San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 50
126. 29 de fevereiro + Gata Dando Mole


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas!

Vamos rir um pouco nesse capítulo! Está divertido, eu acho kkk

Boa leitura!



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Não sei como, mas Júlio concordou com Lili que queria ir ao bar de noite. Agora ele não tinha motivos para não gostar que ela ficasse perto de Henrique, pelo jeito.

Lá para as sete e pouco, trancamos a casa e fomos para o bar.

Lili estava com um vestido amarelo bebê de verão, com alcinhas finas, um decote em coração e saia rodada. Parecia que ela andava ainda mais com as costas retas, empinando o peito, toda se achando.

Acho que nunca vi alguém tão feliz quanto ela com o próprio corpo.

Assim que chegamos, tentamos procurar uma mesa vazia, mas não havia nenhuma. O lugar estava cheio, como sempre, e acabamos ficando em uma mesa pequena na varanda.

— Vocês avisaram suas namoradas que viriam a um bar? — Lili questionou com um sorriso de canto, pronta para zombar.

— Até parece, né — retrucou Júlio. — Capaz da Monalisa querer cortar minha cabeça fora se souber.

— Que coisa feia, mentindo para a namorada. — Ela negou com a cabeça.

— Eu não estou mentindo... Só não falei.

James riu. — Boa tática. Eu também não falei nada, mas como foi de última hora, tecnicamente não omiti nada.

— Nossa senhora, vocês precisam de namoradas menos chatas. — Lili falou olhando suas unhas da mão.

— Desculpa aí, melhor namorada do mundo. — James cutucou ela com o braço.

— Ué, não sou perfeita, mas pelo menos não sou chata. Quem ficou comigo não pode reclamar.

Júlio apoiou o braço na mesa e a cara na mão, a encarando com uma sobrancelha erguida.

— O quê? Tem algo a dizer? — Ela falou com tom sério.

Ele segurou o riso. — Não.

— Claro, porque não tem. — Cruzou os braços, também tentando não rir.

— Tudo bem, concordamos que você não é chata, mas realmente não é perfeita. — James disse.

— Claro, a Erica que é, né? — Riu da cara dele.

— Ninguém tá falando dela aqui! — Deu risada, jogou o braço nos ombros dela e a empurrou para baixo, mas ela se esquivou rindo.

— Tá bom, então. — Ajeitou os cabelos. — Vou pegar as bebidas. O de sempre?

— Sim. — Ele e Júlio falaram ao mesmo tempo.

— Vamos lá. — Me puxou junto e levantamos.

Fomos até o bar, vendo uns dois baristas trabalhando ali, fora Henrique que saiu da porta da cozinha, trazendo uma espécie de bacia de alumínio. Assim que a deixou em algum lugar do bar, nos viu ali e abriu seu típico sorriso.

— Lili, Bruna! Caramba, quanto tempo que não vejo vocês!

— Pois é, estávamos com saudade. — Lili falou sorrindo.

— Eu também estava! E Bruna, como você mudou, o que aconteceu? — Se apoiou no balcão com os braços.

— Ah... coisas da adolescência. — Dei de ombros.

— Ixe, entrou em uma fase rebelde? Até raspou o cabelo — brincou.

Eu ri. — Nem tanto. Só quis mudar mesmo.

— Mudanças são muito boas. Eu lembro como mudei na minha adolescência. Eu era um palito de sorvete cheio de espinhas.

Nós duas rimos.

— Difícil de acreditar — comentou Lili.

— Eu sei, até eu me pego lembrando e fico pensando se eu realmente era assim, mas aí é só ver as fotos. — Deu risada. — Não tem jeito melhor de refrescar a memória.

— Acho que agora precisamos ver essas fotos — falei, brincando. — Só para comprovar suas palavras.

— Puts, aí vocês me pegaram. Quem sabe no dia vinte e nove de fevereiro?

— É mesmo? — Lili cruzou os braços, rindo. — Tá bom, tá prometido.

Henrique a olhou estranhando, talvez pensando que ela não tinha pego a piada. — Você entendeu, né...?

— Claro que entendi. Até porque esse ano terá o dia vinte e nove de fevereiro. Hoje é dia onze, então... — Fez as contas mentalmente. — Você tem dezessete dias para procurar as fotos.

Ele arregalou os olhos, fazendo nós duas gargalharmos. — Ops, parece que o feitiço virou contra o feiticeiro.

— É isso aí, Harry Potter, enquanto isso você pode preparar o de sempre pra gente. — Deu uma piscadela para ele, que riu e concordou.

— Ok, madames, é para já. — Começou a trabalhar.

— Bobão. — Lili disse baixinho, rindo. — Te peguei... Ainda bem que olhei o calendário antes de sair de casa.

— Nem eu sabia que tinha esse dia esse ano.

— Pois é, descobri ontem.

Henrique fez as quatro bebidas que sempre pedíamos, sem esquecer nenhum detalhe. Pegamos dois copos cada uma, agradecemos e voltamos para fora.

— Demoraram. — Júlio falou pegando seu copo. — Tinha fila?

— Não. Estávamos enchendo o saco do seu primo — explicou Lili. — Ele terá que nos mostrar as fotos dele adolescente no dia vinte e nove.

— Mas por que nesse dia em específico? — James perguntou.

— Porque ele quis dizer que não mostraria nunca e falou “dia vinte e nove de fevereiro”. Mas eu peguei ele dizendo que esse ano teríamos esse dia.

— Ah, bem lembrado.

Ficamos lá, bebendo e conversando. Em um momento, resolvi ir ao banheiro. Fiquei com sede depois de lavar as mãos e resolvi pedir uma água no bar.

— Henrique? — O chamei, enquanto ele preparava um drink.

— Fala, Bru.

— Pode me dar um copo d'água, por favor?

— Claro, só um minuto.

— Okay.

A música estava animada, tinha bastante gente dançando na pista. Naquela noite, ao invés de ter uma banda, havia um DJ no palco baixo, tocando uns remixes de algumas músicas famosas.

Uns segundos depois, Henrique me deu o copo de água e eu agradeci. Me sentei em uma das banquetas e tomei um gole, olhando o pessoal dançar.

— Ei, o que você tá bebendo? — Alguém do meu lado perguntou, e eu vi que era um cara desconhecido para mim. — É vodca?

Franzi o cenho. — Não, é água.

— Ah. Então posso te pagar uma vodca? — Ficou do meu lado, apoiando um braço no balcão.

— Eu não bebo.

— Então o que faz em um bar? Não tá dançando e não bebe.

Olhei para ele, pensando em alguma resposta irônica.

— Ah, já sei, só veio curtir a vibe, né? — disse antes que eu. — Mas você tem que aproveitar, poxa, vamos lá dançar um pouco.

Terminei minha água e deixei o copo no balcão. — Não, obrigada. — Levantei, saindo dali.

— Ah, qual é! Só um pouquinho, você é “mó” gata. Eu me amarro em meninas de cabelo curto. — Veio falando alto atrás de mim. Eu comecei a rir. — Tá vendo, você tá rindo... — Senti ele segurando minha mão, me puxando devagar e eu parei para olhá-lo, no meio do povo dançando. — Qual seu nome? O meu é Robson.

Eu só estava achando graça. — Você bebeu?

— Só um pouquinho, sou engraçado assim naturalmente, se é o que quer saber.

— Olha...

Parei de falar ao sentir uma mão em minha cintura, e antes que eu falasse algo, vi que era James ficando ao meu lado.

— Vocês se conhecem? — Ele perguntou.

Robson soltou minha mão na hora. — Nos conhecemos agora. Sua gata me deu mole, melhor ficar de olho nela, hein. — Ergueu as mãos com as palmas para nós.

James me olhou rapidamente e encarou o cara. — Minha gata?

— Pô, cara, sua gata, namorada, ficante, não sei o que vocês são. Ela não me disse nada.

Que filha da mãe!

— Que seja, cara, deixa minha gata em paz. — James disse segurando o riso, me puxando dali para fora.

— Foi mal, foi mal! — Robson falou alto no mesmo lugar.

Assim que chegamos do lado de fora, começamos a gargalhar, enquanto Lili e Júlio nos olhavam da mesa, sem entender nada. Sentamos, ainda rindo.

— Que que foi? — Lili quis saber, toda curiosa.

— Que cara besta. — James falou.

Eu expliquei o que aconteceu e eles também riram.

— Nossa senhora, esses caras que vêm aqui, hein? — Lili negou com a cabeça.

— E ainda queria jogar a bomba pra mim, vê se pode — falei rindo.

— Eu já cheguei com a mão na cintura da Bru pra ver se era o que eu estava pensando, e realmente era. Um mala enchendo o saco — disse James.

— Obrigada por isso — agradeci a ele.

— Às ordens.

Ficamos lá mais umas horas e depois voltamos para casa. Ficamos um tempo jogando videogames, e depois fomos dormir. Júlio teve a ideia de deixar a cama dele em pé, e pegamos o colchão dele e o outro do quarto de hóspedes, os deixando no chão um do lado do outro.

Então deitamos, da direita pra esquerda, Júlio, James, eu e Lili.

Como James ainda não estava com sono, pegou o livro do teatro para ler. Os outros dois já tinham adormecido.

Deixamos nossos travesseiros na parede, deitados um pouco inclinados e eu tentei ler algumas coisas com ele, com a cabeça encostada em seu ombro.

— Viu isso? — James perguntou baixinho, apontando um parágrafo. — Aloys explicando o que aconteceu com ele e Amice na noite que fugiram?

— Vi no roteiro. Por quê? — sussurrei.

— O negócio foi complicado... Ele descrevendo os barulhos, latidos, depois o fogo tomando o telhado da casa. E depois os dois correndo pela floresta sendo perseguidos...

— Será que a Bia assistiu muitos filmes de caça às bruxas?

— Talvez. Eu consigo imaginar perfeitamente como em um filme. Dá uma certa agonia.

— Só quero ver na hora de encenar isso...

— Mas acho que nem vamos... Ele só explica, não sei se em alguma hora vai aparecer essa parte com mais detalhes.

— Eu acho que aparece sim, quase no meio da história.

— Ah... Eu não quis ler o roteiro inteiro. Preferi ler o livro primeiro para pegar melhor os sentimentos do Aloys.

— Entendi... — Meus olhos começaram a pesar. — Acho que vou dormir.

— Então dorme. Daqui a pouco eu também vou, só vou terminar esse capítulo.

Sorri. — Desse jeito vai ficar a noite toda lendo.

— É provável. Amanhã te conto se fiquei. — Riu baixinho.

— Tá bom. Boa noite. — Puxei o travesseiro para baixo e deitei, encostando a testa no braço dele.

— Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Caso alguém não saiba, agora a história se passa no ano de 2012, ou seja, ano bissexto. Lili pegou Henrique no pulo shaush

E esse Robson, tentando virar o jogo? Kkkkkk Tentou dar uma de espertinho, mas não colou xD

Eu amo esse clima de amizade que esses quatro têm, vocês não? Sei lá, é tão gostosinho :3

Enfim... Eu não sei como ficarão as coisas nas duas próximas semanas, porque será o ENEM (vou fazer e tô nervouser), então não sei se vai dar pra escrever (tô estudando nas horas vagas), mas tentarei, prometo.

Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo capítulo o/



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