Dinastia escrita por May Prince


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Sumi, eu sei... Mas pretendo aos poucos voltar. Aconteceu várias coisas ao decorrer do tempo, e uma delas foi meu maior e melhor motivo de estar afastada... Meu bebê. Hoje ela tem 6 meses e é o amor da minha vida, gente, sério... O “Deus me livre” perdeu pro “quem me dera”. Ser mãe é algo maravilhoso que eu super recomendo. kkkkkkk



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POV Príncipe Oliver

Vi a mulher de vestido vermelho virar a corredor e me deixar plantado sem palavras para responder sua última frase.

Ela tinha razão, eu tinha feito ameaças contra ela, contra seu reino, contra seu povo.

Eu invadi um de seus vilarejos, matei seus homens, forcei seus súditos a trabalharem para mim. Em nenhum momento a Rainha Escocesa se mostrou uma ameaça ao meu povo, ou a coroa inglesa, ela apenas queria a paz que eu e minha família não estávamos dispostos a dar.

Mas agora não... Agora tudo mudou.

Ela era a mulher da minha vida e eu não podia negar.

Felicity, Megan, o que fosse...

Era a mulher que eu – ao bater os olhos – vi que era a certa para mim. Me mudou como homem, me mudou como príncipe.

Me sentia um soldado as ordens de sua rainha.

Afinal ela era.

É.

Sempre iria ser.

Minha.

Eu tinha que arrumar um jeito de tomar novamente sua confiança, tinha que fazê-la perceber que eu não sabia de nada.

Fui apenas mais um enganado. Enganado pelo amor, tanto quanto ela fora.

Os beijos dela, os toques dela, não saiam da minha cabeça. Não podia deixa-la ir embora. Eu tinha que faze-la acreditar em mim.

— Meu filho – ouvi a voz de mamãe ecoar pelo corredor

Outro problema.

Moira Queen queria Felicity fora de jogo de qualquer jeito. Com certeza sua insistência de estadia aqui era para que pudesse tomar a Escócia.

Mas se tomar a confiança de Felicity significasse proteger o seu país dos meus pais, eu faria.

— Sim, mãe – falei sem tirar os olhos do corredor de onde Felicity tinha sumido.

— Porque está olhando para o nada? – perguntou seguindo meu olhar pelo corredor

— Estava apenas pensando – suspirei e a encarei – E o que foi?

— Quero que tente se aproximar da menina – falou colocando a mão em meu ombro – Quero que ganhe a confiança dela  - gesticulou com a mão – O resto eu resolvo.

— Eu não vou me casar com ela porque você quer.

Vou me casar porque a amo, completei mentalmente.

— Vai sim! – falou sorrindo sinistro e passando a mão no vestido – A irmã do seu pai se casou com o último herdeiro escocês na intenção de nós – apontou para o peito – ingleses tomarmos esse pais um dia. E eu quero ser a primeira rainha dos dois reinos.

— O vovô casou a Tia Margot porque ela já estava envolvida com o futuro Rei, não foi tática, foi uma gravidez precoce e seria fora do casamento. Todo mundo sabe disso. Esse trono é legitimo de Felicity, não nosso.

— Você não pensava assim, Oliver – falou duro – A garota por quem está apaixonado, ela está aqui, não é?

— Você não fará mal nenhum a ela – rosnei

— Então comece a pensar como um Queen – falou esbravejando e saiu de perto.

Meu avô, Rei Allan Queen, tinha uma irmã mais nova, ela era a menina dos olhos dele. Fora criada por ele como filha, as más línguas dizem que realmente era uma filha fora do casamento que ele teve com uma criada bem antes de se casar.  Margot Queen, que pouco tempo depois se tornara Margot Smoak. Ela se apaixonou pelo príncipe escocês prestes a ser coroado rei e engravidou na primeira noite em que estiveram juntos, minha tia se casou e morreu no parto ao dar a luz a James, pai da Felicity. Daí sai nosso parentesco.

Hoje vejo o quão mesquinho e egoísta fui por tanto tempo, querer roubar de alguém um poder que possuía por direito. Allan não casou a irmã para que ela um dia pudesse dar a escócia aos ingleses, Allan casou Margot para que ela pudesse ser feliz com a escolha dela. E ela foi. Ele não quis ditar o futuro dela assim como fez com meu pai, ele deixou-a ser feliz do modo que ela encontrou.

Eu não queria que meus pais ditassem o meu destino. Quero ser feliz com a minha própria escolha. Quero me casar com Felicity e ser feliz com ela. Entre o trono da Inglaterra e Felicity, eu escolhia ela. Sempre seria ela.

Andei um pouco perdido pelo castelo até que avistei um dos guardas e me informei melhor sobre a localidade dos meus aposentos. Ele me guiou e quando entrei me assustei pela visita que me esperava.

— Felicity?

POV Rainha Felicity

Entrei com pressa no meu quarto ignorando qualquer chamado direcionado a mim, depois inventaria que estava indisposta e não escutei. Afinal ser rainha devia prestar para alguma coisa, não é?

Eu queria sumir, entrar no primeiro barco que me aparecesse e sumir.

Fui traída e enganada... Uma sensação horrível mutilava meu coração. Sensação de abandono.

Porque Jonas... Oliver, ou seja lá quem ele fosse tinha me usado daquele jeito? Usou meus sentimentos, usou meu corpo de uma forma única que a cada lembrança eu me arrepiava.

Dormi com o inimigo literalmente.

Mas eu queria sentir ódio dele, eu queria sentir raiva, queria sentir repulsa, e eu não conseguia.

Tudo que eu sentia era...

Amor.

Tudo que eu sentia era vontade de sair correndo para seu braços novamente, e sentir tudo que eu havia sentido quando nos unimos pela primeira vez. Queria que seu toque curasse meu coração machucado. Queria me enganar apenas mais uma vez de que o amor dele era tão real quanto o meu.

E tomada por uma coragem súbita e uma reza interna de que ninguém me visse, sai correndo para seu quarto.

Meus passos ligeiros pelos corredores vazios dava um ar de ação para a minha fuga, se alguém me pegasse eu estaria ferrada e ficaria mal falada pelo castelo.

Mas dada as minhas circunstancias... Eu já estava ferrada mesmo.

Abri devagar a porta do seu quarto e vi que estava vazio.

Ótimo! Melhor eu ir embora, pensei. Mas os passos no corredor se aproximando me fizeram desistir.

Seria ele?

Minutos se passaram e nada.

Respirei fundo e me aproximei da grande janela de vidro que dava uma bela vista da Lua e do breu escocês. A escuridão tomada pelas sombras das terras altas. Meu país era belo, belo demais para que eu desistisse dele assim tão fácil, Moira e nenhum outro Queen ia tomar de mim o que era meu por direito...

— Felicity? - Meu coração congelou , meu corpo todo congelou, ao ouvir o som da voz dele. Continuei em silencio, escutei a porta sendo fechada e o barulho de uma cadeira sendo arrastada – Não vai falar nada? O que veio fazer aqui?

Respirei fundo e falei por fim: - Eu não deveria ter vindo – me virei para ele que estava sentado com uma cara de arrasado. Por um momento imaginei se ele não estava sofrendo assim como eu  – Foi um erro.

Passei a mão no rosto em sinal de nervosismo, afinal eu não conhecia o homem que estava sentado ali. O que eu estava fazendo afinal?

Me apressei em direção a porta, mas ele foi mais rápido se levantando e me segurando pela cintura. O toque dos nossos corpos fez todo meu sistema de arrepiar.

— Não – falou no pé do meu ouvido – Não foi um erro. Você aqui, agora, não é um erro. Nós dois, não é um erro.

Abri minha boca pra protestar, mas foi tarde demais, a boca dele já tinha tomado a minha e eu não pude fazer nada e eu nem queria fazer nada.

Ele me agarrou ainda mais forte, minha boca deu passagem pra língua dele fazer o que quisesse comigo. Eu queria que ele fizesse o que quisesse comigo.

Ali eu era dele, ele era meu.

Ali não tinha trono, coroa, Escócia, Inglaterra.

Ali eram um homem e uma mulher apaixonados um pelo outro.

Ao menos era nisso que eu queria acreditar nesse momento.

Ele me suspendeu em seus braços e me levou para a cama, no trajeto eu tratei de me livrar do sua jaqueta pesada e ele tratou de tirar todo o resto ficando apenas de calça. E depois de encarregou de me despir.

Completamente nus, tomei sua boca de volta para a minha e retomamos de onde havíamos parado.

Gemi alto quando ele penetrou em mim, fundo, forte e lento. Me senti aquecida com seu mor, era tudo que eu mais precisava.

Se eu pudesse eu congelaria esse momento, se eu pudesse eu nunca mais sairia de seus braços.

— Oliver – gemi e ele riu de lado, um sorriso abobalhado que aqueceu meu coração

— Sonhei tanto com você fazendo exatamente isso – beijou minha boca e penetrou mais fundo, gemi novamente enquanto ele fazia movimentos repetidos e fundos – Dizendo meu nome enquanto eu te dava todo meu amor

Não respondi, apenas aproveitei. Não queria afastá-lo, não queria dizer minhas desconfianças e nem meus medos.

Nos amamos a noite toda, até que caímos no sono juntos, agarrados.

Sonhei com ele, sonhei que éramos pessoas normais e ficaríamos juntos para sempre.


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Notas finais do capítulo

Quero um Oliver pra mim gente, quero sim!

Vocês querem que eu continue?

De todas que eu já escrevi Dinastia é meu xodó. Quero terminar ela primeiro e depois terminar as outras. Fiquei pensando muito nela esses últimos dias ♥

Aos poucos vou conseguindo...

Aguardo feedback :*



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