The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 17
Sr Montolo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748142/chapter/17

A Itália geralmente costumava ser uma lembrança feliz para Chazz Montolo. Desde que o filho Joseph morreu ele havia ficado cada vez com mais raiva daquele país. As horas planejando uma vingança contra o FBI por matar o filho dele excedia o número de tempo matando inimigos.

Quando ele descobriu sobre Penelope Garcia foi rápido bolando um plano para sequestrar a agente. É claro que ele não contava ser preso por assassinato nesse meio tempo.

Então ele conheceu Ariella, uma traficante sexual que teve seu negócio arruinado pelas mesmas pessoas que ele e quando cruzou com Sam que era seu novo advogado as coisas se encaixaram melhores.

Penelope era um alvo de três pessoas ao mesmo tempo e ela nem tinha idéia disso.

Chazz saiu da prisão e voltou para Itália no mesmo dia. A grande casa de quatro quartos o esperava.

Ele entrou e viu Ariella sentada no sofá tomando vinho. Ele sabia que ela tinha conseguido. Ela o acompanhou até o quarto onde o "presente de boas-vindas" o aguardava. Penelope estava deitada com um vestido branco perola, dormindo profundamente com uma IV no braço.

— Ela esperava por você. – Falou Ariella.

— Você fez o que eu pedi? – Perguntou Chazz.

— Sim. – Ariella respondeu com um sorriso. – Ela está pronta para você.

— Eu prefiro que ela esteja acordada para isso. – Falou Chazz.

— Acredite. Ela se comporta muito mais desse jeito do que acordada. – Ironizou Ariella. – Eu recomendo que a deixe dormindo.

— Eu realmente preciso dela acordada. – Falou Chazz. – Dá para sentir melhor.

— Ok. – Falou Ariella pegando uma seringa com um liquido. – Não diga que eu não avisei.

— Vou me lembrar disso. – Falou Chazz.

— Ela deve acordar em quatro minutos. – Falou Ariella depois de dar o liquido. – Boa sorte.

— Eu não preciso de sorte, Ariella. – Disse Chazz. – E você sabe disso.

Ariella deixou o quarto e voltou a seu lugar no sofá. Chazz ficou no quarto com Penelope. Ela lentamente começou a acordar sentindo o desconforto da IV no braço.

— Acho que sabe quem sou eu. – Falou Chazz para Penelope quando ela acordou. – E o que eu realmente quero.

Penelope não falou nada. Ela sabia que havia dado algo errado. E que provavelmente as coisas não iriam melhorar.

— Então você ajudou Ariella a abortar o bebê de Penelope? – Perguntou Hotchner para a suspeita a sua frente.

— Eu não fazia idéia do que porque ela fez isso. – Respondeu Marcy.

— Não foi o que eu perguntei. – Falou Hotch bravo.

— Eu sei. – Falou Marcy.

— Então vai me dizer o porquê? – Perguntou Hotch.

— É assim que eu ganho a vida agente. – Respondeu Marcy. – Fui enfermeira do City Memorial por dois anos até ser demitida por cortes de verbas. Ariella me encontrou online e me recrutou para isso.

— Quem é Ariella? – Perguntou Rossi.

— Minha chefe. – Respondeu Marcy. – E a mulher que sequestrou a agente Garcia.

— Porque ela faria isso? – Perguntou Hotch.

— Ela era dona de um comercio sexual online. – Falou Marcy. – Achei que você sabia sobre ela.

— Ariella está presa desde 2004. – Falou Hotch. – Eu mesmo a joguei lá. Foi um dos primeiros casos de Penelope conosco. Seria impossível ela sair sem a gente saber. 

— Ela saiu há dois anos durante uma visita para a família dela. – Falou Marcy. – No registro oficial ela consta como presa. Graças ao diretor que ela comprou. Ela dá um milhão para o cara em uma conta online de bitcoins.

— Ele vai perder o emprego. – Falou Hotch. – Ele facilitou a saída de uma traficante sexual e ainda dá informações falsas.

— Sem contar a sonegação de impostos. – Falou Rossi.

— É uma parte pequena do que ele realmente vai precisar se preocupar. – Falou Hotch.

— É mesmo. – Concordou Rossi.

— Como Ariella descobriu que Penelope estava grávida? – Perguntou Hotch.

— Ela invadiu o apartamento dela semana passada e encontrou o papel do laboratório na mesa dela. – Falou Marcy. – O cliente dela mandou ela fazer isso. Tirar o bebê e enviar para ele.

— Enviar para onde? – Perguntou Hotch.

— Itália. – Respondeu Marcy. – Ela a enviou para a Itália.

— Porque Itália? – Perguntou Rossi.

— Chazz Montolo pediu que ela fosse mandada para lá. – Respondeu Marcy. – Ele ia sair da cadeia e queria encontrá-la em uma propriedade particular de lá.

— Chazz Montolo? – Hotch quase gritou. – Esse canalha está envolvido nisso tudo?

— Sim. – Respondeu Marcy.

— Obrigado senhorita. Grayes. – Falou Hotch se levantando.

— E eu? – Perguntou Marcy.

— Você vai para a cadeia. – Respondeu Hotch. – Vai ser condenada por fazer um aborto forçado em uma pessoa inconsciente e cumplice de sequestro de uma agente federal. Talvez pegue uns cinco anos e saíra com um aviso de "não seja estúpida" com você.

Marcy olhou triste para Hotch. 

— Mas por um lado não vai ser condenada por assassinato. – Falou Rossi. – O que realmente pode mudar se ela morrer.

— Eu não estou ajudando eles a matarem. – Falou Marcy.

— Não. – Disse Hotch irônico. – Você ajudou a tirar o meu filho. Aposto que ela estava inconsciente quando você o tirou.

— Hotch. – Rossi tentou acalmar o agente. – Quem sabe vamos tomar um café?

— Eu não quero café. – Hotch estava irado com aquilo. – Eu quero minha Penelope aqui comigo e não um psicopata safado. Eu a quero de volta. Essa mulher ajudou a tira-la de mim.

— Eu só ajudei a abortar. – Falou Marcy.

— Só? – Hotch estava sem paciência. – E você só vai para a cadeia.

Marcy se levantou e teve seus pulsos algemados. Hotch se sentou na mesa atordoada.

— Chazz Montolo saiu há uma semana da cadeia e já violou sua condicional. – Falou Rossi.

— Ele orquestrou isso tudo. – Hotch olhou para baixo. – Nem quero pensar o que ele vai fazer com ela.

Penelope estava amarrada a cadeia com braços para trás. Chazz queria mais que uma vingança para seu filho. Ele queria tirar de Hotch o que ele havia perdido.

— Eu sempre soube que atacar a pessoa mais fraca é mais prudente. – Falou Chazz.

— Eu não sou uma pessoa fraca. – Falou Penelope. – Sobrevivi a um tiro, dois sequestros.

— Está certo. – Falou Chazz. – Você definitivamente não é fraca.

— Porque está fazendo isso comigo? – Perguntou Penelope.

— Quero tirar de Aaron Hotchner o que ele tirou de mim. – Respondeu Chazz.

— Ele não matou seu filho. – Falou Penelope.

— Ele prendeu o meu filho. – Falou Chazz. – Ele morreu na frente do agente Morgan e ele não fez nada.

— Você o culpa também? – Perguntou Penelope.

— Culpo sim. – Respondeu Chazz. – E você está aqui por causa dos dois.

— Você manipulou Sam para se vingar de mim. – Falou Penelope.

— Você é uma garota esperta. – Chazz soltou Penelope e a levou para uma das paredes do quarto. – Eu quero me vingar lentamente de você.

Chazz jogou Penelope com força contra a parede a fazendo bater com força. Ela deslizou para baixo quase inconsciente e sangrando com um corte na cabeça. Chazz nem a colocou na cama. A deixou no chão. A medida que ela ia perdendo a consciência ela pensava em Hotch e em Morgan. Ela não os culpava por aquilo. Quando tudo escureceu de vez ela sabia que logo iria acabar. De um jeito ou de outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The replicator." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.