Amizade Improvável escrita por Hi Aniki


Capítulo 2
Vamos á Praia


Notas iniciais do capítulo

Bem....eu sei que demorei pra postar esse capítulo mas eu tenho um bom motivo.
Eu já tinha ele escrito quase todo, mas fui fazer uma pequena cirurgia e acabei tendo uma coisa por causa da agulha da anestesia e passei uns 4 dias morrendo de dor de cabeça e dor nas costas e mal conseguia me levantar - realmente, foi horrível.
Mas já melhorei e terminei de escrever o capítulo agora, dei uma olhada e cá estamos :3
Espero que tenha ficado legal, porque eu realmente tô tentando ser engraçada :p
Já tenho ideia pro terceiro capítulo mas se vocês quiserem dar alguma sugestão eu aceito :3
Enfim, boa leitura.



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Kagura adorava a praia, mas odiava o sol. Ela tinha de passar um protetor solar fator “super” e tinha de usar um grande chapéu em sua cabeça para fazer sombra. Ela até que lidava bem com aquilo, principalmente porque os petiscos servidos eram baratos e deliciosos. E tendo um Hijikata como acompanhante para pagar as coisas por si, melhor ainda. A ideia de ir á praia, a princípio, veio de Shinpachi. Ele apenas comentou o quão quente e abafado estava aquele verão e que seria divertido caso eles fossem á praia. Gintoki aceitou na hora, visto que já estava morrendo de calor por não ter nem um ventilador na casa – sendo que o que eles tinham estava no concerto depois que Sadaharu resolveu usar o ventilador como brinquedo e o partido em dois. Kagura nem pestanejou em dizer que sim, mas que antes deles irem, ela tinha de ir chamar alguém. Os rapazes ficaram sem entender, até que ela pegou o telefone e discou para um número, esperando poucos segundos até falar com a tal pessoa.

— Mayora-sama, vamos á praia aru~?  - Sim, ela ligou para Hijikata.

Aquilo nem surpreendia mais Gintoki ou Shinpachi. E o pior é que eles haviam perdido a aposta, pois a amanto e o vice-chefe estavam amigos já fazia duas semanas e três dias, ou seja, perderam. E quem acabou levando todo o dinheiro? Isso mesmo, Otae-san e Otose-san. Ao saber daquela aposta, elas disseram que eles iam ficar amigos por mais de uma semana, e foram pessoalmente em cada apostador para pegar o dinheiro – isso incluía muita gente, uma boa parte do Shinsengumi entrou na aposta quando o capitão Okita falou sobre, e no fim, ele também perdeu dinheiro e ficou com mais vontade de matar aqueles dois.

Dizer que Gintoki ou Okita estavam com ciúmes da amizade entre esses dois era pouco, pois eles queriam arrancar a cabeça de um só de raiva. O samurai prateado dizia que era injusto que Kagura podia ligar para o vice-chefe sem levar esporro, ou sair pedindo coisas para que o mesmo comprasse, já que ele realmente pagava por essas coisas e Gintoki dizia que com ele, o namorado, Hijikata não fazia isso. Já Okita queria ainda mais matar Hijikata por “roubar” Kagura de si; antes eles mal se falavam direito e agora saíam pra tomar sorvete juntos? Já não bastasse que o moreno havia roubado sua irmã, agora ele ia roubar a ruiva? Nem em um milhão de anos ele ia deixar isso barato. Ciúmes? Claro, os dois estavam se mordendo de ciúmes.

Kagura, eu tenho trabalho pra fazer. E também não estou de férias pra poder sair contigo quando você bem entender.— A voz do outro lado aparentava estar cansada e levemente irritada – mesmo Kagura sabendo que não era com ela – e ela podia ouvir os barulhos de papéis. Não era novidade que o vice-chefe virasse noites revisando trabalhos inacabados. Mas a ruiva não ligava.

— Vamos Hijikata, só por hoje. Tenho certeza que essa sua cara de peixe morto vai sumir. – Ela sorria e via como Gin-chan se contorcia de ciúmes ali no canto da sala.

Eu dis— Do nada a ligação ficou muda e Kagura olhou para o telefone até o colocar no ouvido de novo, ouvindo vozes ao fundo. Parecia a voz do gorila falando algo de forma animada e Hijikata brigando com ele. Depois de ouvir um baque alto de algo caindo no chão, a amanto ouviu a voz do chefe do Shinsengumi.

Moshi moshi Kagura-chan. Aqui é o Kondou.— A voz do homem parecia muito feliz. – É só para avisar que nós vamos sim na praia com vocês. O Toshi precisa desestressar um pouco e sua idéia é boa. Nós nos encontramos lá então? Vamos sai— O som do telefone caindo ao chão se fez presente e algo parecido com uma luta começou. A voz de Hijikata voltou á ser notada, fora do chefe e até de Okita e outras vozes que gritavam alegres, comemorando a “pequena folga” para irem á praia. – KAGURA, NÃO ESCUTE NADA QUE O KON—  E por fim, a ligação caiu.

— Estranho....enfim. VAMOS Á PRAIA ARU~ - Kagura colocou o telefone no gancho e comemorou, enquanto segurava o samurai pelo braço e o puxava. Não importava quanto ciúmes ele tinha da menina, ele não consegui ter raiva dela.

 

 

                                                                        ~*~*~*~

 

 

Quente como o inferno. Essa era a melhor definição de como estava aquela praia. O suor era demasiado nas peles, grudando a roupa aos corpos; a areia grudava no suor e entrava pelos narizes e as vezes nos olhos devido á brisa quente, a água estava tão gelada que doía nos ossos, fora que o lugar estava tão cheia de gente que era quase impossível achar um lugar apropriado para ficar. Fora que todos os guarda-sóis já estavam sendo usados. O quarteto – já que a ruiva decidiu trazer Sadaharu – estava com a maior cara de decepção e de peixe morto ao ver o estado da praia, quase desistindo, a casa estava melhor do que aquele lugar.

— Ora ora, vocês mal chegaram e já vão embora? – A voz do comandante da Shinsengumi se fez presente atrás do Yorozuya, que se viraram para ver Kondou, Okita, Yamazaki, alguns homens da polícia e Hijikata amarrado e com uma aura demoníaca em volta de si. Era muito cômico a cena, tanto que Gintoki e Kagura caíram na gargalhada enquanto Shinpachi segurava o riso.

— Qhandfo véu fai dadi vosses vaum si ver commigg – Eles entenderam o que o moreno quis dizer, e mesmo que ele falasse em tom de ameaça, ninguém levou á sério.

— Bem, vamos. – O chefe disse e todos o seguiram, para seja lá onde ele fosse. Aparentemente, o Shinsengumi tinha uma área própria na praia, na qual eles poderiam usar quando precisassem. O Yorozuya tinha uma grande sorte de serem amigos da polícia, obrigado Gin-chan por estar namorando o vice-chefe, que ainda estava amarrado e agora estava enterrado no chão. Pelo menos tiraram a mordaça dele e Kagura o estava alimentando agora.

— Hijikata-san, como você se deixou ser amarrado? Que trouxa. – A menina riu enquanto enfiava um pedaço de lula frita na boca do moreno enterrado, quase o engasgando.

— Kondou-san disse que seria bom para mim tirar pelo menos um dia de folga. Que porra, Sougo também estava esperando por isso, eles sabiam que eu estava cansado e me amarraram. Yamazaki maldito também ajudou. – Os olhos do homem transbordavam fúria, enquanto a ruiva apenas enfiava comida guela abaixo do cara enterrado. – QUER PARAR?

— Você vai ficar com rugas enormes se continuar frisando as sobrancelhas aru – Ela comeu um pouco de sua própria lula frita quando notou que Hijikata havia se soltado das cordas ao ver ele sair da areia.

— Eu já volto. – Ele disse de forma sombria e rouca, fazendo os outros policiais gelarem ao virem ele e depois correndo feito galinhas – fora Okita que havia sumido.

— Boa sorte aru. – Kagura disse enquanto comia. Ela estava com um grande chapéu sobre sua cabeça e protetor na pele, então o sol não chegava á incomodar sua pele.

— Kagura-chan, você viu o Gin-san? – Shinpachi disse com um prato de okonomiyaki, vendo Hijikata com apenas uma bermuda quase caindo de sua cintura ir correndo furioso atrás dos membros do Shinsengumi com sua katana.

— Hm, agora que você disse, eu não vi o Gin-chan nem o Okita á um tempo. – A menina apenas deu de ombros e se levantou de onde estava e foi se sentar debaixo de um guarda-sol, em uma cadeira de praia ao lado do rapaz de óculos. Sadaharu dormia atrás deles em um guarda-sol gigantesco.

 

 

                                                                       -‘-‘-‘- 

 

 

Para vocês que também estão se perguntando onde Okita e Gintoki se meteram, a resposta é simples: Se escondendo no meio do mato observando “certas pessoas”. No primeiro momento, Sougo havia ido se embrenhar no meio das plantas, com binóculos e equipamento de espionagem do Shinsengumi – que deveria ser usado para propósitos reais e importantes, e não para ficar olhando duas pessoas á pelo menos 30 metros de distância de si. Depois de uns 20 minutos, o samurai prateado havia ido mijar por ali – já que o banheiro estava com uma fila enorme – e encontrou o mais jovem. Ao entender o que o rapaz estava fazendo ali, tirou a água do joelho, foi lavar as mãos em uma ducha ali perto e se juntou á ele.

Conclusão: Os dois já estavam á quase 1 hora ali, embrenhados no mato, com a pele coçando por causa das plantas roçando no corpo, fora o calor, o suor, os mosquitos e umas aranhas e formigas que ameaçavam subir neles. Okita parecia muito focado naquela espionagem. Principalmente agora que Hijikata havia voltado e se sentado ao lado de Kagura com duas garrafas de água, uma para ele e outra para a menina. Gintoki era outro que não gostava nada da proximidade daqueles dois – ele agradecia pelo menos que cada um tinha sua própria garrafa de água ao invés de dividir a mesma, imagina, um beijo indireto entre ele? Seu mundo ia cair.

— Okita-kun, eu sei que você sente tanto ciúmes quanto eu... – Gintoki disse de forma relaxada, enquanto mexia no nariz com o mindinho e olhava para aqueles dois com um pequeno binóculos. – Mas não acha que isso é exagero? Estamos aqui á um bom tempo e nada demais aconteceu.

— Danna, nunca se sabe o que pode acontecer quando se trata do Hijikata-san, o melhor é ficar de olho. – Ele estava com fones para escutar a conversa do vice-chefe e da amanto enquanto o binóculos estava apoiado em um pequeno tripé na sua frente. Em suas mãos, estava uma casquinha de sorvete, porque ficar segurando binóculos na cara é para os fracos.

— É, mas- Sua fala nunca foi terminada pois algo terrível aconteceu.

Os rapazes viram Kagura dando um bolinho de lula para Hijikata. Na boca.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
ELES ESTÃO EM UM MALDITO ENCONTRO POR ACASO???

Gintoki já estava em posição fetal nessa hora, chorando horrores – claro que não de verdade – pois ele não tinha esses mimos com Hijikata. Apesar de que nunca fez do tipo deles serem tão grudentos e melosos desse tipo, eram homens de 30 anos e não um casal de adolescentes. Mas aquilo já era demais. Receber comida na boca? O quão longe eles iriam da próxima? Gintoki nem queria pensar naquilo ou ia entrar em depressão. Okita por outro lado quase queimava de raiva e ciúmes. Ele já estava preparando uma bazuca para atirar em Hijikata e Kagura quando Shinpachi se afastasse de ambos.

Mas o rapaz de óculos apenas ria da interação dos dois e começaram á conversar sobre alguma coisa banal que os “stalkers” não prestaram atenção. Mas em determinado momento, tanto o moreno quanto a ruiva se levantaram e foram em direção á algum lugar que estava lotado de gente. Gintoki já não mais estava entre nós, e Okita estava procurando por aqueles dois pra meter um projétil na cara de ambos para que eles voassem por aí. O nível de ciúmes do rapaz sádico havia estourado e atingido níveis galácticos; o sangue nos olhos do mesmo se misturava á tonalidade avermelhada de suas íris, parecia um demônio pronto para matar sua presa e ai de quem estivesse na sua frente, ele só não espumava pela boca pois tinha certa classe.

Sakata estava abraçando os joelhos e desenhando círculos na areia e reclamava como fora traído e que iria se vingar de Hijikata no nível do xerife do filme Doce Vingança, mas ao invés de ser uma espingarda, ia ser sua espada de madeira mesmo, e iria acabar com qualquer problema de hemorróida que Hijikata tivesse. E também xingava Shinpachi que não fazia nada e ria da situação delicada que o prateado se encontrava. Gintama pareceu ter se tornado um anime NTR, só que bom.

— Danna, eles voltaram. – Sougo falou ao ver os “alvos” voltando com sacolas em mãos. Gintoki foi para seu lado no mesmo instante pegar os fones para escutar o que eles estavam dizendo, fora os binóculos.

— Está com eles na mira Okita-kun? – Ele disse com um certo sarcasmo e malícia maligna na voz.

— Com toda a certeza. – Os sorrisos diabólicos nos lábios dos espadachins eram de dar medo em quem estivesse por perto.

Kagura-chan, o que vocês compraram?— O rapaz de óculos perguntou quando o vice-chefe e a ruiva voltaram para perto de si e se sentaram em seus lugares.

Picolés. Toma um Shinpachi. Agradeça ao Hijikata que comprou eles, aru~— A Yato sorria contente enquanto abria um picolé de chocolate e colocava na boca enquanto oferecia um de limão ao amigo, que agradeceu.

— Picolés? Que original. – Gintoki crispou com ironia enquanto via o namorado – talvez ex agora – pegando um de iogurte de morango de dentro da sacola. Seu sabor preferido. – Tenho certeza que ele vai dar esse na boca da Kagura. – Só de ter dito isso e de ter imaginado a cena já fazia seu sangue com altos níveis de açúcar ferver em suas veias.

Onde o Yorozuya foi? Eu tinha comprado esse daqui para ele antes que acabasse.— Hijikata falou enquanto olhava para os lados e suspirava, guardando o doce na sacola.

Dizer que Sakata chorou de arrependimento e felicidade não era tão mentira. “ Ele comprou picolés do meu sabor preferido só pra mim? ” O prateado literalmente largou as coisas no chão e foi correndo e se jogando nas costas do moreno e agradecendo pela comida gelada enquanto dizia que o amava e que era bom quando tinha algum reconhecimento e que era lembrado. Hijikata simplesmente não entendeu o porque do namorado estar meio choroso, irritado e feliz consigo enquanto o batia no braço e comia o picolé ao mesmo tempo.

— Okita também sumiu a muito tempo aru. Eu disse que não ia valer a pena comprar picolé pra ele também. Vou comer a parte dele. – Kagura falou emburrada enquanto procurava o rapaz e já ia pegar um picolé de uva da sacola – que seria de Sougo – mas o mesmo apareceu do seu lado do nada e roubou o doce.

— Você disse que era meu, então não ouse comer. – Ele disse simplesmente e abriu a embalagem. Não tinha rava em seu timbre e seus olhos pareciam os mesmos, de puro tédio. Nem parecia que ele quase explodiu a ruiva á menos de 10 segundos atrás. Mas a bazuca ainda estava armada para aquele lugar, só estava escondida junto com os outros equipamentos.

— Onde vocês estavam esse tempo todo? – Shimura perguntou ao homens que haviam chegado á pouco, pois realmente tinha ficado preocupado com o sumiço e o aparecimento repentino deles.

— Por aí – Disseram juntos.

 

Os outros nem contestaram, não valia a pena mesmo. Tudo estava relativamente normal na praia, eles tinham sombra, comida, mesas e cadeiras, não tinham do que reclamar. Isso claro, antes de Kondo iniciar uma competição de vôlei de praia e bem.....

Coisas e pessoas voltaram para casa no fim da tarde com partes quebradas e sangrando; alguns tinham belas queimaduras do sol e outros haviam ficado com marquinhas bronzeadas na pele, como Shinpachi que tinha um grande “megane” branco nas costas vermelhas e ardidas ou Hijikata que tinha “Mayora-sama” no peito.

Nada de mais, apenas mais um dia de folga do povo de Kabuki-cho.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Observação: O que está em itálico é como se fosse aquelas vozes do outro lado da linha do telefone.

E é isso. Eu espero que tenham gostado e que não tenha ficado chatinho. Não sei quantos capítulos essa fic vai ter, mas será curtinha, mas ainda vem uns 5 capítulos por aí se eu tiver ideias o bastante pra isso :v
Desculpa qualquer erro.
Até o próximo capítulo >3



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