Amor Real escrita por lovestories


Capítulo 6
Nunca subestime os seus inimigos


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem a leitura!



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As tropas começaram a se preparar para o combate. Como prometido, Edmund se pôs a ensinar Charlotte alguns truques com a espada. 

— O primeiro passo é manter a calma. Não deixe o seu inimigo perceber que você está insegura. - eles desembainharam as espadas. - Agora, dê o primeiro golpe.

Charlotte ergueu a espada e fez o que Edmund pediu, porém o golpe foi tão fraco que mal se ouviu o som do metal se chocando. 

— Se quiser lutar com um guarda ou com qualquer pessoa, terá que fazer melhor que isso. - Edmund brincou. - Vamos tentar outra vez.

Charlotte tentou mais uma vez e conseguiu ter êxito. Eles estavam em uma espécie de dança com as escadas o que fez com que Charlotte apreciasse muito a sua quase nova habilidade, porém um passo em falso fez Lottie cair no chão, fazendo Edmund rir. A garota rodou no chão e acertou os pés do amigo, ocasionando em sua queda.

— Nunca subestime o seu inimigo. - ela disse. 

Edmund a derrubou em um golpe rápido. Lottie caiu em cima dele, usando-o outra vez como almofada.

— Muitas vezes, os nossos maiores inimigos são os que nós chamamos de "querido".

Lottie levantou uma sobrancelha e sorriu, em seguida, Ed a cercou pela cintura fazendo-a se aconchegar nele.

— Você gosta de me ter como almofada, não? 

— Eu gosto de tudo relacionado a você.

Edmund tomou um leve susto com a declaração, porém seu coração se aqueceu e um sorriso brotou em seus lábios. Eles estavam tão perto que era possível sentir o calor da respiração um do outro. Ambos se encararam, deixando de lado a diversão para dar lugar ao desejo, já estava mais do que na hora de eles assumirem que não eram apenas amigos. Edmund buscou a boca de Lottie...

— O que vocês estão fazendo? -  Lúcia indagou enojada.

— Nada! - responderam em uníssono. 

Eles se separaram rapidamente. Edmund até bateu a sua cabeça na testa de Lottie que reclamou com um pequeno grito. Ambos voltaram a se concentrar apenas na luta, pois Lúcia ficou acompanhando todo o treino. Era possível ver nos olhos do casal que estavam frustrados por não terem concluído o que queriam. Ambos anseiavam por aquele beijo, mas que infelizmente não aconteceu. 

Enquanto isso, Leah arremessava uma espécie de spinners afiados que a própria garota havia pedido aos anões para confeccionarem. Um saco de palha estava sendo bombardeado e quase não era possível vê-la arremessando já que a destreza e habilidade era de tal tamanho que alguns narnianos começaram a prestar atenção na garota. Caspian também foi atraído. 

— Você é muito boa! Onde aprendeu? 

— Depois que o seu pai morreu, a minha família não teve mais suprimentos suficientes. Fui obrigada a começar a roubar. - ela olhou para ele a fim de certificar se a estava julgando. - Neste tempo, aprendi uns truques. 

— Mas os seus pais não a impediram? 

— Eles pensavam que uma família rica estava nos fornecendo comida. - ela acertou outro spinner no saco de palha.

— E eles sabem que você está aqui defendendo os narnianos?

— Eles estão mortos. Não têm como saber. 

Leah lançou mais um spinner e o clima entre eles ficou tenso. Para aliviar, Caspian decidiu mostrá-la uma de suas habilidades. Ele pegou uma besta e lançou uma flecha no saco de palha que Leah utilizava. 

— Boa mira. - ela soltou um pequeno sorriso. 

— Quer tentar? - ofereceu o instrumento.

Pedro observava os dois novos amigos na entrada da colina e por um motivo que ele não entendia, não estava gostando da proximidade deles. Leah sorriu e pegou a besta. Em vez de mirar no saco de palha, ela mirou uma fruta numa árvore a cinquenta metros de distância. Embora não tivesse muita familiaridade com o instrumento, conseguiu acertar e derrubar a fruta. 

— Não creio que você tenha aprendido isso nas ruas. 

— Meu pai era um soldado do exército do seu. Ele me ensinou basicamente tudo o que sei.

— Vejo que estão se divertindo. - Pedro proferiu  ironicamente, chegando por trás dos dois.

— Pelo menos, alguém aqui sabe o que é sorrir de vez em quando. - Leah retrucou sem olhar para ele.

— Ela tem uma ótima mira. - Caspian elogiou. 

— Eu vi. Estava observando vocês. 

Leah estranhou a declaração, pois o Grande Rei Pedro não teria algo melhor para fazer do que ficar a observando, como pensar em estratégias para invadir o castelo de Miraz? 

— Será que a moça teria a mesma habilidade com uma espada? 

Ele queria desafiá-la. Mais! Queria ter certeza se ela seria útil na batalha ou se ela se arriscaria neste ponto, já que a seu ver, ela era uma espia. Mas para o descontentamento dele, Leah aceitou o desafio e desembainhou a sua espada. 

— Caspian! - Susana chamou o garoto e este obedeceu. 

— Não parece tão segura agora que o seu amigo se foi. - ele continuava a provocando. 

— Estou mais segura do que nunca. Não preciso me exibir nem mostrar que sei o que estou fazendo. Apenas sei. - atacou.

— Isto foi uma indireta?

— Entenda como quiser. 

Sem aviso, ela atacou pegando Pedro de surpresa, porém este rebateu maestralmente. Ele devolveu.  Ela rebateu. Ficaram lutando por mais ou menos dez minutos, até que Pedro conseguiu pegá-la desprevenida, derrubando a sua espada na grama e trancando sua mão atrás das costas dela. Eles ofegavam, não somente devido a luta, mas a proximidade lhes era estranha, fazendo-os mergulhar na profundidade dos olhos um do outro. Leah pôde ver nos olhos dele uma determinação jamais vista, mas também um medo que ele tentava esconder com todas as suas forças. Pedro enxergou que apesar dos olhos dela serem os mais azuis que ele já houvera visto, havia uma grande dureza e algo a mais ali, talvez um coração ferido.

— Provei o que você queria? - ela indagou com a boca seca.

— Sim. Será bastante útil nos confrontos... irá comigo no Griffo.

— Como quiser, Majestade. - disse em desdém.

Pedro continuou a encarando, assim como ela, mas chegou um momento em que se tornou constrangedor e não um desafio, então Leah perguntou:

— Não vai me soltar?

— Pedro! Os anões estão chamando! - Edmund avisou. 

— Estou indo!- Pedro soltou Leah vagarosamente e seguiu o irmão.


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Notas finais do capítulo

Um beijo, seus lindos!



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