Genesis - Creation escrita por Lori


Capítulo 2
Capítulo 1 - Genesis


Notas iniciais do capítulo

Olá! Primeiramente gostaria de agradecer pela receptividade com Genesis, essa história me traz grandes expectativas.
Também gostaria de me desculpa pela demora, eu estava ocupada com vestibular e essas coisas e acabei não tendo tempo de escrever e postar.
A primeira parte do capítulo trata-se de um retorno para a cena final do prólogo, porém mais detalhada e cortando a conversa com os cientistas que já foi exibida.
Espero que gostem!



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O sol já estava quase nascendo quando o enorme carro preto parou no pátio do laboratório. Carros de polícia, ambulâncias e bombeiros estavam espalhados com suas sirenes ligadas enquanto os oficiais conversavam com os funcionários do local, alguns outros funcionários eram atendidos pelos paramédicos enquanto duas macas fechadas com capas pretas eram retiradas do prédio. Vítimas fatais.

O motorista do carro preto abriu a porta de trás e um homem de terno saiu do veículo, caminhou lentamente em direção ao amontoado de pessoas sem se importar com o chão molhado pela recente chuva estragando seus sapatos de couro importado. O homem de terno conversou com uma equipe de cientistas e pesquisadores por um tempo e logo depois foi em direção aos policiais.

—Não senhor, eu não sei. -Um funcionário comentava com um policial.- Já disse que não tenho permissão para falar sobre esse assunto, o senhor teria que ver com meu superior e...

—Já chega. -O homem de terno disse com uma voz grossa, fria e cortante.- O senhor tem que falar comigo, sou o dono da rede de laboratórios. Arthur Fawkes ao seu dispor.

—Senhor Fawkes, eu gostaria de fazer algumas perguntas em relação a paciente que fugiu. -O policial disse firme enquanto encarava o homem.

—Pois não, vamos até meu escritório. -Disse Arthur e começou a caminhar para dentro do prédio, o policial logo atrás. Ao entrarem no escritório o dono do laboratório se sentou e apoiou os pés sobre a mesa, fazendo um sinal para o policial se sentar na cadeira logo à sua frente.- Espero que isso não demore muito.

—Poderia nos dar mais detalhes sobre a paciente? O que ela fazia no laboratório? Quem era ela?

—Genesis era minha filha. -O desprezo na voz foi notável.- Ela fazia tratamento de esquizofrenia na ala psiquiátrica e se desesperou com os novos medicamentos que estávamos aplicando nela.

—E por que ela fazia tratamento aqui e não em uma clínica especializada?

—Ela é minha filha, meu laboratório tem uma ala para isso e pessoas que eu confio trabalham aqui, eu não iria deixá-la em uma clínica nas mãos de pessoas que não conheço.

—Senhor Fawkes, sua filha matou três funcionários e feriu outros cinco. Como isso é possível? Eles não tentaram contê-la?

—Genesis sempre foi muito forte, sem contar que uma paciente durante um surto de esquizofrenia pode fazer coisas inacreditáveis.

—Qual era a idade da garota?

—Quatorze anos... Era tão jovem.

—É só isso por enquanto, agradeço seu tempo. -O policial levantou-se e saiu da sala sob o olhar mortal de Arthur Fawkes.

—Eu quem agradeço... -Arthur sussurrou para si mesmo. O mesmo esperou o policial sair de vista e fechou a porta, trancando a mesma.

Com passos firmes ele caminhou até o pequeno frigobar que existia no cômodo e o abriu. Pareceu não se surpreender ao não encontrar bebidas, apenas vidros de remédios, vacinas e bolsas de sangue. Pegou um frasco com um conteúdo azul brilhante e um vidrinho com uma pequena amostra de sangue.

Ao abrir os dois frascos, derramou algumas gotas do líquido azul dentro do vidro com sangue, logo o vermelho começou a desaparecer e virou apenas um aglutinado prateado. O homem guardou o líquido azul de volta no frigobar e foi até sua mesa, destrancando uma gaveta e tirando um pequeno caderno de lá.

"Genesis está ficando mais forte, logo não conseguiremos mais contê-la."

O homem então tirou um frasco amarelo de dentro do bolso do paletó e pingou algumas gotas do conteúdo dentro do vidro com o aglutinado prateado. Por um instante o vermelho voltou e aquilo poderia ser chamado de sangue novamente, mas logo o aglutinado prateado começou a reaparecer e travar uma batalha contra o que quer que seja que tinha dentro do frasco amarelo, vencendo logo em seguida e tornando o conteúdo prateado novamente.

Arthur colocou os dois frascos sobre a mesa e foi até a porta, destrancou-a e chamou um dos cientistas que passava pelo corredor.

—Trabalhe mais na solução do Apocalipse. -Ordenou com sua voz cortante.- Ainda não é suficiente.

—Sim senhor. Cuidaremos disso! -O funcionário saiu correndo apressado e Arthur fechou a porta novamente, retornando para sua mesa e pegando o caderno de anotações.

"Ela não aguentará muito mais tempo".

***

O sol já estava brilhando no céu, o chão já estava quase que completamente seco e as casas ao redor estavam se iluminando. No final da rua uma silhueta surgiu, os pés descalços no asfalto, uma camisola branca e os cabelos loiros soltos e úmidos pelo suor, sua feição era cansada e o corpo dava a sensação de que iria desabar a qualquer instante. Genesis.

A garota se arrastou pela rua olhando ao redor, constantemente olhando para trás como se estivesse fugindo de algo, já fazia um tempo desde sua fuga e eles provavelmente estavam procurando por ela. Uma casa em específico chamou a atenção da garota. Era grande e parecia confortável, paredes cor-de-creme e com um jardim verde e vivo.

Genesis pisou na grama e sentiu que a mesma ainda estava molhada pela chuva do dia anterior e o orvalho da manhã, foi arrastando os pés lentamente em direção à porta, mas se escondeu atrás de uma árvore quando a mesma se abriu e um homem apressado saiu vestindo um terno e segurando uma maleta. O homem destravou o carro que estava na entrada da garagem e entrou no mesmo, ligando-o e saindo apressado em seguida. A garota esperou mais um pouco atrás da árvore antes de sair em direção à porta.

***

Tommy desceu as escadas lentamente, observando ao redor percebeu que seu pai já havia saído. Seu irmão mais velho assistia uma notícia sobre a fuga de uma garota na televisão da sala e sua mãe estava na mesa de jantar tentando dar comida para a bebê da família.

—Bom dia querido, dormiu bem? -A mulher perguntou assim que Tommy se sentou à mesa. O garoto fez que sim com a cabeça enquanto se servia com as coisas na mesa de café da manhã.

—Só podem estar brincando comigo. -A voz do seu irmão ecoou da sala.- Uma garota esquizofrênica fugiu daquele laboratório esquisito aqui na região.

—Eu realmente não gosto nada daquele laboratório, quase certeza que a menina era vítima de maus-tratos. -A mãe respondeu ao irmão.

—O pequeno Tommy vai ter medo de ir pra escola vai? -O irmão zombou.

—Cala a boca Jeff. -Tommy retrucou.- Quase certeza que quem está com medo é você.

—Jeff, seu irmão já tem dezesseis anos, ele não tem medo dessas coisas. -A mãe de ambos interviu e no mesmo instante a campainha tocou.- Tommy, vá atender a porta por favor. -A mãe pediu e o garoto se levantou de seu lugar.

—Cuidado pra não ser a esquizofrênica Tommy. -Seu irmão riu debochado, fazendo o garoto revirar os olhos.

Tommy abriu a porta principal e deu de cara com uma garota loira de camisola branca e pés descalços, seu rosto era pálido e demonstrava cansaço.

—Posso ajudar? -Disse o garoto com receio. A menina deu alguns passos em sua direção o fazendo recuar.- Qual o seu nome? Você está perdida? -A mesma desabou de cansaço sobre os braços do menino, o fazendo entrar em desespero.- Mãe, ajuda aqui!


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