Made of Stone escrita por littlefatpanda


Capítulo 6
V. De todos os grupinhos do mundo


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora, gente! Mas eu digo e repito: eu sou como ex namorados, eu vou mas eu volto! Eu SEMPRE volto! AHAHHAHA (tô rindo mas tô nervoussa)


Boa leitura! *-*



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A primeira coisa que eu vi quando coloquei os pés para fora da sala de aula foi o grupo de pessoas concentradas bem no meio do pátio. E entre elas, estava Alex.

Eles estavam sentados, alguns em pé, em torno do que costumava ser uma fonte d'água, no pátio de cimento do colégio. Nunca cheguei a ver água naquela fonte em todos os meus anos ali, e não foram poucos, mas reza a lenda que um dia funcionara. Já havia virado um ponto de encontro colegial na hora do intervalo, geralmente com alunos do ensino médio.

Mas agora esse ponte de encontro quem liderava era o próprio Alex.

Não havia fechado nem um mês desde que ele pôs os pés no colégio como aluno integral e já havia uma rodinha de amigos à sua volta. Não que eu me importasse com a maneira fácil com que ele conseguia amigos, dinheiro, garotas e carisma alheio, mas mesmo assim.

Os cabelos negros estavam escondidos por um boné virado para trás, a pele parecia naturalmente bronzeada pelo sol e os olhos escuros e perturbadores estavam alegres, enquanto ria de alguma coisa, com os dentes retos à amostra. O uniforme ficava estranhamente despojado em seu corpo, e me peguei desviando o olhar para o meu próprio uniforme ao indagar o que é que eu estava fazendo de errado para não ficar estiloso do mesmo jeito.

Era irritante. 

Alex era irritante.

— Será que ele me ensina como faz? — perguntou Ian, atrás de mim, com um riso.

Olhei para cima, encontrando os olhos castanhos, ao soltar um riso também, compreendendo o que ele queria dizer. Mason nos alcançou logo após, vindo da biblioteca, com cerca de três livros empilhados nos braços.

— Nossa! — murmurou, deslumbrado ao seguir nosso olhar. — Aquela é a Mary Jane? — Fiz uma careta, enquanto ele desviava os olhos azuis de nós para a garota e da garota para nós. — Ele está abraçado com a Mary Jane? — questionou, em um tom mais alto, fazendo com que a voz saísse um tanto mais afinada.

Ian riu-se, mas eu dei de ombros.

Não, Mary Jane não era o amor da vida de Peter Parker. Mary Jane era uma das garotas mais conhecidas do colégio, por ser bonita e rica, exatamente como o próprio Alex. Ela parecia ter descendência asiática, com olhos puxados e escuros, pele branca e longos - longos! - cabelos lisos e negros. Ela era basicamente a versão feminina e asiática de Alex, e ele estava com um braço por cima dos ombros dela.

Todos os que estavam em volta também já estavam no ensino médio e, como eu estudei ali a vida inteira, eu sabia quem era cada um deles.

Bruno, o garoto mexicano, estava sempre gargalhando de tudo e usava roupas soltas demais. Estava sempre grudado em Annelise, a garota de cabelos volumosos e roupas sempre na moda. A melhor amiga de Annelise era a Faye, provavelmente a garota mais bonita que eu já vi e também era meio gótica. E junto deles, sempre estava a Emily, que eu tinha quase certeza ser apaixonada por Matt, que a julgar pela barba, devia ter bem mais do que a idade comum pra se estar no colégio. Havia também os siameses, Ben e Jake, que apesar de não serem parentes, estavam sempre grudados.

Era incrível o quanto você pode saber sobre pessoas que nem sabem que você existe. E graças ao meu amigo Mason, Wikipedia Stalker, eu sabia bem mais sobre eles do que os meus próprios olhos se dignavam a ver. 

Eles eram a panelinha do ensino médio, afinal, mesmo que nem todos estivessem no mesmo ano e nem na mesma turma. Me perguntei, com desgosto, se Alex estaria na mesma turma que Mary Jane, mas afastei o pensamento incômodo. 

— Acho que alguém deve contar a ele que Mary Jane estava se pegando com um cara mais velho até a semana passada — soltou Mason, antes de dar as costas para levar os livros pra sala de aula.

— O quê? — quase berrou Ian, enquanto eu começava a rir da situação. 

Mason nunca deixava de me surpreender. Sendo tão nerd e sofrendo tanto bullying no colégio, era surpreendente que ele se virasse melhor que a gente no âmbito virtual. Tinha tantos amigos por ali - e eu suspeitava que a maioria não sabia quem ele era - que ganharia Alex neste quesito em dois toques.

Mason era ótimo ao sugar informações alheias. Seria um ótimo detetive.

Não os segui, olhando para trás rapidamente ao vê-los se afastar em uma conversa acirrada, enquanto Ian pegava dois dos livros do loiro para ajudá-lo. Mason sempre pegava livros da biblioteca alguns minutos antes do intervalo, para que não esbarrasse com ninguém como o Bruce ou sua turminha.

Voltei os olhos para a cena de Alex, estalando a língua. 

Como se fosse possível me ouvir de longe, Alex encontrou o meu olhar. Pego no flagra, resolvi disfarçar e lhe sorrir minimamente, com um aceno de cabeça. Estava prestes a virar para trás e caminhar de encontro dos meus dois amigos na sala vazia quando Alex fez menção de se levantar, ainda me olhando com um sorriso.

Retirou o braço do entorno da garota asiática rapidamente, com um sorriso dirigido a ela, e disse alguma coisa para todos antes de caminhar a passos largos em minha direção. Senti o sangue subir para o rosto quando vi todos olharem para onde diabos Alex se dirigia, alguns com surpresa - embora já soubessem que ele andava com a gente - e outros um tanto confusos do porquê do afastamento repentino. 

— Caleb! — cumprimentou, quando chegou à minha frente. — Nem vi vocês por aqui — contou, levando uma das mãos para bagunçar meu cabelo, da mesma forma como Will faz. Afastei meu rosto com uma careta, enquanto ele ria. — Cadê os nossos amiguinhos?

— Na sala de aula — respondi, indicando a porta aberta logo atrás de mim. Ele seguiu meu olhar e logo voltou-se para mim, estreitando os olhos negros.

— E por que nós estamos aqui? — perguntou, aproximando-se um pouco, antes de desviar o olhar ao redor, como se estivéssemos partilhando um segredo. 

Suspirei pesadamente, vendo o sorriso crescer.

Garoto idiota.

— Nós não estamos aqui — corrigi, descartando a ideia. — Eu estava aqui e então você apareceu, sem convite.

— Ouch! — exclamou, levando uma mão ao peito com uma careta de dor. Então, como de costume, riu-se todo. — Caleb, assim você me magoa. Eu vim lá de longe — disse, apontando para poucos metros atrás — só para te fazer companhia, e é assim que você trata?

Falsamente ultrajado, estalou a língua, desaprovando meu comportamento. 

É claro que senti vontade de rir, mas segurei - espero ter segurado! - ao soltar um suspiro pesado. Balancei a cabeça, desaprovando seu comportamento da mesma forma como ele fez a mim.

— Alex, odeio ter que dizer isto, mas... — comecei, vendo que não tinha por que tratá-lo como apenas um conhecido quando ele já bagunçava meus cabelos, antes de finalizar: — Você é muito idiota.

Alex arqueou as sobrancelhas escuras de maneira engraçada antes de deixar-se gargalhar, inclinando-se na parede.

— Eu sei — revelou, conseguindo parar o riso —, mas eu sou muito mais do que isto. 

Ergueu as sobrancelhas umas cinco vezes seguidas, de maneira sugestiva e engraçada, antes de sorrir. Sorri também, dando-me por vencido.

— Eu sei — concordei, vendo que ele parecia surpreso. Alex podia ser um idiota, mas ele não era nada mal. — Sei que Mason já agradeceu, mas eu também queria agradecer por aquele dia. — Então, fiz o mesmo que ele costuma fazer, aproximei-me para falar baixo: — Se você não tivesse partido pra cima dele, eu teria. — Vi que ele sorriu pelo fato, mas pareceu confuso com o contexto. Então acrescentei: — Então obrigado por ter impedido que eu levasse uma surra.

Alex demorou os olhos em mim por um tempo, surpreso, antes de perceber que eu sorria e começar a rir também. Logo seus dentes apareceram e estávamos os dois rindo entre o corredor e o pátio do colégio.

— Ora, sempre que você precisar, pequeno — disse ele, fazendo uma reverência como nos filmes. Revirei os olhos, mas ri também. — Então quer dizer que você não sabe bater em garotos malvados?

Dei de ombros.

— Tenho certeza que me viro — falei, observando os olhos jocosos. 

Se alguém me atacasse, não haveriam regras como em lutas profissionais. Então, em minha mente, sempre daria para morder, chutar as partes íntimas, puxar os cabelos e usar tudo o que há em volta. Não devia ser tão difícil assim, embora eu soubesse quem ganharia em uma luta entre eu e Bruce.

— Então você conseguiria me dar uma surra se eu te atacasse? — perguntou, com humor não tão contido assim, a julgar pelo riso.

Ergui uma das sobrancelhas com cinismo. 

— Você estaria interpretando um garoto malvado? — perguntei, usando das suas palavras cômicas. Porque apesar de cheio de idiotice e o perigo que tumultuava nos olhos negros, não havia nada de malvado em Alex. Chegava a ser cômico vê-lo falando daquela forma.

No entanto, eu quase mudei de ideia quando os olhos negros sustentaram, sem receio algum, os meus com um brilho um tanto maléfico estampado neles. O sorriso começou ali, nos olhos, e logo se espalhou pelos lábios de maneira um tanto ultrajante.

Ele estava me olhando de maneira ultrajante.

— Muito malvado — murmurou ele, com um sorriso malicioso.

Enquanto parecia se divertir com o meu rosto que, é claro, me fez o favor de concentrar todo o meu sangue ali, Alex se aproximou visivelmente de mim. Não tanto como para causar estranhamento nos alunos que passavam por ali, mas o suficiente para fazer com que eu me sentisse incômodo.

Alex é estranho demais.

— Alex! 

Dei um pulo ao mesmo tempo que Alex erguia o rosto pro lado, a expressão peculiar desvanecendo, enquanto encontrava a fonte da voz. Bruno. Por um instante, Alex pareceu desconfortável com a presença do garoto, mas durou tão pouco antes dele portar o mesmo sorriso de sempre.

— E aí, cara? — Fez um cumprimento com ele, enquanto eu sentia os olhos castanhos do tal de Bruno em mim, curiosos. — Ah, este é o Caleb! Caleb, este é o Bruno, meu colega de aula. 

Indicou o garoto de altura semelhante à sua, pele escura e cabelos castanhos desarrumados.

— Prazer, Caleb —  cumprimentou, com um sorriso simpático e bem-humorado, e instantaneamente entendi por que ele havia feito amizade com Alex. — Cara, eu vim te convidar pra festa que vai ter no fim de semana, na casa do Ben. 

— Opa! — exclamou Alex, relanceando-me com um sorriso, esfregando as mãos uma na outra. — Espera. Festa ou festinha? — Arqueou uma das sobrancelhas, vendo se ele entenderia.

Qual é a diferença?

— Festa! — respondeu, estendendo a última vogal com animação, obtendo o mesmo de Alex. Logo os dois estavam rindo em uma comunicação silenciosa que eu achei bem besta.

Alex se aproximou, passando um dos braços em torno dos meus ombros, de forma semelhante à que fizera com MJ anteriormente. Arqueei as sobrancelhas, vendo que o Bruno fazia o mesmo.

— E eu posso levar os três pestinhas comigo? — perguntou, indicando a minha pessoa com a cabeça. 

Bruno pareceu ter sido pego de surpresa, me olhando com indecisão.

— Não! — apressei-me, poupando o pobre coitado de responder. — Eu não quero — expliquei, vendo Alex revirar os olhos. — Não conheço ninguém e não gosto de festa. 

— Caleb — começou Alex, puxando-me mais próximo de forma que quase enterrei o nariz em seu ombro —, você nunca foi em festas para saber. — Deduziu, corretamente. — E outra, se não conhece ninguém, vai acabar conhecendo por lá. Não é, Bruno?

O rapaz, que eu achei que discordaria facilmente, riu-se, abanando o ar como se descartasse a questão.

— Claro, garoto! — dirigiu-se a mim, rindo. — Eles podem ir de boas, só que... — Analisou-me com os olhos calculistas. — Que idade você tem? — perguntou, interessado. 

— Eu sei que ele parece um neném, mas eu juro que Caleb já tem treze! — contou, com os olhos alargados em uma expressão cômica.

Logo, os dois estavam gargalhando juntos. Parecia uma espécie de idioma adoidado que eu não era capaz de compreender.

Eu até pensei em corrigi-lo com relação à minha idade, deixando claro que ainda faltavam quase dois meses para que eu completasse treze, mas eu sabia que ele diria algo tipo: "foi o que eu disse", com aquela expressão de idiota que só ele possui. 

— Ok, só não me metam em enrascada por conta do álcool! — pediu, os olhos sérios, antes de olhar ao redor pra ver se não tinha nenhum monitor por perto.

Franzi o cenho, evitando bufar, ao tentar desvencilhar-me - sem sucesso! - de Alex, que apertou-me ainda mais contra ele.

— Alex, eu já disse que eu não...

— Feito! — disse ele, ignorando-me ao afirmar com a cabeça. — Manterei-os na linha, chefe! — Fez um sinal de soldado ao colocar a lateral da mão na testa coberta pelo boné e afastá-la, com um riso.

— Pode crer — disse o outro, apontando para o outro lado do pátio quando o sinal soou, indicando o fim do intervalo, para dizer que se retiraria para lá. — Você vem? 

Alex pareceu pensativo, olhando para mim de esguelha ao fechar os dedos contra meu ombro, apertando minha camiseta sem perceber. Mas logo sorriu, fazendo um gesto com a mão.

— Pode ir que eu já vou — respondeu, obtendo um olhar desconfiado do outro, mas que logo acenou e deu as costas com um dar de ombros.

Também uni as sobrancelhas, olhando para cima, mas Alex apenas sorria com bom humor. Tentei desvencilhar-me de novo, confuso, mas ele prendeu-me contra seu corpo com mais força.

— Ei, ei! — reclamou, enquanto eu o olhava indignado, tentando entender. — Vamos até sua sala que eu quero falar com meu primo rapidinho — convidou, me guiando junto dele em direção à sala.

— E precisa estar abraçado em mim? — perguntei, desconfortável. 

Alex olhou-me de esguelha rapidamente, sem abaixar a cabeça, antes de voltar os olhos para o caminho e continuar me arrastando em direção à sala. Olhei ao redor, vendo se não havia nenhum olhar curioso, mas é claro que havia.

— Preciso — respondeu, por fim, alcançando minha sala. 

Adentramos na sala vazia, podendo ter uma ampla visão dela, habitada por Mason e Ian e mais três alunos espalhados na sala. Em questão de segundos, no entanto, o cômodo iria lotar já que o sinal houvera soado.

Alex parou de andar subitamente, no entanto, ainda mantendo-me grudado na lateral de seu corpo. Estava martelando algo em sua cabeça. 

— Por quê? — perguntou, enquanto eu franzia o cenho. Desceu o olhar escuro para mim ao passo que eu erguia o meu para ele. Tinha um indício de sorriso em seu rosto, mas os olhos estavam sérios, como se a resposta importasse de verdade: — Você tem vergonha de mim?

Pisquei algumas vezes, confuso pela pergunta.

Não, mas você é como uma placa néon no escuro e eu tenho vergonha de todos os olhares questionadores na gente, ainda mais comigo me sentindo tão desconfortável com seu cheiro que minha pele chega a incomodar? 

— Onde vocês estavam? — perguntou Ian, chamando minha atenção.

Alex também pousou os olhos nos dois amigos que nos encaravam com curiosidade. Sorriu, jeitoso, antes de ajeitar-me em seus braços.

— Eu e o Caleb aqui recebemos um convite interessante — contou, me arrastando com ele para perto deles. Mas quase grudou os lábios em minha testa ao murmurar, só para mim: — Ou você tem vergonha de estar abraçado comigo?

Encolhi os ombros, sentindo a pele formigar, enquanto piscava algumas vezes ao tentar processar a informação.

— Que convite? — perguntou Mason, curioso, quando já estávamos na metade da sala, em direção ao fundo dela, onde ambos estavam sentados lado a lado.

— Festa na casa de um colega — respondeu Alex, mais alto, para eles ouvirem, enquanto o burburinho começava com nossos colegas que adentravam na sala pela porta atrás de nós. — O Ben, conhecem?

Mason logo arqueou as sobrancelhas louras, indicando que sabia, enquanto Ian portava uma expressão pensativa. 

Alex aproximou novamente os lábios de meu ouvido e deu um riso que fez cócegas em meu rosto. — Ou você tem vergonha do que o meu abraço te faz sentir? — sussurrou, enquanto eu sentia o coração quase sair pela boca e os olhos quase saírem das órbitas.

Desta vez, forcei meu corpo para longe dele, com o coração descompassado e o rosto quente, até que conseguisse. Minha mente ficou em branco, enquanto sentia meu corpo tremer em resposta, e a barriga formigar incansavelmente. 

Alex apenas sorriu, focando os olhos nos outros dois com um dar de ombros. 

— Caleb tem cócegas no ouvido — respondeu ele ao olhar questionador dos dois para o meu afastamento brusco. Tirou o boné da cabeça e aproximou-se de mim o suficiente para pô-lo em cima de meus cabelos com a aba virada para trás, enquanto eu entrava em pane. Em seguida, ignorando os olhares curiosos de ambos, ajeitou os fios curtos e focou a atenção no loiro com um sorriso: — Mas respondendo sua pergunta, sim, Ben é aquele mesmo — respondeu às palavras que provavelmente saíram da boca de Mason, mas que eu não ouvi porque estava ocupado tentando respirar. — Um dos siameses adolescentes! 

Os dois primos gargalharam de forma semelhante: as benditas hienas engasgadas, enquanto trocavam piadinhas que se lembraram com relação a gêmeos ou algo do tipo.

Sentei, feito um robô, na minha carteira ao lado de Mason, sem querer nem mesmo encarar o rosto de Alex. Senti os olhos do loiro em mim, e quase gemi em desalento pelo fato de Mason ser atento demais. 

Fingi que sabia respirar como uma pessoa normal até Alex se despedir, dando dois tapinhas em meu ombro antes de desfilar porta afora. Os olhares de nossos colegas o seguiram, assim como todos faziam, até que o burburinho fosse, então, a respeito de Alex.

O boné, das cores branca e preta, permanecia em minha cabeça da forma como ele havia o deixado. Estava aquecido pelo tempo em que permanecera tapando os cabelos curtos dele, e eu tinha certeza de que eu poderia sentir o cheiro das madeixas pretas se o levasse ao nariz. 

Respirei fundo.

E enquanto eu encarava os pêlos arrepiados de meu braço, tudo que eu conseguia pensar era: Alex havia conseguido passar sua estranheza para mim! 


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Notas finais do capítulo

Gente, eu apresentei os meninos ali da "panelinha do ensino médio", como Caleb nomeou, porque eles vão aparecer mais vezes! E como a história é narrada pelo Caleb, então eu teria que apresentar na visão dele.

PS.: Falando nisto, vocês gostariam de que, em algum momento, o Alex viesse a narrar?

HEIN:
Eu não sei se é permitido porque eu nunca fiz isso... Mas eu vou deixar os links de duas histórias que tão me encantando por demais da conta, mas que não são de minha autoria, aqui embaixo. Então, se vocês quiserem ler - se é que já não tão lendo -, eu super recomendo:
1) https://fanfiction.com.br/historia/754509/A_Musica_do_Silencio
2) https://fanfiction.com.br/historia/754466/Ode_aos_desafortunados/


Amem, odeiem, mas me digam o que acharam! *O*
Att: 05/2021.



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