San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 53
129. Conversas + Aproveitar o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Olááá!

Um capítulo gostosin para hoje. E finalmente teremos Bebê na área, para quem estava com saudades dele :D

Boa leitura!



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— E aí — começou Lili, com todos começando a comer. — Bonitão o professor, né? — Encarou Bebê.

— Sim, é — respondeu sem emoção. — Mas não é nada extraordinário.

— Credo, como assim? Esperava mais de você. Até o James achou ele bonito.

— Ué, mas eu não discordei de você. Só disse que ele não é um deus grego.

Todos riram com aquela conversa e começamos a comer.

A semana passou sem nada demais, e logo estávamos eu e Bebê indo almoçar, no sábado. Pegamos nossa comida e nos sentamos em uma mesa vazia.

— Segunda não teremos aula... — comentou Bernardo. — Além do fim de semana, mais três dias de folga. Que beleza.

— Bem que eu gostaria de colocar esses feriados mais para frente, nos momentos em que ficamos cansados de estudar.

— Feriado é bom em qualquer época.

— Pessoal do teatro. — Colocaram uma bandeja em nossa frente, e notei que era o amigo moreno do garoto que a Bia gostava. Ele se sentou. — Também não gostam de ficar em casa?

— Não, nós moramos longe mesmo — respondi. — E você?

— Eu não gosto. — Deu um sorriso sem mostrar os dentes e começou a comer.

— Por quê?

— Porque... a casa fica vazia e eu fico entediado.

— É a primeira vez na minha vida que escuto isso. — Bebê disse, estranhando.

— Eu sei que parece esquisito. Um adolescente que não gosta de ficar em casa sozinho, mas chega uma hora que cansa e perde a graça. Prefiro ficar aqui, pelo menos não preciso me virar para comer, ou fazer faxina, ou lavar minhas roupas, coisas assim.

— Por esse lado até entendo. — Dei risada. — Mas e seus pais?

— Minha mãe é aeromoça e raramente fica em casa, e meu pai não faz questão de me visitar.

— Uau...

— Eu lembrei agora que não sei o nome de vocês.

— Bruna e Bernardo.

— Carlos... — Olhou para trás, de repente, e voltou. — E aquele vindo aqui é o Nathan.

Olhamos ao mesmo tempo para frente, vendo a paixão de Bia vindo em nossa direção com alguns livros e pastas na mão, e assim que chegou, os deixou na mesa.

— Oi. — Deu um sorriso para nós, aparentando estar um pouco cansado. — Por que não me esperou? — Encarou o amigo.

— Você estava demorando demais e eu estava com fome.

— Mas eu falei que já estava terminando.

— Tá bom, você já chegou. Vai comer logo.

Nathan suspirou e foi pegar sua comida.

— Ele devia parar com isso.

— Com o quê? — perguntei.

— De fazer tanta coisa. Ele está sempre fazendo alguma coisa, estudando, fazendo as coisas de representante de classe... O ano mal começou e já precisa de folga. Eu fico cansado só de olhar para ele.

Dei uma olhada para o garoto, percebendo que ele era o que parecia ser aqueles garotos “certinhos”, que sempre tiram notas boas, são super educados e centrados. Se fosse pela aparência, nunca diria que Bia pudesse gostar dele, já que eles aparentemente são diferentes.

— Na realidade, eu acho que ele precisa de alguém... Mas ele sempre diz que não daria certo porque provavelmente não teria tempo para namoro.

Olhei para Carlos, tentando entender o porquê ele disse aquilo.

— E pelo jeito você quer fazer alguma coisa — afirmou Bebê.

— É, tipo isso. Ele só não pode desconfiar. Quer dizer, desconfiado talvez já esteja, já que fui eu que o puxei para o teatro no primeiro dia de ensaio.

— Por causa da Bia? — perguntei, surpresa.

Ele me encarou e sorriu de canto. — Então você já sabe de alguma coisa?

Epa, falei demais.

Desviei o olhar, e notei Nathan se aproximando. Agradeci mentalmente, pois mudaríamos de assunto com ele ali.

— Estou faminto. — Nathan falou, sentando e começando a comer.

— Devia estar mesmo — retrucou Carlos de forma grosseira.

— Não começa, vai.

Nathan deu um pequeno sorriso, achando graça, e começou a comer.

— Então... — continuou Carlos. — Vocês vão no bloco de carnaval?

— Que bloco? — questionei, comendo.

— O que vai ter aqui perto, na segunda. Ouvi o povo da minha sala falando sobre, não que eu vá.

Dei uma rápida olhada para Bebê. — Não sabíamos disso não. Eu nunca fui em um bloco de carnaval.

— Se quiser ver gente bêbada e suada, é sua chance.

Bernardo riu.  — Realmente.

— Você já foi em um? — O encarei.

— Já, em Santa Catarina. Como fui com meus amigos, até que foi engraçado.

— O Gabriel também foi?

— Foi. — Estranhou a pergunta.

— Hm... — Considerei a ideia interessante.

— Gabriel é seu namorado? — Carlos questionou.

— Não, um ex amigo. Por quê?

Ele deu de ombros. — Nada, só foi engraçado o jeito que ela falou.

Eu ri. — Eles só deram um beijinho.

Bebê me fuzilou com o olhar. — Quer que eu fique contando quem você beijou também?

Os outros dois riram e eu segurei o riso, negando com a cabeça.

— Vocês conheciam um cara do segundo ano chamado Yan?

— Bebê! Eu estava brincando! — Senti a cara começando a ferver.

— Ué, eu também tô.

Carlos riu alto. — Ele é dos meus. Eu conhecia esse Yan sim, mas nunca falei com ele. Não ia muito com a cara dele.

— Por quê? — Fiquei surpresa. Como alguém poderia não gostar do Yan?

— Ele parecia metido, não que realmente fosse. Muitas colegas minhas babavam nele.

— Isso tem cara de inveja. — Bernardo cruzou os braços na mesa.

— Não é isso, sabe aquele cara que é muito simpático e bonito, e sabe que é bonito e usa isso a favor dele? Me parecia que ele era assim.

— Ele não era assim — falei, defendendo Yan. — Ele era um amor de pessoa, ajudava todo mundo sempre que podia, nunca pensou apenas nele. Podia parecer isso para você, mas ele não era nada disso.

— É o que eu disse, essa era a impressão que eu tinha dele, já que nunca conversei com ele. Mas eu não era o único que pensava isso. Não tenho nada contra ele.

— Não fala mal dele na frente dela, ou ela rosna — comentou Bebê.

— Fica quieto. — O empurrei com o braço. — Só estou dizendo.

— Tá certa, ué. — Carlos riu. — Enfim. Vocês namoravam?

— Não... Não tivemos tempo, ele tinha que se mudar.

— Tempo tiveram, só não tomaram atitude. — Bernardo retrucou.

— Não dá uma raiva desses caras que não tomam atitude? Parecem que gostam de sofrer e esperar até o dia em que não vão poder fazer mais nada. Dá vontade de socar.

Vi Nathan o olhando de rabo de olho brevemente, mas não disse nada.

— Em vez de aproveitar logo o tempo que tem, não, fica aí dando mil e uma desculpas. Aí depois chora de arrependimento porque não fez nada. E sim, isso serve para você — resmungou, olhando o amigo.

— É, eu imaginei — ironizou Nathan.

Esses dois pareciam muito eu e Bebê quando falávamos desses assuntos. Era até engraçado.

— Bom, a Bruna pode falar por experiência própria — prosseguiu Bernardo. — Eles fizeram algo nos minutos finais e ficou lá sofrendo nas férias porque não o veria de novo.

— Eu não fiquei sofrendo — retruquei.

— Não, eu que fiquei.

— Pois é. — Carlos concordou. — Precisamos aproveitar, estamos no terceiro ano, Nathanzinho. Logo tudo isso vai acabar. Você provavelmente vai para uma faculdade longe e cara, e nunca mais vai ver sua musa de cabelo azul.

Nathan o ignorou, continuando a comer.

— Vocês são amigas agora? Já que você vai atuar na peça.

— Eu conheci ela faz pouco tempo, não somos próximas.

— Ah... Mas de qualquer forma, você poderia dar uma forcinha.

— Carlos — protestou Nathan. — Para. Tá? Para com isso. Eu não preciso de ajuda. Eu posso muito bem agir sozinho.

— Eu tô esperando isso desde ano passado e até agora nada.

— Já não basta minhas dores de cabeça com as coisas da escola, tem você também. — Nathan esfregou os olhos.

Carlos sorriu. — Não posso faltar na sua vida.

Bom, ele tem razão. Aprendi do jeito ruim que precisamos ter mais atitude ao invés de ficar com medo do que pode acontecer...

Nós estamos no nosso segundo ano, e tenho certeza que as coisas vão passar rápido, assim como foi ano passado.

Eu preciso aproveitar e ter menos medo.

Ficamos mais um tempinho ali, e eu e Bebê deixamos os dois terminando de comer. Caminhamos para o jardim devagar.

— Então... Vamos nesse tal bloco? — perguntei.

— Ficou animada?

— Fiquei. Eu quero saber como é.

— Talvez a Lili saiba onde exatamente vai começar. Pergunta para ela e chama os outros. Vai ser mais divertido com todo mundo junto.

— Com certeza. Vou ver com ela.

Assim que subi, mandei mensagem para Lili, que não demorou em responder. Ela sabia onde e quando começaria o bloco, e ficou responsável em avisar Júlio e James.

Eu tinha certeza de que seria um momento inesquecível para nós e não via a hora dele chegar.


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Notas finais do capítulo

Nathan e Carlos não parecem a Bru e o Bebê discutindo? kkkk

Então olha só! Teremos bloquinho de carnaval no próximo capítulo. Veremos o que isso vai dar xD

Até mais o/



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