Uma semana se passou. Era um fim de semana, o dia da manifestação. Ana sabia que Robin, Sabo e Koala estariam nela, a preocupação tomava conta.

            Dragon e alguns membros dos revolucionários se reuniam com o governo, reivindicando melhorias. A principio era uma caminhada pacifica. Ninguém, excerto o causador e quem correspondera, entendera como a luta começou.

            Soldados atacando de um lado e manifestantes atacando de outro. Sabo não gostava muito da situação.

—Sabo e agora? _Koala perguntou um pouco assustada.

—Droga! Revolucionários, não ataquem! _Ele gritava.

—Como não atacar se estão nos atacando! Que droga! _Koala resmungava. _Tio Hack não está aqui!

            Robin não sabia o que dizer. Eles viam pessoas se machucando dos dois lados, pessoas sedo socorridas.

—Que droga, como isso foi acontecer? _Sabo se perguntava. _Tínhamos combinado que seria pacifico, ninguém atacaria ninguém!

—Quer dizer que acha que tem alguém infiltrado aqui? _Robin adiantou o pensamento dele.

—Ou alguém de lá! Talvez dos dois lados! _Ele estava com um olhar perdido.

            Pedia para pararem, mas ninguém o ouvia. Koala olhava para todos os lados quando viu uma garotinha chorando no meio da rua. O que uma criança faria ali? Soldados com armas de fogo, catanas e cassetetes aproximavam-se dela.

            Koala não pensou duas vezes e correu em sua direção, eles não enxergariam alguém tão pequeno ali no meio. Koala a abraçou dando as costas para os soldados.

—Koala! _Robin gritou. Ela e Sabo correram em direção a garota.

            Os soldados iam acerta-la, quando Robin pulou empurrando a para o chão junto com Sabo que passou na frente das duas repelindo o ataque. Depois disso ele ouviu e sentiu uma forte pancada, sentiu algo úmido escorrendo ao lado da cabeça e desmaiou.

—Sabo! _Koala gritou. _Parem!

            Ela soltou a pequena garotinha, que Robin pôs no braço. Koala puxou Sabo para longe dos soldados e com ajuda de Robin conseguiram se afastar do conflito.

            Robin abraçava a garotinha, enquanto Koala chorava desesperada com Sabo no colo.

—R-Robin-nii... _Ela não tinha ação.

—O que está havendo? Parem com isso! _A voz de Dragon foi ouvida por todo o local. _Parem já!

            As pessoas pararam. Um homem corria atrás de sua filha, eles estavam passeando por ali. Era apenas um desinformado em relação a manifestação. Robin entregou a garota e foi atrás de ajuda para Sabo.

            Sabo sentiu uma dor terrível na cabeça, não lembrava de como a havia ganhado. Havia sido atingido na lateral do rosto por u cassetete.

—Sabo! _Koala aproximou-se dele ainda chorosa.

—Koala? O que houve? Onde estou? _Ele a olhou atordoado.

—Está no hospital! Você foi atingido por um cassetete com muita força! Não sei como algo pior não aconteceu! _Foi um medico que respondeu a pergunta. _Mas só ficara em observação até a noite.

            O Homem saiu e dois garotos entraram correndo.

—Saboo! _Luffy estava quase chorando.

—Estou bem! _Ele falou olhando o moreninho.

—Já falei que não deveria se meter nessas coisas! _Ace falou.

—Não adianta Ace! _Ele rebateu.

—Eu sei! _Ace sentou.

—Com licença minna! _Robin, que até então estava sentada, se levantou. _Que bom que se sente bem Sabo-kun!

—Dragon-sensei disse que vem lhe buscar! _Koala falou. _Está mesmo bem?

—Hai, hai! E você?

—Estou bem sim, arigato! _Ela sorriu. _Eu vou lanchar!

            Ela saiu. Do lado de fora Robin estava ao telefone.

—Eu estou bem! _Robin falava. _Zoro não foi nada!

—Você não deveria fazer essas coisas! _Ele estava irritado.

—Sinto muito, mas não vai rolar!

—Ao menos tome mais cuidado!

—Hai,hai! _Ela sorriu. _Engraçado. Você sempre diz não se importar, mas demonstra o contrario. Saionará Kenshi-san!

—É ZORO! _Ela poderia jurar que ele estava vermelho.

            Ela desligou o telefone, mas tinha uma mensagem.

“Estão bem? Estou preocupada, acabo de vê o noticiário!

                                                                                  Ana.”

“O que acontece? Vocês estão bem?

                                                                                  Perona.”

“Robin-chwan! Tai jovu?

                                                                                  Sanji.”

“Tai jovu?

                                                                                  Law.”

Robin mandou mensagens de volta informando estarem bem.

“Robin, Zoro me contou! Como está o Sabo?

                                                                       Nami, Vivi e Kohza.”

“Eu sabia que ia ser perigoso. Como estão? Kaya e Chopper estão bem preocupados também."

                                                                                                          Usopp.”

Ela respondeu e foi comprar um lanche. Sentou-se ao lado na revolucionaria mais nova. A garota estava de cabeça baixa e nem notou a presença da morena.

Robin a observou, e como era ótima nisso, notou o que afligia e chamou sua atenção.

—Robin-nii?! _Ela se assustou.

—Oi Koala! _A morena lhe lançou um olhar terno. _Com que se preocupa, minha flor? Sabo está bem!

—Mas é por minha causa que ele está aqui... E pior você também poderia estar aqui! Como posso ser uma revolucionaria, se não estou atenta a tudo a minha volta e ponho em risco a vida de meus companheiros?

—Você tentou salvar uma menininha, se não fosse por você ela provavelmente estaria muito machucada! E você estava atenta sim, tanto é que percebeu o perigo para a pequenina! Porém avise-nos da próxima!

—Hai! _Ela derramou algumas lagrimas. Robin a abraçou.

—Já entrou em contato com seus tios? Eles devem está preocupados! _Robin a encarou com seu chá.

—Tio Hack estava com Dragon-sempai! _Ela sorriu.

            Mais tarde Sabo teve alta. Não havia sido nada serio, apenas um susto.

            No dia seguinte, parecia que nada tinha acontecido. Luffy corria, Ace dizia para parar com a correria, o moreno ignorava e no fim criava mais um galo. Sabo estava com um curativo na orelha, se fosse mais serio ficaria surdo. Koala conversava com ele tranquila.

Sanji rodopiava ao redor de Nami e Robin com deliciosas sobremesas, que fazia seus professores se irritarem. Zoro dormia em seu canto, enquanto Kaya e Chopper se encantavam as historias de Usopp.

Brook, nessa manhã, conversava com Vivi, Kohza e Frank, sobre musicas. Ana, Nami, Perona e, principalmente, Robin trocavam ideias sobre livros que leram.

Tudo corria na maior tranquilidade. Até que...

—Com licença! _Um homem, que vestia roupas como no antigo Egito, entra na sala.  _Vivi e Kohza, preciso falar com vocês.

—Pell?! O que houve? _Ela falou fora da sala.

—Teremos que ir agora! Gomene! _Pell falou.

—Como assim? _Vivi sabia a resposta.

—As coisas não andam muito bem! Vocês voltaram para Alabasta, hoje de tarde!

—Mais já? _Kohza sabia que isso iria acontecer mais foi mais rápido do que imaginava.

—Sinto muito! _Ele os encarou com olhar triste.

—Já estamos indo buscar nossas coisas! _Vivi sorriu entrando na sala.

            Ela andou até seu grupo e abraçou cada um se despedindo, Kohza também se despediu dos amigos. Não sabiam a data de seu retorno.

—Como assim viagem de ultima hora? _Ana a encarou.

—Meu pai é líder de Alabasta e usa boa parte do lucro de nossa empresa para a cidade... Mas a empresa está passando dificuldades e talvez a solução sejamos nós. _Vivi sorriu, mas em seu olhar existia tristeza em partir tão depressa. _Os nossos pais são sócios!

—Vocês voltaram? _Nami encarou Vivi.

—Não sabemos! _Vivi respondeu. O rosto das duas mostrava a vontade de chorar.

—Então, Saionará minna! _Kohza falou. Pell já não aguentava a demora.

—Saionará Vivi e Kohza! _Os outros sorriram e os abraçaram em conjunto.

—Até logo! _Vivi sussurrou.

—Icco Vivi, Pell nos aguarda! _Kohza chamou.

—H-hai! _A garota mirou mais uma vez os companheiros, e saíram.

—Tai jovu Nami? _Luffy olhou a garota.

—Hai! _Ela o encarou com um olhar inexpressivo e um sorriso mais inexpressivo ainda.  Nami era amiga de longa data de Vivi, assim como Luffy, mas a amizade entre garotas é sempre diferente. Sentiria falta de todas as confissões. O moreno sabia que aquela amante de laranjas estava mal, então a abraçou.

            Vivi recostou-se na porta e suspirou.

—Vamos, não temos tempo! _Pell os chamou.

—Está tudo bem? _Kohza pegou a mão da garota.

—Hai! _Ela aumentou a pressão na mão dele. Ele considerou aquilo como um não.

—Vai ficar tudo bem! _Entrelaçaram seus dedos.

            Vivi faria falta. O que será que estava acontecendo em Alabasta? Por que Vivi e Kohza poderiam resolver?