A Guerra Contra Meus Sentimentos escrita por teffy-chan


Capítulo 10
Capítulo 10 - Batalha Simultânea




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"É a maior mudança do passado com a liberação
Do meu verdadeiro sentimento
Se for para ser alguém, serei original, serei eu mesmo
É uma guerra contra mim mesmo"

 

~~~~~X~~~~~X~~~~~

 

 

Os dois tinham subido a rampa que levava até a ponte onde seus inimigos estavam minutos atrás. Piko havia retirado algumas bandagens da cesta que carregava (que continha o mais variado tipo de conteúdo) e improvisou um curativo no braço quebrado de Len para estancar o sangramento. O garoto retirou o casaco, que já estava destruído por causa da explosão, e rasgou em tiras de pano, que Piko amarrou umas nas outras para usar como uma tipoia para que o amigo apoiasse o braço.

— Você tem mesmo certeza de que quer continuar? — Piko perguntou pela última vez — Talvez devêssemos voltar para a Gumi cuidar desse seu braço.
— Não precisa, não está doendo tanto — Len, agora só de camiseta, abanou a outra mão, como que dando pouca importância ao fato de ter um braço quebrado — Mas você me impressionou agora! Não pensei que tivesse um kit de primeiros-socorros aí. Ou que soubesse como usar.
— Eu sou praticamente inútil nas batalhas, tenho que saber ajudar de outras formas — Piko lembrou.
— Pare de repetir isso, você salvou a gente agora a pouco — Len rebateu — E eu que pensava que você só carregava veneno… o que mais você tem nessa cesta?
— Sai pra lá! — Piko recuou quando Len tentou espiar dentro da cesta — É perigoso. Só eu posso mexer.
— Egoísta — Len reclamou — Bem, é melhor irmos andando — ele seguiu o mesmo caminho por onde Kiyoteru tinha fugido, com Piko em seu encalço.

Caminharam por cerca de vinte minutos em silêncio. Como o lugar estava deserto e o chão estava coberto de areia e lama, era possível identificar algumas pegadas, que eles deduziram pertencer a Kiyoteru, então decidiram seguir aquele caminho. Depois de caminhar mais um pouco, começaram a ouvir o som de tiros e apertaram o passo, andando com mais cautela. Quanto mais se aproximavam, mais alto ficava o som dos tiros. Até que começaram a ouvir vozes. Uma gargalhada estridente e vozes familiares. Piko teve o impulso de correr, mas Len o arrastou para trás dos restos de um barraco.

— Len, meus pais estão aqui — Piko murmurou. Só depois se lembrou de que Miku e Kaito não eram seus pais de verdade. Que o tinham adotado simplesmente porque precisavam de um herdeiro. Seus pais biológicos estavam mortos e ele nunca chegou a conhecê-los, nunca sequer viu seus rostos. Mas, apesar da mágoa e da raiva de ter sido enganado a vida toda, não conseguia deixar de se sentir preocupado com eles.
— Eu sei — Len sussurrou de volta. Ele arriscou uma espiada na direção dos pais de Piko. Viu que os dois estavam armados até os dentes, mas ainda assim pareciam estar tendo dificuldades em lidar com o adversário. Até que Len viu contra quem eles estavam lutando: Uma mulher de cabelos róseos e olhos azuis, com um sorriso malicioso nos lábios. Ele se escondeu de novo, com medo de ser visto — Piko, aquela é a Megurine Luka. Seus pais estão lutando contra a líder da facção Megurine.
— O que?! - Piko sussurrou alarmado — Tem certeza de que é a Luka? Nós nunca sequer a vimos…
— Já se esqueceu? Assim como todo mundo sabe que você é o herdeiro dos Shion porque tem heterocromia, todos sabem também quem é a Megurine Luka porque ela é a única pessoa dessa facção que tem cabelos róseos - Len recordou.
— É verdade — Piko engoliu em seco — Len, você acha… acha que eles têm chance?
— Bem, são dois contra um… eles estão em vantagem, certo? — Len ponderou. Na verdade não tinha ideia. Ele sabia o quanto Kaito e Miku eram poderosos em batalha, mas não conhecia as habilidades de Luka. Só tinha ouvido falar no quanto ela era impiedosa para com seus inimigos e que gostava de brincar com eles antes de matá-los. Não sabia se Piko conhecia esse boato e não queria contá-lo para o amigo.
— Correção: São dois contra dois. E nós temos reféns agora.

Uma voz desagradável e familiar disse às suas costas e, antes que os dois pudessem se virar para ver o dono dela, Kiyoteru segurou os dois pela gola da camisa e os ergueu no ar como se fossem filhotes de gato. Ele gargalhou enquanto os garotos chutavam o ar, tentando se soltar inutilmente.

— Olá de novo, meninos! — ele cumprimentou, virando-os de frente para si para poder encará-los — Vocês me deram mesmo trabalho, tenho que admitir. A senhora Luka não ficou nada feliz quando soube que perdemos o Ryuto, sabiam?
— É, foi uma pena eu não ter conseguido acertar você também. Assim você não teria saído correndo para ela para contar a má notícia — Piko resmungou.
— Olha só quem fala. Você pode ser o precioso herdeiro dos Shion, mas não passa de um mero informante com uma mira ruim que tem medo de lutar — Kiyoteru rebateu, acertando em cheio — Aquilo foi um golpe de sorte. Não vai se repetir — ele garantiu - A senhora Luka ficou bastante zangada comigo por não ter conseguido proteger o Ryuto, mas, se eu levá-lo para ela, talvez ela me perdoe. Agora, quanto a você, rapazinho… — ele virou-se para Len — Lamento informar, mas você não tem nenhuma utilidade para mim.
— E eu lamento informar que você jamais poderá ter filhos.

Antes que Kiyoteru pudesse entender o que ele quis dizer com isso, Len girou a perna e acertou um forte chute entre as pernas dele. O homem gritou de dor, levando as mãos à região dolorida e soltando os dois. Antes de aterrissar no chão, Piko retirou um punhado de doces envenenados da cesta e enfiou à força na boca de Kiyoteru enquanto ele gritava. Ele berrou ainda mais alto, mas só acabou se engasgando. Graças a Ryuto, sabia o que aqueles doces tóxicos podiam fazer. Ele caiu de joelhos no chão e começou a tossir, sentindo os olhos lacrimejarem e a região onde havia sido chutado doer terrivelmente.
É claro que a essa altura Len e Piko já tinham corrido para longe dele.

— Que golpe baixo, Len — Piko falou em falso tom de reprovação enquanto corriam.
— E você? Forçando as pessoas a comerem doces envenenados? Não sabia que era capaz disso — Len fingiu estar horrorizado.
— Era chocolate. Todo mundo ama chocolate — Piko falou como se isso fosse uma ótima justificativa — Acha que ele engoliu os doces?
— Espero que sim, porque eu não vou voltar lá para conferir — Len respondeu. E então parou de correr tão abruptamente que Piko quase se chocou contra ele.

Piko estava prestes a perguntar porque Len tinha parado, mas, quando olhou ao redor, entendeu o motivo. Eles haviam corrido sem rumo para fugir de Kiyoteru e acabaram indo parar bem no meio do campo de batalha onde Miku, Kaito e Luka estavam lutando.

— Ora, olhe só o que temos aqui. Cordeirinhos fofos vieram brincar com a gente — Luka falou em tom entretido, encarando os dois. Os garotos não conseguiam desviar os olhos dela. Luka aparentava ter a mesma idade de Miku, talvez fosse apenas alguns anos mais jovem, porém sua personalidade era visivelmente diferente. Ela gostava daquela guerra. Gostava de lutar, de sentir o calor da batalha, gostava de humilhar seus inimigos durante as lutas e fazê-los sofrer até o último suspiro. Provavelmente nem se importava mais com o território deles, só queria continuar lutando. Era por isso que a guerra nunca acabava.
— Piko — Miku sibilou — O que está fazendo aqui? Vá embora!
— Ah, mas ele acabou de chegar! — Luka exclamou antes que o garoto pudesse responder — Se bem que eu mandei o Kiyoteru ficar de guarda e não deixar ninguém interromper nossa luta… vocês não saberiam onde ele está, saberiam?
— Acho que ele morreu — Piko falou incerto.
— Aquele inútil — Luka reclamou — Francamente, primeiro não conseguiu proteger o Ryuto e agora não consegue sequer dar conta de duas crianças? Bom, deve ter sido melhor assim — ela deu de ombros — Bem, a conversa está muito interessante, mas eu não posso ficar perdendo tempo com crianças. Então adeus, meus belos cordeirinhos…
— Eu não acredito nisso — Len falou enquanto Luka mirava uma bazuca contra eles — Pensei que a líder da facção Megurine fosse mais esperta.
— Do que está falando, garotinho? — Luka estreitou os olhos.
— Estou falando que você parece não ter percebido que está em desvantagem aqui — Len prosseguiu — Antes a sua luta era dois contra um. Mas agora é quatro contra um. Você não tem a menor chance. Deveria se render enquanto pode.
— Acha que eu deveria me render? — Luka gargalhou alto ao ouvir as palavras de Len — Olhe bem ao seu redor, menino! Vocês estão no meu território! E olhe o estado atual dos seus líderes! — ela apontou. Len arriscou uma rápida olhada para Kaito e Miku e surpreendeu-se. Miku estava caída no chão, uma das pernas sangrava muito e tinha cortes feios no rosto e em um dos braços. Kaito também tinha cortes no rosto e na perna esquerda e tinha perdido metade da camisa, a parte exposta da pele estava coberta de sangue. Parecia ter sido baleado e não havia tido tempo para estancar o sangramento — Seus líderes estão morrendo. Acha mesmo que você e aquele outro menino podem me… espere, aonde está o outro menino?
— Bem aqui.

Piko havia se afastado o suficiente até ficar atrás de Luka enquanto Len a distraía e cravou um punhal bem no meio das costas dela. Atacou por trás, como um covarde, como sempre fazia. E sempre funcionava. A mulher urrou de dor e lhe deu um tapa, afastando o garoto de si. Ela arrancou o punhal ensanguentado do corpo e o atirou no chão com violência. Avançou contra Piko, sentindo o sangue escorrendo em suas costas.

— Nada mal, menino… nada mal mesmo. Mas não vai conseguir me matar só com isso.
— Luka, afaste-se dele! — Miku gritou, atirando na mulher de repente. Luka desviou e atirou de volta. As duas se esconderam atrás dos restos de casas que haviam por ali e recomeçaram o tiroteio. Len abaixou-se no chão, empurrando Piko junto com ele.
— Você parece muito preocupada com aquele menino, minha querida — Luka comentou entre um tiro e outro — Por que você está tão preocupada com o menino de cabelos prateados, mas com o loiro não?
— Nos preocupamos com os dois. E não temos que responder às suas perguntas — Kaito respondeu antes que Miku falasse demais.
— Por favor, não se intrometa na conversa de duas damas, meu caro — Luka sorriu de um jeito meigo e assustador ao mesmo tempo, atirando contra ele em seguida.
— Mulheres são assustadoras — Len comentou baixinho.
— Acho melhor sairmos daqui — Piko sugeriu e o amigo concordou com um aceno de cabeça. Eles começaram a rastejar para longe, mas Luka percebeu.
— Aonde pensam que vão, queridos? — ela perguntou ao lado deles. Como havia chegado lá tão rápido, eles jamais saberiam — Eu ainda estou curiosa sobre você… ah! — ela ergueu Piko do chão à força e, levantando o queixo dele com uma das mãos, pôde ver seu rosto mais claramente — Um olho verde e o outro azul… é claro… então você é o filho deles! Eu queria tanto te conhecer! E, nossa, você não se parece em nada com eles, sabia?
— Sim, já me disseram isso — Piko respondeu, sem saber se encarava aquilo como elogio ou ofensa.
— Ah, não leve para o lado pessoal querido. Estou dizendo que você é muito fofo para ser filho desse cabeça-dura e dessa mulher irritante — Luka explicou — Agora entendo porque o Kaito e a Miku estavam tentando te proteger.
— Eles não são os únicos que querem protegê-lo — Len atirou na mulher, que desviou por pouco. Piko aproveitou a chance para fugir para longe dela.
— Que gracinha… você também quer proteger o seu amigo — ela debochou — É uma pena, mas terei que tirar você do jogo, menino. O herdeiro dos Shion é a única criança que me interessa — ela atirou com a bazuca outra vez, acertando poucos centímetros acima da cabeça de Len.
— Para uma líder de facção, você tem uma mira bastante ruim — Len comentou.
— Eu não estava mirando em você, querido.

Ouviu-se um barulho de algo rolando, cada vez mais alto. Antes que alguém pudesse identificar a origem do barulho, rochas deslizaram de um barranco próximo, na direção de onde Luka tinha atirado, e acertaram Len em cheio, derrubando-o no chão e esmagando-o parcialmente. As pernas do garoto ficaram presas em baixo das rochas, impedindo-o de se levantar. Len urrou de dor ao sentir as pernas serem esmagadas e tentou tirá-las de baixo das rochas, mas era inútil. Quanto mais ele puxava, mais preso ele parecia ficar.

— Bem, acho que é hora de dar o tiro de misericórdia — Luka mirou contra o garoto, mas Piko entrou na frente dele, abrindo os braços.
— Pensei que eu era a única criança que te interessava — ele tentou manter a voz firme — Por que não deixa o meu amigo em paz e me diz o que quer comigo afinal?
— De fato… o outro menino está fora do jogo agora — Luka resolveu deixar Len de lado — Mas o que eu quero com você é bastante óbvio, não acha? Você é o único herdeiro dos líderes da facção inimiga. Seus pais já estão praticamente acabados e eliminando você, não restará ninguém para liderar a facção Shion. Desse jeito terei os dois territórios sob o meu comando.
— Não — Miku murmurou. Em seguida, começou a gritar — Não! Sua luta começou conosco, então que termine assim! Você não tem porque envolver ele nisso!
— Ah, agora você está preocupada comigo? — Piko perguntou, e sua voz soava estranha, como se estivesse zombando de Miku — Que engraçado. Não me lembro de você se preocupar comigo quando me enviava em alguma missão solitária, mesmo eu dizendo várias vezes que não queria ir porque não sabia lutar, que não queria matar pessoas… também não me lembro de você se preocupar alguma vez com a minha segurança.

Miku o encarava incrédula, mal conseguindo absorver as palavras que saíam da boca de seu filho. Kaito estava em um estado pior, lutando para se manter consciente, e também estava pasmo com o que o garoto dizia. Até Luka parecia levemente surpresa. Eles lutavam tanto para absorver a informação que não perceberam quando Piko desviou rapidamente o olhar para encarar Len, que continuava preso debaixo das rochas. O garoto não podia se levantar, mas conseguia se mover livremente da cintura para cima. E havia um revólver ao seu alcance. Ele lançou um olhar interrogativo para o garoto e Len balançou a cabeça em confirmação.

Mesmo depois de tudo o que passaram, não precisavam de palavras para se comunicarem. Uma simples troca de olhares era mais do que suficiente. Ele só precisava esperar o momento certo.

"— Preciso esperar um pouco. Tenho que ganhar tempo".

— Piko… o que você está dizendo? — Miku perguntou com a voz falhando.
— Estou dizendo que você nunca se preocupou comigo de verdade. Nem você, nem o papai — ele encarou Kaito, cheio de mágoa e rancor nos olhos — Vocês sempre foram tão rigorosos comigo, me obrigaram a fazer tantas coisas que eu não queria…

Luka havia baixado a arma e assistia o garoto falando, levemente entretida. De repente notou Kiyoteru se aproximando dela com dificuldade, mancando e parecendo querer dizer alguma coisa.

— Kiyoteru — ela chamou — Que bom que ainda está vivo. Embora não esteja em sua melhor forma… não importa. Chegou bem a tempo de assistir ao espetáculo.
— Senhora Luka — ele chamou com a voz rouca. Sua garganta ardia terrivelmente como se alguma coisa a estivesse corroendo — Esse menino… precisa tomar cuidado com ele… ele está… e-está armando contra você… e-eu vi… e-ele vai…
— Ora, Kiyoteru, é só uma criança — Luka abanou a mão, dando pouca importância ao aviso dele — Que está dando um belo de um show, por sinal. E você é um mentiroso, hein menino? Disse que o Kiyoteru estava morto, mas olha ele aí.
— Achei que estava — Piko respondeu, praguejando por dentro — Envenenei ele. Mas parece que não foi o suficiente.
— Ah, então é por isso que a sua voz está assim — Luka falou em tom de compreensão, aparentemente sem se preocupar muito com a possível perda das cordas vocais do homem. Kiyoteru não parecia mais ter forças para se manter de pé. Jogou-se no chão, os braços e pernas abertos, arfando.
— Mas ainda que eu tivesse mentido sobre a morte do Kiyoteru, acho que não teria importância, não é? Somos uma família de mentirosos afinal — Piko voltou a encarar os pais — Eu me esforcei muito a vida inteira para agradar vocês, sabiam? Mas vocês se orgulharam de mim alguma vez por causa disso? Claro que não! Vocês nem sequer perceberam! Foi um esforço inútil, não é? Eu nem sequer sou filho de vocês afinal.
— Piko, não…! — Kaito o interrompeu, mas era tarde demais.
— Espere aí, menino — Luka colocou-se de frente para ele — O que foi que você acabou de dizer?
— Você não sabia, Luka? Ah, é claro que eles não te contaram. Não falaram nada para mim também — Piko falava como se conversasse com uma velha amiga. Parecia estar completamente fora de si.

"— Mais um pouco… preciso esperar mais um pouco…"

— Eu só descobri isso hoje, por acaso, enquanto escutava uma conversa deles escondido. Eu não sou filho deles de verdade. Esses dois me adotaram e nunca me disseram nada. Parece que meus pais biológicos morreram na guerra. Como eles não podiam ter filhos e queriam muito um herdeiro, pegaram o bebê deles para criar, só para ter um herdeiro — Piko contou — Pena que escolheram a criança errada, não é? — ele virou-se para gritar para Miku e Kaito, exibindo um sorriso ensandecido no rosto — De tantas crianças órfãs, vocês foram pegar justo a mais fraca e medrosa! Que azar o de vocês! Bem, é o que vocês merecem por mentir para todo mundo e por roubar o bebê dos mortos!

Kaito e Miku o encaravam horrorizados. Sabiam que descobrir que tinha sido adotado seria um choque para Piko, mas jamais poderiam imaginar que ele reagiria assim. Que ficaria com tanto ódio deles e que enlouqueceria desse jeito.

"— Só mais um pouco… está quase lá…"

— Pobre menino — Luka falou dramaticamente — E pensar que eles mentiram para você a vida toda… como vocês são cruéis! — ela lançou um olhar de reprovação para Miku e Kaito — É por isso que eu não tenho herdeiros, sabia? Já pensei uma ou duas vezes em adotar uma criança, admito, mas seria muita pressão. Talvez o Ryuto tivesse aguentado a barra, ele era esperto e tão criativo! Mas o pobrezinho acabou morrendo tão jovem… é por esse tipo de coisa que decidi ter um braço direito para me auxiliar, para cuidar das coisas para mim enquanto eu estiver fora e, na pior das hipóteses, se alguma coisa me acontecer, a facção não ficar sem um líder. Mas parece que eu fiz uma péssima escolha — ela lançou um olhar de reprovação para Kiyoteru — Céus, você deve estar sofrendo tanto com isso, não é, meu querido? Mas não se preocupe. Agora que sei que você não é um herdeiro legítimo deles, você também não é mais útil para mim. Vou acabar com o seu sofrimento — Luka segurou Piko pelos cabelos com uma das mãos, sacou uma pistola com a outra e a apontou contra a garganta do garoto.
— Espere — ele falou — Tenho um último pedido.
— Ora, querido, você não está em posição de fazer últimos pedidos aqui — Luka deu uma risada.
— Como não? Eu estou prestes a morrer. Você poderia ao menos ouvir — ele argumentou.
— Muito bem. O que seria? — Luka perguntou, levemente curiosa.
— Quero que você mate meus pais antes de mim.


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Notas finais do capítulo

Heey~ pessoas!
Altas tretas, altas reviravoltas e altas emoções aqui, hein?! Será que o Piko enlouqueceu de vez? Qual será o plano do Len e do Piko? Será que o Kaito e a Miku vão mesmo morrer? (eles já estão todos ferrados mesmo...) E será que o Len vai aguentar ficar preso debaixo das rochas até o próximo capítulo?? Huahsuahsaha maldade isso
Caso alguém aí não conheça a Luka, aqui está uma imagem dela:

http://s1151.photobucket.com/user/teffy-chan88/media/lukae867ee2d94e29e9d28e496558cfb2d61_zpsmnrgviju.jpg.html?sort=3&o=0

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