Entre o Amor e a Razão escrita por Duda


Capítulo 7
Capítulo 7




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Alguns dias haviam se passado desde que Sam e David começaram a 'namorar', Mylla já havia melhorado e todos voltaram para suas casas, e Sam e Edy encontravam-se sozinhos novamente.

Sam agora estava em seu quarto pensando em tudo o que estava acontecendo com ela, ela ainda amava Edy mas era impossível nutrir alguma esperança nesse amor, mas também doloroso ficar ali naquela casa ao lado de Edy todo o tempo, e o seu relacionamento com David seria o ideal, assim ela poderia esquecer de uma vez Edy.

E foi com essa determinação que Sam resolveu encarar Edward Nicolson.

O café já estava na mesa e Edy como de costume também.

— Bom dia Sr. Nicolson? Samantha tentou ser o mais casual que pôde.

Edy olhou incrédulo para Sam e pensou como ela podia tratá-lo com tamanha frieza pois afinal, já havia algum tempo que ela estava ali, e ambos estavam um pouco mais íntimos, claro que nada parecido com o que Edy sonhava todas as noites desde que Samantha chegou àquela casa, ele jamais havia sentido tanto a falta de uma mulher como agora. E vê-la tão linda e tão fria e distante com ele, pior que isso sabendo que estava namorando David tornava tudo muito mais difícil, ele a amava Edy não tinha mais dúvida, mas sabia que era uma situação extremamente complicada, mas suportar aquela frieza isso era demais.

—Pensei que já tivéssemos passado desta fase. _Você, digo, a Srta. já me chamava de Edward a algum tempo, será que isso tudo é por causa do seu súbito interesse por David Sanders. Edy disse com um misto de raiva e cinismo no olhar.

Samantha ficou surpresa com a reação de Edy, ele estava sendo inconveniente, afinal a vida pessoal dela a ele nada interessava, e depois ela não tinha por que tratá-lo de outra forma afinal ele era marido de uma paciente sua.

—Sinto muito se isso desagrada ao Senhor mas, gostaria de deixar claro que 'sua' esposa é minha paciente, por isto mesmo não temos por que nos relacionarmos com maior intimidade. Quanto a meu relacionamento com o 'seu' cunhado faz parte da minha vida pessoal, que eu gostaria de deixar bem claro que não lhe diz respeito.

—Mas por que tanta grosseria, Sam, eu só fiz um comentário. Mas se a Srta. se sentiu ofendida me desculpe não foi minha intenção. Edy disse mais alto do que pretendia, levantando-se e atirando o guardanapo sobre a mesa e se retirando da mesa demonstrando assim toda a sua indignação com aquela maneira de Samantha.

Nem mesmo Sam podia compreender porque fora tão dura em suas palavras, talvez por que ela quisesse convencer a si mesma da realidade da situação.

O restante do dia foi dentro do normal, Mylla dava muito trabalho e parecia que seria só o começo, felizmente ela e David haviam combinado de sair à noite, assim Samantha poderia ficar um pouco longe de Mylla, e principalmente de Edy.

A noite estava quente ideal para aquele vestido vermelho bastante justo no corpo, escolhido por Sam, que ao descer as escadas percebeu que Edy não gostara nada do modelo que ela vestia, justamente pelo fato de Sam sair tão atraente com outro homem que não fosse ele.

— Vejo que não poupou esforços para sair com seu 'namorado'. Edy disse num tom irônico, e Sam pôde perceber que o Whisky que ele tinha nas mão já começava a fazer efeito.

— É verdade. Sam disse em tom casual, tentando evitar uma discussão aquela hora.

Porém Edy não se contentou ele queria provocá-la.

— Eu acho que te contratei para cuidar de Mylla, e não sair por aí, se divertindo vestida como uma...

— Até os médicos merecem um descanso de vez em quando, e depois meu celular e bip estão ligados, caso seja necessário não hesite em me chamar. Sam interrompeu Edy, mesmo porque não queria ouvir as coisas desagradáveis que ele tinha a dizer.

— Eu não hesitarei. Ele falou e deu alguns passos cambaleando, no momento em que ouviu o barulho do porshe de David encostando, e completou _ Sua companhia chegou, é melhor você ir antes que Mylla acorde e você tenha que desfazer toda sua produção.

Edy tentou mais uma vez provocá-la, porém Sam fez apenas uma careta, e saiu batendo a porta atrás de si.

Sam e David, foram a um restaurante de comida chinesa e depois seguiram até uma famosa discoteca da cidade, o lugar era todo decorado no estilo rústico, com paredes de tijolos a vista com uma pintura em tom vermelho tijolo, com escadas, mesas cadeiras e apoios em madeira sem talhar apenas cobertas por verniz de forma a manter a sua cor natural, nas paredes as luzes estavam apenas em baixo de quadros antigos de forma a mostrar melhor as obras, sob as mesas havia apenas um pequeno vazo de flores do campo. Porém o clima rústico terminava por aí, pois as músicas tocadas no local eram bem recentes e animadas também, típicas de discotecas.

Sam e David procuravam um lugar para sentarem quando viram sentados a um canto da danceteria Paul e Nina.

— Sam! David! que bom vê-los aqui, se saíram assim que dizer que Mylla deve ter melhorado. Venham sentem-se. Disse Nina para o casal.

— Na verdade o quadro dela permanece estável, o que já é uma vitória. Foi Sam quem respondeu a amiga, ao mesmo tempo em que sentava na cadeira.

— Isso parece bom, e como estão seus pais David. Paul perguntou querendo ser mais gentil do que o necessário, pensando é claro nos negócios que tinha com a família.

— Na medida do possível, estão bem, acho que já estão conformados com o que os espera. David respondeu.

— Não diga isso, sua irmã sempre foi muito otimista, ela vai conseguir superar essa doença vocês vão ver.

— Gostaria de ter seu otimismo mas todos nós sabemos que as coisas não são bem assim.

— Ora por favor gente, acho que essa noite saímos para tentarmos nos divertir, que tal mudarmos de assunto, e aproveitarmos essa música para dançarmos um pouco. Nina disse tentando quebrar o clima triste que foi se criando na mesa.

— Claro você tem razão Nina, vamos dançar. Sam concordou levantando-se.

A noite toda correu muito bem, já era tarde e David e Sam decidiram ir embora. A viagem até Somerset fora bastante tranqüila, porém Sam, estava louca que terminasse pois estava com muito sono, e apesar de ser sábado, sabia que teria que acordar cedo no outro dia de qualquer jeito, afinal Mylla sentia dores todos os dias.

Ao estacionar o porshe em frente a casa dos Nicolson, David ainda permaneceu no veículo por mais algum tempo, virando-se a fim de encarar Sam.

— Parece que você não gostou muito de sair comigo esta noite. David disse se referindo ao ar hesitante que Sam manteve a noite toda.

— Imagina David, de onde você tirou isso, a noite estava ótima, eu só estou cansada quero deitar pois amanhã tenho muito trabalho pela frente, você sabe. Sam disse tentando disfarçar.

David agora não olhava mais par Sam e sim para o outro lado com o braço apoiado na porta do veículo e com um semblante irritado.

— Não precisa tentar mais me enganar, eu posso parecer mas não sou nenhum idiota, você só está comigo para tentar enganar o Jack, fazer ciúmes no Edy ou sei lá o quê.

— David!!! Sam falou ofendida. De onde você tirou estas conclusões, você está me ofendendo.

— Ah!!! Vai me dizer que está apaixonada por mim. David continuou com raiva.

— Não!!! Quer dizer... Não é isso, é que você está me acusando de coisas que não estão acontecendo, nós estamos juntos está ótimo, eu não te amo, mas está muito agradável, talvez depois quando... quando as coisas estiverem mais calmas teremos mais tempo para nós e...

— A quem está querendo enganar Sam? Você ama o Edy, está na cara.

Sam abaixou a cabeça, não teve coragem de contestar.

David deu um longo suspiro virou-se para Sam com um olhar extremamente doce.

— Eu te amo, mas não posso competir com o Edy, ele convive com você dia e noite, e eu... bom eu não consigo fazer uma noite sequer sua ser agradável.

—David você está enganado, não há nada entre mim e Edy...

— Eu quero muito acreditar nisso, ou pelo menos que nada aconteça até ... bem você sabe mas não está sendo fácil, talvez eu devesse continuar esse nosso relacionamento para tentar impedir isso mas não dá, eu não suporto beijá-la sabendo que está pensando nele.

— David olha...

— Sam, é melhor terminarmos por aqui antes sejamos machucados.

— Você tem certeza de que é isso que você quer?

— Sim eu tenho.

— Eu adorei estar estes dias com você.

— Eu também.


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