Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 10
NICO - Sou apresentado ao deus egípcio dos mortos


Notas iniciais do capítulo

hey gente!! Título meio spoilento? Sei lá... acho que não.. sou da época que título de episódio era tipo "GOKU MORRE!". Divirtam-se com o novo cap.
O narrador da vez foi votado por alguns membros do grupo de fãs de Percy Jackson no facebook.
O ganhador, com 23 votos, foi o Nico.
O Anúbis ficou em segundo com 5.
E o Percy em terceiro com 4.



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NICO

Foi um alívio poder ver que Percy e Annabeth estavam bem. Não sei como eles lidaram com todos aqueles monstros, chuto que Annabeth deve ter tido um plano bem genial. Perguntaria sobre isso para eles mais tarde, pois, naquele momento, tínhamos coisas mais urgentes a tratar.

Como corriam, ao alcançarem o lugar no cemitério onde estávamos os dois já estavam bem ofegantes. Percy estava descabelado, as roupas sujas de sangue, mas com nenhum corte aparente. Annabeth, no entanto, estava sim com um corte e as roupas sujas de sangue. Ela ofegava mais do que ele enquanto segurava o machucado com firmeza.

— Você está bem? – perguntou Will ao notar o corte dela – Me deixe curar isso. Vem.

Will foi bem proativo e ajudou Percy a sentar Annabeth sobre um banco de pedra que tinha ali perto. Antes de ele sentar ela lá, no entanto, eu e uma das meninas que conhecemos hoje ajudamos a tirar um pouco de neve que tinha em cima do banco. Não era a menina que agora dava atenção total à Carter, nem a menina loira que estava perto do garoto de preto, era a menina que tinha sotaque brasileiro. Eu conhecia o sotaque mais do que Will já que era um dos poucos que conseguia falar com Paolo, o brasileiro que temos no acampamento meio sangue.

Não demorou muito para que Will curasse a ferida de Annabeth, no entanto, depois que o corte fechou, ele olhou sério para ela.

— Então... – disse ele – O corte fechou, mas... Parece que seja lá o que causou isso, também estava envenenado.

— Ugh. Droga. Como se já ter me cortado não fosse ruim o suficiente – reclamou Annabeth

— Temos que dar um antídoto para você. – continuou o Dr. Will - É um veneno bem forte para eu poder curar assim sem nada, até porque estou bem cansado ainda depois de curar o Carter. Mas relaxe que não tenho só más notícias. Eu consegui reduzir bastante à quantidade e conter o que restou do veneno por mais algumas horas. Você vai se sentir bem melhor agora, mas seria melhor se não se mexesse muito. Dê-me uns minutos que tento tirar o que falta. Você está segura pelo menos até amanhã à noite se ficar quietinha.

— Anotado – resmungou Annabeth suspirando lentamente enquanto, exausto depois de fazer três curas, sendo duas delas aparentemente complicadas, Will se jogou do lado dela no que restava no banco meio que deitando só que deixando as pernas para fora.

— Cansei. – resmungou ele.

Como o perfeito namorado atencioso que Percy era, ele sentou numa mísera beiradinha do banco perto de Annabeth que não estava sendo usada e deu um beijo no topo da cabeça dela. Eu olhei para Will, meio sem graça de fazer algo do tipo, mas também querendo dar alguma atenção e energia para meu namorado embora eu mesmo estivesse também meio exausto depois de invocar aqueles mortos que acabaram ficando para trás depois que atravessamos o portal. Assim, eu me agachei ao lado do banco ficando o mais perto que dava da cabeça dele e sussurrei para que só ele ouvisse.

— Tá mandando bem hoje, eim? Dr. Will? – disse-lhe depois de lhe dar um beijo na bochecha. Ele riu e olhou para mim bem nos olhos.

— Valeu – respondeu passando uma das mãos em meus cabelos.

— Mas então... – disse Percy quebrando o momento. Achei que ele estivesse olhando para nós dois, mas na verdade estava olhando para o grupo de pessoas dentre as quais eu apenas sabia o nome de Carter – faz tempo que não nos vemos eim, Carter e Sadie.

— Verdade, não imaginei que fosse encontra-los hoje, mas imaginei que quando nos encontrássemos de novo, seria em uma situação assim... – disse Annabeth quietinha no banco.

— Perigosa, cheia de monstros e coisas inexplicáveis? – respondeu a garota loira enquanto o garoto de preto a protegia com o casaco dele. Imagino que ela estivesse com frio mesmo já que estava vestindo o que mais pareciam ser os pijamas dela. Não acho que estava nos planos dela ir passear no cemitério hoje.

— É. Exatamente isso – disse Annabeth abrindo um sorriso.

— Ei. Calma. Pera. – eu disse me levantando e ficando entre os dois grupos – Vocês se conhecem? – perguntei. Especialmente porque eu estava preocupado com quem (ou o que) seria o garoto de roupas pretas.

— Faço de sua pergunta a minha – disse um dos outros meninos que não era Carter nem o menino de preto. Este tinha sotaque irlandês.

— Só conhecemos Carter e Sadie – explicou Percy.

— Prazer, Carter – respondeu fracamente quem eu já sabia que era Carter.

— Sadie aqui – respondeu a garota loira – Também só conhecemos Percy e Annabeth. – ela explicou e Percy e Annabeth levantaram a mão quando os nomes foram chamados.

— Acho que precisamos então de uma boa sessão de introdução de novos amigos – disse Percy.

— Concordo – eu disse. Talvez eu tenha encarado o garoto de preto e imagino que ele tenha notado, pois olhou de volta em minha direção e não parecia nem um pouco incomodado ou assustado quando notou que eu o observava. Muito pelo contrário, um leve riso pareceu escapar de seus lábios. Não sei se era um riso desafiador ou se ele achava graça em algo.

— Bem, prazer, me chamo Percy, filho de Poseidon.

— Pera... Pera e volta tudo – disse a garota de sotaque brasileiro – “filho” de Poseidon. Poseidon em “o deus grego do mar”?

— Ele mesmo. – disse Percy já acostumado com essa reação – Já peguei pelo pouco que falei com Carter e Sadie que vocês egípcios não são semideuses. Aparentemente os deuses egípcios não costumam fazer filhos por ai.

— Não costumam mesmo – respondeu o garoto de preto.

— Egípcios? – disse Will interrompendo toda a explicação. Embora eu deva admitir que se ele não tivesse o feito, eu teria – Cara... Que legal! E eles ainda se mantém fieis aos seus casamentos divinos? Algumas vezes parece que os gregos só sabem pular a cerca, fazer um amante aqui e ali, aproveitar uma noite empolgante e coisas do tipo. Ah, prazer, Will, filho de Apolo.

— Bem... – disse de novo o garoto de preto – Infidelidade acontece mais entre os outros deuses. A maioria acha bem repugnante se relacionar com mortais.

— Nojentos – disse a tal Sadie. O garoto de preto olhou para ela com um sorriso torto quase como se pedisse desculpas e então ela o abraçou.

— Bem, continuando – disse Annabeth – Eu sou Annabeth, filha de Atena.

— Atena? A deusa da sabedoria? Jura? Que legal! – disse a menina do sotaque brasileiro – Eu sou Cléo. Eu sigo o caminho de Toth.

— O deus egípcio da sabedoria – disse Annabeth com os olhos brilhando de interesse enquanto Cléo afirmava com a cabeça.

— Calma. – agora foi minha vez de interromper – O que é “seguir o caminho de Toth” e se vocês não são semideuses, o que são?

— Magos e descendentes de faraós – respondeu o menino de sotaque irlandês – Aliás, sou Sean, seguidor do caminho de Khonsu, deus egípcio da lua e do tempo.

— Quando a gente fala “seguir o caminho” de algum deus, significa que treinamos magias, técnicas de combate ou juntamos conhecimentos ou qualquer coisa do tipo ligado a esse deus e usamos como nossas habilidades – explicou o menino que Will arrumou a perna quebrada – É quase como se ligar profundamente ao deus, mas sem o ter dentro de seu corpo. Ah, e aproveitando, prazer, Julian, seguidor do caminho de Hórus.

Will assobiou, aparentemente achando aquilo de magos e descendentes de faraós bem legal. Eu, no entanto, já estava me coçando para saber quem afinal era o cara de preto. Será que, assim como eu era filho de Hades, ele seguia o tal caminho do sei lá qual que era o deus egípcio da morte? Esperando que talvez fosse o caso, resolvi me apresentar para quem sabe descobrir quem era ele visto que agora só faltava ele e a menina de cabelos curtos.

— Que diferente... – refleti antes de me apresentar – Bem, eu sou Nico. Filho de Hades, deus grego dos mortos.

Fiz questão de dizer do que meu pai era deus para o caso de ele não saber quem Hades já que eu não sabia também quem era o deus egípcio da morte. Eu olhei para ele esperando para ver qual seria a reação, e um brilho de entendimento pareceu cruzar seu olhar. Sadie, sua namorada, olhou para ele e cochichou algo no seu ouvido e ele afirmou com a cabeça. Enquanto isso, eu só ficava mais curioso. Ela falou alguma outra coisa que não pude ouvir e riu enquanto ele revirou os olhos com um sorriso no rosto.

— Bem – disse Sadie estragando meus planos de ele se apresentar depois de mim – Já disse que sou Sadie, mas não mencionei que sigo o caminho de Ísis. Deusa egípcia da maternidade e protetora da magia. Quanto ao meu irmão e a namorada dele...

— Ah sim, verdade, eu também não disse – disse Carter quando Sadie olhou para ele. Porque eu tinha a sensação de que ela queria que o namorado de preto fosse o último a falar? Será que essa foi uma das coisas que ela cochichou com ele? – Eu sigo o caminho de Hórus. Deus do céu e dos reis.

— E de umas porradas básicas também – completou Sadie fazendo Carter revirar os olhos.

— Wow, tá ai um caminho legal pra se seguir. E você? A tal namorada dele? – disse Percy olhando para a garota de cabelos curtos que ajudava Carter a ficar sentado.

— Sim – disse ela – me chamo Zia, seguidora do caminho de Rá. Deus egípcio do sol.

— Da última vez que chequei, não eram Hórus e Rá deuses bem importantes da mitologia egípcia? – perguntou Annabeth e todos eles afirmaram com cabeça.

— Bem... Foram quase todos – eu disse cruzando os braços já não aguentando essa enrolação toda.

— Desculpe, eu ia falar depois dela, mas ela pediu pra que eu enrolasse para ser o último – disse o garoto de preto apontando para Sadie com a cabeça.

— Ei! Que tipo de namorado você é? Dedurando a namorada assim! – reclamou Sadie dando uma cotovelada de leve nele enquanto Carter, Cléo, Sean e Julian riam ou abriam um sorriso.

— Percebi isso também – respondeu Carter.

— Desculpe – disse ele pegando na mão dela e dando-lhe um beijo nas costas da mão. Ela parece ter tentado continuar com raivinha dele, mas o sorriso bobo que queria aparecer em seu rosto mostrava que ela não conseguia ficar com raiva dele por muito tempo. – Bem, sou Anúbis.

— Pera – disse Annabeth o cortando antes que ele tivesse tempo de dizer qualquer outra coisa – Anúbis em tipo O Anúbis? O Deus egípcio da morte?

— Eu mesmo – disse ele dando de ombros levemente.

— Sadie... Você não mencionou da última vez que namorada um deus – disse Annabeth olhando para Sadie num misto de surpresa e preocupação.

— Pera. Para. Nem mago, nem semideus, você é um deus. – disse Will e Anúbis afirmou com a cabeça – Você mesmo não falou que os deuses egípcios não gostaram de se relacionar com humanos.

— Eu sou uma das exceções à regra. – disse Anúbis respondendo Will, mas depois olhando para mim – Bem, acho que talvez isso explique porque você estava tão desconfiado de mim Nico.

— Você notou. – eu disse e ele afirmou com a cabeça. Ok, não imaginava que ele era um deus. Talvez devesse ter considerado essa opção afinal, não era uma sensação muito diferente da que o meu pai passava. Só espero que não seja um daqueles deuses temperamentais e rancorosos. Não que eu não fosse enfrentar caso fosse, mas era sempre bom evitar uma dor de cabeça a mais.

— Ok, agora que todos nos conhecemos, acho que podemos dar uma versão resumida de o que aconteceu em cada lado de batalha que estivemos? – sugeriu Percy.

E assim, cada um foi dando a sua explicação da batalha. Foi meio bagunçado porque tinha muita gente. Mas conseguimos resumir, mais ou menos, o que aconteceu na casa (que agora sei que se chama Casa do Brooklyn e eles moram lá) e Percy e Annabeth resumiram as aventuras do Central Park. Aparentemente também, alguns daqueles monstros já haviam lutado contra Carter, Sadie, Zia e Anúbis e custado a vida de um tal de Walt.

— Acho então que é seguro dizer que eles vão vir atrás de vocês – disse Annabeth – Acho que ouvi a mulher que me atacou dizendo que eles queriam o deus da morte. Imagino agora que seja você Anúbis.

— Provavelmente. Já que também bate na descrição de estar sozinho já que nenhum deus egípcio está no mundo humano atualmente. No entanto, algumas coisas que você falou me preocupam.

— Tipo? – perguntou Annabeth.

— Quase parece que tem algum outro deus egípcio aqui. E, o que me incomoda, é que eu não sabia disso – disse Anúbis aparentando estar pensando sobre o assunto – Como era essa mulher que falava isso.

— Ela era bem bonita, tinha pele escura, cabelos azuis e olhos amarelos. – disse Annabeth descrevendo-a.

— Olhos amarelos como o de uma cobra? – perguntou ele como se lembrasse de algo – E ela que fez o seu ferimento e Will disse que o ferimento estava com veneno, certo?

— Certíssimo. Acha que conhece essa monstra? – disse Will.

— Acho. E acho também que ela não é uma monstra. Acho que é Naunet, uma deusa. – disse Anúbis.

— Ok, essa eu não sei do que é deusa – disse Sadie.

— Alguma chance de você ter o antídoto para o veneno dela? - perguntou Percy preocupado com Annabeth.

— Não tenho, mas sei do que ele precisaria. Posso passar para vocês. - respondeu Anúbis e Percy abriu um sorriso satisfeito.

— E Naunet representa o caos e as águas primordiais. É uma deusa bem antiga. Uma das... Primeiras... Né? – explicou Cléo que olhou para Anúbis como se estivesse em dúvida quanto à parte das informações e ele afirmou com a cabeça.

— Ela é minha... Ahm... Tetravó. – disse Anúbis.

— Isso é antes dou depois de “Tataravó”? – perguntou Sean.

— Depois – respondeu Annabeth.

— Ok, isso realmente parece bastante coisa – disse Percy.

— Você bem que podia ir falar com sua tetravózinha, pegar uns biscoitinhos, passar um tempinho com ela, o que acha? – perguntou uma moça que, na nossa distração com a conversa, não vimos se aproximando. Ela era muito bela, tinha o cabelo ruivo e estava suja de sangue principalmente na boca. Mas ela parecia gostar, pois até estava lambendo os beiços. Para nosso desespero, atrás dela vinha alguns dos monstros que estavam no Central Park e os que estavam na Casa do Brooklyn. A quantidade já estava bem menor, mas ali estavam eles, nos seguindo.

Preparamo-nos para a batalha o mais rápido que podíamos. Annabeth e Carter, no entanto, não. Percy e Zia ficaram brigando com eles insistindo que descansassem, mas eles acabaram se levantando de forma sofrida e se preparando para a batalha mesmo assim. A quantidade de monstros pode até ter diminuído, mas estávamos todos extremamente cansados.


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Notas finais do capítulo

em algum outro capítulo que eu esteja em dúvida quem vai narrar, eu boto para vocês escolherem. O próximo, no entanto vai ser provavelmente com a Annabeth :3
Enquanto isso.. até lá o/
Eu não sei se o próximo capítulo vai sair tão cedo assim pq dia 5 eu viajo e só volto dia 17.
Aliás, passei o dia planejando melhor a aparição dos nórdicos agora que os gregos e egípcios se conhecem (se n ia ficar muita gente para se conhecer ao mesmo tempo). Contando o próximo cap com a Annabeth, acho que tem mais um ai no seguinte os nórdicos aparecem.



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