Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 11
ANNABETH - Os benefícios de quebrar as regras


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou de viagem e chegou logo com cap novo pra vcs!! XD
Espero que gostem de nossa narradora da vez e do capítulo também!



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ANNABETH

Queria poder dizer que fui bem útil e parti para cima da mulher assim que a vi, mas não foi o caso. Eu ainda estava bem fraca apesar de o tratamento de Will ter ajudado bastante. Em situação bem ruim também estava Carter embora todos parecessem cansados em algum nível. 

O primeiro a atacar a mulher foi Nico, pois ele estava mais perto, ele atacou a mulher com sua espada negra enquanto eu me sentia culpada por atrasar Percy já que ele demorou a reagir, pois estava preocupado comigo. A mulher se desviou de Nico com grande facilidade e, para terminar de piorar a situação em que estávamos ela ainda foi ágil o suficiente para chegar por trás dele e o morder no pescoço e lhe sugar sangue. Nessa hora, Will lançou uma flecha contra ela e ela se afastou de Nico com um sorriso no rosto. O sangue escorria pelo seu queixo e ela passou a mão limpando um pouco dele.

— Nico! Você está bem? – perguntou Percy enquanto usava a neve que estava caída no chão como arma. Ele a controlou e formou estacas de tamanhos diferentes que usou para perfurar qualquer monstro que tentasse chegar perto de nós. Eu, por outro lado, estava fraca, mas segurava minha adaga com força enquanto perfurava a cara de uma mantícora (que para minha felicidade era pequena) e também amaldiçoava a cetal Naunet pela perca de meu chapéu de invisibilidade que havia ficado para trás no Central Park.

— A-Acho... – disse ele segurando o ferimento enquanto Will alternava o olhar entre ele e a mulher.

— V-Você não vai virar vampiro não, vai? – perguntou Will preocupado.

— NÃO ME REBAIXE AO MESMO NÍVEL DE UM VAMPIRO! – gritou com a voz mais fina que o normal a mulher irada, o rosto se desfigurando como o de um fantasma possesso e então indo na direção de Will querendo provavelmente lhe cortar a garganta. Ela era muito rápida, achei que não ia dar tempo de salvar Will, mas, num piscar de olhos, a cena pareceu mudar. Will estava derrubado no chão com Sean sobre ele, como se o irlandês tivesse derrubado o filho de Apolo com um empurrão e a mulher parecia ter passado direto.

— O-o quê? – eu disse confusa tentando entender o que havia acontecido.

Olhar para o garoto irlandês amigo de Carter e Sadie, me fez notar que a mulher também tinha sotaque irlandês.

— Você não é um vampiro... Por que... Você é uma D-Dearg-Due? – disse Sean gaguejando com medo a palavra estranha que eu não conhecia.

— Acertou querido conterrâneo – respondeu a mulher, a Dearg-Due. Acho que eu teria que conversar com Sean um pouco depois, pois não entendi direito toda essa última cena que aconteceu. De toda forma, minha atenção foi voltada para minha parte da luta.

Percy fazia um ótimo trabalho afastando os monstros de nós, mas eu temia que suas estacadas de gelo não fossem o suficiente para os monstros. Para minha alegria, Zia também fazia o mesmo só que usando chamas. Dessa forma conforme matavam monstros, Zia e Percy criaram uma espécie de círculo de fogo e gelo de forma que o centro do mesmo, onde eu e Carter estávamos, virou uma área de segurança. Olhei para Carter, e vi que ele estava bem pior do que eu, mal havia conseguido ficar de pé e, consequentemente, sua participação na luta havia sido nula. Para nossa sorte também, boa parte dos monstros (provavelmente os mais fracos) desapareceram num piscar de olhos virando poeira quando Anúbis invocou seu cetro e simplesmente bateu no chão com sua ponta uma vez . Quisera eu sempre lutar com um deus do nosso lado.

— Alguns mortos vivos viriam bem a calhar! – gritou Sadie de algum lugar que eu não consegui ver onde.

— Não estou bem em condições de invocar mais ninguém! – gritou Nico de volta arrancando apressadamente um pedaço de sua camiseta e usando para amarrar ao redor do pescoço e parar o sangramento aproveitando que Will, Sean e agora Julian também estavam ocupados com a tal Dearg-Due.

— Sem querer soar rude, mas não estava falando com você. – gritou Sadie de volta.

Percebi que a voz dela vinha de alguns metros atrás de mim. Olhei para trás através das chamas de Zia e vi Sadie e Cléo lançando vários feitiços contra um trio de monstros que não consegui identificar. Um pouco mais além, vi acho que meia dúzia de monstros já caídos e mais um se juntos quando Anúbis transformou um monstro de dois metros em pó. Meus chutes diziam que provavelmente tinha sido com ele que ela havia falado e minhas suspeitas se confirmaram quando ele pareceu murmurar algo. Eu não entendi nada, julgo que estava em egípcio antigo, só sei que fiquei toda arrepiada e receosa. A voz dele ecoava por todo o cemitério enquanto uma de suas mãos tocava o solo do mesmo. Acho que por coisas assim que as religiões ditas “pagãs” ganharam essa palavra para as definirem e foram tão perseguidas. Ouvir aquelas palavras incompreensíveis sendo ditas daquela maneira um tanto séria e tenebrosa, era realmente meio assustador. Ele logo parou de falar e então... Tive a certeza de que era com ele que Sadie estava falando. Não sei quantos mortos vivos Nico era capaz de invocar ao mesmo tempo, só sei que aproximadamente metade dos mortos do cemitério se levantou para nos ajudar. Levando em conta que aquele era o maior cemitério de Nova Iorque, o feito era bem chamativo. Parecia cena de filme de terror.

Os mortos vivos foram rapidamente se juntando à luta de forma que fomos ficando mais livres e então Sadie e Cléo puderam ajudar Will, Nico, Sean e Julian com a Dearg-Due. Quanto a Anúbis, vi que algo o distraia e só depois que dei cabo de alguns monstros pequenos que haviam conseguido passar pelas estacas de gelo de Percy e que pude ver o que era. Mas verdade seja feita, acho que ele tinha o direito de se distrair um pouco, estava literalmente transformando em pó a maioria dos monstros sozinho. Dentre toda aquela bagunçam, vi o homem chamado Zababa se aproximando calmamente andando. Junto de Zababa se aproximando com duas criaturas que pareciam búfalos com asas. Zababa parou a certa distância, olhou para nós, pareceu reclamar de algo e apontou para nós. Os dois búfalos correram em nossa direção só que sem tocar o chão e eu me preparei do jeito que dava para enfrentar o novo inimigo.

— CUIDADO! NÃO DEIXEM ESSES MONSTROS DESGRAÇADOS TOCAREM EM VOCÊS! – gritou Sadie jogando magias bem luminosas contra os monstros. Um desviou completamente, mas o outro pareceu se machucar com o ataque. – LUZ! PRECISAMOS DE PODERES DE LUZ! COISAS PURAS E TAL!

Bem, eu não tinha exatamente magias do tipo para jogar, mas os outros fizeram mais do que o suficiente. Zia, Cléo, Sean e Will cumpriram bem o pedido de Sadie enquanto nossos amigos egípcios pareciam bem mais preocupados com o que esses búfalos podiam fazer. Sadie também ajudou bastante com seu próprio pedido, boa parte do serviço quem fez foi ela. Achei um feito muito bom já que sobrou para Julian e Nico distraírem a Dearg-Due. Os monstros búfalos pareciam ter odiado particularmente as flechas de Will. A cada flecha que ele dava que atingia partes dos corpos dos monstros, essas partes desapareciam completamente causando uma feia e sangrenta ferida nos monstros que logo estavam agonizando de dor e então desapareceram por completo.

—F-Foi por culpa deles que W-Walt morreu – disse Carter sentado às minhas costas. Eu olhei de soslaio lembrando-me da breve explicação que ele havia dado antes da Dearg-Due aparecer. Também passou pela minha cabeça como ele não parecia estar nada bem, especialmente considerando que Will já havia, teoricamente, o curado.

As palavras de Carter me fizeram entender porque Sadie estava tão irada e jogando magias cada vez mais poderosas contra os inimigos que enfrentava. Não sabia direito quem era Walt, mas provavelmente ver aqueles monstros tinha revivido memórias não muito felizes para ela.

— PORQUE AJUDA ESSES MORTAIS, INPU?! – gritou Zababa estendendo os braços, notei como ele não parecia querer entrar nos limites do cemitério. A quantidade de monstros já havia reduzindo muito graças aos mortos vivos.

— Espera que eu vá para seu lado então? – perguntou Anúbis.

— Pode ser sangrenta e complicada, mas egípcios e hititas tem uma história. Temos até um acordo de paz, não temos? – perguntou Zababa. A pergunta de Zababa foi acompanhada por um grito fino de dor enquanto a Dearg-Due era ferida mortalmente por um ataque de Nico. Ela caiu no chão imóvel.

— Que imagino ter acabado a validade há vários séculos atrás. – respondeu Zia enquanto eu notava que só estávamos agora nós e Zababa.

— CALADA, MORTAL! – gritou Zababa de volta para ela. Ele estralou o pescoço como se tentasse recuperar a calma e olhou de volta para Anúbis – Eim? Porque os ajuda? O que eles fizeram para merecer? Seu próprio povo trocou vocês, os deuses deles, por Jesus e então trocou Jesus por Alá. São voláteis e indignos!

— As coisas mudam com o tempo – disse Anúbis dando de ombros – Não faça parecer que foi coisa de dois ou três dias.

— Não me diga que já se rendeu ao mundo humano! – disse Zababa apontando para Anúbis e segurando a gola da própria roupa provavelmente indicando a camisa do Iron Maiden que o nosso amigo deus usava.

— Ah, colé, a capa desse álbum tem uma vibe bem Egito antigo. – disse Will tentando defender Anúbis.

— MORTAIS! PAREM DE INTERROMPER! – reclamou Zababa.

— A culpa não é minha se você ainda está preso no Antes de Cristo, Zababa – disse Anúbis suspirando.

— Sim o tempo passou, os mortais nos trocaram... – disse outra pessoa se juntando a Zababa literalmente aparecendo do nada, mas sem entrar no cemitério. Minha nova inimiga, Naunet – Não sente falta Inpu? Daqueles tempos, daquele poder.

— Podemos começar uma sessão de nostalgia milenar sentados em alguma dessas tumbas, o que acham? – sugeriu Anúbis e alguns de nós olhamos para ele como se tivesse ficado doido, mas Naunet abriu um sorriso frio e assustador.

— Não vou cair nessa. – disse ela – Sei muito bem que cemitérios são seu território. Está enganado se vai conseguir me fazer cair nessa armadilha.

— Por acaso o mais forte que pode ficar é num cemitério? – perguntou Zababa – Como decaiu, Inpu. Não é mais aquele que vi lutando na Batalha de Kadesh.

— De toda forma... Vamos Zababa – disse Naunet.

— Eim? Como assim “vamos”? – disse Zababa. Também ficamos surpresos com a fala. Eu teria perguntado a mesma coisa que Zababa se não fosse o fato de que eu estava doida para eles irem embora, já sentia a fraqueza do veneno voltando a mim.

— Ah não... – resmungou Percy embainhando a contra corrente. – Anúbis, não se importa se eu der umas na sua tatatatatataravó né?

Percy não esperou Anúbis responder e já foi correndo em direção a Naunet com uma expressão de raiva no olhar ela desviou e rebateu todos os golpes que ele dava com a contracorrente usando suas garras que haviam me envenenado. Zababa quis participar da briga mirando na cabeça de Percy, mas Nico e Sadie rapidamente se juntaram a luta contra Zababa. Eu tentei me juntar à luta contra Naunet, mas meus joelhos falharam e eu cai, novamente, para minha extrema raiva, no chão. Zia e Julian cumpriram minha vontade de atacar Naunet, mas ela era muito boa. Will tentou atirar uma flecha nela, mas ela parou essa flecha sem dificuldade criando um pequeno redemoinho d’água do tamanho de uma panqueca entre sua mão e a flecha que ia em sua direção. A flecha caiu inútil no chão ao mesmo tempo em que ela aumentava esse redemoinho e o mudava de lugar de forma que ele rodeava ela e Zababa. Esse redemoinho d’água expulsou de perto todos que lutavam contra eles, menos Percy. Aparentemente a presença de Percy não era algo que eles queriam, pois Zababa deu um forte soco na cabeça de Percy que fez com que ele caísse para fora do redemoinho e desmaiasse no chão. O redemoinho começou então a os engolir. Anúbis lançou o que pareciam faixas de múmia tentando os segurar e impedir de fugir assim como Sean lançou algo que pareceu uma corda luminosa e os demais que conseguiam lançar ataques de longa distância o fizeram, mas Naunet e Zababa se foram.

— Droga... – reclamou Nico desabando cansado no chão. Todos desabamos no chão.

— Estamos com uma cara bem mal né? – disse Zia enquanto eu me aproximava engatinhando de Percy que estava largado no chão desmaiado.

— E não tenho forças para curar ninguém agora, galera, foi mal. – disse Will que estava deitado no chão com o braço sobre o rosto.

— Não será um problema – uma voz feminina disse nos sobressaltando. Estávamos tendo surpresas demais com pessoas aparecendo do nada hoje. Estava ficando irritante. Eu já ia reclamar perguntando algo como “argh, o que foi agora?”, até que vi que a dona da voz era minha mãe.

— M-Mãe? – eu disse. Sim, lá estava Atena diante de nós no meio de um cemitério – O que...?

— O que estou fazendo aqui? – ela disse me olhando – Uma situação excepcional. Menrva me informou que se comunicou com você perto do museu e da agulha. Dada à situação atual, achei que uma pequena ajuda seria bem vinda.

 - Que ajuda seria essa? – perguntei.

Minha mãe desviou o olhar de mim e então olhou para Anúbis.

— Eu, Atena, deusa grega da sabedoria, dou a ti, Anúbis, deus egípcio da morte, a permissão de abrir um portal para o acampamento meio sangue de forma que essas crianças, incluindo os magos egípcios possam descansar e se recuperar. – minha mãe disse e um olhar de surpresa cruzou a face de Anúbis. Ele afirmou com a cabeça. – E vocês... Por enquanto, descansem. Foi uma batalha árdua. A situação atual está muito complicada e sinto que logo encontrarão algo para fazer.

— Pequena pergunta... – disse Anúbis – Por acaso os outros deuses gregos sabem dessa pequena permissão que você acabou de dar?

— Acho que você, que adora quebrar uma ou outra regra, sabe que às vezes para vencer, regras devem ser quebradas. – disse Atena séria mas dando uma piscadela. Eu ri de leve.

— Acho que isso foi um “não” – comentou Zia com um sorriso.

Além disso, Atena se aproximou de Will e lhe entregou um papel com algumas coisas escritas.

— Esses ingredientes devem fazer um excelente antídoto. Use-o bem e deixe-o em estoque, filho de Apolo. – disse Atena. Will pegou a folha e afirmou com a cabeça. - Boa sorte, vocês precisarão.

E assim, minha mãe sumiu novamente.


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Notas finais do capítulo

vocês bem que podiam me dar de presente comentários né? afinal amanhã (19/01) eu faço 23 aninhos ♥
ah! uma coisa... se vcs são fãs do Anúbis (q nem eu XD ) to fazendo uma fic só dele. Mais especificamente do passado dele no Egito Antigo desde quando era pequenininho.
https://fanfiction.com.br/historia/750415/A_Morte_Das_Areias_do_Saara/ eis o link se for do interesse de vcs.
e eis a capa do CD do Iron Maiden que tá na camisa do Anúbis:
http://cdn.playbuzz.com/cdn/07f1871e-9acf-4561-9d7d-9c998fa4ce67/dfde222b-813a-44fc-8d49-8d2ae2db0841.jpg

além disso, vou dar à vocês o direito de escolher algo quanto os próximos capítulos...
atualmente temos aqui os casais:
Percy e Annabeth,
Will e Nico,
Sadie e Anúbis,
Zia e Carter,
dentre esses, dois vão ter um capítulo meio que só pra fofurice. Isso é certeza. Pra afinal dar uma respirada das batalhas. A escolha de vocês é a seguinte:

A ) fazer um capítulo fofo para dois casais, como eu já estava planejando. (ou seja, dois capítulos).
B ) fazer um capítulo fofo para todos os 4 casais (ou seja, 4 capítulos)

lembrando uma coisa, quanto mais capítulo, mais demora pros nórdicos aparecerem.