The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 16
Imprisioned.


Notas iniciais do capítulo

Algumas pessoas vão me odiar pela menção ao aborto presente no capitulo, mas lembre-se que ela é uma assassina então tem lógica ela fazer isso. Eu sou contra o aborto. E ela vai pagar no fim.



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Hotch abriu os olhos naquela manhã com um sentimento de culpa por se deixar dormir enquanto Penelope estava deus sabe lá onde. Ele tinha a sensação que a qualquer momento ela iria aparecer no quarto dele depois de dormir no quarto ao lado por causa de alguma discussão chata no trabalho. Ou que ela iria voltar do mercado com morangos e champanhe depois de acordar cedo e buscar no mercado para eles brincarem um pouco depois de Jack sair para a escola.

Mas ela não estava lá. Ele olhou para a mala cor de rosa no chão pronta para a lua de mel em Miami. Praia era a última coisa que eles iriam pensar em ir enquanto estivessem por lá. Eles não eram disso. Queria aproveitar os dias de sol para caminhar de mãos dadas, sentar um banco em alguma pracinha e dar alguns beijos e queriam um tempo de qualquer Insub mal-educado.

Eles não teriam isso. Ele estava no apartamento vazio e precisa encontrá-la. Ele colocou um terno e foi para o escritório. Ele passava pelos corredores e as pessoas o olhavam com pena. Eles já sabiam o que de fato aconteceu. Foram informados em uma chamada geral no começo da manhã pelo diretor. Ele chegou a sala do time e congelou quando viu a foto de Garcia no topo do quadro de vítimas.

— Ela não é uma vítima qualquer. – Pensou Hotch.

— Ei. – Morgan veio por trás. – Você não deveria estar aqui.

— É exatamente onde eu deveria estar. – Falou Hotch. – Eu deveria saber.

— Ninguém sabia que isso iria acontecer. – Falou Morgan. – Não sinta culpa sozinho. Eu deveria ter insistido em ir junto.

— Demorou seis meses para ela se recuperar totalmente das marcas e ainda ficou com uma na perna e mais seis meses para ela sentir segura em casa e no trabalho. – Falou Hotch. – E agora ela vai ter que começar tudo de novo.

— E nós vamos ajudar, Hotch. – Falou Morgan. – Todos nós vamos ajudar ela superar.

— Se ele não a matar antes. – Falou Hotch.

— Ele a tem como garantia que nada acontecerá com ele. – Falou Morgan.

— A gente trabalha com perfis praticamente todos os dias. E nem conseguimos pensar em alguém em especial que queira matá-la em particular. – Falou Hotch.

— Eu poderia escolher alguns poucos que querem matar a mim, ao Reid, ao Rossi e a Blake. Até você e JJ. – Falou Morgan. – Mas não em alguém que queira matar Penelope Garcia.

— Alguns não ficam felizes quando você invade o computador deles. – Falou Hotch.

— Ela quase nem aparece em cenas de crime a não ser que seja necessário. – Retrucou Morgan. – Então eles nem a conhecem.

— Alguém do passado ou alguém que ficou chateado com a gente. – Falou Hotch.

As horas iam passando lentamente. Hotch esteve trancado no escritório por algumas horas dormindo a base de um remédio. Era a única forma de aguentar.

Os outros agentes estavam de fora conversando.

— Acha que devemos contar a ele? – Perguntou JJ.

— Acredito que seremos demitidos. – Falou Rossi.

— Ele precisa saber. – Falou Reid. – Ela ia se casar com ele afinal.

— Uma coisa assim mexeria ainda mais com ele. – Falou Blake. – Aquele surto com o Rossi na cena...

— Eles são tudo um para o outro. – Falou Morgan. – Eu vou contar para ele.

Morgan bateu na porta de Hotch.

— Hotch. Sou eu Morgan. – Morgan abriu a porta da sala de Hotchner. – Estou entrando.

— Morgan. Eu quero ficar sozinho. – Hotch estava no sofá. Provavelmente acordando depois de dormir.

— Eu apenas achei que iria gostar de saber que a Penelope não estava em dúvidas sobre o casamento. – Falou Morgan. – Mas sim sobre o bebê.

Hotch levantou assustado.

— Ela está grávida? – Perguntou Hotch.

— Provavelmente dois meses. – Falou Morgan. – Eu acho que era sobre isso que ela iria te contar. E por isso queria pensar.

— Se eles não sabem sobre a gravidez dela e eles a machucarem...  – Hotch pôs a mão nos lábios. – Malditos sejam.

— Vamos achar ela e trazer ambos em segurança. – Falou Morgan.

— Porque ela não me contou? – Perguntou Hotch em frente a foto de Penelope.

— Acho que ela estava esperando os três meses se completarem. – Falou Morgan.

— É tem razão. – Falou Hotch. – Sem falsas esperanças. É o que ela diria.

Enquanto isso, Penelope acordava em uma cadeira de frente a uma lareira. Ela estava com uma blusa básica e uma calça jeans simples. Nós pés, uma sapatilha dourada a lembrava de quem ela era ainda que a dor de cabeça e o enjoo da gravidez a deixasse mal.  

Um homem forte ficava ao seu lado com uma arma e ela não gostava daquilo.

— Bom dia. – Ela disse num tom meio irônico meio apavorada. – Eu não sei seu nome, mas eu estou de dois meses de gravidez. Então eu estou com fome por duas pessoas.

— A patroa vai chegar em alguns minutos. – Falou o homem. – Se entenda com ela.

— Não me leve a mal, mas acho que você não entendeu que eu estou com um bebê a caminho. – Falou Penelope. – Então eu realmente deveria comer algo.

— E você realmente deveria ficar em silêncio. – Falou o Homem.

— Sequestrada pela terceira vez e ainda grávida. – Falou Penelope. – E se não fosse tudo ainda me negam comida.

O homem saiu e voltou com uma maçã nas mãos.

— Gosta de fruta? – Ele perguntou.

— Serve. – Falou Penelope.

Ela devorou a maça em minutos.

— Realmente estava boa. – Falou Penelope. – Me sinto melhor. Obrigada.

— De nada. – Falou o homem. – Espero nos darmos bem durante esse tempo.

— Eu espero não ficar muito aqui. – Falou Penelope. - Eu acho.

A mulher que ele estava esperando chegou. Praticamente uma female fatale. Ruiva, com pequenas sardas no rosto e um batom vermelho que parava o transito.

— Deixa ela comigo. – Falou Ariella. – Ariella Santana. – A mulher se apresentou. – Você deve ser Penelope. Finalmente estou na sua frente.

— Não sei quem é você ou que quer, mas de algum modo você me conhece. – Falou Penelope.

— Me desculpe. Acho que você e eu nunca fomos realmente apresentadas. – Falou Ariella. – Comando uma rede de tráfico sexual em países como México e Estados Unidos. Eu pensei em ver a mulher que derrubou a rede anos atrás.

— Isso faz muito tempo. – Falou Penelope.

— Demorou mais que deveria. – Retrucou Ariella. – Demoramos a localizar você. Agora trabalhando para o FBI você se tornou o bem mais cobiçado por alguns comerciantes.

— Do que você está falando? – Garcia começou a suar.

— Bem. – Ariella se aproximou de Penelope tocando nos ombros. – Eu coloquei um remedinho nas maças. E esse seu pãozinho vai sair em alguns minutos. Eles pagam pouco por grávidas.

Garcia começou a ficar sem ar e o sangue escorria por suas pernas.

— Meu bebê. – Ela começou a chorar. – Porque está fazendo isso?

— Ele me pagou 1 milhão por você querida. – Disse Ariella. – Para te arrumar, tirar esse pãozinho e te enviar para ele. Levem ela para Marcy. – Ariella fez sinal para alguns homens. – E a deixem pronta para voar para a Itália em uma hora. Façam Marcy dar um remédio para ela dormir durante a viagem.

Penelope foi erguida por dois homens. Ela foi levada a Marcy a "aborteira" oficial de Ariella. Marcy deu um remédio e Penelope foi embarcada como uma paciente que precisava de um transplante na Itália.

— Nunca vou esquecer isso Marcy. – Agradeceu Ariella. – Ela vai se tornar uma pessoa melhor.

— Acha que eles viram atrás dela? – Perguntou Marcy.

— Provavelmente. – Disse Ariella. – Mande isso para quântico para o agente Hotchner. – Ariella passou o pote sangue. – É sangue do bebezinho que eles iriam ter.

— Acho que é muito malvado. – Falou Marcy.

— Ele tem que saber que ele nunca mais ver sua amada. – Ariella estava com raiva.

— Você tem raiva dele, não é? – Perguntou Marcy.

— Eu não. – Respondeu Ariella. – Mas meu cliente tem raiva o suficiente para fazer isso.

— Seu cliente? – Perguntou Marcy.

— Ele tem contatos na Itália que vão prover suas vinganças contra ele. – Respondeu Ariella.

— Posso ao menos saber o nome dele? – Perguntou Marcy.

— Chazz Montolo. – Respondeu Ariella. – Ele está preso. Mas ele vai sair em duas semanas e é o tempo que preciso para acomoda-la no novo lugar.

Marcy ficou assustada. Ela não queria ser cumplice de assassinato. Ela enviou o pote com os restos do bebê para Hotchner com uma escrita no computador.

Hotch pegou a caixa do correio e leu o bilhete: " Aqui jaz um bebezinho inocente, pagando pelo erro dos pais que se preocupam com o seu bem. Eu espero ver você em breve embora não saiba quem eu sou ou porque de eu estar fazendo isso. Seu bebê cabe em um pote."  Hotch pegou o pote de vidro com cuidado. Ele colocou na mesa e deixou o seu corpo cair perto da mesa de café.

— Porque fizeram isso? – Hotch chorava. Jéssica que estava com Jack veio ajuda-lo e se assustou com o pote.

— É o que eu penso? – Perguntou Jéssica.

— Ela a fez abortar. – Falou Hotch.

— Ela quem? – Perguntou Jéssica.

— A pessoa que pegou a Penelope. – Hotch tentava parar com o choro. – Penelope estava com dois meses de gravidez Jéssica.

— Eu achei que fosse algo assim. – Falou Jéssica. – Outro dia que vocês estavam no sofá e vi o jeito que ela estava agindo

— E porque não me disse? – Perguntou Hotch.

— Eu apenas suspeitava. – Respondeu Jéssica. – Acho que deve ligar para David e Morgan antes de tocar naquilo de novo.

— Era o meu bebê. – Falou Hotch. – Não é um aquilo. Era uma vida e que nem nasceu por causa de um babaca que ajudou isso a acontecer.

— Sinto muito. – Falou Jéssica sem jeito.

— Desculpe a mim também. – Falou Hotchner. – Ainda não havia processado a informação que Penelope estava grávida e isso agora aconteceu.

— Acho que você precisa dormir, Aaron. – Falou Jéssica. – Ligue para Rossi e Morgan e peçam que venham pegar. E descanse um pouco. Tem que se manter forte pelo Jack que também está triste.

— Eu vou ligar para Rossi e Morgan. – Hotchner tirou o celular do bolso certo que ele não teria como ser pior.

Eles não estavam desistindo. Eles precisaram de um tempo longe dos escritórios do FBI. Depois de toda a tensão que Reid e a equipe passou no Texas, depois de Reid ser baleado e quase morrer e Penelope atirar em alguém pela primeira vez, eles estavam de volta ao quadro de Vitimologia.

Eles teriam que encontrar um tempo para manter-se sãos ante a aquela situação.

Provavelmente as coisas não ficaram mais fáceis quando Blake resolveu sair no meio daquilo tudo. As pistas esfriaram em um aeroporto pequeno em Roanoke.

Rossi sabia que aquela pista sobre o Brasil queria dizer algo. A mulher do bilhete ficou anônima durante duas semanas.

Quando o caso se tornou nacional e todo mundo finalmente descobriu o verdadeiro motivo para o cancelamento do casamento entre os agentes a mulher se apresentou na sede do FBI.

— Agente Hotchner. Meu nome é Marcy Grayes e eu conheci a senhorita Penelope. – Marcy estava assustada com o agente. – Eu fiz o aborto da sua esposa. – Ela disse com algum receio.

— Sente-se. – Falou Hotch.


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