Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas) escrita por Lieh


Capítulo 45
Acordos




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— Os médicos disseram que não há muito o que se fazer no estágio que eu me encontro — continuou Andrade de forma tão tranquila que nem parecia que deu um choque no coitado do Chumbinho que ficou estático no sofá.

Chumbinho se virou para Magrí e Crânio com o rosto vermelho.

— Vocês sabiam, né? Há quanto tempo sabiam?

— Desde semana passada — Crânio respondeu tentando soar frio e calmo.

Chumbinho parecia que ia explodir.

— Vocês... vocês sabiam e não me conta—

— Não queríamos estragar a visita, Chumbinho — Magrí o cortou secamente — Mas pelo jeito, falhamos.

— Não briguem, não briguem — Andrade interveio — Está tudo bem. Agora você sabe, Chumbinho e o resto não tem tanta importância.

Chumbinho não tinha vergonha de chorar, e a ironia foi que o próprio Andrade se levantou e deu tapinhas nas costas do rapaz para consolá-lo. Magrí deitou a cabeça no ombro de Crânio e limpava os olhos com um lenço. Longos minutos se passaram e a senhora era a única que não estava entendendo o que realmente estava ocorrendo ali e murmurava para o filho pedindo explicações.

Andrade respondia às indagações da mãe de forma distraída e com pequenas mentiras para não perturbá-la. Chamou a enfermeira e pediu que levasse a mãe para o quarto para descansar enquanto ele dava atenção às suas visitas. A enfermeira crispou os lábios e olhou de forma feia para os três amigos — como se os culpasse por toda aquela comoção que atrapalhava a tranquilidade da casa — mas sem dizer nada, levou a senhora para o quarto.

Magrí estava mais calma e secava os olhos delicadamente com um lenço. Sem dizer nada, sendo observada pelo noivo de forma preocupada, ela serviu mais chá para eles contendo a mão trêmula.

— Magrí, deixe que eu sirvo... — insistia Andrade, mas a moça apenas balançava a cabeça e continuava a encher as xícaras.

Quando por fim ela se sentou de novo no sofá com um leve suspiro, o silêncio caiu de vez na sala. Andrade fitava a cada um daqueles garotos — espera, eles não eram mais crianças... Com espanto, percebeu pela primeira vez as mãos largas de Chumbinho, o rosto recém barbeado de Crânio e os saltos de Magrí. Não, como foi que isso aconteceu?

Lá no fundo, o velho ex detetive sentiu uma pontada de tristeza (por mais absurda que fosse). Ele nunca pensou muito no fato de os "seus meninos" iriam crescer, virar adultos e assumir responsabilidades. De repente se sentiu mais velho e se tivesse ainda cabelo, mais grisalho. Desde o dia que descobriu a sua doença, Andrade vinha pensando no pouco tempo que lhe restava, na brevidade da vida... Em muitas coisas, desde arrependimentos até momentos felizes.

Os anos na companhia deles foram um dos mais felizes da vida de Andrade. Sem querer, ele passou a olhá-los como os filhos que nunca teve (e não teria mais...) mas vê-los já crescidos trouxe a dor de qualquer pai ou mãe, aquela dor característica ao perceber que o filho já não era mais dependente e podia andar com as próprias pernas...

Pensar naquilo trouxe a lembrança de outra pessoa, lembrança essa carregada de tristezas e arrependimentos ainda maiores... Pobrezinha da Dolores, pensou.

Chumbinho, agora mais calmo, tirou Andrade dos seus devaneios tristes:

— Você tem certeza de que não há esperança, Andrade? Por que escondeu isso da gente?

— Não quero que se preocupem com os meus problemas de velho, Chumbinho — Andrade tentava soar otimista — Hoje tenho mais um dia de vida, certo? Por que não aproveitá-lo e pensar no amanhã depois?

Chumbinho trincou os dentes querendo protestar, mas o olhar de Crânio para o rapaz o silenciou. Chumbinho bufou irritado, mas se resignou a ficar quieto. Andrade mudou completamente de assunto se dirigindo a Magrí e Crânio:

— Vejo que tenho de parabenizar vocês dois! Quando será o casamento tão esperado, hum?

Magrí abriu um leve sorriso e Crânio segurou a mão dela.

— Esperamos que já no início do ano que vem — respondeu o rapaz — E você está convidado, Andrade.

— Faz muito tempo que eu fui num casamento! Acho que o último que compareci foi de um velho amigo de trabalho há uns cinco anos... — Andrade suspirou — Estou feliz de vocês dois não vão ter um longo noivado...

Ele ficou pensativo novamente pelas lembranças que jorraram em seus pensamentos. Magrí que conhecia mais a vida de Andrade do que os outros Karas sabia para onde estava indo o curso das lembranças do amigo.

— Eu imagino que você e Dolores... — começou ela timidamente.

— Quem é Dolores? — Crânio franziu a testa e Chumbinho imitou o gesto.

Andrade empalideceu. Era engraçado que poderia conversar sobre sua doença tranquilamente, mas quando aquele assunto vinha à tona...

— Não, Magrí. Não. Você sabe bem que ela merecia algo melhor... Melhor do que eu.

Magrí fechou a cara.

— Não acredito que você se afastou dela. Vocês já poderiam estar casados até hoje, Andrade! Você não teria ido embora.

— Para quê? Para ela ficar preso a um velho gordo e careca com o pé na cova?

— Ora, Andrade vocês têm quase a mesma idade! Ela só um ano mais nova do que você!

— As coisas não são tão simples assim, Magrí minha querida...

O silêncio caiu de novo. Um pouco impaciente por não estar entendendo mais nada da conversa, Crânio se dirigiu a Andrade:

— O que aconteceu com você, Andrade? Eu sei que os últimos anos foram difíceis para todo mundo e acabamos perdendo o contato, mas eu não esperava...

Crânio parou sem saber como continuar, pois tinha medo do que queria dizer — o pensamento triste de que o grande detetive Andrade, um dos seus heróis, um dos homens que mais admirava estava terminando os seus dias num velho sobrado, doente e cuidando da mãe meia surda. O que diria Calú sobre isso? E Miguel? Como Miguel ficaria abalado quando soubesse...

De repente sentiu o estômago afundar. Para falar a verdade, todos eles por causa das responsabilidades (estudos, trabalhos, viagens) foram se afastando cada vez mais do velho amigo, um afastamento natural por falta de tempo, isso ou aquilo, desencontros... E ali estavam eles exigindo como se fossem inocentes de uma informação que se eles tivessem se preocupado com Andrade antes, já estariam a par de tudo e quem sabe até teriam o ajudado muito mais cedo!

— Sei bem o que você está pensando nessa sua mente prodigiosa, Crânio — Andrade sorriu tristemente — E vocês dois também. Sei que estão se sentindo culpados por saberem pouco de mim dos últimos anos, mas não quero que se sintam assim. Ninguém tem culpa de nada.

— Nós deveríamos ter vindo antes — os lábios de Magrí tremiam — Sinto muito, Andrade.

Andrade balançou a cabeça.

— Vocês não vieram de tão longe para ficar se desculpando. Vocês estão aqui, certo? É isso o que importa — ele suspirou — Depois que soube do câncer, depois que sabemos que o tempo de vida encurtou, a gente coloca muitas coisas no lugar. Entende meus queridos?

Ele bebericou do chá como se estivesse numa conversa despreocupada falando sobre o tempo.

— Vocês ainda são muito jovens e talvez não entendam agora... — continuou — Mas no dia que vocês envelhecerem, talvez compreendam o que esse velho pançudo está dizendo. Para que eu vou guardar mágoa de uma coisa que ninguém tem culpa? Oras, bobagem!

Os três amigos não pareciam muito convencidos daquilo. Andrade se levantou esticando as pernas e se dirigiu até a entrada da sala.

— Venham comigo.

***

Os quatro foram até o quintal atrás do sobrado onde havia uma pequena horta de alfaces e hortelãs. Andrade cuidava da horta como se cuidasse de um filho e Chumbinho tentou (falhando) segurar o riso pelo avental ridículo que Andrade colocou quando adentrou a plantação. Magrí, que tinha desenvolvido uma obsessão por plantas, passou a ajudar o velho amigo com as hortelãs que cresciam. Crânio e Chumbinho apenas se entreolhavam se sentindo burros por não entender porque eles ficavam conversando com as mudas (e já não mais disfarçavam a risada).

— Olha para esses dois bobos, Magrí — conspirou Andrade — Estão rindo da gente.

— Não liga, Andrade — Magrí riu enquanto cortava algumas mudas fora — Eles adoram tirar sarro de mim quando vou conversar com as minhas margaridas e cactos. Eu consegui um cantinho novo para os meus cactos no meu apartamento? Estão lindos!

— E você pretende levar suas margaridas e cactos depois que casar? Espero que não precise se desfazer deles — Andrade riu.

Magrí corou e riu. Acenou rapidamente para os dois rapazes que conversavam a uma curta distância de onde estava. A moça estava mais aliviada por perceber que Chumbinho estava mais calmo e até ria junto com Crânio — nem parecia que tinham falado de morte minutos antes.

— Crânio vai ter que se acostumar com eles, eu já avisei. Ele não gosta muito por causa dos bichinhos que aparecem...

Andrade a fitou de soslaio e mediu muito bem as palavras quando perguntou:

— E como Miguel reagiu à notícia do seu casamento?

Se Magrí não tivesse desenvolvido muito bem o seu autocontrole, teria derrubado a tesoura de poda nos próprios pés. Mas era visível o susto que levou pela pergunta. Num estalo virou a cabeça para fitar Andrade que a encarava de volta com um fraco sorriso.

— Eu posso ser muitas coisas, mas não fui e nem sou cega, querida... Sei que parece que estou sendo enxerido, mas realmente me preocupo. Era nítido que o carinho que ele tinha por você não era algo somente platônico...

As mãos de Magrí tremeram e ela piscou algumas vezes. Ao longe ouvia Crânio e Chumbinho conversando e pareciam distraídos demais para prestar atenção nela e em Andrade. O que deveria dizer?

— As coisas com o Miguel ficaram um pouco.... interminadas — Magrí mordeu o lábio e suspirou — Acho que ele ainda não sabe de nada.

— Ah... entendo — Andrade baixou os olhos para as plantas.

Ficaram em silêncio por alguns instantes ouvindo os ruídos que vinham da rua e as vozes de de Crânio e Chumbinho. O primeiro se aproximou do ex detetive e da noiva limpando as mãos que se sujaram de terra.

— Você tem um quintal bem legal, Andrade. Chumbinho tentou subir na macieira lá dos fundos, mas levou um tombo.

Os três gargalharam ao passo que Chumbinho apareceu mais sujo de terra e folhas do que Crânio. Ele bufou indignado e Andrade indicou a porta da cozinha onde ele poderia entrar para lavar as mãos e bater a terra das roupas.

— Mas e se a sua enfermeira não deixar?

— Vá mesmo assim e diga que fui quem mandei. Até parece que eu vou deixar aquela morcega velha mandar na minha própria casa.

Com risinhos, Chumbinho saiu e Andrade, Crânio e Magrí ficaram um silêncio amigável. No entanto, os pensamentos dela estavam de novo no amigo "exilado" como o noivo brincava. Crânio sabia que algo a perturbava. Andrade pressentindo que a conversa não havia terminado, retomou o assunto:

— Estávamos falando de Miguel, Crânio.

Claro, Miguel. Crânio ficou tenso. Apesar de dizer para si mesmo que era tudo muito ridículo, a dor que causava em Magrí só de mencioná-lo deixava-o num estado tremendo de contradição. De um lado, a tristeza pelo amigo ter se afastado deles e por outro lado a raiva por ele fazer Magrí sofrer. Lá no fundo havia também uma pontada de ciúmes, mas Crânio reprimia ao máximo esse sentimento -- como dizia, era irracional e injusto. Comprimiu os lábios como se saboreasse algo azedo.

— Sim, eu imaginei... Não temos muitas notícias dele e as coisas mudaram entre nós...

Andrade levantou uma sobrancelha, mas não respondeu de imediato. O silêncio já não era tão confortável. O tom de voz de Crânio foi seco o que deixou Magrí ainda mais afligida.

— Não deveria haver essa escolha cretina — Andrade resmungou podando algumas mudas com mais força que o habitual — Amor e amizade. Escolher somente um deles é uma cretinice sem tamanho. Essa é a minha opinião.

Crânio fechou a cara para Andrade.

— Ele fez a escolha dele, Andrade. Nós não tivemos muito o que fazer quanto a isso. Eu ia forçá-lo?

— Não, mas ao menos fazê-lo enxergar a razão...

Magrí interveio.

— Eu não parei de falar completamente com ele, Andrade. Sempre mando alguns telegramas, só não tenho certeza se ele recebe.

Andrade a encarou de volta.

— Ele te responde pelo menos?

— Não. Nunca.

Andrade ficou calado cortando as mudas, mas em seguida resmungou:

— Miguel está sendo uma decepção.

Os três não disseram mais nada por algum tempo até Andrade retomar o assunto. Bateu a poeira da calça e os encarou seriamente.

— Prestem atenção nesse velho aqui: não vale a pena perder um grande amigo por ciúmes, mal entendidos ou qualquer outra bobagem. Amigos são tesouros e perdê-los é se arrepender para o resto da vida. Não cheguem na velhice se martirizando por isso...

Magrí piscou as lágrimas.

— Amor é o nosso tesouro na vida também, Andrade. A nossa situação não é muito diferente da sua com a Dolores.

Andrade levantou os olhos arregalados para Magrí. Crânio franziu a testa.

— Quem é essa Dolores que vocês tanto falam?

— O amor de Andrade — Magrí sorriu tristemente — Quem ele tem medo de se relacionar...

Crânio levantou a sobrancelha para Andrade em surpresa. O velho amigo suspirou alto e franziu a testa.

— Espera um momento — começou Crânio — Você está dando um sermão na gente, mas está fazendo a mesma coisa?

Andrade abriu e fechou a boca resmungando algo sem muito sentido. Magrí deu risada, enquanto Crânio cruzava os braços com um sorriso brincando no canto da boca.

— Quites, então.

— Minha situação não é tão fácil — Andrade gaguejou — Já a de vocês...

— Não vem com essa — Crânio riu — Eu proponho um desafio.

Magrí fitou o noivo em alarme. Ele apenas sorriu de volta para ela e continuou:

— Vamos tentar nos reconciliar com Miguel se você for procurar a Dolores. Fechado?

Andrade resmungou e Chumbinho retornou da cozinha. O rapaz franziu a testa sem entender o que estava acontecendo. Magrí cochichou rapidamente a história toda e o rosto de Chumbinho se iluminou pela primeira vez.

— Você tem uma namorada, Andrade? E nem contou para a gente? E você vai mesmo falar com Miguel, Crânio?

Crânio deu de ombros.

— Isso depende do Andrade, agora.

— Eu proponho mais uma coisa — disse Magrí sorrindo mas falando de forma séria — Que você volte também a fazer o tratamento para o câncer que você parou de fazer sem autorização.

Os três cruzaram os braços e Andrade sabia que não haveria discussão com eles. Dez anos depois e aqueles "garotos" ainda conseguiam deitar e rolar nele, dobrar a vontade dele como bem entendiam. Andrade suspirou, mas acabou por rir.

— Vocês não existem! Conseguiram me enganar, como sempre! Desafio aceito, então.

***

Em casa, Crânio sorria ao se recordar do reencontro com Andrade -- reencontro este que ele inicialmente estava muito relutante (e com medo) de fazer. Era engraçado como as coisas tomaram outro rumo... Quem sabe com a influência de Magrí, a doença de Andrade teria o tratamento correto e a vida do detetive seria prolonga. Ou melhor ainda, a doença ser completamente extinta, por que não?

Temia apenas a sua parte do acordo. Enquanto esperava o computador ligar (tinha esquecido como aquela máquina era barulhenta se comparada com as máquinas na biblioteca do MIT) Crânio se perguntava como iria contatar Miguel e o que diria a ele. Não conversava diretamente com o rapaz desde quando... Quando mesmo? Formatura? Quartel? Ah a noite que eles saíram do quartel...

Crânio abriu a caixa abarrotada de e-mails de colegas da universidade e outras coisas chatas. Passou o mouse preguiçosamente pela caixa até se deparar com um e-mail em particular: era da sua irmã, datado de dois dias antes. Ele ainda não tinha aberto a mensagem.

Com um leve sorriso, mas um pouco apreensivo, o rapaz abriu o e-mail. Dani não era muito de escrever mensagens longas e às vezes passava semanas sem dar notícias. Ele se perguntava como ela estava indo no novo emprego. As circunstâncias misteriosas dela ter deixado a Embaixada ainda o deixava com a pulga atrás da orelha. Haviam momentos que Crânio suspeitava que a irmã escondia algo dele. Ela soava às vezes triste e ansiosa nos e-mails.

Começou a ler a mensagem que era mais longa que o normal:

De: Danielle ------

Para:—----

Assunto: Eu estou viva, irmãozinho (leia com carinho)

20 de julho de 1995 19:35 (há 2 dias)

Querido maninho,

Sim, eu estou viva, sim eu estou bem e não, não voltei correndo (ainda) para o meu antigo emprego. Como vão a mãe e o pai? Como vai você e a Magrí? Ainda está no Brasil, né? É uma pena que você precisa voltar para os States, eu sei mas pensa que já está acabando!

As coisas por aqui estão... estranhas. Ok. Tem uma coisa que eu preciso de contar. Você vai ficar bravo, eu imagino, mas eu não estava preparada para lidar com isso com ninguém. Você me perguntou quando eu cheguei se eu trabalhava com o Miguel e eu te disse que não trabalhávamos juntos, apenas no mesmo prédio... E mal nos víamos, a não ser nos corredores. Bem... eu menti.

Eu só consigo imaginar a sua cara azeda agora, maninho. Mas saiba que não foi por mal, eu estava chocada, afoita, confusa demais quando descobri que trabalharia com ele – pior ainda, seria o seu braço direito. Eu tentei recusar e voltar atrás, sabe? Porém ele insistiu tanto para que eu continuasse, que eu acabei cedendo.

Só que a vaca foi para o brejo nos últimos meses... Não estávamos mais nos entendendo, tivemos alguns problemas que eu sinceramente não queria ter que reviver num editor de e-mail – preferiria contar para você tudo pessoalmente. Eu preciso contar para alguém antes que eu exploda e acho que vou acabar te fazendo uma visita nos States assim que possível. Estou de férias de verão do curso, e consigo negociar uma folguinha no trabalho, já que fiz muitas horas extras. Espero que tenha um hotel decente nas redondezas do MIT.

Sobre como está o Miguel porque eu sei que você quer saber... Achei ele muito mudado de quando eu o vi pela última vez. Ele me pareceu deprimido, cansado e perguntou de você e da Magrí pouquíssimas vezes – porém ele mantém a foto da formatura com todo mundo reunido em cima da mesa dele, talvez signifique algo. Eu também nunca entendi direito qual foi a briga entre você e ele, mas eu sempre imaginei... Enfim, espero que você me conte mais sobre isso quando eu te visitar – está na hora de um se intrometer na vida do outro, pois sinceramente eu sinto falta disso.

Da sua querida e cansada irmã

Dani

PS: Me diz que em Massachusetts se vende aquelas tirinhas de açúcar que a gente se acabava de comer quando criança quando íamos para a Disney! Preciso de um saco desses; se achar guarda para mim (já que você está me devendo 50 reais!! Vai me pagar em dólares!! xD)


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