Amor Real escrita por lovestories


Capítulo 9
Isso é culpa sua!


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem a leitura!



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Pedro lutava com fúria como se a sua vida dependesse daquilo, o que era verdade já que ele era o Grande Rei e devia todo o seu fôlego aos súditos. Leah o observava atacar os telmarinos com sua espada, enquanto ela os bombardeava com os spinners afiados.

A luta estava sangrenta e até Miraz saiu de seu esconderijo, aparecendo em uma das varandas da fortaleza a observar a batalha. Pedro viu Miraz e seguiu em sua direção, subindo as escadas atacando quem aparecesse em seu caminho. Um minotauro pulou até a varanda, ficando cara a cara com o oponente maior, porém antes que pudesse atacar, o comandante da guarda apareceu acertando com uma besta uma flecha o ombro do animal. Este segurou a borda da varanda com apenas uma mão, Miraz covardemente empurrou o animal ferido que não conseguiu se segurar, caindo em seguida. Leah observou que o minotauro cairia em cima de Pedro, ela bradou:

— Pedro!

Ele olhou assustado para ela, pois havia sido um grito histérico e desviou antes de ser atingido pelo enorme animal. Leah subiu as escadas para dar cobertura ao rei, eles lutaram defendendo um ao outro, até que um soldado atingiu a barriga de Leah com o punho da espada e a empunhou sobre a cabeça dela, felizmente ela se abaixou defendendo sua vida, porém a espada cortou o seu longo cabelo loiro na altura dos ombros. Fios foram levados pelo vento ao campo de batalha, atrapalhando alguns soldados. 

A moça foi atingida por tamanha fúria que cortou a cabeça do adversário sem dó enquanto urrava um grito ensurdecedor. Todos os que estavam a frente dela caíram desnorteados no chão e sangravam pelos ouvidos. Pedro estava absorto com o ocorrido, mas não teve tempo de pensar no assunto, já que outro grupo de soldados chegaram.

Edmund e Lottie fugiram pelo castelo, parando em uma torre onde não havia como sair. A garota se inclinou na borda e viu que em baixo só continha um abismo. Ela se virou assustada quando murros foram dados na porta que Edmund havia trancado com a lanterna. 

— Nós vamos morrer. - ela confessou em pânico. 

— Eu nunca te deixarei morrer. 

Os guardas conseguiram abrir a porta e encararam o casal em pânico. Lottie se aconchegou em Edmund, pensando em confessar o que sentia por ele, já que nunca mais iriam se ver e o medo da rejeição não lhe atingiria. Edmund, no entanto, olhou para baixo além do abismo e puxou Lottie mais para perto dele.

— Vamos nos jogar. - Ed sussurrou. 

— O que? 

— Você confia em mim?

Edmund havia a salvado de tantos perigos, a impedido de fazer coisas perigosas para as quais não estava preparada, a apoiou quando seus poderes inesperados apareceram e tinha oferecido o seu carinho e amor. E ela o amava, esse já era o maior motivo para confiar nele.

— Confio. 

Edmund sorriu pra ela e a puxou pra trás com ele. Os guardas, sem entender, se inclinaram para ver de perto a loucura do casal, mas ficaram surpresos quando ambos emergiram do abismo em um griffo, voando a céu aberto. 

— Isso é excitante! - Lottie exclamou animada, fazendo Ed rir.

No pátio, a batalha continuava acontecendo enquanto Miraz observava. Havia mandado os soldados fecharem o portão, assim os narnianos ficariam presos e eles ganhariam em número, então cortaram o pedaço de ferro que mantia o portão aberto. Um minotauro que estava perto viu o portão começar a descer e decidiu segurá-lo com suas próprias forças, mas com certeza não aguentaria muito tempo. Pedro viu o risco iminente e ordenou:

— Recuar! - ele se pôs a descer as escadas. - Recuar! Agora! Tire-a daqui! - ordenou ao líder dos centauros a levar Susana. 

— Caspian! - ela chamou quando já estava saindo.

— Irei encontrá-lo!

Pedro e Leah gritavam para todos recuarem, pois senão ficariam presos. Ao ver os narnianos fugirem, Miraz tomou a besta do comandante e lançou uma flecha na direção do minotauro no portão, atingindo sua perna. 

Caspian apareceu no pátio montado em um cavalo, o professor em outro e havia mais um cavalo a disposição. Pedro tentou subir em um enquanto golpeava alguns soldados. Leah lutava bravamente perto do portão, ela viu o braço estendido de Pedro e o agarrou, montando no cavalo em seguida. Assim que passaram pelo portão, o minotauro não aguentou mais e se derramou no chão com o peso de quinhentos quilos de ferro em suas costas. 

Pedro viu o olhar triste do líder dos centauros para o castelo, mas na verdade, ele olhava para o seu amigo que ainda estava lá dentro. Eles acenaram um ao outro em despedida e Pedro viu que ainda tinha muitos narnianos lá dentro que estariam mortos em minutos. 

— Pedro, a ponte! - Leah alertou em seu ouvido. 

Ele voltou a olhar pra frente observando que a ponte estava subindo, deu alguns passos pra trás e ordenou ao cavalo que corresse, atravessando o final da ponte pelo ar. Edmund e Lottie o acompanhou no griffo pelo céu. 

Ao amanhecer, o grupo remanescente chegou a colina. Eles viram Lúcia sair de dentro e correr pelo caminho de pedra, a garota parou ao observar os rostos deprimidos e o número reduzido de narnianos. Lottie escondeu o seu rosto no peito de Edmund ao olhar os familiares daqueles que morreram em guerra. A tensão era visível, levando Lúcia a perguntar tristonha:

— O que aconteceu? 

— Pergunte a ele. - Pedro acusou Caspian.

— Pedro! - Susana repreendeu. 

— Eu? - indagou parando de caminhar. - Você poderia ter cancelado, ainda tínhamos tempo.

— Não, não graças a você. Se tivesse seguido o plano, aqueles soldados estariam vivos agora! - acusou. 

— Se tivéssemos ficado aqui, como sugeri, com certeza ainda estariam! - Caspian cuspiu.

— Você que nos chamou, lembra? - Pedro zombou. 

— Meu primeiro erro. - rosnou. 

— Não, o seu primeiro erro foi achar que poderia liderar estas pessoas! - atacou e saiu andando em direção a colina.

— Ei! - Caspian chamou. - Não fui eu que abandonou Nárnia!

— Você invadiu Nárnia. Tem tanto direito de estar aqui quanto Miraz! - Pedro exclamou altivamente, fazendo Caspian seguir caminho a colina. - Você, ele, seu pai... - Caspian congelou. - Nárnia está bem melhor sem nenhum de vocês! 

Caspian urrou, assim como Pedro e ambos desembainharam a espada, apontando para o pescoço um do outro. 

— Ei! - soou uma voz feminina.

Os dois garotos buscaram a direção da voz ainda com as espadas cruzadas no ar. Os olhos deles encontraram os azuis de Leah que arfava em fúria. 

— Parem vocês dois com isso! Os dois foram idiotas! Agora parem de jogar o jogo da culpa, isso não trará os que perdemos de volta! - continuou bradando. 

Todos ficaram surpresos com a audácia da garota, já que se tratava de um rei e um príncipe, mas concordavam com a moça apesar de não demonstrarem. Pedro a encarou firmemente. 

— Fique fora disso, Leah. Não sabe o que está falando. - Pedro repreendeu. 

— Você não pode dizer isso! - começou exaltada. - Eu já vi bastante coisa na minha vida, especialmente hoje, mas ao contrário de certas pessoas, eu não tento ser uma adulta. Eu não finjo ser o que não sou!

Todos observaram a garota pisar firmemente enquanto caminhava em direção a colina. Era a segunda vez que ela falava aquilo pra ele, Pedro pensou e, embora não admitisse, estava com medo de ela chegar perto dele a ponto de descobrir os seus medos mais profundos. Não poderia deixar isso acontecer, ele era o Grande Rei de Nárnia, não seria uma garota telmarina que faria ele se render aos sentimentos. 

Após o ocorrido, um centauro trouxe Trumpnik nos braços e com a ajuda de Edmund, o colocou em um pedaço de pedra. Lúcia correu para ajudar o amigo. Caspian aproveitou o momento para sair de cena, sendo acompanhado por Nikabrik.

A rainha se inclinou para dar uma gota de sua Cura Cordial ao anão que após alguns segundos voltou a respirar. 

— O que estão olhando? Os telmarinos chegarão em breve. - disse emburrado por estar sendo observado por muitas pessoas. - Obrigada... minha cara amiga. - agradeceu a Lúcia que lhe devolveu um sorriso.

Depois que todos haviam se acomodado novamente na colina. Leah perambulou pelo espaço para espairecer, encontrando uma alcova escura em um dos corredores de pedra, a loira foi mais fundo e avistou uma sombra no fim do corredor. Ela chegou mais perto, ouvindo um choro baixo e sofrido, então se aproximou o bastante para reconhecer a pessoa. 

— Você está bem? - indagou gentilmente. 


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Notas finais do capítulo

Beijos!



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