Dinastia escrita por May Prince


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos lá embaixo... Boa leitura!



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Pov Rainha Felicity

A vida é engraçada demais, ela ate coloca obstáculos, dificuldades e sofrimentos. E o objetivo é você vencer todos eles. Se fraquejar uma vez, você pode cair num abismo e sofrer pra sair. Temos que sempre ser fortes, sempre focar nos objetivos e nunca se deixar levar pela fraqueza...

E aqui estava eu, tentando ser forte e não me deixar levar pelo homem maravilhoso a minha frente jogando futebol com seus soldados mais leais, uns príncipes - que estava na corte para uma bendita proposta de noivado para comigo -  e Tommy, que resolveu se arriscar.

Sim, minha corte foi tomada por Ingleses.

Um esporte violento e grotesco. Só podia ter vindo de lá!

Mas Oliver jogava perfeitamente bem, com graça e agilidade.

Era uma linda tarde de Sol na Escócia, uns passeavam com seus cavalos pelos arredores do castelo, outros estavam sentados – como eu e minhas damas – degustando de vinho e frutas, e outros jogavam futebol.

— Tem uma babinha escorrendo bem aqui – Cait falou rindo e encostando no meu queixo – Seria pelo belo futuro rei inglês? – as outras riram

— Não fale asneiras... Só estou prestando atenção no jogo – revirei os olhos tentando me fazer de desentendida – E te vejo babando pelo meu irmão e não digo nada – sorri acompanhada pelas outras e ela fechou a cara, nem se deu o trabalho de se defender

Queria que esse casamento saísse logo. Depois de ter visto os dois aos beijos no jardim no aniversário de mamãe, a questionei sobre o assunto e a donzela se fez de desentendida.

— Mas esse príncipe é realmente muito belo – falou Jesse entre suspiros e eu revirei os olhos

Caitlin riu e me deu uma piscadela... Ela sabia de alguma coisa.

Talvez ela tenha me visto entrando no quarto de Oliver, ou saindo essa manhã às pressas antes que todo castelo acordasse.

Passei a manhã fugindo de qualquer companhia dos Queen, pedi para que servissem meu desjejum no quarto, e o almoço no escritório lendo cartas de supostos noivos.

Eu precisava escolher um, minha mente não conseguia, pois meu coração já tinha escolhido.

Nenhuma palavra havia sido dita sobre o assunto entre nos dois ontem a noite, apenas nos entregamos no desejo e amor sentíamos. Eu me negava a acreditar que ele me amava, mas algo dentro de mim me dava a certeza disso.

Seu toque, seu beijo, seu carinho, seu abraço... Não era de alguém que estava ali só por estar, era de alguém apaixonado. Alguém que estava ali porque queria, porque amava.

E não posso julgá-lo por suas mentiras, também menti, também enganei.

Se ele quisesse me trono ele podia me matar, se quisesse me obrigar a casar, soltaria boatos sobre nós por toda Escócia e Inglaterra.

E ele não o fizera.

Mas eu tinha medo, medo de me entregar a ele. Medo de que algo aconteça com nós dois.

Lembranças da noite do ataque ao vilarejo vieram em minha mente, Malcon não fora até lá por mim, ele queria atacar Oliver, mas não o encontrou. Encontrou a mim, e mesmo assim me atacou.

Porque? Porque ele tentaria algo contra a realeza? Tanto escocesa quanto inglesa? O que ele ganharia com isso?

Mais cedo mamãe me contara – mesmo eu não tendo perguntado – que seu diabólico marido foi encontrado muito ferido na beira de um rio, algumas marcas de facadas superficiais e que perdera muito sangue. Não demonstrei piedade alguma, o que a deixou extremamente irritada.

Pensar no meu padrasto me dava medo. Não o queria por perto.

— Não é Filicity? – ouvi uma das meninas perguntar me tirando dos meus devaneios

— O que?

— A princesa Queen – Iris falou – Só fica sozinha o tempo todo.

— Também... Com a mãe que ela tem, eu também iria ficar fugindo – Patty, que já estava muito bem de saúde riu

— Mas ela também é esquisita, nem tenta se enturmar – Jesse falou mexendo nos cabelos

— Vocês estão parecendo três mexeriqueiras – Cait sensata falou

— Deixem a menina em paz – falei por fim – Ela nem queria estar aqui, é um pais completamente diferente do dela. – elas abaixaram a cabeça – Porque ao invés de falarem – falei me levantando – Não vão se enturmar? – caminhei até a jovem moça de cabelos castanhos e olhos azuis que lia atentamente um livro sentada embaixo de uma árvore. – Boa tarde – falei sorrindo e ela levantou o olhar, quando viu que era meu, quis levantar, porém a impedi me sentando do seu lado – Não precisamos de formalidades aqui

— Você não é nada tradicional – sorriu

— Tradicional é coisa pra minha mãe – fiz careta – Gosto de ser mandona só com quem merece

— Sou Thea Dearden Queen – esticou uma mão para cumprimento, retribui

— Felicity Megan Smoak, mas acho que você sabe – sorri acompanhada dela

— É, digamos que você seja famosa na Inglaterra

— Sim, os ingleses querem meu país

— Não me inclua – sorriu simpática – Isso é coisa da mamãe, do papai e do Oliver

— Entendo – abaixei ao ouvir o nome dele

— Mas eu faço gosto de vocês.

— Desculpe?

Ela sorriu travessa.

— A cada jogada ele te olha, ele perdeu a bola várias vezes porque não tirava os olhos de você, ele nunca faz isso, mamãe estava esbravejando esta manhã, pois ontem a noite meu irmão disse “Não vou me casar com ela porque você quer”, ou seja, ela não deduziu mas, ele vai casar com você porque ele quer, não pra te fazer mal. Sem contar que nunca o vi olhar pra ninguém como te olhar. – falou num rompante, Thea era agitada

— Você... – queria dizer a ela que ela devia estar confundindo as coisas, que era mentira e que ela estava enganada. Mas o fato de que Oliver tenha falado pra mãe sobe o casamento, me deixou sem palavras pra retrucar

— Não tem problema, o segredo de vocês está a salvo comigo – segurou uma mão minha que estava repousando em cima do meu vestido – Você mudou o meu irmão, cunhadinha.

— Espero que sim – sorri e ela voltou a ler seu livro e encarei o olhar curioso de Oliver sobre nós duas, e ele perdeu mais uma bola. Como eu não tinha percebido? – Com licença – falei para ela que apenas assentiu – Ah! Mais tarde eu e minhas damas vamos nos reunir para planejarmos o baile que se aproxima, se junte a nós – sorri

— Será um prazer, cunhadinha

Sorri me afastando e olhando em volta e morrendo de medo que alguém ouvisse ela me chamando assim.

Esse baile ia servir para que enfim eu escolhesse o noivo que tanto me pressionavam a ter, uns pretendentes – como Oliver, o herdeiro francês e outros – já estavam na corte, mais alguns chegariam no decorrer da semana, e no baile eu devia anunciar minha escolha, anunciar meu noivado.

Ou seja, até o baile eu seria cortejada, bajulada e até manipulada.

— Oh minha querida Felicity – dei de cara com Moira quando virei em um dos corredores do castelo. Com um belo vestido negro, parecia até que estava me esperendo – Procurei por você dia inteiro – falou fingindo ternura

— Não posso dizer o mesmo – sorri falsamente

— Sei que está procurando pretendentes para ocupar o trono ao seu lado

— Soube certo – falei impaciente – Mas em que isso te diz respeito?

— Você está um tanto afiada, minha querida – riu falso – Moramos na mesma ilha, com quem você casa me diz respeito e sei de um ótimo pretendente para você – sorriu

—Ah! É mesmo? – falei prepotente

— Sim, minha querida – deu um passo na minha direção me fazendo recuar – Meu filho. Oliver. Ele é um bom homem. Tem boas intenções...

— Pare de me vender para a rainha, mamãe – a voz ecoou atrás de mim me deixando aliviada – Tenho certeza que ela já escolheu seu pretendente – falou sério parando ao lado da mãe, que o olhava em interrogação

— Como pode ter tanta certeza, alteza? – falei olhando em seus olhos, lá havia algo diferente, uma fúria diferente

— O príncipe da França acaba de me dizer que o embaixador escocês está tratando de tudo com o Rei Henry. – Oh! Esqueci que havia feito esse pedido dias atrás! Estava ferrada! Como iria desfazer isso? Ou eu não deveria desfazer? Me juntar com a colônia francesa seria o certo a se fazer?

O olhei atenta, o suor devido ao jogo escorrendo pela sua testa descendo pelo rosto e se perdendo na sua barba por fazer. Eu não tinha resposta para aquilo, queria dizer que era mentira, mas estaria mentindo.

 - Tenho certeza que é um engano – Moira disse olhando de mim para Oliver e de Oliver para mim – Donna e Malcon trataram diretamente comigo essa manhã e me garantiu que Felicity não tem nenhum pretendente, que está disponível. – Ao ouvir o nome de Malcon Oliver mudou sua postura para a defensiva, e eu o olhei alarmada – Malcon e Donna fazem gosto do casamento de vocês – sorriu vitoriosa

— O... o que? – Como minha mãe tinha coragem de me vender dessa forma? E ainda se aliar com aquele demônio pra isso. Eles não podiam falar o que queriam por aí, não sem antes de consultar. Eles me deviam respeito, não deviam? Afinal sou sua soberana também – Com licença. – sai em disparada pelo longo corredor

— Feli.. Majestade – escutei Oliver chamar, mas não dei ouvidos, fui a procura de mamãe, e escutei passos atrás de mim. Mas não me importei em olhar, eu sabia quem era.

Pov Príncipe Oliver

William Malone da França, vulgo Billy, me encarava com uma cara de provocação e a bola na mão, ele era o goleiro e eu estava doido pra dar na cara dele.

Além dele, mais dois eram pretendentes a noivo da minha Felicity. Cooper Seldon, príncipe Português, e um austríaco que não prestei atenção quando disse seu nome.

Mas esse Billy... Ele era um grande maldito! Ele passou o jogo inteiro se gabando do fato dos embaixadores escoceses estarem tratando de um suposto casamento com a rainha. Que ela o escolhera entre todos os outros, que ela o escolhera ao invés de mim.

Ele deixou claro que não deixaria que eu a fizesse mal, deixou claro que sabia das intenções dos Queen contra a coroa escocesa.

Mas ontem tudo mudou.

Radicalmente.

Pelo menos para mim.

Minha meta de vida agora era proteger ela, descobrir quem está por trás do ataque no dia do aniversário de sua mãe. E vou protegê-la da minha mãe.

Não podia deixar que ela se casasse com aquele francês fajuto.

Eu a fizera minha, eu a amava, eu a queria pra mim... Pelas leis dos homens e pelas leis de Deus. Ela me mudou, em pouco tempo de transformei em alguém melhor por ela. Não podia deixar que ela fosse embora.

Parei minha jogada e a procurei, estava linda com um vestido azul e um sorriso no rosto conversando com Thea... Ã?

O que essas duas falavam?

Precisava confrontar Felicity sobre esse casamento com Billy.

Observei-a se afastar de Thea e adentrar ao castelo, essa era minha deixa.

— Com licença – pedi aos rapazes e sai em sua direção.

Adentrei ao castelo a sua procura e encontrei-a com minha mãe que  fazia uma propaganda minha: -... Meu filho. Oliver. Ele é um bom homem. Tem boas intenções...

— Pare de me vender para a rainha, mamãe – falei alto pra deixar nítida a minha presença ali  – Tenho certeza que ela já escolheu seu pretendente – parei ao lado de mamãe e a olhei sério

Realmente, eu não havia gostado de saber desse suposto noivado.

— Como pode ter tanta certeza, alteza? – falou prepotente me deixando furioso

— O príncipe da França acaba de me dizer que o embaixador escocês está tratando de tudo com o Rei Henry. – ela fez cara de surpresa e franziu o cenho

Linda!

— Tenho certeza que é um engano – Moira disse olhando de mim para ela e de dela para mim – Donna e Malcon trataram diretamente comigo essa manhã e me garantiu que Felicity não tem nenhum pretendente, que está disponível. – Ao ouvir o nome de Malcon meu alerta de proteção atingiu o nível máximo, eu precisava tomar medidas contra ele, tinha quase certeza que ele fora o responsável pelo atentado a Patty. Mas ele confundiria a própria filha postiça? – Malcon e Donna fazem gosto do casamento de vocês –  mamãe sorriu vitoriosa

— O... o que? – Felicity gaguejou e uma interrogação veio em minha mente. Era tão horripilante assim para ela a ideia de estarmos casados? Ou ela ainda tinha algum dúvida sobre as minhas reais intenções.  – Com licença. – saiu em disparada pelo longo corredor

— Fel.. Majestade – gritei sem me importar com a presença da minha mãe, Felicity me ignorou, então a segui. A alcancei quando virou no corredor que dava para as escadas. Segurei seu braço e a puxei para dentro da primeira porta que vi. – Qual o problema? – perguntei fechando a pesada porta de madeira atrás de mim

Era um enorme sala com mapas e navios em miniatura sobre uma grande mesa. Ali eles planejavam os ataques por terra e por mar.

— O que você pensa que está fazendo? – esbravejou – Esqueceu quem eu sou?

— Qual o problema? – repeti cruzando os braços

— Eu não gosto do que a Donna e o Malcon estão fazem – suspirou baixando a guarda – Estão me usando como moeda de troca? Estão entregando minha cabeça para vocês.

— Eu não vou te machucar.

— Eu sei, mas sua mãe sim, Oliver. Você não tem controle sobre isso.

— Eu tenho...

— Se eu me casar com Billy, irei para França e ficarei livre de qualquer ameaça inglesa... – falou baixinho

— Então é uma opção?

— Era a minha primeira opção – se aproximou e acariciou meus cabelos – Era a minha primeira opção até eu te conhecer – sorri e ela também – Mas acho que não podemos ficar juntos – meu sorriso sumiu – Não com essa guerra...

— Nossa união será o motivo da paz

— Eu corro perigo, Oliver – se afastou indo em direção a porta – Não só nas mãos da sua mãe, me querem morta

Andei em direção a ela a prensando contra a porta, a proibindo de sair, suas costas contra meu peito, sua respiração estava ofegante. A prensei mais forte e ela soltou um gemido.

— Eu não vou deixar absolutamente ninguém te fazer mal – rosnei – Eu matarei o primeiro que tentar

Ela se virou num rompante e ficou de frente para mim selando nossos lábios.

Sem muita demora minha masculinidade deu o ar da graça e ela sentiu, pois riu entre o beijo. Senti sua mão apertando minha ereção e depois me empurrando.

— Não posso resolver seu problema agora, vossa alteza – falou fazendo reverencia falsa – Tenho outro problema para resolver

Deu uma piscadela e saiu pela porta, me deixando com cara de perplexo e de pau duro.


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Notas finais do capítulo

Escrevi esse capítulo as pressas... De ontem pra hoje rsrs
Queria entregar algo pra vocês logo, pra compensar o tempo perdido e fechar a semana com chave de ouro. Só postarei mais capítulo semana que vem agora.

Obrigada pelas felicitações pela bebê ♥
É um amor imenso ♥ ♥

Respondam:

Gostaram?
Algo deve mudar?
Quem vocês acham que cometeu o atentado contra a nossa majestade?
Será que Cait sabe?
Thea é bem perceptiva né?
O que acharam da interação deles?

No próximo capitulo tem mais acontecimentos... O que vocês acham que vai ser?

Comenteeeeem!!!

Me sigam la no Insta: @mayaralandmann



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