San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 49
125. Renovação de Bronzeado-Quase-Nada


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas.

Peço desculpas por não ter postado semana passada. Fiquei muito ocupada e não tive tempo de escrever. Na verdade ainda estava ocupada essa semana, mas consegui terminar o capítulo.

Boa leitura!



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Nós lemos parte do roteiro naquele final de tarde, e fomos terminando ao longo da semana. Pegamos uma cópia do livro da Bia para lermos juntos, então teria que dividi-lo com James. Mas isso não seria um problema.

Júlio nos chamou para sua casa no sábado, e, com certa nostalgia e saudade, Lili e eu fomos para a casa dela na sexta logo depois do almoço. Bebê não quis ir, preferiu ficar na escola estudando o roteiro e treinando com a Micaela.

Assim que entramos na casa, Alex veio nos receber e ficou muito feliz em me ver. Só sei que o peguei no colo e o amassei, não sabendo se ficava contente ou surpresa em como ele tinha crescido em tão pouco tempo.

Passamos a noite lá, e o pai de Lili nos levou até a casa do Júlio no começo da tarde.

— Oi, meninas! — Leo veio abrir o portão e nos cumprimentou.

— Oi, Leo — dissemos ao mesmo tempo, entrando direto.

Ao entrarmos, vimos Júlio sentado no sofá, segurando o controle do vídeo game, enquanto o jogo estava pausado. Ficamos atrás dele e Leo retornou, voltando a jogar.

— E o James? — perguntei.

— Tá lá na varanda. — Júlio respondeu sem tirar o olhar da televisão.

Lili e eu nos olhando estranhando, e fomos até lá, encontrando o dito cujo sentado nos sofás, lendo.

— Por que você está sozinho aqui? — Lili questionou, colocando as mãos na cintura.

— Eu não estava aguentando de curiosidade sobre a história. — Mostrou o livro rapidamente.

Eu ri e Lili me olhou como se dissesse “esse assunto já é seu” e voltou a entrar. Fui me sentar ao lado de James.

— Eu também quero saber mais detalhes da história.

— Quer que eu te conte ou você prefere descobrir na hora? — Sorriu brincalhão.

— Prefiro descobrir na hora, então agiliza essa leitura aí.

— Não vai ser tão difícil porque estou lendo muito rápido. Eu realmente gostei do enredo.

— Por quê?

— Porque a história não é exatamente focada em romance. Tipo, tem um romance entre os personagens, mas não é aquela coisa melosa, sabe? Eles vão se conhecendo e descobrindo o que sentem um pelo outro, e não é algo... simples, digamos assim.

— Entendi. É bom que mudaram, né? É sempre romance.

— Sim. Estava na hora de mudarmos. Vou sugerir uma peça de comédia no próximo ano, para fecharmos com chave de ouro o ensino médio.

Dei risada. — É uma boa. Vai, pode ficar lendo que não vou te atrapalhar.

— Você não me atrapalha, Bru, não fala besteira — disse abrindo o livro e localizando onde havia parado.

— Mas por que você veio pra cá?

— Muito barulho lá na sala. Não consigo me concentrar com sons estrondosos de metralhadoras e berros de soldados.

— Me admiraria se conseguisse.

Ele riu. — Eu fico entretido em leitura, mas nem tanto assim.

— Existem limites para serem respeitados — brinquei e ele concordou.

Tentei dar uma espiada no que estava escrito na página da direita, mas parei, pensando melhor. Não queria saber de nada antes da hora, mesmo já sabendo como era o roteiro técnico.

Olhei para o rosto de James, tentando saber de algo com suas feições só para atiçar ainda mais minha curiosidade, então percebi uns pontinhos em seu maxilar.

Estranhei, e automaticamente ergui a mão para passar a ponta dos dedos ali.

— Que foi? — James olhou para baixo, como se pudesse ver a pele do rosto.

— Desde quando você tem barba? — Baixei a mão.

— Não chega a ser barba. — Deu de ombros. — Acho que desde o meio do ano passado eu comecei a raspar uns pelinhos finos que nasciam. — Passou a mão no maxilar e queixo. — Mas eles estão ficando mais espessos.

— Que coisa estranha. — Dei risada, passando os dedos em seu queixo, sentindo os pontinhos não muito ásperos.

— É meio injusto, olha o Júlio, nem aqueles pelinhos finos ele tem e eu aqui, ficando barbado. — Negou com a cabeça, fingindo estar triste.

Eu ri. — Fazer o quê, puxou do seu pai.

— Quando era mais novo, eu queria ter barba. Teve uma época que meu pai deixou crescer e eu achei super legal e queria ter também. Agora que minha hora está chegando, eu já não quero mais, é um saco ficar fazendo barba.

— Imagino. Nós também sofremos com isso, mas são os pelos das pernas e do sovaco.

James começou a rir. — Eu acho essa palavra muito engraçada, não sei por quê.

Ri junto dele. — Eu também acho.

Ficamos uns segundos em silêncio, mas eu queria conversar. Ele poderia ler outra hora.

— E as coisas com a Erica? Como estão?

Ele fechou o livro, o deixando no colo e olhou para o quintal, inclinando a cabeça. — Eu não sei.

— Como não?

— Sei lá... Às vezes eu penso que meu pedido de namoro foi muito precipitado, e em outras eu acho que fiz bem. Não sei se estou cansado do namoro ou de vê-la todos os dias.

— Mas vocês não se veem pouco?

— Sim, mas é todo dia. Ela até queria passar o fim de semana comigo, mas falei que já tínhamos combinado de vir para cá.

— Poxa... Eu nem sei o que dizer.

Ele riu. — Não precisa dizer, só ouvir minhas reclamações já está bom.

Eu ri. — Então tá.

— E por falar nisso... E o Yan?

Suspirei. — Ah... Nós conversamos pouco nas férias. Ele se mudou para São Paulo e até o dia em que eu viajei, ainda não tinha conseguido instalar a internet na casa nova.

— É complicado. Mas... você já sabia que esse distanciamento ia acabar acontecendo de qualquer forma, né?

— Sim, eu imaginei, mesmo que não quisesse pensar. Não teria como continuar tudo do mesmo jeito.

— É... o jeito é seguir a vida.

Nos olhamos e concordei.

— Povinho? — Nos viramos, vendo Lili na porta. — Vamos para a praia?

— Bora! — James levantou e me puxou pela mão para dentro.

Fomos nos trocar, minutos depois chegamos na praia e fui direto molhar os pés.

— Que saudade disso! — exclamei, me sentindo ótima, e me virei, vendo os três parando na areia para colocar as coisas.

Voltei para perto deles e tiramos as roupas, as deixando empilhadas em cima de uma toalha.

Era engraçado como os meninos estavam menos magrelos e Lili com mais curvas.

Quer dizer, não que eu não tivesse mudado também, só que... Parecia que não tanto quanto eles. Para mim, apesar de ter emagrecido, continuava com a mesma cara de criança.

Lili me puxou para a água, e os meninos ficaram na areia.

O sol estava tinindo sem nuvem alguma para nos dar uma trégua. A água estava morna no início, e assim que entrei, tremi um pouco pela temperatura ter baixado. Mas nada que o corpo não se acostumasse logo.

Mergulhamos ao mesmo tempo e emergimos rindo, puxando os cabelos para os lados.

— Me fala... O que vocês fizeram nas férias? — perguntei a Lili.

— Nós três? — Afirmei. — Nada demais. Viemos para a praia, fomos na casa do James algumas vezes, uma outra vez os meninos foram lá em casa... Não saímos para lugar nenhum. Por quê?

— Nada, só queria saber. E como estão as coisas com o Júlio?

— Oxe. Estão bem, eu acho. — Estranhou rindo.

— Você também estranha o Mateus não estar mais na escola?

— Um pouco, sim. Mesmo sabendo que ele não estaria lá, uma parte de mim esperava vê-lo no primeiro dia.

— Eu também me senti assim com o Yan.

— Ah, bom, a gente acaba acostumando, não tem outro jeito.

— Sim... E o Gean, como está?

— Ele está bem, até perguntou de você semana passada.

— Sério?

— Aham. Aí eu falei que você estava lá toda solitária no outro país.

Dei risada. — Quase isso.

— Está com saudade de dar umas beijocas nele, é? — Deu o sorrisinho malicioso dela.

Revirei os olhos. — Nossa, eu só perguntei.

— Sei! Eu nem lembrei de avisar ele ontem que você estava lá. Vocês poderiam ter tirado o atrasado.

— Ai, Lili. — Neguei com um gesto de cabeça.

Ela riu, demos mais uns mergulhos e voltamos para a areia, nos secando levemente com as toalhas enquanto os meninos iam para a água.

Esticamos as cangas e deitamos para tomar sol. Eu estava precisando renovar meu bronzeado-quase-nada.

Fechei os olhos, sentindo o sol escaldante em minha pele. Em partes era algo estranho, porque uma parte do cérebro pedia por uma sombra, mas também era uma sensação gostosa.

Ficamos ali até os meninos voltarem e deitarem ao nosso lado, e ficamos um tempo jogando conversa fora, até que voltamos para o mar, revezando assim durante o resto do tempo que ficamos ali.

Voltamos para casa lá para as quatro horas, pois começamos a ficar com fome, e a mãe do Júlio preparou um lanche para nós antes de arrumar as coisas do bar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram desse capítulo tranquilinho? Espero que sim!

Até semana que vem o/



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