Dinastia escrita por May Prince


Capítulo 4
Capítulo 3




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Foi muito lindo te ver pela primeira vez e pensar, sem palavras: eu quero.

Caio Fernando Abreu

 

POV Príncipe Oliver 

Escrevi para os meus pais dizendo sobre a proposta de casamento e enviei John Diggle  de volta a Inglaterra. Ele saberia argumentar a favor desse casamento e eu acredito que nem papai nem mamãe se oporiam, eles queriam a Escócia tanto quanto eu.

Um dia tudo isso era meu, então quanto mais terras eu conquistar, mas poder terei quando for minha vez de assumir o trono.

Me casar com Felicity, rainha dos escoceses não seria uma má ideia. Todos diziam que ela era tão bela como nenhuma outra, e que era bondosa e justa. Pena que no mundo que eu vivo, os bons e os justos são os que vivem menos... Eu me casando com Felicity e tendo herdeiros, minha família não seria os próximos na linha de sucessão. Mas se a minha querida prima de 2º grau morresse em um acidente sem deixar um herdeiro legítimo, Moira e Robert Queen assumiriam e poder, e mais tarde eu governaria toda a ilha. Eu e Laurel Lance.

Era o plano perfeito. Eu espero que a minha doce e deliciosa noiva concorde em esperar mais um pouco pelo nosso casamento.

— Alteza – Slade chamou enquanto eu treinava com meu arco e flecha. Já era noite e eu precisava ter meus sentidos aguçados no escuro – Soube que o baile da rainha mãe amanhã será a fantasia

— John iria comigo – mirei em uma coruja em cima dos galhos que tinha os olhos brilhando na escuridão – Agora você irá – soltei a flecha e apenas escutei o barulho do animal sem vida caindo no chão

— Com que roupa, garoto? – suspirou

— Você irá de príncipe herdeiro e eu de soldado – guardei meu arco e as flechas na caixa – Me arrume um tapa olho, não posso ser reconhecido por Thomas Merlyn

— Mas ele me viu, garoto. Achará que é um ataque ao castelo.

— Não – sorri com a minha ideia idiota – Escreverei um recado a próprio punho dizendo que você estará lá em sinal de paz.

— Tudo bem

— Agora vamos nos recolher.

— Irá para a casa da escocesa morena?

— Claro – sorri malicioso – Será uma noite e tanto

(...)

POV Rainha Felicity 

Acordei com os barulhos de correria no castelo e do eu quarto dava para escutar a gritaria de mamãe com os empregados no pátio.

— Minha rainha – escutei uma voz vindo da porta

Me levantei rapidamente, nada gracioso como uma rainha deve ser, passei a mão pela camisola longa de linho branca e me apressei em abrir a porta.

— Sim – sorri ao ver que era Cait na porta com uma bandeja – Não me chame assim.

— Mas a senhora é minha rainha e eu tenho orgulho de te chamar assim – sorriu entrando. Ela carregava uma bandeja com um maravilhoso de jejum. – Vim trazer-lhe o café da manhã na cama, pois esse castelo está uma louca

Sorri e caminhei até ela pegando um pedaço da maçã fatiada, ela depositou a bandeja na cama e sentou ao lado, me sentei do outro.

— Mamãe consegue ser um furacão quer não é? – beberiquei o suco – Acordei com seus gritos.

— Tommy está sofrendo carregando coisas para lá e para cá.

— Desde quando  se importa tanto com meu irmão? – levantei uma sobrancelha e ela ruborizou – É ele!

— O que? Não!

— Ele é o homem misterioso – bati palmas – Você é minha cunhada – gargalhei – Falei que descobriria

— Felicity, não é! – bufou – Acredite

— Acreditar em que? – Patty falou entrando no quarto acompanhada das outras duas.

— O homem... – comecei, mas Cait voou em tapando a minha boca

— Deixe Lissy falar – Iris colocou as mãos na cintura

— Ela pode te jogar no calabouço porque está fazendo isso – Jesse riu

Assenti olhando para Cait que ainda tapava a minha boca.

— Pois jogue – falou me olhando suplicante.

Entendi que ela queria segredo e eu guardaria, mas eu estava me divertindo com aquilo tudo. Levantei mais braços em rendição e com um ultimo olhar de repreensão ela me soltou.

— O que foi isso? – Iris perguntou

— Felicity estava propensa a aceitar o casamento com o Príncipe Queen.

— Estava? – franzi o cenho

— Estava. E eu não gostei do que ela disse.

— E então você atacou ela? – Patty perguntou

— Foi – sorriu amarelo

(...)

Olhei meu reflexo no enorme espelho em meu quarto, eu não parecia uma rainha e sim uma simples Lady arrumada para um baile. Ótimo! Essa era a intenção de bailes à fantasia... Ofuscar nossa identidade.

O vestido rosa bebê caiu perfeitamente combinando com o arco e flecha pintados de rosa e uma tiara de flores no alto da cabeça. Meu cabelo estava em longos cachos caindo pelas minhas costas. 

Eu estava bela e nada extravagante.

Assustei-me quando as portas do meu quarto se abriram num rompante e uma Rainha Má entrou fazendo careta para a minha roupa.

— Felicity, eu separei sua fantasia de Branca de Neve para combinar com a minha, aquela caixa de roupas era para as ladys.

— Mamãe, aquele vestido amarelo com capa era muito extravagante. Esse é o vestido que a senhora me deu em meu aniversário.

— Ninguém reconhecerá a rainha.

— Ótimo – sorri – Não vai usar máscara?

— Não quero que ninguém confunda a aniversariante, já vão confundir a rainha... Querida, coloque uma roupa a sua altura.

— É um baile à fantasia e eu estou perfeita para o tema.

Ela estava linda em um vestido roxo escuro com detalhes de renda preta, no alto da cabeça suas madeixas loiras presas em um coque digno de uma rainha.

— Tudo bem! – bufou - Vamos, minha filha, deve chegar junto comigo – esticou a mão para que eu pegasse e assim eu fiz – Você e seu irmão.

Andamos pelos corredores iluminados por velas e guardas a cara virada nos fazia reverência, paramos nos grandes portões do salão e olhei para minha mãe.

— Mãe?

— Sim, querida – me olhou sorrindo

— Não te desejei feliz aniversário como devia...

— Rainhas não devem se preocupar com esses pequenos detalhes e...

— Não – sorri – Antes de ser rainha sou sua filha – ela olhou em meus olhos, azuis idênticos – Obrigada por tudo que fez por mim, todos os sacrifícios e ensinamentos. Sei que não foi fácil sem o papai e...

— Meu amor – tocou meu rosto – Eu não sou o ótimo exemplo de mãe e não fui de esposa também. Mas quero que saiba que o meu amor por você é o mais puro e mais sincero que existe, por você e por seu irmão.

— Eu te amo, mamãe – a abracei

— Oh, minha princesinha – beijou minha testa – Minha rainhazinha – riu – Eu também te amo. – me apertou

— Eu posso dizer que amo as duas? – Tommy surgiu atrás de nós e nos abraçou, ele estava lindo. Vestia uma roupa completamente azul, tinha uma orelha de elfo falsa – como ele fez isso? - , um cajado e uma máscara branca.

Jokul Frosti, e Cait iria de Rainha do Gelo... Interessante!

— O que? – ele me olhou e eu apenas sorri

— Meus bebês estão aqui – esticou os braços, coloquei a máscara e me enlacei em um braço dela e Tommy no outro – Que comece a grande festa!

(...)

POV Príncipe Oliver 

Ajeite a adaga escondida em meu sapato e subi no cavalo em direção ao castelo. Se eu tivesse uma oportunidade única de matar a rainha, hoje eu o faria.

— Vamos, garoto! – Slade estava hilário com as minhas roupas apertadas e uma coroa na cabeça. – Para de rir de mim – bufou

— Você se olhou no espelho?

— E aqui por acaso tem isso?

Dei uma ultima olhada nele e gargalhei, Slade revirou os olhos e deu a partida em seu cavalo, o segui.

Aquele tapa olho incomodava como o inferno, como ele conseguia usar isso sempre?

O caminho a residência da real foi rápida e silenciosa, o Palácio de Holyroodhouse não ficava tão longe da vila.

O castelo de Hampton Court onde eu morava era bem mais extravagante e belo comparado ao escocês. Eles gostavam de tradição e nós ingleses de inovação.

Quando chegamos passamos rapidamente pela guarda, ninguém checava nomes ali. Isso era bom.

Os nobres escoceses transitavam pelo enorme salão de máscaras, seria impossível reconhecer a rainha, uma vez que nunca a vi pessoalmente. Teria que esperar ela se pronunciar ou então perguntar a alguém.

Donna sabia dar um baile, o salão estava bem iluminado, panos coloridos estavam pendurados no teto, lustrem bem lapidados e carregados de velas. Uma musica tocava e casais dançavam.

— Se enturme, Slade. Descubra qual dela é a rainha – falei e ele foi conversar com uma donzela que o encarava desde que chegamos.

Rodei o salão e uma moça morena vestida de deusa nórdica me parou.

— Você não é daqui. – falou cruzando os braços

— Como pode ter tanta certeza? – sorri galante

— Você não está interagindo com ninguém.

— Estou interagindo com você – pisquei, mas aí lembrei que não teria nenhum charme porque um dos meus olhos estavam tampados.

— Muito engraçado. – ela riu – De onde você é?

— Da Inglaterra – falei e ela arregalou os olhos – Não se preocupe, não apresento ameaça nenhuma.

— Não é isso que suas roupas dizem – me olhou de cima abaixo

— A sua diz que você tem asas

— Por essa noite eu tenho – piscou. Ok! A escocesa estava me cortejando. Me senti uma donzela – Como se chama?

Se eu disser que sou Oliver Queen, eu revelaria quem sou e com certeza morreria, pois estava em minoria. Meu nome do meio era pouco conhecido...

— Sou Wilson, Jonas Wilson. – sorri

— Então, Jonas Wilson, que tal me tirar para um dança?

— Eu adoraria – a puxei para mim e fui em direção a pista de dança com ela.

Era uma típica dana de troca de pares. Porem a deusa nórdica se recusava em sair de meus braços e eu estava gostando disso.

— A deusa ainda não me disse seu nome. – sussurrei em seu ouvido

— Sou Jesse Wells, uma das Ladys da Rainha Felicity.

As forças divinas estavam ao meu favor!

— E onde ela está? - Perguntei

— Ela é a de arco e flecha dançando. – procurei e achei duas loiras, uma loira com um vestido vermelho extravagante, típico da realeza e outra mais simples. Com certeza o meu alvo era a de vermelho.  

— Ela está muito bela. – falei.

Uma pena que irá morrer.

A dança continuou e então a troca de pares aconteceu novamente – dessa vez fiz questão de trocar, queria dançar com a rainha dos escoceses - ela estava na ponta e eu na outra. Três lindas donzelas passaram por mim até que uma – a outra de arco e flecha – parou na minha frente e eu esqueci completamente o que eu estava fazendo ali só de olhar para seus olhos azuis profundos e brilhosos. Minha mente apenas pensou no quanto eu a queria, não no sentido ruim. Eu a queria para mim.

— Não vai dançar? – perguntou com doçura. Eu nem tinha percebido que parei.

— Desculpe – sorri.

O que estava acontecendo? Eu nunca me desculpava.

A puxei para mim e senti um choque passar por meu corpo e meu coração acelerar. Tudo efeito de uma desconhecida sobre mim. Teria como fazer essa sensação passar?

— Porque me olha com essa cara? – sorriu. Um sorriso perfeito, um sorriso que combina perfeitamente com a sua boca carnuda.

— Sua beleza é algo para ser admirado. – falei

— Obrigada – falou ruborizando e abaixando a cabeça, isso a deixou ainda mais encantadora – Eu vi quando você chegou, você não é daqui.

— Isso não foi uma pergunta.

— Não... Eu conheço meu povo, não se porta como um escocês.

— Porque eu não sou – olhei no fundo de seus olhos azuis – Sou inglês – de imediato ela parou de dançar e me olhou assustada. – Sou inglês mas não lhe causarei mal algum, não a você.

Realmente, eu não causaria mal nenhum a ela. Mas já a rainha dela...

— Você promete?

— Dou a minha palavra – sorri e a puxei para mim novamente.

— Você não me falou seu nome.

— Nem você o seu – retruquei - Sou Jonas Wilson, vim com meu irmão Slade Wilson.

— Jonas... – sorriu – Eu sou... – parou por um segundo e suspirou – Sou Megan, Lady Megan Merlyn.

— Merlyn? Seu irmão é Thomas Merlyn? Você é irmã da rainha?

— Sim e Não – sorriu – Rebecca Merlyn é minha mãe, falecida esposa de Malcom Merlyn.

— Prazer em conhecê-la, Lady Megan. – troquei de par sem vontade alguma, queria dançar com Megan. Queria Megan para mim.

Ela tinha um sorriso tão singelo e puro. Seu sorriso e sua voz ficaram em minha mente. Eu lhe roubaria outra dança, ou até mesmo um beijo.

Antes que a rainha da escócia pudesse chegar em meus braços a música mudou. Uma música típica escocesa. Uma roda foi feita e 5 damas foram para o meio. Uma delas foi a rainha, outra era Jesse, mais duas belas moças e por fim Megan.

Eu só sabia admirar sua beleza. E a cada movimento que fazia, ela me lançava um sorriso e encarava meus olhos. Eu lhe lançava um sorriso a altura.

— Tem um fiapo de baba escorrendo, alteza – Slade falou ao meu lado.

— Aqui sou Jonas Wilson, seu irmão.

— Foi isso que falou para a bela jovem de vestido rosa para a qual você não para de olhar, e vice-versa?

— Foi – sorri – E ela vai ser minha.


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Notas finais do capítulo

Todos lembram as fantasias das meninas? Patty era a cupido, ela disse que iria com um vestido vermelho. O que será que vai acontecer com ela ein?

Me deem o feedback. O próximo cap vai ser mais Olicity. Juro que vai ter beijo. Comenteeeeeeeeeeem! ♥



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