Criminal Minds - I found Love escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 7
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amores, aqui está mais um capitulo pra voces



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"Antes de embarcar numa jornada de vingança, cave duas sepulturas."

Filósofo Romano Lucrécio

 

Adalynd Doddyson

Finalmente eu estava de volta ao trabalho!

Fala sério, nunca pensei que ficar em casa de "licença" fosse me deixar tão irritada. Eu já havia feito de tudo por ali e mais um pouco, desde finalmente encaixotar todas as coisas de Kevin e Gabrielly para mandar para doação após decidir que não faria bem continuar me torturando com aquelas coisas que jamais seriam tocadas novamente a fazer uma super faxina em todos os mínimos cantinhos da casa e mesmo não gostando muito de mexer com terra até havia dado uma repaginada no quintal com direito a grama nova nos lugares que faltavam e todo um cuidado especial com a roseira e tinha ficado muito bom - pelo menos o suficiente para me fazer sentir orgulho de mim mesma.

Spencer também tem sido ótimo e extremamente atencioso comigo o tempo todo, assim como toda a minha equipe e sempre recebia a visita de alguém regularmente como se tivessem com medo de me deixar sozinha por tempo demais e isso era fofo mesmo que de um jeito estranho - da última vez às meninas vieram e fizemos uma festa do pijama só para as garotas e depois os meninos chegaram pela manhã também - Rossi, Morgan, meu Spencer e até mesmo Hotcher vieram no dia seguinte e fizemos um churrasco com direito ao macarrão especial de Rossi que gentilmente havia me ensinado a receita que era maravilhosa e aos poucos fui me recuperando e finalmente estava de volta e pronta para colocar os criminosos pra chorar!

As coisas na BAU estavam estranhamente calmas naquela tarde quando cheguei para trabalhar, o que provavelmente significava dia de relatório para mim e trabalho em campo para o restante da equipe.

 - Ah meu Deus, Como é bom ter esse brilho alaranjado de volta a ativa de novo. As coisas estavam ficando sem graça por aqui com a sua ausência e estou muito feliz que esteja de volta! - Disse Penélope correndo em minha direção com um largo sorriso estendendo os braços, porém erguendo as mãos para cima. - Nada de abraços, eu quase esqueci! Se tudo correr bem na missão de hoje vamos todos sair para um bar que costumamos ir para relaxar.

— Vem cá minha colorida favorita! - Falei com um largo sorriso ao puxa-la para um abraço.

— Nossa o seu abraço é tão bom, o menino gênio tem mesmo muita sorte por ter você e todos esses abraços! – Disse ela sorrindo ao me soltar após quase ter quebrado minhas costelas. – Que foi menina? Achou mesmo que iam esconder isso de mim por muito tempo? Eu via o jeito que ficavam se olhando e perguntei ao Morgan.

— Eu bem imaginei algo assim, além disso, todo mundo sabe que o Morgan não faz o tipo que guarda segredos. Falando nisso, cadê todo mundo Garcia? - Falei franzindo a testa ao encarar as mesas vazias.

— Reunião com o Hotcher lá encima; estávamos esperando você chegar para começarmos a reunião de hoje. Dia de relatórios pra você e pizza por minha conta! - Avisou Prentiss vindo me abraçar apertado. - Bem vinda de volta.

— Obrigada Em. É bom estar de volta à ativa. – Falei com um sorriso ao abraça-la.

Subimos para a sala de reuniões e sendo a ótima perfiladora que eu era imediatamente percebi que havia alguma coisa errada acontecendo no ambiente a minha volta, primeiro porque parecia que todos estavam evitando olhar diretamente para mim e depois porque Reid nem sequer falou comigo ou sentou ao meu lado – ele havia trocado de lugar com a JJ dessa vez.

— Bem vinda de volta Adalynd, como sabe o dia de relatórios é seu hoje e você pode usar a minha sala se quiser ficar mais a vontade, mas você vai poder ajudar no caso junto com a Penélope, porém fará isso daqui usando vídeo conferência que foi providenciada na minha sala. - Avisou Hotcher me olhando brevemente e então virando corpo para a única coisa colorida e linda da sala. - Garcia, é sua vez.

— Obrigada senhor. Há cerca de um ano atrás a família Roberts foi vítima do que parecia ser um assalto que deu errado, porém desde a primeira morte, vem acontecendo uma morte por mês exatamente do mesmo modo e assim que perceberam o padrão nos passaram o caso. - Começou ela ligando o monitor ao mesmo tempo em que nossos tablats apitaram com as informações mais detalhadas. - O que chamou a atenção no caso foi à violência imposta nos pais e curiosamente o fato das crianças serem deixadas vivas.

— Deixaram as crianças? Porque fariam isso? - Perguntou JJ visivelmente horrorizada com as informações e mesmo estando acostumada era realmente difícil ouvir algo assim.

— Além de causar pesadelos e um trauma permanente no restante dos familiares que moravam com eles? Quando descobrir me conta porque eu também não sei! - Comentou Penélope mordendo o lábio inferior antes de prosseguir com as informações. - Antes que façam perguntas; eu fiz a lição de casa e chequei cada um dos pais e não a nada de comum entre eles; tirando o fato de estarem mortos. Que cruel.

— O foco está errado... Não faz o menor sentido e por isso sei que tem alguma coisa errada. - Falei franzindo a expressão.

— O que disse agente Doddyson? - Perguntou Hotcher me encarando e sendo assim chamando a atenção de todos para mim imediatamente.

Que maravilha, eu odiava ser o foco das atenções.

— É um disfarce! - Disse juntamente com Reid que me lançou um pequeno sorriso.

— Vão fazer de novo com certeza... O que estão esperando gênios prodígio? Levantem e brilhem! - Brincou Alves apontando o quadro branco com um sorriso lateral.

— E se o foco das mortes nunca foram os pais? - Falei apontando para as fotos e então fazendo círculos em cada uma das crianças. - Eu sei o que vão dizer a respeito disso, mas vou manter minha teoria e posso explicar por que.

— Eu pensei exatamente a mesma coisa e acho que nossas explicações são as mesmas também. Estamos procurando o ângulo errado porque a violência imposta nas mortes mostra desorganização como se o elemento não tivesse certeza ou demostrasse algum tipo de remorso depois do que aconteceu, mas o controle do assassino se mostra no intervalo de uma morte para outra. - Disse Reid pegando uma caneta e começando a anotar algumas possibilidades.

— Dois assassinos trabalhando juntos como se um completasse o serviço do outro? – Cogitou uma moça de cabelos castanhos bem curtos entrando na sala com um pequeno sorriso tímido. – Desculpem, mas disseram que eu deveria encontrar Hotcher e Prentiss aqui encima.

— Sou o agende chefe Aaron Hotcher, pode entrar e se acomodar, por favor, agente. Chegou em boa hora agente Callahan, ela é especialista em crimes sexuais e agora para a nossa sorte estará trabalhando com a nossa equipe. Seja bem vinda agente. – Disse Hotcher apontando uma cadeira vazia ao lado de Emily.

 - O suspeito se enxerga como um justiceiro e não um assassino é isso que não estava encaixando no perfil porque vimos pelo ângulo errado por causa da violência. – Falei ao finalmente perceber para onde as coisas apontavam e porque nada parecia fazer sentido até então, isso porque estávamos vendo pelo ângulo errado da situação. – Filho da mãe, me desculpe o jeito de falar, mas acho que ele não mata os pais como um castigo para as crianças as deixando livres, ele faz isso com a ideia de que as está libertando.

— Explica a sua teoria sobre o caso, porque eu acho que isso está fazendo muito sentido garota prodígio. – Pediu Morgan curioso com minha linha de pensamento sobre o caso.

— Isso indica que ele sofreu abusos de autoridade de um ou ambos os pais na infância ou em algum período recente de sua vida e agora por alguma razão que ainda não sabemos ao certo o gatilho surgiu com força total e ele sente que precisa proteger os que sofrem o mesmo que ele sofreu então ele se julga protetor dessas crianças. – Completou Reid me encarando com um sorriso que logo desapareceu quando seus olhos cruzaram com os meus.

O que estava acontecendo com ele afinal de contas?

Alias o que estava acontecendo com todo mundo?

— Eles são sempre assim ou é algo novo essa sincronia estranhamente fofa entre agentes que eu não conhecia? – Perguntou Callahan com um sorriso confuso ao encarar o que havia acontecido entre mim e Reid; ela parecia ser legal.

—Não, eles são assim o tempo todo Callahan. – Disseram Morgan e JJ ao mesmo tempo.

— Você acostuma depois de um tempo vendo acontecer, pode acreditar em mim porque eu também agi como você a primeira vez. – Acrescentou Alves com um pequeno sorriso.

— Bem sendo um gatilho recente ou não vamos presumir que ele não vai parar de jeito nenhum com o que está fazendo e com isso temos que agir. Decolamos em 20. – Disse Prentiss com a expressão séria ao recolher os arquivos e sair da sala.

Todos a seguiram imediatamente para fora da sala de reuniões então fui para a sala do Hotcher começar a preencher os relatórios, feliz ao encontrar duas caixas de pizza de alho e brócolis e muito refrigerante me esperando.

Finalmente terminei os inúmeros relatórios e me vi satisfeita com meu trabalho, assim que ia me levantar Penélope entrou na sala dizendo que haviam conseguido pegar o assassino e que a equipe estava voltando.

— Pen, dá pra você me dizer o que está acontecendo com todo mundo nesse lugar? – Perguntei franzindo a expressão.

— Não sei do que está falando e eu preciso voltar para a minha sala colorida e aconchegante agora, desculpe. –Disse ela rápido demais e isso apenas confirmou minhas suspeitas.

— Sou uma perfiladora incrível. – Falei cruzando os braços.

A linguagem corporal dela entrou em defensiva.

— Eu sei disso muito bem, quem é que não sabe? Todo mundo sabe disso muito bem também. Você é como o Reid, ou melhor. – Disse ela engolindo a saliva e olhando para os lados e sua voz estava travando também.

Traços de hesitação significa que estou chegando perto.

E ela exagerou me comparando ao Reid como perfilador, eu jamais seria como ele nem em um milhão de anos. Não que ele fosse tão melhor do que eu, nós tínhamos uma sincronia muito boa quando trabalhávamos juntos em qualquer situação que estivermos – na maioria delas, não éramos um melhor que o outro, nós apenas completávamos a deixa do outro e novamente isso a entregou.

— Penélope já chega disso, eu não sou uma criança para todo mundo pisar em ovos comigo por alguma razão que eu não faço a menor ideia. Que tal parar de me tratar como se eu fosse uma? – Falei agora irritada finalmente perdendo a paciência. – Eu sei que você, Reid e todo mundo estão escondendo alguma coisa. Seja lá o que for esse segredo, eu aguento. Conta pra mim o que está acontecendo e porque me deixaram de fora disso.

— Olha só Adalynd, eu não posso... – Começou Penélope entrando em pânico.

Alguém bateu na porta entrando logo em seguida.

Que droga Morgan!

— Achei vocês! Todo mundo está esperando lá fora nos carros, vamos nos divertir um pouco pessoal. – Disse Morgan abraçando Penélope pelas costas e a puxando para fora da sala dela com um largo sorriso. – Adalynd, você vem também não é? Devia vir junto com a gente também, eu convenci o menino gênio a comparecer. Anda logo, eu pago o que você quiser.

— Sabe que eu peguei vocês não sabe? Morgan, eu não sou ingênua e apesar de pequena meu cérebro é bem maior do que vocês imaginam. Sabe o que isso quer dizer? Eu sei que estão escondendo alguma coisa e eu vou descobrir o que está acontecendo e o primeiro que vou pegar será você e logo depois o Reid. Agora podemos ir, obrigada por pagar a conta. Gosto de você mesmo quando mente pra mim e ainda somos amigos. – Falei arqueando minhas sobrancelhas ao levantar calmamente e sair pela porta.

No bar as coisas foram um pouco piores já que o clima ainda não estava lá essas coisas. Todos ficavam me encarando parecendo incomodados e Reid mal falava comigo.

— Reid, eu estou pagando... Bebe alguma coisa também, deixa de ser tão chato. – Disse Morgan com um largo sorriso.

— Não, estou bem obrigado Morgan. Além disso, bebidas alcoólicas em qualquer quantidade podem danificar redes do cérebro que são responsáveis por controlar o raciocínio, ideias e a inteligência. – Disse ele um aquele jeito fofo e esquisito dele que eu adorava.

— Você que sabe meu amigo, eu ainda estou pagando se mudar de ideia. – Disse Morgan sorrindo ao virar seu terceiro ou quarto copo de bebida.

Depois de um tempo conversando Morgan levantou e foi dançar com Penélope que já estava pra lá de alegre por causa da bebida, depois de algum tempo Emily puxou Hotcher e como JJ não havia chamado o Will sobrou para o Alvez puxa-la para a dança restando apenas eu e Spencer na mesa.

Isso estava cada vez pior com certeza.

Na hora de ir embora eu entrei no carro junto com Reid já que era caminho da casa dele também – mentira, minha casa ficava uns 40 minutos mais longe que a dele. Fomos o caminho todo em silencio, ele estacionou na frente da minha casa e me encarou.

— Adalynd, nós precisamos conversar um... – Começou ele com a voz hesitante, escolhendo cuidadosamente cada uma de suas palavras.

Eu não estava com paciência para lidar com ele agora.

— Não precisamos e não vamos conversar sobre o fato de toda a minha equipe estar fazendo alguma coisa pelas minhas costas quando vocês todos sabem que eu iria descobrir isso em algum momento e que não iria gostar nenhum pouco de estar sendo feita de idiota por pessoas eu confio a minha vida todos os dias desde que vim para a equipe da BAU, eu estou falando sério Reid. – Falei virando o corpo na direção do carro agora realmente furiosa com tudo aquilo afinal havia um limite para o que eu podia aguentar. – Eu não vou lidar com você de jeito nenhum nesse momento. Tenha uma boa noite Reid, nos vemos no trabalho.

Caminhei para a porta e franzi a testa ao girar a maçaneta e perceber que estava destrancada.

Mais que... Droga.

Peguei minha arma que estava em minha cintura puxando a trava de segurança e ergui os braços mantendo a atenção ao menor ruído que denunciasse a presença de alguém ainda por ali, porém os sistemas de pânico do meu corpo apitaram quando entrei na sala e tudo estava revidado, quebrado e sujo por uma terra vermelha estranha.

Entrei em meu quarto seguindo um rastro de terra no chão como se algo tivesse sido arrastado e mesmo que meu treinamento da Academia do FBI tenha me preparado para lidar com qualquer coisa não consegui controlar o grito que subiu garganta acima me fazendo travar.

Corpos. Havia dois corpos – na verdade eram esqueletos de corpos em minha cama.


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