MUTANTES & PODEROSOS I - O Segredo dos Poderosos escrita por André Drago B


Capítulo 23
Capítulo 22 - Sangue Inocente


Notas iniciais do capítulo

Um novo capítulo para vocês se divertirem! Se gostarem, comentem.



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                                                            CAPÍTULO 22

                                                  SANGUE INOCENTE

 Os campos esverdeados se abriram diante de Kira. A paisagem se revezava entre florestas e pastos. Atrás dela, o portão da cidade deixava que várias pessoas entrassem e saíssem de lá, sempre seguindo pela estrada de terra ao qual ela andava naquele instante.

  Jackie fora por aquela direção e ela tinha que seguir ali, por aquela estrada. Andou por algum tempo, enquanto várias pessoas passavam ao seu lado. O sol que suspendia-se no horizonte até o topo do céu deixava tudo ainda mais quente, fazendo com que o movimento e o calor fizesse o suor se acumular em Kira, que limpava a sua testa frequentemente.   

 A jovem via que algumas pessoas se afastavam dela ao ver suas armas penduradas, mas ela ignorava, enquanto alguns guardas vigiavam a multidão com os seus olhos atentos.

  Ela seguiu por mais algum tempo até se deparar com uma coisa. A multidão se acumulara no meio da estrada. Algumas pessoas passavam assustadas, outras ignoravam, e outras ainda paravam e entravam no meio. Kira pertencia ao último grupo.

  A jovem se aproximou do amontoado de gente. Ela pensava que aquilo poderia ter a ver com Jackie, e entrou no grupo sem hesitar. Tocou o ombro da primeira pessoa que viu, sendo esta uma mulher gorda, usando um longo vestido avermelhado. Seus olhos castanhos permaneciam curiosos, e seus cabelos feitos com um complicado penteado juntavam tranças em um coque grande que ficava no topo de sua cabeça.

—A senhora poderia me dizer o que está acontecendo aqui? – perguntou Kira.

—Mais uma curiosa! – ela riu simpaticamente. – Também quero saber. Mesmo com essa multidão aqui, poucos sabem o que realmente aconteceu! Sei apenas que algo aconteceu no campo...

—Campo? – indagou Kira curiosa.

—Sim! Me parece que um velho pastor de ovelhas trouxe o seu rebanho aqui, mas algo aconteceu.

—Algo tipo o quê?

—Não sei! Se aproxime mais, porque isso é tudo que posso te contar.

—Obrigada! – agradeceu Kira, enquanto a mulher lhe retribuiu com um movimento feito com sua cabeça.

  A jovem começou a empurrar as pessoas, que logo que a viam armada, abriam espaço. Não demorou muito até ela chegar à primeira fileira de pessoas e ver o que acontecia no centro. Um homem que aparentava ser velho possuía sua barba branca, enquanto seu rosto queimado mostrava a quantidade de tempo que ele passava no campo com os animais. Praticamente desdentado, apenas raros dentes podiam ser vistos em sua boca, enquanto a sua roupa suja e suada fazia um contraste perfeito com a sua respiração ofegante.

—Não estou aqui tentando os fazer perder tempo! – disse ele, falando para dois guardas com seus rostos tapados por aqueles capacetes de ferro. –Eu sei o que eu vi! Ele era do mal!

—Senhor, já falamos sobre isso ontem. Não é possível... – disse um dos guardas com sua voz calma.

—Eu não estou doido! – gritou ele. – Eu sei muito bem o que eu vi, e o que eu vi foi um menino fazer desaparecer parte do meu rebanho!

 Kira sentiu um frio na espinha ao ouvir isso. Não podia se conter e, dando um passo a frente, perguntou:

—O senhor poderia me dizer como era este menino?

—Senhora, não se intrometa! – disse um dos guardas, mas ele logo se interrompeu ao ver as suas armas.

—Era branco e tinha cabelos castanhos. Era parecido com você! – disse, analisando Kira, como se estivesse entendo que ela tinha alguma relação com ele.

—Sua altura correspondia com a de um jovem de que idade?

—Não sei! Talvez nove ou dez, ou ainda onze anos.

—Ele tinha uma marca no queixo?

—Não sei! Eu não o observei muito. – disse o senhorzinho. – Ah! Lembro-me que seu cabelo não era comum! Ele era castanho, mas tinha um tucho branco.

 Kira ficou aturdida. O que estava acontecendo com Jackie?

—Você possui parentesco com ele? – indagou o senhor.

 A jovem mexeu a cabeça positivamente, sem dar mais detalhes.

—Me explique: como ele fez o seu rebanho desaparecer?

—Minha jovem, não dê atenção... – começou um dos guardas.

—Cale a boca! – gritou ela, séria. – Eu darei atenção a isso porque é a vida do meu irmão que está em jogo aqui, e não a sua! E como pôde perceber pelas minhas armas, eu sou uma nobre. Basta eu reclamar com a rainha e você morrerá!

  O homem deu um passo para trás, assustado. Ele se entreolhou com o sue colega guarda que apenas abaixou a cabeça.

—Bem! – voltou o homem. – Ele estava muito assustado. Seus cabelos desgrenhados e seus cortes pelo corpo me indicavam estar fugindo de algo. Quando o vi, corri até ele. Foi quando ele soltou um grito, e fez um movimento com a mão, como se estivesse se defendendo. Mas, ao invés de se defender, ele fez metade do meu rebanho desaparecer, não sei como. Olha, você tem que achar o seu irmão, minha jovem, antes que ele cause mais um acidente!

  Kira mexeu a cabeça positivamente.

—O senhor pode me dizer em qual direção ele seguiu?

—Por esta estrada mesmo, correndo de mim!

Kira ficou parada por alguns segundos, meditando para onde seu irmão teria ido. Depois, agradecendo quase de forma inaudível, entrou novamente no meio da multidão, que se abriu para ela.

  A jovem voltou a andar pela estrada. Enquanto caminhava, ouvia as exclamações das pessoas atrás dela, mas ela nem se importava. Embaixo da gola da roupa, sentiu algo lhe espetar. Puxando, contemplou o dente da fera que ela havia matado. Colocando-o para fora da gola e deixando-o exposto, não pôde deixar de pensar: “Se foi possível matar o leão, com certeza encontrarei Jackie”.

  Um pequeno sorriso de esperança riscou seus lábios, enquanto ela seguia pelo caminho à procura do seu irmão.

***

  O castelo de pedras cinzentas surgiu na frente deles, bem no meio da capital da Província Mutante.  Não havia nenhum Mutante na capital, pelo menos não na cidade, que vazia, ecoava o silêncio e a quietude. Apenas no castelo estavam os Mutantes mais nobres, que não haviam sido presos por tomarem parte das decisões do povo e serem importante para o reino.

 O vento passou pelo rosto de Jamesie, que junto com os seus amigos Antony e Roff, trotaram calmamente até o portão de madeira enorme do castelo. No topo da muralha do castelo, arqueiros Mutantes se acumularam, apontando suas flechas para eles, prontas para serem largadas.

 Três guardas saíram de uma salinha anexada ao lado de fora do portão, escondidos debaixo de armaduras prateadas brilhantes.

  Um deles, aproximando-se, disse:

—Quem são vocês e o que fazem aqui?

—Somos enviados da rainha, da capital Hanrraá. – disse Jamesie. – A rainha nos manda falar com Lorde Mut. Dankgan. É uma ordem!

—O que me prova que vocês foram enviados da rainha?

  Jamesie estendeu a mão para Roff, que lhe entregou um pergaminho. O homem deu o pergaminho para o guarda, que desenrolando-o, pôde ler a autorização, assinada no nome da rainha.

—Certo! – disse o guarda. – Entrem!

Ele fez um sinal para que os guardas abrissem o portão. Com esforço, giraram uma enorme roda de madeira, fazendo com que ele se abrisse.

  Os três espiões fizeram seus cavalos trotarem, que entrando na área do castelo, se depararam com um jardim maravilhoso, ocupado por árvores, lagos, muita grama e animais.

  Ao longe, um castelo. Eles se aproximaram da construção aos poucos, enquanto a calma canção dos pássaros preenchia o local.

  Ao chegar ao pátio do castelo, vários guardas puxaram suas espadas, fazendo um barulho irritante. Jamesie apenas levantou o pergaminho que estava na sua mão, mostrando ter autorização.

  Um dos guardas se aproximou, e estendendo a sua mão, recebeu o pergaminho. Leu-o calmamente, e então disse:

—Desçam dos seus cavalos! Sigam-me, pois eu os levarei até a sala de Lorde Mut. Dankgan.

 Os homens obedeceram, descendo dos animais e seguindo o guarda. Outros três homens apareceram e pegaram os bichos, levando-os até outro lugar.

  Os homens subiram sete degraus longos, minuciosamente contados por Antony, chegando até o portão de madeira do castelo. O guarda o empurrou com dificuldade, abrindo espaço para eles entrarem. Dentro, um corredor cortava o local, abrindo espaço para eles seguirem para a direita ou para a esquerda. O guarda seguiu para a direita, andando pelo corredor calmamente e seguido pelos espiões. A luz do sol penetrava no local pela fileira de janelas que se acumulava na parede a direita deles. O chão estava coberto por um tapete avermelhado longo e caro, dando para se perceber os anos que foram gastos para fabricá-lo.

  O guarda chegou a outro corredor, agora seguindo pela esquerda. Depois passaram por mais três corredores, tudo sendo contado na mente de Antony, que guardava os detalhes para o caso de alguma fuga secreta.

  Um rugido ao longe fez a espinha de Jamesie congelar. Um frio percorreu a sua barriga enquanto uma sensação de horror penetrou nele, fazendo com que o seu sangue esfriasse e ele ficasse pálido.

—O que foi isso? – indagou.

—Nada! – disse o guarda, falando calmamente, tentando disfarçar, como se escondessem algo.

—Então quer dizer que o nada decidiu dar um rugido? – falou Antony com sarcasmo na voz. – Ou será que as paredes estão virando monstros?

—Meus senhores, já disse que não é nada! – replicou ele novamente, enquanto dois guardas passaram correndo por eles.

—Então os guardas decidem fazer exercícios enquanto as paredes se transformam em monstros? – Antony disse novamente. Era ótimo no sarcasmo.

  Sério, o guarda desistiu, apontando para a escadaria.

—A porta que está no fim do corredor, no topo da escada. Lá é a sala de Lorde Mut. Dankgan. É só seguir!

  Os três espiões começaram a subir as escadas. Degrau por degrau, chegaram ao corredor, podendo ver a porta de madeira ao qual o guarda disse.

  Seguindo até ela, Jamesie ajeitou os seus cabelos negros e curtos, enquanto os outros também se arrumavam para darem a impressão de serem respeitosos guardas da capital.

  Outros dois guardas Mutantes se posicionavam na porta. Jamesie mostrou-lhes a carta, enquanto um conferia o que estava escrito. Confirmando, abriram a porta e deram de cara com uma ampla sala espaçosa. As janelas de vidro na parede oposta da porta e na parede da esquerda eram enfeitadas com galhos das árvores do lado de fora do castelo. A sala iluminada mostrava móveis rústicos de madeira e estantes lotadas de livros. Um tapete avermelhado como os dos corredores tapava o chão, enquanto armas e armaduras enfeitavam a sala extremamente organizada.

  No centro do local, uma mesa de madeira enfeitada com detalhes entalhados estava ocupada por muitos livros. Uma folha em branco era usada por um homem para escrever algo, que o fazia com uma longa pena de cores cinza e preta.

  O homem levantou o seu olhar, direcionando-o para os novos visitantes. Seu rosto exibia rugas, marcas da idade. Olhos castanhos apenas faziam jus as suas feições sérias. Os seus cabelos pretos formados por longos cachos exibiam alguns fios brancos, enquanto seu corpo não era nem um pouco magro, mas também não muito gordo. E suas vestes caras denunciavam e comprovavam se tratar de um Lorde. Mas, o que mais chamava a atenção eram suas enormes orelhas grandes e pontudas.

  O homem não largou a pena, mas continuou a escrever. Mesmo assim, pôs-se a perguntar.

—Quem são vocês?

—Somos guardas do reino, enviados pela rainha a procura de respostas para os assassinatos! – apresentou-lhes Antony.

—E o que tenho com isso? – perguntou ignorantemente.

 Os três se entreolharam, a procura de uma forma para dizer a suspeita.

—Bem - começou Jamesie –, as últimas vítimas foram os respeitados Lorde Lafter e bibliotecário Suber. Estes eram amigos.

—Eu sei! Os conheço muito bem. – ela pareceu irritado ao ouvir o nome dos dois, mas ainda assim continuou a escrever a enorme palavra que parecia não acabar.

—E nós descobrimos que você tinha um certo problema com eles. Certo?

  Ele largou a pena e focou os olhos em Jamesie, depois os desviando para os outros dois.

—Então estão me condenando? Acham que eu os matei? – disse ele, deixando que um pequeno sorriso irônico aparecesse em seus lábios. – Me desculpe, mas eu sou um Mutante e não um poderoso. Não posso me transportar de um lugar para outro, principalmente da capital para a Província Mutante!

—Não é isso! Queremos saber quem foi a última pessoa a se deslocar da capital até aqui? – perguntou Roff.

—Vocês! – disse ele, rindo ironicamente de novo.

—Me desculpe! – o espião soltou uma risadinha envergonhada.- Eu quis dizer daqui até a capital.

 O sorriso do homem se desmanchou e ele olhou para a parede, parecendo se perder em seus pensamentos por alguns segundos, hesitando em revelar a pessoa. Mas passado alguns segundos, disse:

—A última pessoa que saiu daqui foi o meu filho Aaron!

—E como ele é? – indagou Antony.

—Isso é um absurdo! – gritou ele, se levantando. – O meu filho é inocente e não poderia ter feito nada disso.

—Por que tem tanta certeza? – Jamesie o fez duvidar. – O senhor não acha que... – novamente o rugido ecoou, fazendo-o parar de falar. – O que é isso?

  Lorde Mut. Dankgan hesitou e optou por não falar nada.

—Não foi nada!

—Mas...

—Saiam da minha sala! Já tem o que queriam.

—Não temos! – gritou Roff.

—E o que vocês querem? – indagou o lorde.

—Queremos que você confesse o que fez! – responde ele, fazendo o silêncio reinar por alguns segundos no local.

  Por entre os dentes, tentando disfarçar a raiva, ele respondeu:

—Não sei quem é esse assassino, mas tenham certeza de que não sou eu e nem o meu filho. Quero que saiam da minha sala agora e sumam daqui!

Antes que qualquer um pudesse rebater, Jamesie puxou os dois até a porta, a abrindo para o lado de dentro da sala.

  Os guardas deixaram-nos passar, enquanto eles desciam as escadas.

  Atravessando novamente os corredores, Jamesie puxou os dois para um canto e falou sussurrante:

—Escutem! Antony, volte para a capital. Precisamos de alguém investigando este Aaron. Eu e Roff ficaremos aqui e investigaremos este misteriosos rugidos.

***

 Enquanto o sol da tarde tocava o horizonte, o céu adquiria um aspecto amarelo avermelhado. O campo de flores altas – que deviam ter até um metro - em volta de Molly era muito bonito, e o vento que passou por ali fez as plantas balançarem, deixando tudo mais calmo.  A jovem se mantinha sentada em uma pedra, exatamente onde Edward, o seu amigo, dissera para ela o esperar.

   A jovem expirou o ar dos pulmões em frustração. Provavelmente, Edward esqueceu que já tinha um compromisso ou tinha outra coisa para fazer. Talvez algum problema, ela não sabia. Ele estava atrasado.

  Decepcionada, se levantou de cima da pedra. Limpou o seu vestido, sujo com a poeira do campo, e pôs-se a seguir pela estrada em meio ao campo que usara para chegar à pedra. Um vento passou pelo seu rosto, fazendo os seus cabelos castanhos e bem cuidados balançarem. As suas pernas ardiam por terem roçado contra aquela pedra, extremamente rígida. Ainda assim, a jovem continuou a andar sem reclamar pela dor.

  Quando já estava quase chegando ao fim do campo de flores, viu algumas árvores logo à frente. Mas o que a fez parar de andar foi um barulho em meio ao campo de flores, atrás dela. A jovem paralisou-se por alguns segundos, enquanto um frio na barriga de medo lhe tomou. Virou-se para trás, mas não tinha nada. Ainda assim, mais um som atrás dela se pôde escutar, enquanto algumas das altas flores se remexeram.

—Tem alguém aí? – indagou ela, mas ninguém respondeu nada. – Edward, é você? - Ela novamente não teve resposta.-Não brinque comigo, Edward! É você? – as flores se remexeram novamente. – Para Ed!

  Silêncio.

  A jovem virou para frente, empalidecida de medo, e com passos longos e rápidos, começou a se distanciar do campo. Novamente, o barulho em meio ao campo de flores pôde ser escutado, mas dessa vez não deu tempo dela virar para trás.

  Alguém pulou em cima dela, derrubando-a. Ela pôde sentir uma dor nas costas, algo penetrando a sua carne e fazendo o sangue escorrer. A jovem não esperou e gritou desesperadamente, mas a pessoa tapou a sua boca com sua mão escamosa, como a de um animal. Ou melhor, como a de um mutante!

 Ela tentava gritar ainda assim, mas a mão abafava o som. A pessoa puxou a faca das suas costas e cortou o seu braço. A dor foi intensa. Ela novamente tentou gritar, enquanto lágrimas desciam de seus olhos e percorriam o seu rosto. Ela tentou fazer força, mas a pessoa era forte e não saía de cima dela.

  A jovem percebeu a sua visão ficar embaçada e depois, escurecer. A dor percorria todo o seu corpo, e as lágrimas testemunhavam isso. A morte se aproximava cada vez mais dela. De repente, ela deu um pulo que derrubou a pessoa de suas costas. Rapidamente, ela se levantou começou a correr com dificuldade em meio as árvores, deixando o campo de flores para trás. Seus gritos podiam ser escutados ao longe, mas a pessoa agarrou-lhe. Ela conseguiu virar para trás e ver uma pessoa encapuzada. Não apenas isso, mas o rosto da pessoa escondido pela sombra das roupas.

  A pessoa deu-lhe o golpe final, encravando a faca em seu peito. Foi fatal. Ela se sentiu apagando e a dor a percorreu, enquanto o sangue caía em grande quantidade de suas feridas, formando uma poça aos seus pés.

  Então, a pessoa a largou, deixando o seu corpo estirado no chão e a faca ensanguentada ao seu lado.

  Agora, Molly estava morta. Ela era a quarta vitima.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não se esqueça de comentar.
Pois todos os mistérios serão explicados.