Dinastia escrita por May Prince


Capítulo 2
Capítulo 1




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EXISTE UM TEMPO CERTO PARA CADA COISA, MOMENTO OPORTUNO PARA CADA PROPÓSITO DEBAIXO DO SOL: TEMPO DE NASCER, TEMPO DE MORRER; TEMPO DE PLANTAR, TEMPO DE COLHER
Eclesiastes 31 2

 

POV Rainha Felicity

Olhei meu reflexo no espelhos. Loira, olhos azuis, pele branca. Os traços da família real estavam ali em mim. Olhos azuis igual ao falecido rei, cabelos loiros iguais o da Rainha Mãe.

Criada para ser um rainha, fazia tudo por dever e amor ao meu país, se um dia eu abdicasse - ou se algo acontecer comigo - os ingleses tomariam conta de toda Escócia a tornando protestante, eu não iria permitir. Meu país era católico e continuará sendo durante meu reinado.

Fui coroada assim que nasci, no dia seguinte na verdade. Papai morreu em uma batalha sangrenta contra espanhóis que tentavam invadir nosso território. Jaime venceu a batalha, porém não venceu os ferimentos causados por ela.

Minha mãe reinou no meu lugar ao lado do conselheiro do reino, Sir Malcom Merlyn, até que eu tivesse idade suficiente para tomar decisões sobre o reino. Não vou nem tocar no assunto sobre o antigo romance dos dois...

Hoje eu já era uma rainha de 17 anos, coroada reinante aos 15, minha mãe me aconselhava o máximo que podia, o máximo que eu deixava. Ela tinha um jeito diferente de enxergar os deveres de uma rainha. Ao meu ver, deveríamos ser justas, honestas e amorosas para com todo o reino e não só com aqueles que pode nos enriquecer ainda mais. Eu fazia questão de receber presentes e dar presentes aos meus súditos, coisa que mamãe não suportava. Ela dizia que receber camponeses no castelo, assim como habitantes das terras altas, poderia dar espaço para uma invasão de ingleses ou outros povos inimigos.

Eu não via desse forma. Eu gostava de ter contato com o meu povo, gostava de ouvi-los e ajudá-los ao máximo que podia.

— Majestade - Lady Caitlin, uma de minhas damas de companhia, apareceu na porta do meu quarto - Se me der licença, sua mãe a aguarda.

— Não precisa ser tão formal comigo, Cait - me levantei ajeitando o longo vestido verde água - Somos amigas

— És minha rainha, devo tratá-la como tal - sorriu fazendo reverência

— Ah pare! - sorri - Vamos!

Andamos juntas pelos corredores do castelo, meu castelo. Castelo que eu não tive oportunidade de brincar com meu pai, como vi Tommy brincando com o pai dele.

Suspirei a espero os guardar abrirem as portas da sala do trono para mim. Olhei a grande bandeira azul e branca no alto do meu trono. Eu sempre faria de tudo pelo meu país.

Acomodei-me em meu trono e sorri para Caitlin: - Peça aos guardar para abrirem os portões      

— Sim, Majes... - olhei-a com repreensão e ela riu - Felicity

— Bem melhor - sorri e ela saiu em direção a porta da sala do trono na hora que mamãe entrou

— Querida, - Donna disse com falsa ternura para Caitlin que enrijeceu - Não abrirá nada

— O que está fazendo, mãe? - perguntei me levantando

— Famosos avisados de ataques em vilarejos de Edimburgo querida, não podemos abrir os portões - disse séria.

Minha mãe era linda, olhos azuis mais claros que os meus esbugalhados, longos fios loiros em cachos presos em o coque a dava um ar soberano. Seu costumeiro vestido preto tinha um decote reto que avantajava seus seios. Sempre pronta para chamar a atenção.

— Acredito que seu evento de amanhã não será cancelado, certo? - juntei minhas mãos em frente ao meu corpo

— Amanhã é meu aniversário querida, o salão de eventos já está praticamente pronto.

— E o povo está desde cedo me esperando, se há um ataque, o melhor lugar para eles estarem é dentro do castelo. - dei as costas voltando para o meu trono.

— Quando a recepção ao meu povo acabar, lidares com esse ataque, mamãe.

— Felicity, eu não vou permitir... - começou

— Você não deve permitir nada - me sentei - A rainha sou eu, você é minha súdita. Mesmo sendo minha mãe, me deve obediência. - falei firme

— Sim, minha rainha - minha mãe suspirou - Peça que abram os portões, Lady Caitlin - olhou para Caitlin

— Sim, senhora - a mais nova saiu às pressas.

Mamãe apenas me olhou meneando com a cabeça e saiu ordenando aos guardas que reforçassem a segurança ao meu redor. Não me impus, sei que do jeito dela ela só quer o melhor para mim. E entendia que até um tempo atrás quem mandava em tudo era ela.

Em minutos homens e mulheres camponeses faziam fila na sala do trono. Uns pedindo bênçãos para casamentos, outros pedindo ajuda com alimentação - coisa que eu concedia dando trigo e sementes para que possam começar uma plantação -, outros me presenteavam com vestidos, galinhas e frutas. Eu ficava feliz e usava os vestidos para as caçadas e passeios a cavalo com Tommy.

Uma mãe me apresentou a sua bebê recém nascida, pediu que eu escolhesse seu nome e que lhe abençoasse. Nomeei de Mary e a lágrima nos olhos da mãe me emocionou. Um dia seria eu pedindo as bênçãos para o meu filho, meu herdeiro legítimo. Isso se os ingleses não me matassem antes.

POV Principe Oliver

— Precisamos das tropas juntas para podermos atacar o vilarejo e usá-lo como alojamento - apontei para o pequeno vilarejo

— E as pessoas que moram lá, alteza? - John Diggle, meu fiel escudeiro, falou questionador

— O povo escocês não é problema nosso - me ajeitei no cavalo - É pra problema da rainha. E eles poderão nos servir. As mulheres então...

— Alteza, melhor montarmos um acampamento.

— John Diggle, minha mãe quer a Escócia e eu darei a Escócia a ela. Temos direito a esse trono.

— Assim como a rainha escocesa tem direito ao seu. - riu com sarcasmo

— Usando sarcasmo com a sua alteza, senhor Diggle?

— Vai a merda Oliver - virou o cavalo olhando para a nossa tropa de 50 homens - O plano é tomar aquele vilarejo para que possamos nos alojar ali, entenderam seus imundos?

Todos gritaram “sim” e avançamos.

Saquei minha espada presa em minha cintura e enfiei no primeiro guarda escocês que vi, o vilarejo era pequeno então não era tão protegido.
O homens do vilarejo vieram nos atacar com enxadas e machados, desci do cavalo e peguei meu arco, as flechas já estavam presas em minhas costas. O resto foi fácil demais, matamos todos que tentaram me atacar e me minutos o vilarejo estava coberto de sangue e homens mortos caídos no chão. Outros homens se renderam que viram que era a melhor coisa a se fazer. Havia alguns dos meus homens estirados sem vida, mas ganhamos. Isso que importava.

— Oliver, a vitória foi certeira. - John apareceu com a roupa sua de sangue escocês.

— Já era de se esperar - guardei meu arco - Avise aos homens para se hospedarem em alguma pensão e deixem o melhor quarto para mim.

— O que você vai fazer? - perguntou levantando uma sobrancelha

— Vou preocupar uma boa escocesa para cuidar de mim. - sorri com malícia olhando para uma morena de olhos azuis que espiava tudo pela janela e com os olhos marejados. Ela seria minha.

— Boa caçada - sorriu

— Sempre é boa - falei dando até minha presa.

 Ser o futuro rei de uma enorme dinastia tinha suas vantagens, eu sempre conseguia o que eu queira. Mulheres era uma delas.

Minha mãe de forçou a noivar com uma mulher nobre da corte. Sangue azul deve se juntar com sangue azul segundo ela. Laurel Lance era linda, culta, prendada, a esposa perfeita, uma futura rainha perfeita. Espero que ela não se importe com amantes reais.

Amanhã será aniversário da Rainha Mãe da Escócia, amanhã seria o dia em que eu mataria a Rainha e daria as terras da Escócia aos reis da Inglaterra, os próximos na sucessão escocesa, Moira e Robert Queen. Meus pais.

Hoje eu me contentaria em me deitar com essa formosa escocesa que rapidamente caiu de quatro - literalmente - aos meus encantos.


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Notas finais do capítulo

Paro? Deleto? Continuo?
O que acham??
Me contem pelo amor de Deus rsrs

Prometo capítulos maiores caso vocês aprovem a história.

Eu to muito animada com ela, então to rezando pro Feedback de vcs serem positivos rsrsrs

Vai ter uns “blablabla” agora até porque vcs precisam entender o que tá acontecendo né rsrsrs

Mas depois que Oliver e Felicity se encontrarem a pratada fica loka haha

Beijos!!

Comentem ❤️