The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 14
Disaster Flower




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Penelope acordou na emergência do hospital. Ela não tinha certeza do que havia acontecido naquele lugar. Ela tinha certeza de que alguém havia morrido naquele confronto e não tinha certeza se sua equipe estava segura ou se....

Ela parou de pensar ali. Ela estava segura no hospital. Provavelmente nada mais iria acontecer. Ela olhou para a sua IV e para o soro que pingava a cada gota pequena. Ela olhou para o lado e viu Hotch dormindo ao seu lado. A quanto tempo ela estaria ali nessa cama? Há quanto tempo ele estaria ao lado dela, esperando que ela acordasse?

Rossi entrou e viu que Penelope estava acordada e deu um sorriso.

— Que bom que acordou. – Falou Rossi. – Como se sente?

— Uma merda. – Ela respondeu.

— Considerando tudo o que passou estou feliz que tenha acordado. – Falou Rossi. – Ele nunca saiu daqui. – Falou Rossi apontando para Hotch dormindo no sofá.

— O que aconteceu? – Perguntou Penelope confusa. – Como eu vim parar aqui afinal?

— Você não se lembra? – Perguntou Rossi se aproximando. – De nada?

— Só lembro de estar na minha casa e uns homens me pegarem. – Respondeu Penelope.

— Bem. – Falou Rossi. – Eu acho que certas coisas são melhores esquecer.

— Eu quero lembrar. – Falou Penelope. – Senão. Que tipo de testemunha eu vou ser?

— Penelope você não será testemunha. – Respondeu Rossi. – Não há nada para testemunhar, ninguém para culpar.

— Do que está falando? – Perguntou Penelope. – Sam. Eu quero testemunhar contra Sam.

Rossi ficou triste de repente. Ele não sabia como dar aquela noticia e de como ela reagiria. Por sorte, Hotch acordou naquela hora.

— Dave. Porque não me acordou e disse que ela estava acordada? – Hotch se aproximou de Penelope. – Fico feliz em ver seus olhos.

— Do que ele está falando? – Perguntou Penelope. – E o que ele quis dizer com "ninguém para culpar"?

— Sam está morto, Penelope. – Respondeu Hotchner.

Penelope ficou chocada. Lágrimas de alivio correram pelo rosto.

— Como isso aconteceu? – Ela perguntou. – Eu tenho, eu preciso saber.

— Isso faz quase uma semana, querida. – Respondeu Hotch.

— Uma semana? – Ela ficou assustada. – Eu dormi uma semana?

— Seu corpo precisava se recuperar. – Respondeu Hotch.

— Como ele morreu? – Perguntou Penelope.

— Quer realmente passar por isso? – Perguntou Hotch.

— Eu preciso disso para continuar em frente. – Falou Penelope.

— Se te fizer se sentir melhor então eu te conto. – Respondeu Hotch. – Mas vou segurar sua mão.

Uma semana antes...

— Solte a arma Sam. – Mandou Hotchner. – Solte e você vai para a  cadeia.

— EU NÃO VOLTO PARA A CADEIA! – Gritou Sam engatilhando a arma para Penelope. – Eu vou leva-la junto.

Um tiro ecoou pela sala quando as luzes que mantinham o local iluminado apagaram.

Hotch, Rossi e Morgan foram os primeiros a acordar depois do tiro. Seus olhos conseguiram achar o interruptor de luz. Sam estava morto no chão com a arma na mão, caído consideravelmente ao lado da maca onde Penelope estava deitada inconsciente.

Hotch e Rossi se aproximaram de Penelope checando seus sinais vitais enquanto Morgan checou Sam mesmo sabendo que estava morto. O tiro na testa colaborava com isso.

— Morto. – Disse Morgan. – E ela?

— O pulso está fraco, mas ela vai ficar bem. – Respondeu Rossi. – Algum dia.

— Ela está toda...  Toda quebrada. – Falou Hotch para a mulher a sua frente. – Ele acabou com ela.

— Ela vai ficar bem. – Falou Reid chegando perto. – Vejo um braço quebrado, um corte na perna e algumas costelas quebradas. As costas devem estar com feridas e os pulsos estão com marcas de furos.

Hotchner, Rossi e Morgan olharam para ele.

— Eu não vejo como isso iria acontecer. – Falou Morgan.

— Tudo isso que eu disse tem jeito. – Falou Reid. – Dá para curar.

— Ele disse que não a violentou. – Hotch falou Triste.

— Vamos pedir um exame completo. – Falou Rossi.

— Uma ambulância vai chegar aqui em dez minutos. – Falou JJ. – Deveríamos tentar estabiliza-la até a chegada deles.

— Talvez se pedirmos para ela abrir os olhos. – Falou Reid.

— Eu acho que ela tem que ficar dormindo. – Falou Morgan. – Ela precisa de um descanso.

— Ela sabe que estamos aqui. – Falou Hotch. – Quando ela nos viu cegando e a gente estava na casa em frente à janela. Ela olhou para mim.

— E quanto a eles? – Perguntou Emily.

— São os capangas que ele contratou. – Hotch falou. – Eles acabaram mortos e com 100 mil na conta.

— Para quem esse dinheiro vai ficar? – Perguntou Morgan. – Agora que eles e Sam estão mortos?

— Não é da nossa conta. – Respondeu Hotch. – Nossa prioridade é manda-la para o hospital.

— Quem deu o tiro? – Perguntou Emily.

— Hotch. – Respondeu Rossi. – Ele apontou a arma para Penelope então ele deu um tiro bem na cabeça dele.

— Belo tiro. – Falou Blake.

— Acertou onde estava mirando. – Falou Reid. – Hotch nunca erraria.

A ambulância finalmente chegou e Penelope foi colocada em uma maca completamente diferente da que ela estava. Hotch foi ao seu pouco se importando o que os outros pensavam dele. Pouco se importando com Mateo que teve seu cargo efetivado e queria ser informado. 

— Então Strauss foi demitida no final das contas? – Perguntou Emily.

— Eles não viram bem ela ter ajudado no sequestro de Penelope. – Respondeu Reid. – Ela não foi processada criminalmente.

— Eles a deixaram livre? – Perguntou Emily.

— Ela tem uma audiência para discutir o futuro fora da prisão. – Respondeu David. – Mas acho que ela enlouqueceria alguém lá na prisão se fosse presa.

Reid, Emily e Blake riram. JJ fez algumas ligações para garantir que teriam guardas esperando Penelope quando ela chegasse ao hospital e fosse levada direto para atendimento prioritário. Hotch estava na ambulância vendo o trabalho dos enfermeiros tentando de alguma forma estabiliza-la e o medo de piorar as lesões aparentes.

Eles chegaram ao hospital alguns minutos depois e levaram ela diretamente para uma sala cirúrgica. Ela precisaria disso para reparar o braço quebrado e limpar a ferida em sua perna. Quando David chegou ao hospital ele viu nos olhos de Hotchner o medo de perder Penelope por causa de um maldito psicopata.

Duas horas depois o médico finalmente deu uma posição sobre o estado de Penelope.

— Tem certeza que ela ficou com ele só quatro dias? – Perguntou o médico surpreso.

— Absoluta. – Respondeu Hotch.

— Para ela ficar desse jeito ele teve um certo trabalho eu diria. – Falou o médico escolhendo palavra por palavra.

— Ela vai ficar bem, não vai? – Perguntou JJ.

— - É exatamente por isso que eu estou aqui. – Falou o médico. – Preciso pedir uma coisa. Não é exatamente legal aos olhos da lei.

— Eu posso decidir. – Falou Hotchner tomando a frente.

— Ela precisa de um tempo para curar. – Começou o médico. – Eu queria que ela permanecesse uma semana em coma induzido e ela poderia curar mais rápida.

Hotch e Rossi se olharam.

— Ela vai ficar bem depois disso? -  Perguntou Hotchner.

— Provavelmente sim. – Respondeu o médico.

— E não tem nenhum risco? – Perguntou Rossi.

— Acho que só tem pros. – Falou o médico. – Com ela dormindo o corpo se cura mais rápido e a gente pode fazer os exames que faltam. 

— Faça. – Falou Hotchner. – Eu lhe autorizo. Acho que ela vai me odiar por isso, mas ela precisa descansar e melhorar.

— Então eu vou fazer. – Falou o médico. - Eu vim aqui também para informar o tamanho das lesões dela. Apesar de ela parecer mais quebrada do que realmente ela estava, apenas o braço estava realmente quebrado. O corte na perna foi limpo e fechado com gaze, o braço foi consertado com pinos e ela vai precisar de reabilitação para ter a mobilidade de antes. As costas exigem um cuidado maior por causa das marcas de chicote, mas elas vão curar gradativamente.

— Então ela não estava tão mal assim. – Falou Hotch. – Quando poderemos vê-la?

— Depois que a colocarmos em sedação um de vocês vai ser autorizado a ficar no quarto com ela enquanto os outros só podem ficar de visita. – Respondeu o médico.

— Ela está ainda correndo perigo. – Falou Hotch. - Então é preciso alguém com uma arma.

  - Você é um agente do FBI então tem permissão de usar uma arma. – Respondeu o médico. – Então quem vai ficar com ela?

— Eu. – Respondeu Hotchner. – Eu fico com ela.

Os outros se olharam.

— Nós nos revezamos em cuidar dela. – Falou Rossi. – Um dia para cada um.

— Está certo. – Falou o médico.

Hotch sentiu o olhar dos outros agentes para ele. Ele sabia que teria que explicar em certo momento o que sentia.

Presente...

— Então eu fiquei uma semana em coma? – Perguntou Penelope. – Perdi muita coisa nesse tempo?

— Emily ficou uma noite com você, mas teve que voltar para a INTERPOL. – Respondeu Hotchner. – Ela prometeu ficar um tempo por aqui quando você se recuperar.

— E como eu estou? – Penelope teve receio em perguntar.

— Fisicamente você está se recuperando bem. – Respondeu Hotch. – Fizeram teste de estupro e ele felizmente veio negativo para qualquer contato.

Penelope respirou fundo.

— Pelo menos isso. – Ela falou.

— Seu braço está melhor, mas vai precisar de reabilitação para mexer com o mesmo movimento de antes. – Falou Hotch. – Suas costas curaram e seus pulsos estão curando gradativamente. Os furos foram muito fundo então eles esperam que você precise fazer uma pequena cirurgia para reparar o tecido machucado.

— Eu vou voltar a ser mesma? – Perguntou Penelope.

— Sim. – Respondeu Hotch. – Esqueci de mencionar o corte na sua perna. Ele vai curar com algum atraso porque a lamina não cortou regular. Algumas áreas são profundas e outras rasas.

— Eu não me lembro do que ele fez. – Falou Penelope.

— Acho melhor que não lembre. – Falou Rossi. – Para o seu bem.

— Porque? – Perguntou Penelope.

— Ele filmou tudo o que fez. – Respondeu Rossi. – Entregamos as fitas para o conselho de apuração. Eles não vão nos deixar ver.

— Então é melhor eu não ver? – Perguntou Penelope.

— Vamos deixar isso para lá agora. – Falou Hotch. – Eu tenho algo para perguntar.

A caixa de anel no bolso de Hotch foi pega cuidadosamente.

— Penelope Garcia. – Começou Hotch. – Depois de tudo o que você passou eu não poderia esperar mais então... – Hotch abriu a caixa revelando o anel. – Você aceita se casar comigo e me deixar te proteger de todos os perigos dessa vida daqui até o fim?


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