San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 52
128. Primeiro Ensaio


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas!

Sinto aquele cheirinho de nostalgia no ar!

Boa leitura!



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Eduarda e Beatriz foram ao palco, e como da última vez, Bia se sentou na poltrona da ponta da fileira.

— E aí, povo, animados?! — Beatriz perguntou, quase dando pulinhos de animação. — Bom, no começo da peça teremos apenas Rebeca e Aloys aparecendo... — Fez um sinal de “vem cá” com o dedo para James e eu. — E Bia, se quiser falar algo com eles, essa é a hora. Sobe também.

Levantei com James, e subimos com Bia, enquanto as professoras desciam. Ficamos no centro do palco.

— Uma coisa... — disse Bia. — Vocês já leram o livro?

— Eu estou terminando — respondeu James. — Ainda não dei o livro para ela.

— Hm... Okay, você já sabe como é. Pode se posicionar já.

James foi para a ponta esquerda do palco, ficando escondido.

— Nós resolvemos pular o comecinho da história para começar de uma vez. A Rebeca ganhou uma câmera fotográfica e está tirando fotos do quintal da casa dela. Você já sabe dessa parte, né? Está no roteiro.

— Sim, sei.

— Tá... Então...

Um barulho interrompeu Bia, e quem estava no lugar virou para olhar em direção à porta, que tinha sido aberta, e dois garotos entraram.

Notei Bia arregalando os olhos e desviando o olhar para mim.

— Que foi?

Negou com a cabeça. — Eu não sei o que aqueles dois estão fazendo aqui.

— O ensaio é livre para quem quiser assistir...

— Eu sei, eu só não esperava que eles viessem.

— E quem são eles?

Ela deu uma olhada de novo, vendo os dois indo se sentar na fileira do meio.

— O meio loiro é o representante do terceiro “C” e o outro é amigo dele.

— Mas você os conhece, né?

— Mais ou menos. — Voltou a me olhar. — Enfim, voltando, foco, foco. Como não explica no roteiro porque é técnico, e você não leu, eu queria só te dizer como a Rebeca é. Ela é meio estúpida e sarcástica, assim que ela vê Aloys, pensa que ele é um garoto drogado e trata ele de qualquer jeito, mas ela acaba se preocupando um pouco quando ele passa mal.

— Certo.

— Bom, conforme você for interpretando eu digo se ficou com um nível bom de ironia. — Deu um sorrisinho.

— Tudo bem. — Sorri.

Bia voltou ao seu lugar, do lado das professoras e deu o sinal para começarmos. James e eu estávamos com os roteiros, e dando uma última lida, começamos.

Entre uma cena e outra, via ela dando umas olhadas para trás, sempre virando para frente com as bochechas rosadas. Com certeza ela gostava de um daqueles garotos, mas era difícil saber por qual, já que o estilo dela era todo diferente. Eu estava mais inclinada a achar que ela gostava do amigo moreno de cabelos médios e pretos, mas talvez pudesse ser o outro, já que de vez em quando ele parecia olhar para baixo da plateia.

De vez em quando, em algumas falas, Bia me chamava a atenção, dizendo para ser ainda mais sarcástica do que estava sendo, e em outras, falar de uma forma mais calma.

Rebeca era um pouco confusa de se interpretar, mas era engraçado e diferente.

Assim que acabamos, descemos do palco.

— Vocês foram bem — disse Bia sorrindo. — Eu até acreditaria que você é a Rebeca, depois de alguns ensaios.

Eu ri. — É, eu tentei meu melhor.

— E foi muito bem, você pegou o jeito dela da metade para o final.

— Bom saber, então.

— E você não teve dificuldade, né? — perguntou ao James. — Rapidinho pegou o jeito bobo do Aloys.

James riu. — Ah, não foi difícil. Para quem interpretou um louco ciumento ano passado, Aloys é um anjo.

— Ah, nossa, eu assisti à peça! Eu jurava que você tinha um temperamento igual ao do cara... Qual era o nome dele mesmo? Gregório?

— Sim, e Deus me livre ser igual a ele, eu hein! — brincou, a fazendo rir.

— Isso que é ser flexível. Você pretende ser ator?

— Não, é só um hobbie.

— Cuidado, daqui a pouco a globo te descobre.

— Nem tanto, nem tanto — disse se achando, me dando uma cotovelada de leve.

— Não fala essas coisas não, ou ele vai ficar falando disso para sempre — falei rindo.

— Nossa, que mentirosa. — James estreitou os olhos.

Bia riu conosco e olhou para trás rapidamente. — Vamos?

— Vamos. Por que suas amigas não vieram? — Começamos a subir.

— Elas estão fazendo a aula de inglês, não ia dar para vir.

Notei os dois garotos que chegaram depois parando no começo do corredor das poltronas, como se estivessem esperando.

— Primeiro as damas. — O moreno falou com um sorrisinho debochado.

— Obrigada? — Bia disse, sem parar de andar e sem olhá-lo, ficando vermelha.

Segurei o riso e ouvi os dois subindo logo atrás de nós. — Lili e Júlio, meus amigos, também estão fazendo a aula de inglês.

— Mas qual aula a Lili não está fazendo, né? — James riu ao meu lado.

— Ela gosta tanto assim de estudar?

— Sim, e também ela disse que faria tudo o que conseguisse, porque assim saberia logo o que não ia querer seguir para a vida.

— Meio doida ela — comentou, divertidamente.

— Muito. — James e eu dissemos juntos e rimos.

Saímos para o jardim.

— Ei, Bia.

Ela olhou para trás e eu também, logo depois.

— Depois que a Juliana ler seu livro, posso ler também? — O moreno perguntou.

— Você gosta desse tipo de história?

— Romance? Não.

— Então por que quer ler?

— Ah... — Desviou o olhar para o jardim e voltou a encará-la. — Queremos ver se você escreve bem, porque todo mundo fala do seu livro.

Dei uma olhada para o outro garoto, que olhava para o amigo como se temesse o que ele fosse dizer.

— Se prometer tomar cuidado com o livro, sim, pode ler.

— Prometo com a minha vida. — Mostrou a palma da mão direita e colocou a outra no peito. — Prometemos, aliás.

Bia olhou rapidamente o garoto loiro e afirmou com a cabeça, dando um sorrisinho engraçado. — Tá bom.

— Obrigado.

Viramos novamente, e ela fechou os olhos rapidamente, apertando os lábios como se não quisesse sorrir ainda mais. Suspirou e me olhou.

— Vai para o dormitório?

— Sim, vamos juntas?

— Vamos... Até mais, James.

— Até. — Ele acenou e me fez um cafuné rápido antes de andar para o outro lado.

Seguimos para a direita, sem mais os dois garotos no nosso encalço.

— Vocês namoram? — Bia perguntou.

— Não, não, somos amigos — respondi rápido. — De qual deles você gosta? — Não pude conter a curiosidade.

As bochechas dela coraram mais. — Do Nathan... o loirinho.

— Ele sabe, não sabe?

— Provavelmente... Mas também, não consigo controlar a vermelhidão nas bochechas sempre que ele me olha. É horrível.

Dei risada. — Eu sei como é.

Subimos as escadas do dormitório. — Qual seu quarto?

— Vinte e cinco. E o seu?

— Trinta. O primeiro quarto do lado esquerdo.

— Como eu nunca te vi antes? Com esse cabelo, com certeza teria visto...

— Eu pintei nas férias. — Riu. — Antes eu tinha o cabelo castanho com umas mexas loiras, bem normal.

— Ah, entendi.

Subimos e ela parou na primeira porta. — Até mais.

— Até. — Continuei até o quarto da Lili e entrei, a vendo na mesa, anotando alguma coisa.

— Oi! — Ela me olhou parecendo não muito feliz. — Ih, o que aconteceu?

Ela suspirou, voltando a escrever. — O Júlio, me deixou sozinha na aula, praticamente, esse vacilão.

— Como assim? — Me sentei na cama, atrás dela.

— Nós escolhemos nossos lugares lado a lado no meio da sala, daí veio uma menina e sentou na frente dele, ficou encarando e aí falou “Júlio...?” e ele disse “Sou eu...”. E aí, nossa senhora, a menina falou pelos cotovelos! Pelo que entendi esses dois eram vizinhos e estudaram juntos no fundamental, mas a menina teve que se mudar depois do quinto ano e voltou ano passado, e magicamente eles se encontraram igual em um filme clichê, como ela mesma disse. Eles não calaram a boca um minuto sequer e ele esqueceu completamente que eu estava ali. Até a amiga japonesa da menina ficou meio perdida.

— Japonesa? Por acaso essa menina se chama Amanda?

— Sim! Conhece ela? — Se virou para me olhar.

— Ela é amiga da Bia, a que escreveu a peça do teatro, junto com a japonesa, que é a Tiemi.

— Nossa senhora, viu. Essa Amanda quis contar a vida toda dela e sobre todos os amigos que eles tinham em comum. — Voltou para frente. — No final da aula eu saí quase correndo da sala e ele nem me chamou, estava ocupado demais dando gargalhada com ela.

Acabei rindo. — Poxa, dá um crédito que eles não se viam há muito tempo.

— Dou crédito coisa nenhuma. Mas pelo menos eu pude focar totalmente no Roberto — disse com a voz mais suave.

— O professor?

— Sim. Preciso muito te mostrar ele. Uma graça.

— Continuo aguardando. — Ri.

Ficamos mais um tempo conversando, e depois fomos jantar.


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Notas finais do capítulo

Eita, altas emoções shaushuah Pelo jeito os sentimentos estão com tudo nesse semestre, isso que acabou de começar xD

Espero que tenham gostado!

Até semana que vem o/



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