Entre o Amor e a Razão escrita por Duda


Capítulo 9
Capítulo 9




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Edy tinha viajado no dia anterior e Sam já estava indo para o quarto de Mylla tentando não mais pensar em Edy e sua secretária ela queria na verdade era esquecê-lo, torcia muito para Jack arrumar outro médico para cuidar de Mylla o mais rápido possível, e foi pensando nisso que entrou no quarto dela e se assustou com o que viu.

Mylla estava com os olhos muito vidrados a boca entreaberta e uma espuma branca escorria dela, Sam imediatamente pôs-se a medir a pressão da amiga, verificar a pulsação e tomar todas as precauções necessárias e descobriu que Mylla estava com os dias contados e mandou que Margaretti chamasse toda a família imediatamente.

Em menos de uma hora todos já estavam no quarto e se assustaram ao ver Mylla daquele jeito, ela ainda soltava espuma pela boca mas os olhos pareciam ter mudado o brilho agora estavam embaçados como se uma nata os estivessem cobrindo.

— Ah meu Deus, o quê está havendo com minha filha??? A Sra. Taylor falou com verdadeiro terror na voz.

— Ela está chegando ao fim Sra. Taylor, e não podemos fazer mais nada.

— Não, Nãão... ela continuou chorando.

— Quanto tempo ainda Sam? Jack perguntou com voz engasgada.

— Não posso precisar Jack, depende dela, sua respiração está lenta mais ainda está constante e o coração apesar de fraco ainda bate, no momento ela está inconsciente mas pode voltar a qualquer momento ou... partir de vez. Sam concluiu com objetividade na voz.

David e o Sr. Taylor nada falavam apenas choravam tristemente.

— E Edward, alguém tentou localizá-lo? Sam foi quem falou novamente.

— Ligamos para o celular mas está desligado, e no escritório ninguém consegue contactá-lo.

Sam não pôde deixar de pensar no ele estaria fazendo naquele momento, talvez na cama com aquela secretária, oh, Sam pare de pensar nisto, afinal não é da sua conta se Edward é um mal caráter.

Durante todo o dia todos ficaram em Somerset, todos revezavam no quarto de Mylla que não mudou muito desde então, às vezes ela tinha uma convulsão ou outra, mas na maioria das vezes ela dormia como se nada estivesse acontecendo com ela. Este quadro permaneceu assim durante os dois dias que se seguiram.

Já havia algumas horas que Mylla não mudava seu quadro naquele dia e Sam resolveu respirar um pouco de ar puro, pois os quartos assim como toda a casa estavam empregnados com o cheiro de remédios e hospital e por mais de os empregados se esforçassem não conseguiam tirar aquele cheiro da casa toda, até as cortinas cheiravam doença.

Enfim era para poder esquecer por alguns minutos toda a tristeza daquela casa e pensar um pouco em sua própria vida foi que Sam resolveu dar um passeio pela propriedade, ela sabia que havia uma pequena mina d'água que brotava da terra e descia por entre as pedras formando um tímido riacho rodeado por flores silvestres muito bonitas por sinal, o local era um pouco distante da casa uns 300 ou 400 metros talvez.

Sam chegou ao local que estava exatamente como estivera lá pela ultima vez, na ocasião Sam tinha muitos planos dos quais gostaria de esquecer que um dia fizera com Edward, agora ela sabia que ele não prestava.

— Oi Sam.

Samantha assustou-se com aquela voz máscula atrás de si, por um instante achou que estava sonhando, mas concluiu que era realmente Edward que estava ali parado de frente para ela.

— Finalmente você chegou, há dois dias estão todos atrás de você, o que houve cansou de sua secretária e resolveu lembrar-se que tem uma esposa convalescendo? Sam mal pôde acreditar na rispidez com que falava com Edy.

— Hei, o que deu em você, eu estava trabalhando e meu celular não estava funcionando na cidade onde estive porque as torres estavam com problemas, só soube do estado de saúde de Mylla hoje pela manhã e vim o mais rápido que pude, agora não sei o que minha secretária tem haver com isso.

— Ah! Você não sabe? Quer tentar me convencer de que você estava viajando sozinho?

— Mais eu estava sozinho, eu nunca levo Janine comigo em minhas viagens de negócios.

— Não foi bem isso o que ela me disse. Samantha agora falava tão alto que sua voz era quase gritada.

— Janine disse a você que costuma viajar comigo? Edy falou no mesmo tom de voz.

— Está surpreso porque sua secretária não esconde o relacionamento de vocês ou porque você pretendia esconder apenas de mim e esqueceu de avisá-la?

— De onde tirou esta barbaridade eu não tenho um caso com minha secretária ou com quem quer que seja, e se Janine disse isto amanhã mesmo tratarei de substituí-la. Os dois agora gritavam um com o outro Edy segurou os braços de Sam e colocou-a encostada na árvore de forma que ela o encarasse. _ O que me deixa surpreso é saber que você acredita em uma história como essa.

— Não se faça de vítima Edy, é claro que você tem uma caso com Janine, senão porque Jack diria que você deveria ter sido um marido para Mylla, e porque desconfiaria tanto de você e eu, é porque ele sabe sobre Janine, e aposto que Mylla descobriu e por isso a depressão e consequentemente a doença, por tanto Jack tem razão em acusá-lo.

— O Jack está ressentido porque ele sabe que só me casei com Mylla, porque você foi embora e eu fui pressionado, ele também sabe que nunca amei Mylla, e que pretendia me separar dela e desta forma não vivíamos como marido e mulher, só não o fiz porque ela ficou doente e as coisas foram só piorando cada vez mais, até que o médico disse não haver mais chance para curá-la e não poderia me separar dela de qualquer forma. A voz de Edy agora era mais suave e sensual e ele quase sussurrava no ouvido de Sam. _ Mas quando você chegou minha vida voltou a ter um brilho novo, só por sua presença aqui, e Jack sabe disso, ele sabe que eu jamais esqueci você meu amor.

Ao concluir o que disse Jack começou a beijar Sam com uma urgência que demonstrava toda a sua saudade e sua necessidade de tê-la suas mãos percorriam todo o corpo de Sam e começou a desabotoar sua blusa, beijar-lhe os seios bem feitos e Sam não conseguiu deixar de responder a suas carícias e suas mãos também percorriam aquele corpo musculoso e tirava sua blusa deixando o seminu para admirá-lo melhor mesmo sabendo que não era a hora, mais ela estava feliz em ouvir aquelas palavras, e também estava feliz em estar nos braços de Edy, e portanto nem percebeu quando alguém se aproximava.

Era David, ele viu que não podia acreditar no que estava vendo, então Jack tinha razão o tempo todo os dois eram cínicos e traidores e foi toda a raiva que o dominava por dentro que juntou nas mão para que ele puxasse Edward e lhe desse um soco no rosto.

— Seu cretino, canalha, não pode esperar nem pela morte de minha irmã. Ele dizia aos berros enquanto socava o cunhado.

— David espera, olha nós não quería...Sam foi interrompida por David.

— Cala a boca sua, sua cínica, como eu pude me apaixonar por você, você não presta assim como o Edward.

Samantha estava envergonhada, e David tinha toda razão por dizer todas aquelas coisas.

— Não fale assim com ela David a culpa foi toda minha eu não pude resistir eu...Edy não concluiu a frase pois Jack chegou neste momento interrompendo-os.

— O que está havendo aqui? Ele perguntou apavorado.

— Você tinha razão Jack o tempo todo, esses cretinos estavam se agarrando, e se eu não tivesse chegado transariam aqui mesmo.

— Eu sei David mas agora não é hora a Mylla não está nada bem ela piorou muito e como você demorou vim atrás de você, Dra. ela precisa de você.

Samantha não pensou duas vezes e correu em direção a casa e todos a seguiram na mesma velocidade.

Jack tinha razão Mylla piorou muito ela agora tinha convulsões sem parar, e se repuxava na cama o tempo todo.

— Rápido chamem uma ambulância temos que levá-la a um hospital imediatamente.

A ambulância chegou e felizmente chegaram a tempo de internarem Mylla na Terapia Intensiva. Samantha agora teria de dar a notícia a família mas não tinha coragem depois de tudo o que aconteceu, com certeza a essa hora todos já estariam sabendo.

A sala de espera estava em silêncio, Edward estava olhando para a janela de cabeça baixa, também não tinha coragem de encarar os outros.

O Sr. e a Sra. Taylor sentados no sofá chorando inconsolavelmente, Jack tentava controlar David que queria expulsar Edy dali, mas apesar de não querer ver o cunhado na sua frente Jack sabia que seus pais não agüentaria saber o que houve por isso não deixava o irmão ir em frente e Kate olhava para o cunhado incrédula sua atitude.

E nestas circunstâncias que Sam chegou para dar notícias da amiga.

— Como ela está? perguntou a Sra. Taylor.

— Mal. Sam não conseguia encará-la olhava para toda a sala de forma a não encarar ninguém. _ Ela teve um aneurisma cerebral e respira com ajuda de aparelhos, seu coração está muito fraco e ... Sam começou a chorar.

— Não seja cínica Dra. não precisamos de suas lágrimas. David disse ressentido.

— Por favor David, vai começar também não é hora agora e depois Samantha fez tudo o que pôde por nossa menina. O Sr. Taylor o repreendeu sem saber porque David fora tão ingrato.

— Quanto tempo ela ainda tem Dra. Desta vez foi Jack quem perguntou.

— Não posso precisar Jack, horas talvez dias, só depende dela. Sam conseguiu ser mais objetiva. _ Bom eu acho que meu trabalho acaba por aqui, o Dr. Dampsen está a par do estado clínico de Mylla e irá acompanhá-la daqui pra frente.

E Sam saiu do hospital, e foi buscar suas coisas, em duas horas estava voltando para casa em Nova York. Ela agora chorava, por todos aqueles dias difíceis, por saber que Edy ainda a amava e principalmente por trair Mylla daquela maneira, por que afinal ela não podia se defender.


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