The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 13
Black Voice.




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Floyd estava numa cama do hospital, cercado de policiais e agentes quando JJ, Morgan e Hotch chegaram. Reid, Rossi, Emily e Blake se ofereceram para ir até lá, mas não foram permitidos. Mais gente poderia assusta-lo então concordaram em ficar na BAU.

A fúria que se lia no olhar de Hotch quando ele viu o homem na cama era evidente. Ele queria estrangula-lo, mas tinha que se conter até saber uma localização segura de Penelope.

Antes de qualquer coisa o médico que cuidava de Floyd os instruiu de que deveriam ser rápidos. Ele podia ser um assassino, mas estava sob cuidados dele. Ele fez um juramento e nunca compactuava com os atos de Floyd.

— Esperava vê-los em breve. – Falou Floyd. – Eu só não queria que fosse desse jeito.

— Eu queria te dar um soco agora. – Falou Hotch diante da provocação.

— Ela estava toda quebrada quando eu saí de lá. – Falou Floyd. – Ele a torturou tanto que ela praticamente estava inconsciente a maior parte do tempo.

Hotch sentiu seu sangue subir. Ele deu um suspiro fundo.

— Para o seu bem eu espero que ela esteja bem. – Falou Hotch. – Se ela morrer você vai para um crematório. E vivo. – Ameaçou Hotch.

— Não deixe que seus sentimentos o dominem, agente. – Provocou Floyd. – Quando isso tudo acabar você vai poder dar o descanso que ela merece e colocar uma frase linda na lapide dela.

— Eu vou colocar uma também na sua. – Falou Hotch. – Morreu sendo o covarde que sempre foi. E foi se encontrar com seu amigo nas profundezas do inferno.

— Eu pensei em algo do tipo: Morreu se vingando daqueles que o prejudicaram e fazendo seu dever. – Retrucou Floyd.

— Onde afinal ela está, Floyd? – Perguntou Morgan.

— Está com Sam. – Respondeu Floyd. – Ele cuida dela tão bem. Ele nem me deixou tirar uma fatia dela. Aposto que ela é deliciosa.

Morgan fechou os punhos depois de ouvir aquilo.

— Ninguém fala assim da Baby Girl. – Ele pensou. Ele pensou em outras formas de matar Floyd todas dolorosas.

— Por isso ele te esfaqueou? – Perguntou JJ.

— Ele disse que pendurar ela como um pedaço de carne e bater nas costas dela até ela desmaiar seria melhor que cortar pedaços da carne dela. – Respondeu Floyd. – Eu peguei a faca e tentei cortar e ele tirou da minha mão e me atacou.

— E como chegou aqui? – Perguntou Hotch.

— Ele me levou. – Respondeu Floyd.

— Ele a deixou sozinha? – Perguntou Hotch.

— Do jeito que ela estava ela não conseguiria nem dar um passo na frente, mas ele a deixou com Samuel e Nick. – Respondeu Floyd.

— E quem são esses? – Perguntou Morgan.

— Seus capangas. – Respondeu Floyd. – É uma coisa de louco o que 100 mil faz com uma pessoa.

— Ele está quebrado. – Retrucou Hotch. – Todas as contas foram fechadas. As dos parentes foram examinadas e estão monitoradas. Se ele retirasse algum dinheiro a gente saberia.

— E vocês ainda se consideram perfiladores. – Floyd falou com ironia. – Você sabe a maravilha de poder ser quem você quiser antes de estar no radar do FBI.

— Ele tinha uma conta secreta. – Hotch percebeu ficando incrivelmente aborrecido.

— Ele usou um nome bem maluco, mas bom o suficiente para ter como abrir a conta. – Falou Floyd.

— Qual é? – Perguntou Hotch.

— Edward Shaw. – Respondeu Floyd. – Mas ele retirou todo o dinheiro e encerrou ela quando fugimos semana passada.

— Estávamos vigiando há uma semana. – Retrucou Hotch. – Não haveria jeito dele fazer isso.

— Ele mandou alguém no lugar dele. – Falou Floyd.

— Onde eles estão? – Hotch estava nervoso.

— Ele a levou para um lugar que eles chamam de cemitério. – Respondeu Floyd. – É porque qualquer um que entra só deixa aquele lugar se for num carro do legista.

— Ela não vai deixar aquele lugar numa van do IML. – Respondeu Hotch. – Ela pode ficar internada nesse hospital, mas ela vai se recuperar e ser feliz.

— Boa sorte. – Falou Floyd irônico. – Só não se assuste quando a virem.

Hotch, JJ e Morgan foram para a BAU antes de ir para lá. Hotch desejou que eles pudessem ter levados suas armas com ele o que foram impedidos por Mateo.

Rossi, Reid, Emily e Blake se juntaram aos agentes no resgate.

— Fiquem atentos. – Falou Hotch quando as duas SUV's estavam a caminho. – Aquele lugar é conhecido como cemitério por motivos óbvios. Então sempre fiquem em duplas ou trios.

— E sempre mantenham suas armas engatilhadas. – Completou Morgan.

— E seus coletes. – Falou Rossi. – E assim que virem alguém apontando para vocês, atirem.

— Nossa prioridade é trazer Penelope com vida para casa e leva-la ao hospital mais próximo. – Falou Hotch. – Se o que Floyd disse sobre ela estar inconsciente for verdade precisaremos acelerar com ela ao hospital. – Aquelas palavras machucaram a todos.

Eles chegaram ao bairro. Era um lugar horrível, cheio de cruzes nas beiras. Elas representavam as pessoas mortas no bairro.

Penelope estava tentando achar algum ar enquanto ficava parada na maca, toda machucada. Ela entrava e saia da consciência mais vezes que conseguia contar. O braço direito com certeza estava quebrado e a perna tinha um corte que a fazia tremer de dor. Os dois capangas do lado a fazia ficar com medo. Ela não tinha certeza do que realmente havia acontecido.

Ela se lembrava de estar acorrentada e depois ter a cabeça mergulhada em água fria em uma espécie de banheira e do grito que ela deu quando a água finalmente chegou aos pulmões queimando. Ela conseguia ouvir os risos de Sam enquanto ela se debatia durante os choques que ela dava.

Ela não podia desistir. Ela sabia que alguma hora seus amigos iriam achar ela. Ela estava cansada e quando ela estava consciente ela pensava em Hotch e que realmente sentia uma paixão pelo seu chefe. Ela se lembrou da noite de amor dos dois e de como isso a fez feliz naquele momento.

Ela se lembrou do sonho que teve com a bebezinha deitada no berço que era fruto dela e de Hotch e de como ela desejava que aquilo se realizasse e virasse verdade. Ela podia ouvir a voz de Morgan falando suas besteirinhas quando ela atendia o telefone ou de Rossi a convidando para tomar uísque na casa dele. Ela se lembrou de quando Emily encenou sua morte para se salvar de Doyle e de como ela queria continuando a conversar com ela e combinar outra festa de garotas.

Lembrou de como JJ a nomeou madrinha de Henry depois de Penelope a ajudar quando ela estava prestes a dar à luz e de como ela percebeu que estava na hora, quando Jordan nem desconfiava daquilo. De quando JJ teve que sair para assumir um cargo no pentágono e de como isso a machucou.

Lembrou das convenções Nerds com Reid.  De como o jeito estranho dela a fazia se sentir protegida meio que sem querer. Lembrou até do tiro que ela levou e de absolutamente tudo que aconteceu. A saída de Gideon e de Morgan preso por assassinato.

Ela lembrou de respirar e aguentar mais um pouco. Ela podia sentir que eles estavam chegando quando olhou pela janela e viu os dois SUV's do Governo estacionando na porta de uma das casas. E ela desejou conseguir gritar para eles para saberem que ela estava lá. A garganta doía então ela só poderia esperar. Ela viu quando Hotch olhou pela janela da casa em que estavam e percebeu que ela o estava olhando através da janela onde a maca alcançava. E ela o viu sussurrando um "Eu estou chegando."

Quando ele sumiu ela fechou os olhos desejando só acordar em um hospital protegida.

Sam estava na outra sala quando Samuel e Nick disseram que não desejavam morrer e que eles estavam indo embora. Sam apenas puxou uma arma e deu um tiro em cada homem. Eles nem conseguiram puxar as próprias armas quando caíram no chão mortos com um tiro no estomago. Sam disse para si mesmo que não iria voltar para a cadeia pegou a arma e apontou para Penelope quando a porta veio a baixo.

— Solte a arma Sam. – Falou Hotch apontando a arma para ele.

Os outros agentes fizeram o mesmo.

— Eu não vou voltar para a cadeia. – Falou Sam. – Ela merece morrer.

— Ela nunca te traiu. – Falou Hotch.

— Ela ficou com outros caras e me descartou como se eu fosse um saco de lixo. – Falou Sam. – Ela merece pagar.

— Então todo mundo que trai merece morrer? – Perguntou Rossi. – Não iria sobrar ninguém se fosse desse jeito.

— Seria um mundo justo. – Falou Sam. – Só os escolhidos.

— Seria um mundo chato. – Falou Reid. – Cientificamente as pessoas sempre acabam sendo traídos e traindo.

— Não preciso de informações técnicas. – Retrucou Sam.

— São cientificas. – Falou Reid. – Há uma diferença.

— Para mim não. – Retrucou Sam ainda apontando a arma para Penelope.

Ela estava inconsciente outra vez. Hotch desejava que ela estivesse dormindo apenas.

— O que você fez com ela? – Perguntou Morgan.

— Eu a puni.  Respondeu Sam. – Do jeito que ela precisava.  Mas não consegui chegar na conjunção carnal. – Ele estava decepcionado por aquilo. – O que é uma pena.

— Solte a arma Sam. – Mandou Hotchner. – Solte e você vai para a cadeia.

— EU NÃO VOLTO PARA A CADEIA! – Gritou Sam engatilhando a arma para Penelope. – Eu vou leva-la junto.

Um tiro ecoou pela sala quando as luzes que mantinham o local iluminado apagaram.


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