The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Investigar.


Notas iniciais do capítulo

sim realmente... a pericia foi feita na casa da Penelope e tem um grande motivo por trás disso já que ela foi sequestrada na casa de Erin. e Sim. Erin está envolvida em parte de tudo isso.



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Depois da equipe periciar o apartamento de Penelope, Hotchner não parecia menos preocupado. Muito pelo contrário. Ele havia perdido dois no máximo três dias sem notícias de Penelope e isso o matava de angustia. Ele queria muito bem a analista técnica, que ele viu mudar e ficar mais forte na sua frente.

— Aqui senhor. – Falou Anderson entregando uma pasta. – Fizeram a perícia na casa da agente Garcia.

— Obrigado Anderson. – Respondeu Hotch distraído.

— Não querendo me meter, mas já fazendo isso. Porque acha que sequestraram ela? – Perguntou Anderson.

— Talvez para atingir a gente. – Respondeu Hotch. Ele deu um suspiro. –Ou talvez ela fosse o alvo esse tempo todo.

— Acha isso? – Perguntou Anderson.

— Eu não sei Anderson. – Hotch estava nervoso, mas não gritou com Anderson. – Eu nem consigo me concentrar em achar algo em comum entre essas vítimas quem dirá entre as vítimas e a Penelope. E eu não quero ver uma foto dela aqui no arquivo.

— Se precisar de ajuda eu estarei aqui. – Falou Anderson.

— Eu sei disso Anderson. – Respondeu Hotch.

Ele voltou a mergulhar nas pastas do caso. Procurando qualquer pequena semelhança entre as vítimas e Penelope. Ele leu o relatório da perícia que acusava a presença de Special K em um dos copos de bebida da pia e ficou intrigado.

— Porque drogar a Penelope com uma droga de estupro? – Hotch se perguntou.

Rossi entrou no escritório como se visse um fantasma.

— Dave. O que foi? – Perguntou Hotch. – Não me diga que ela...  – Hotch nem continuou a frase.

— Acharam um corpo de mulher abandonado na entrada para o congresso. – Dave falou se sentando no sofá. – O homem que fez a descrição a descreveu como a Penelope.

Hotch e Rossi saíram correndo até o congresso.

— Se ela a machucou eu acabo com a raça desse animal. – Falou Hotch. – Ninguém mexe com um funcionário meu e sai andando.  

Eles finalmente chegaram ao local. Rossi parou de repente.

— Eu tenho medo. – Falou Rossi.

— Não e ela. – Falou Hotch.

— Você não tem certeza. – Retrucou Rossi.

— Eu tenho certeza. – Falou Hotch.

— Você tem alguma fonte ou algo que possa afirmar isso? – Perguntou Rossi.

— O meu instinto já serve. – Falou Hotch.

— Não serve. – Rossi acompanhou Hotchner.

— Agentes. – Falou o detetive que investigava o caso. – Detetive Stevens. Polícia de Washington.

— Agente Aaron Hotchner e Agente David Rossi, FBI. Unidade de análise comportamental do FBI. – Falou Hotchner ao mesmo tempo que mostrava o distintivo.

— Soubemos que ela poderia ser uma funcionária do FBI então ligamos para vocês. – Falou Stevens.

— Eu estou torcendo para que não seja. – Falou Hotchner.

Eles pararam na frente de um lençol branco no chão. Hotch deu um suspiro.

— Pode puxar. – Falou Stevens.

O lençol branco foi erguido e os agentes viraram o olhar.

— Então? – Perguntou Stevens.

Hotch recuperou um pouco de ar.

— Não é ela. – Falou Hotchner.

— Graças a deus. – Falou Rossi.

— Mas temos esse corpo para investigar. – Falou Hotch. – Algum resultado das digitais?

— Ainda não as tomamos. – Respondeu Stevens. – Esperávamos que vocês a reconhecessem.

— Ela parece muito com a Penelope, mas definitivamente não é. – Falou Hotchner.

— Vamos ver quem ela é. – Stevens pegou uma máquina scanner de digitais e escanou as digitais da mulher. – Ashley Stewart. 45 anos. Morava em Tampa. Era garota de programa.

— Ele apegou para que se parecesse com a Penelope e nos enganar. – Falou Rossi.

— A Penelope era o alvo o tempo todo e a gente nem se tocou. – Falou Hotchner.

— É provável que ele tenha colocado o programa no computador dela sem que ela percebesse.  – Falou Rossi. – Ele estaria armando para ela e ela seria afastada até as investigações acabarem, assim ele a pegaria sozinha.

— Ela me enviou um email pedindo que os seguranças fossem retirados da porta dela. – Falou Hotch. – Disse que se sentia menos segura com eles.

— Acha que eles são corruptos e ajudaram no sequestro? – Perguntou Rossi.

— Nesse momento a gente precisa saber de todos os detalhes. – Respondeu Hotch.

Eles entraram no utilitário e voltaram para a sede da UAC.

— Porque pegar a Penelope quando há agentes supervisores? – Perguntou Rossi. – Com acesso mais alto que ela.

— Porque ela já ajudou a prender inimigos perigosos e porque tem algumas pessoas que ficaram ressentidas com ela por esse motivo. – Respondeu Hotch.

— Acha que ele vai matá-la? – Perguntou Rossi.

— Provavelmente é o ato final de vingança dele. – Respondeu Hotch. – Então temos que encontrar ela e trazer para casa a salva.

— E por onde vamos começar? – Perguntou Rossi.

— O relatório da perícia informa que o sangue encontrado tem dois dias. – Disse Hotch. – Precisamos descobrir por onde ela esteve nesse tempo.

Eles chegaram na UAC. Morgan estava os esperando para notícias.

— Não é ela né? – Perguntou Morgan.

— Não Morgan. – Respondeu Hotchner. – Não é ela. Mas não sabemos onde ela está e até sabermos podemos encontrar mais um corpo.

— E o que a gente pode fazer? – Perguntou Morgan.

— Seguir qualquer pista. É uma corrida contra o tempo agora. – Falou Hotch.

— Do que está falando? – Perguntou Morgan. – A equipe inteira é o alvo desse psicopata.

— Não! – Gritou Hotch. – A gente não é o alvo desse babaca filho da puta. – Hotch estava claramente estressado. – Era a Penelope desde o início.

Morgan ficou em silêncio. Ele sabia que Hotchner estava em uma pressão indescritível.

— Desculpa. – Disse Hotchner a Morgan. – É que eu to sobre muita pressão. – Falou Hotch.

— Eu entendo. – Falou Morgan. – E pode não parecer, mas eu também estou assim.

— O que quer que fazíamos ele a seguia por todos os cantos. – Disse Hotchner. – Tem uma foto dela aqui o FBI. – Hotch mostrou a foto. – Sabe como é difícil seguir alguém no FBI sem ser parado por um segurança?

— Está dizendo que é alguém do FBI que está com ela? – Perguntou Morgan.

— Algum ex-funcionário, alguém que perdeu o emprego recentemente, foi rebaixado, sei lá. – Respondeu Hotchner. Ele estava tendo um tempo difícil com tudo isso.

— E nem sabemos como tudo aconteceu. – Falou Morgan.

— Na verdade a gente sabe agora. – Respondeu Rossi. – O segundo relatório da perícia.

— Diga que eles refizeram o caminho dos fatos para a gente ter uma noção. – Pediu Hotchner.

— Reconstruímos os últimos passos da Penelope nesses últimos dias. – Falou Reid surgindo por trás. – Mas eu não acho que você saber será uma boa coisa.

— Ela foi em algum improprio? – Perguntou Hotchner.

— Ela foi a casa da Chefe Strauss. – Respondeu Reid. – O que pode ser considerado um pouco impróprio já que ela estava afastada.

— O que Erin falou sobre isso? – Perguntou Hotchner.

— Elas conversaram sobre o emprego dela. – Respondeu Rossi. – Erin não quis me contar o conteúdo.

Dois dias atrás...

Depois de sair da sala de Hotchner Garcia seguiu diretamente para o elevador. Morgan tentou conversar com ela, mas ela não quis conversa. Ela estava chateada e com razão já que ela nunca deu a entender que era uma traidora.

Antes das portas fecharem ela viu Hotchner passar correndo pelo elevador sem ver que ela estava lá dentro e quando as portas fecharam e ela se viu sozinha lá, ela se apoiou na parede do elevador e deixou algumas lagrimas rolarem sem que o garoto que entrou dois andares abaixo visse que ela estava chorando.

Quando ela chegou ao térreo foi pegar seu carro no estacionamento. Ela queria sair dali o quanto antes. Ela viu Strauss vindo em sua direção já estava apavorada. Imaginava que seria demitida sem nem ao menos uma única chance de defesa.

— Ei. – Gritou Strauss. – Senhorita Garcia. – Ela chegou perto o suficiente para se apoiar no carro. – Pode vir a minha casa amanhã?

— Para que senhora? – Perguntou Penelope. – Assinar minha demissão?

— Se dependesse de mim você já teria sido inocentada. – Respondeu Strauss. – Essas denúncias de que você é uma traidora são ridículas.

— Mas você as apoiou. – Lembrou Garcia.

— Não tive escolha. – Respondeu Strauss. – Eu sei que você não trairia o FBI desse jeito.

— Então porque sugeriu me afastar? – Perguntou Garcia.

— Investigações servem para provar um ponto. – Falou Strauss. – Tanto a inocência quanto uma possível verdade. 

— Eu não traí o FBI. – Falou Penelope. – E nunca trairia o agente Hotchner.

— Eu sei disso. – Falou Strauss. – Venha a minha casa amanhã.

Erin se afastou. Penelope pensou um pouco.

— Será que pode piorar? – Ela ligou o carro e saiu do estacionamento direto para sua casa.

Ela pensou ter ouvido a voz de Morgan antes de sair do estacionamento, mas não voltou nem parou.

Dia seguinte...

Penelope estacionou na frente da casa de Strauss. Ela desceu do carro e pegou sua bolsa rosa e seguiu diretamente. Ela tocou a campainha e esperou.

— Só um minuto. – Erin gritou pela porta antes abrir. – Ah. Oi. Que bom que você veio. – Erin abriu a porta e esperou Penelope começar a entrar. – Pode entrar Srta. Garcia. – Disse Erin quando viu que Penelope ainda estava na porta.

Garcia entrou e acompanhou Strauss pelo corredor da casa elegante.

— Eu herdei essa casa dos meus pais há alguns anos. – Erin sabia o que Penelope tinha vontade de perguntar. – Eu só a decorei do meu jeito.

— Legal. – Penelope apenas disse.

Elas chegaram a um quarto meio escuro da casa no fim do corredor.

— Entre. – Indicou Strauss. – E fique à vontade para se sentar na cadeira ali em frente.

O escritório era meio escuro já que era apenas para trabalho e quando trabalhos e tornasse chato ela ainda poderia dormir num dos sofás vermelhos sangue do local.

— Eu queria apenas esclarecer algumas coisas. – Falou Erin. – Eu fui extremamente grosseira com você ontem, mas eu realmente não acredito que você seja uma traidora.

Penelope não sabia o que dizer. Normalmente trocavam uma ou duas palavras durante um mês inteiro, mas agora ela estava ali frente a frente com a chefe falando tudo o que precisava.

— A investigação vai seguir um curso e se você não nos traiu você será liberada em uma semana. – Falou Erin. – Mas eu queria entender como alguém passou pelo seu sistema sem que você detectasse.

— Tem que ser um Hacker mito bom. – Respondeu Penelope. – Do tipo muito, muito melhor que eu. E tem poucas pessoas capazes de fazer isso.

— O quão bom essa pessoa tem que ser? – Perguntou Erin.

— Alguém que trabalhasse para o FBI teria essa competência. – Respondeu Garcia.

— Excluindo você? – Perguntou Erin.

— Sim. – Respondeu Garcia. – Excluindo eu, apenas alguém que soubesse como invadir meu sistema operacional teria tal acesso.

— Consegue pensar em algumas possibilidades? – Perguntou Erin.

— Não gosto de fazer falsas acusações. – Respondeu Penelope. – Mas talvez Kevin e o analista da unidade de terrorismo conseguissem fazer isso.

— Eu vou mandar investiga-los. – Falou Erin.

— Acredito que Kevin não seja capaz disso. – Falou Penelope.

— Vocês namoraram, certo? – Perguntou Erin.

Penelope ficou sem graça.

— Alguns anos. – Respondeu Penelope. – Nosso termino foi amigável.

— Você classifica assim? – Perguntou Erin.

— O que está insinuando? – Perguntou Penelope.

Erin entregou uma pasta tipo arquivo para Penelope.

— O que é isso? – Perguntou Garcia.

— É a última sessão do Kevin com a terapeuta. – Respondeu Erin.

— E o que eu tenho a ver com isso? – Penelope colocou a pasta em cima da mesa. – Ele desabafou com uma terapeuta. Todo mundo faz isso.

— Ele cita seu nome várias vezes. – Falou Erin. – Várias e várias vezes.

— O que a senhora está dizendo? – Penelope estava ficando nervosa. – Não está sugerindo que Kevin tem algo a ver com tudo isso?

— É exatamente o que eu estou sugerindo. – Falou Erin. – E eu tenho certeza que já o cogitou com um suspeito.

Penelope se levantou e pegou a bolsa que estava no chão a frente dela.

— Achei que viramos falar sobre a investigação. – Disse Garcia. – E não sobre vida pessoal.

Erin levantou e fechou a porta a chave, guardando a mesma em seu bolso.

— Senhora. Pode me demitir se quiser, mas eu quero sair daqui agora. – Penelope forçou a fechadura.

— Qual o seu problema, hein? – Erin parecia mudada de repente. – Se acha melhor porque tem um trabalho que consiste em digitar no computador de uma sala segura e nunca precisa lidar com os bandidos de verdade? – Erin agarrou o pulso de Penelope com força.

— Está me machucando senhora. – Penelope tentou se soltar.

Quando ela conseguiu algo a segurou com força por trás. Ela tentava resistir, mas algo molhado foi colocado na boca dela. Ela tentou resistir, mas a pessoa que a segurava apartou os braços dela de um jeito que ela não conseguia se soltar. Ela não conseguia lutar o suficiente e já estava apagando.  Ela parou de lutar e foi colocada inconsciente em uma maca hospitalar.

— Eu já fiz tudo o que você queria. – Falou Erin. – Agora solte meus filhos.

— Daqui a meia hora eles estarão aqui e se contar para alguém eu volto aqui e dou fim em você e nos seus filhos. – Falou o homem.

— O que vai fazer com ela? – Perguntou Erin.

— Não é da sua conta. – Falou o homem. Ele saiu e levou a maca para fora, onde dois homens vestidos de enfermeiros esperavam. – Cuidem dela, senhores.

Eles a colocaram na van prateada e saíram cantando pneu.

Erin deu um jeito de esconder o carro de Penelope longe o suficiente para não descobrirem onde ele estaria. Ela pegou um taxi com o dinheiro que tinha no bolso e voltou para casa.


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