos.

—Me desculpe! Eu só estou procurando o meu irmão. – ela se virou e seguiu em meio a multidão, saindo de dentro do amontoado.

—Espere! – chamou o primeiro gêmeo. –O seu irmão tem um tucho de cabelo branco?

 Kira hesitou, mas em base no que as últimas pessoas que viram o menino disseram, ela respondeu:

—Sim!

—Não acredito! – o segundo gêmeo disse com raiva, mas o primeiro o segurou pelo braço quando ele ameaçou chegar perto de Kira.

—Calma, Henry!

—Não Harry! – ele gritou furiosamente, as lágrimas ainda escorrendo pelo seu rosto. – Foi o irmão dela que matou o meu pai. Foi tudo culpa dele!

—Meu irmão não é um assassino! – gritou Kira.

 Henry olhou para ela, seus lábios se mexendo nervosamente.

—Se eu ver o seu irmão, eu o mato! – ele gritou.

—Você não vai matá-lo! – rebateu Kira à ameaça. – EU NÃO DEIXAREI!

 Ele bufou, enquanto Harry o puxava com mais força para trás. Ela desembainhou a sua espada, tentando fazê-lo se amedrontar. Mas, ao invés disso, um sorriso irônico surgiu em seu rosto. Não parecia estar com medo, mas provocar medo. Seus olhos avermelhados pareceram irradiar o brilho de chamas. Ele levantou o seu punho fechado e uma chama amarelada brilhou em volta dele, se erguendo bruxuleantemente.

  Kira sentiu um frio na barriga. “Ele é um Poderoso!”. Além dela, ninguém mais demonstrava estar surpreso. Provavelmente estavam acostumados com jovem, mas não aparentavam ser Poderosos também.

—Não Henry! A culpa não é dela, e ele só estava assustado. Pare com esse ódio!

  Ele hesitou, sua feição voltando à raiva e seriedade. Depois, a chama sumiu do seu punho, dando lugar a simples mão de antes, nem um pouco queimada.

—O que meu irmão fez? – perguntou Kira. –Eu o estou procurando faz dias.

 Harry, aparentemente o mais calmo dos gêmeos (o que fazia o discurso e que segurara o irmão), fez um sinal com a cabeça para que ela o seguisse. A multidão abriu espaço e ela o seguiu.

  Os dois caminharam pela estrada vazia, deixando o amontoado de moradores para trás. Depois, viraram em uma rua simples, como a principal, composta de várias casas de madeira. Mas, havia algo de diferente na rua: um cheiro de queimado pairava no ar.

—O seu irmão almoçou na casa do meu pai, que é um homem muito bom... – ele ficou alguns segundos parado. – Pelo menos era!

—Lamento, mas não foi o meu irmão...

—Foi o seu irmão! – ele gritou. –Mas ele não tinha a intenção, eu sei disso. O meu pai queria saber para onde ele estava indo e chegou até segurá-lo para impedi-lo de sair sozinho por estes lugares perigosos. Foi quando aquilo aconteceu!

—O que?

 O homem pareceu hesitar por um segundo, mas então respondeu.

—O seu irmão destruiu a casa do meu com uma...

—O que?

—Com uma explosão azul!

  Kira arregalou seus olhos. Um frio a percorreu e sua cabeça, que doía perto das ruínas da casa queimada – ou explodida -, gritava: “Era o Jackie! O tempo todo era o Jackie. Foi ele que fez aquelas explosões na casa de Mestre! Jackie!”.

—Está tudo bem com você? – perguntou Harry, assustado com a expressão que se formou no rosto da jovem.

 Ela focou os seus olhos nos dele, dizendo:

—Eu tenho que achar o meu irmão!

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Me digam, por favor!