Amor Real escrita por lovestories


Capítulo 7
A invasão


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma ótima leitura,pessoal!



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À noite, Edmund e Lottie montaram num griffo e sobrevoaram o castelo de Miraz, parando numa das torres. O griffo agarrou o guarda, deixando no lugar deste, os dois invasores. Edmund acendeu sua lanterna e sinalizou às tropas. O resto da realeza adentrou o castelo montado em griffos, ao aterrissarem abateram alguns guardas que estavam no  caminho. Eles correram para dentro das fortificações enquanto Edmund e Lottie observavam na torre.

— Bom, isso é muito excitante. - Lottie confessou frustada.

— Eu só não quero que você entre em confronto. Quero que esteja segura. 

— Enquanto você estiver comigo e eu tiver esta espada, estarei segura. 

Edmund sorriu desajeitadamente, tentando esconder o seu rubor. Lottie aproveitou o momento para olhá-lo de verdade, ele era totalmente diferente do que ela havia imaginado, mas de um jeito bom. Ele era carinhoso, cuidadoso, gentil, corajoso, protetor e, especialmente, lindo. Os olhos escuros enormes constratavam com a pele extremamente branca, assim como o cabelo negro cuja franja caía delicadamente em sua testa. Sem contar que ele estava incrível naquela armadura escura que o deixava com a aparência de mais velho, além de mostrar que ele estaria disposto a morrer por seu povo. Aquilo despertou algo em Charlotte, algo que não havia sentido antes. Ela amava Edmund e não queria perdê-lo de modo algum.

O rei também olhava a garota que a cada dia ficava mais linda com aqueles cabelos longos e brilhantes, os olhos hipnotizantes, lábios tão cheios e com a aparência de serem macios e doces, assim como ela. Porém, o que mais fascinava Edmund era o fato de ela ser tão amorosa, protetora, obstinada, inteligente e gentil, essas qualidades só foram possíveis de serem observadas em Nárnia, pois a cabeça dele flutuava na Inglaterra a ponto de não perceber a garota incrível ao seu lado. Ele aproveitou a oportunidade e chegou mais perto com o intuito de tomar aqueles lábios, porém o som de metal atraiu a sua atenção. Ambos ficaram em alerta para qualquer tipo de ameaça, cortando o momento.

Enquanto isso, Pedro e Leah desciam por uma corda para adentrarem o escritório do professor. Quando Leah pôs os pés na janela, teve um leve desequilíbrio e quase caiu para trás, porém Pedro a segurou pelas costas firmemente. Ela inclinou a cabeça em agradecimento. 

O escritório do professor era simples, havia basicamente livros, alguns mapas sobre a mesa e os seus óculos jogados em cima da mesma. Caspian o pegou nas mãos e relembrou dos momentos em que esteve ali com o seu mestre, bem como Leah que contornava os escritos de seu tio com os dedos. 

— Creio que não dará tempo de salvá-lo neste momento. - Pedro informou. 

— O que? - Leah indagou indignada. - Você prometeu...

— Eu disse que iria libertá-lo, mas não agora! Além do mais, alguém precisa abrir o portão.

— Vocês nem estariam aqui se não fosse por ele! - Leah pontuou exaltada. 

— Fale baixo, pelo amor de Aslan! Se formos pegos, aí que não resgataremos o seu tio!

— Nós damos conta de Miraz. - Susana defendeu. 

— Chegaremos a tempo para abrir o portão. - Caspian afirmou. 

Pedro olhou para Caspian compreensivelmente, depois para Leah, porém esta lhe devolvia um olhar de desapontamento. Eles saíram correndo em direção ao calabouço do castelo. Pedro não se preocupava com a segurança dos dois, mas o fato de saber que eles estavam juntos o incomodava mais do que desejava.

Eles chegaram na cela e rapidamente, Caspian abriu o pequeno portão. O professor dormia no chão, acolchoado apenas por uma manta fina.

— Mais cinco minutos? - Caspian disse ao acordá-lo.

— O que faz aqui? Não o ajudei a fugir para você voltar? - ele indagou confuso. 

— Logo Miraz ocupará a sua cela. - Leah falou pela primeira vez.

— Leah, minha querida. Como você está diferente. 

A garota usava um vestido vinho na altura dos joelhos, um colete protetor na cor marrom-escura, uma calça escura por baixo do vestido, botas firmes, além de uma espada e vários acessórios que ela mesma havia pedido para confeccionar. Ela se aproximou e deu no tio um abraço apertado e longo.

— Contei a Caspian o que me disse. 

— Espera, o que? 

— Só assim eles me ouviriam e me ajudariam a te resgatar. - explicou docilmente.

O professor encarou Caspian um pouco assustado com o que o garoto poderia fazer com aquela informação. Como se adivinhasse, Caspian ordenou a Leah:

— Ajude-o a sair daqui. Irei atrás de Miraz.

— Caspian, devemos seguir o plano.

— Estou seguindo. - ele disse e partiu.

Leah ficou preocupada com o decorrer das ações, ela são tinha ideia de que aquela informação pudesse atrapalhar daquele modo. O professor olhava assustado pra ela e um pouco furioso:

— Isto é culpa sua. - ele a encarou. - Vá atrás dele! Eu consigo sair sozinho. 

— Tem certeza? 

— Sim! Vá atrás do garoto antes que ele cometa uma atrocidade!

Leah não esperou mais nenhum minuto, correu em direção a Caspian, mas foi barrada por um tempo por alguns guardas, porém ela os derrotou habilmente, cortando-lhes a cabeça, ferindo-lhes nas costelas, peito e perna. Quem não a conhecesse, diria que era uma sanguinária ou mercenária, na verdade ela era uma simples garota querendo vingar a morte dos pais. Miraz havia assassinado o antigo rei, levando todos a passar fome, bem como à precariedade de recursos médicos, deste modo, os seus pais não duraram muito. 

No  corredor do quarto de Miraz, avistou Pedro e Susana à espreita. Ela avisou um pouco alterada:

— Caspian está lá dentro. Talvez faça uma loucura. 

— Ele havia planejado isto desde o começo... - Pedro parou para refletir sobre aquilo e, pelo modo como Leah estava alterada só havia uma explicação. - Seu tio não mandou aviso nenhum, não foi? Você só queria libertá-lo.

— Essa não é a hora, Pedro. Precisamos entrar. - Susana repreendeu.

Susana adentrou o quarto, deixando Pedro e Leah para trás. Leah não sabia o motivo, mas estava incomodada com o olhar desapontado de Pedro. Ela engoliu em seco e adentrou no quarto também, sendo seguida, alguns segundos depois por ele. 

Dentro do quarto, Susana mirava com seu arco a esposa de Miraz que apontava sua besta para Caspian, o qual empunhava sua espada no pescoço de Miraz.

— Isto costumava ser um quarto privado, sabiam? - Miraz informou sarcasticamente. 

— O que está fazendo? Deveria estar abrindo o portão! - Pedro informou indignado. 

— Não! Pelo menos, uma vez quero a verdade! - Caspian se aproximou de Miraz, empunhando mais fortemente a espada em seu pescoço. - Você matou o meu pai? 

— Agora chegamos ao ponto.

— Você disse que seu irmão morreu dormindo. - a esposa de Miraz disse desapontada. 

— De certa forma foi verdade. 

— Caspian, isto não vai melhorar as coisas! - Leah avisou. 

— Nós, telmarinos, não teríamos nada se não tivéssemos tirado. - Miraz começou. - Seu pai sabia disto tanto quanto eu!

— Como pôde? - a esposa dele abaixou a besta, desapontada com o marido. 

— Pelo mesmo motivo que você irá apertar este gatilho! Por nosso filho! - Miraz se aproximou de Caspian, fazendo o seu pescoço sangrar. - Terá de fazer uma escolha, querida: quer que o nosso filho se torne rei... ou seja igual ao Caspian? Sem pai.

A mulher urrou como só uma mãe faria para defender um filho e o marido aos quais ama e acertou uma flecha no braço de Caspian. Susana lançou sua flecha em Miraz, porém acertou a porta e este fugiu atrás dela. A rainha se pôs a ajudar o príncipe e Pedro foi atrás de Miraz, mas ele já estava longe.

O grupo correu pelo corredor, Caspian seguiu por um lado e Pedro por outro. Eles ouviram o sino do castelo soar, anunciando o ataque repentino.  

— Pedro! - Leah chamou.

— As tropas já chegaram! Venham! 

Caspian, Susana e Leah se entreolharam sem concordar com Pedro, porém o seguiram mesmo assim.

Edmund e Lottie passeavam pela passarela, entediados. O garoto, para passar o tempo, jogava a sua lanterna pra cima e a pegava, também entretendo Lottie. No entanto, em um dos lançamentos, a lanterna fugiu de seus dedos e caiu em uma varanda abaixo. Ambos correram à borda da varanda e arregalaram os olhos ao ver  um guarda passar por baixo, pegando a lanterna. 

— O que faremos agora, Ed? - Lottie perguntou em desespero. - Ed!


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Notas finais do capítulo

Um cheiro!



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